9.23.2017

Zarattini ao 247: com mobilização, Temer cai


Por Paulo Moreira Leite e Leonardo Attuch
Em entrevista à TV 247, o líder do PT Carlos Zarattini se diz convencido de que, desta vez, Michel Temer pode ser afastado do cargo. “Se nós tivermos um movimento de mobilização, uma revolta, o governo não resiste” diz. “Na primeira votação o governo fez muitas promessas, que não foram cumpridas. Tem um déficit aí. Ao mesmo tempo, é um governo sem nenhuma popularidade”.
Lembrando que na primeira votação não ocorreu nenhum protesto de impacto contra Temer, Zarattini argumenta: “Na primeira denúncia, a população não acreditava (que seria possível afastar Temer), dizia que ele já ‘estava comprando voto’, que estava oferecendo isso, oferecendo aquilo”. Zarattini afirma que, “em primeiro lugar, as pessoas têm que acreditar” na possibilidade de afastar Temer.
Em segundo lugar, diz, a situação está “muito mais grave”. Não só por causa das acusações contidas na delação de Joesley Batista, mas pela agenda política: “se governo passar pela denúncia vai para a reforma da previdência”.  Para dificultar o Planalto, as divergências internas da base do governo, essencial para a defesa de Temer, não param de crescer. Lembrando que os aliados do governo consideram que os tucanos – divididos na defesa da Temer – desfrutam de um espaço que consideram “injusto”, Zarattini observa: “o PSDB tem tido um papel desagregador”.      
No depoimento, Zarattini lembra o papel nefasto de Geddel Lima na privatização das empresas de telefonia e denuncia a desnacionalização da economia, lembrando que a partir de agora a Vale pode ser “controlada em Nova York”. Numa hora de debates decisivos sobre a reforma política, o deputado condena as várias versões do Distritão e explica a importância do voto proporcional. 
Nesta mesma entrevista, Zarattini também falou sobre a candidatura Lula e os ataques à soberania nacional que vêm sendo conduzidos pelo governo Temer. Abaixo, a íntegra:

Com apoio dos bancos, midia apoiou o golpe parlamentar.

Reprodução | Agência Brasil
Em entrevista à TV 247 o jornalista Florestan Fernandes Jr. é enfático quanto ao que aconteceu no Brasil há um ano: “Eu acho que o que aconteceu no Brasil foi um golpe mesmo. E um golpe que começou a ser armado talvez antes ainda da primeira eleição da Dilma”. “Havia um interesse violento dos bancos de tirar a Dilma e colocar alguém atrelado aos interesses deles”, explica. “O que surpreendeu muito foi a utilização da Justiça para se fazer esse trabalho que no passado foi feito pelos militares”, diz ele; Florestan também denuncia o nítido interesse internacional na tomada do pré-sal; confira a íntegra
18 de Setembro de 2017 às 07:41 // 247 no Telegram Telegram // 247 no Youtube Youtube

Por Alex Solnik e Leonardo Attuch
Nessa entrevista à TV 247 o jornalista Florestan Fernandes Jr. é enfático quanto ao que aconteceu no Brasil há um ano: “Eu acho que o que aconteceu no Brasil foi um golpe mesmo. E um golpe que começou a ser armado talvez antes ainda da primeira eleição da Dilma”. “Havia um interesse violento dos bancos de tirar a Dilma e colocar alguém atrelado aos interesses deles”, explica. “O que surpreendeu muito foi a utilização da Justiça para se fazer esse trabalho que no passado foi feito pelos militares”, diz ele. Florestan questiona o fato de os bancos, apesar de terem sido historicamente os maiores doadores em campanhas eleitorais não serem denunciados na mídia: “Eu tenho a impressão, quase uma convicção que a maioria da imprensa brasileira está na mão dos bancos”. Repórter da Globo durante a campanha das Diretas Já conta como o governo ditatorial pressionou as emissoras de televisão a ignorarem o primeiro comício do movimento: “No dia do comício chegou um fax da Presidência da República dizendo para os donos das emissoras que quem colocasse no ar as imagens e falasse que estava havendo uma manifestação contra a ditadura e pela democracia iria perder a concessão”. A Bandeirantes não obedeceu. “João Saad, dono da emissora foi chamado a Brasília. O general Figueiredo teria dito a ele: “lembra aquela concessão que o senhor me pediu de uma emissora aqui em Brasília?” “Lembro, presidente”. “Pois é, tá aqui a concessão... olha o que eu faço com ela”... e rasgou o papel na frente dele”.  Ele não tem dúvida de que o golpe teve apoio externo: “O Brasil começa a ser vigiado e começa a haver uma ação da CIA quando o Brasil anuncia a descoberta do pré-sal. Quatro laptops com informações importantes sobre a descoberta foram roubados”. Leia abaixo trechos da entrevista e assista na íntegra.
LEONARDO ATTUCH: No seu facebook que atinge mais de 40 mil pessoas você tem colocado posições muito claras acerca do momento político brasileiro. Na verdade, sobre o golpe. Porque é que você tem sido tão transparente e chama o que aconteceu no Brasil de golpe de forma tão explícita?
FLORESTAN FERNANDES JR.: Porque eu acho que o que aconteceu no Brasil foi um golpe mesmo. E um golpe que começou a ser armado talvez antes ainda da primeira eleição da Dilma. Durante todo o governo Lula a mídia o trata de maneira dura, depois, no governo Dilma também foi uma coisa quase que sistemática. O que surpreendeu muito foi a utilização da Justiça pra se fazer esse trabalho que no passado foi feito pelos militares. Isso ocorreu nos anos 50 com Getúlio Vargas que teve que dar um tiro no coração, porque o processo era igualzinho, com denúncias de corrupção, de enriquecimento ilícito...
ALEX SOLNIK: E nem tinha a Globo na época...
FLORESTAN: Tinha. Tinha o jornal “O Globo”...
ALEX: Que não tinha a força da TV.
FLORESTAN: Mas a mídia já era uma só voz... o discurso era único...
ALEX: Fora a “Última Hora”, é claro...
LEONARDO: O importante é o seguinte: a mídia já atua politicamente no Brasil há muito tempo, você mesmo citou o caso do Getúlio que teve contra ele o jornal do Carlos Lacerda...
FLORESTAN: “O Globo”, a “Folha”, o “Estadão”...
LEONARDO: Mas um engajamento da imprensa que houve contra Dilma você já viu igual?
FLORESTAN: Não.   
LEONARDO: De você ter convocações pra manifestações?
FLORESTAN: Não. Eu estava na Globo quando começou o movimento pelas Diretas Já. Havia a posição de se fazer a cobertura da primeira grande manifestação pelas Diretas Já a 25 de janeiro de 1985. De repente houve uma ordem para a gente voltar para a redação. E no lugar dos repórteres entrou uma narração em off com as imagens do comício dizendo que estava sendo comemorado o aniversário da cidade.
LEONARDO: Foi um dos grandes vexames da história da Globo.
FLORESTAN: Foi.
LEONARDO: Você pode contar os bastidores disso?
FLORESTAN: No dia do comício chegou um fax da Presidência da República dizendo para os donos das emissoras que quem colocasse no ar as imagens e falasse que estava havendo uma manifestação contra a ditadura e pela democracia iria perder a concessão.
LEONARDO: Ou seja, jogo pesado.
FLORESTAN: Jogo pesado.
LEONARDO: Era o Figueiredo?
FLORESTAN: Era o Figueiredo. Aí, a Globo que era a primeira entrar no ar com o Jornal Nacional recuou. Mas, pelo que eu soube, o dr. João Saad, dono da Bandeirantes reuniu Joelmir Beting, a diretora de Jornalismo levou na sala dele e falou: “olha, eu recebi esse fax, é uma ameaça, mas não tem sentido eu ter uma emissora de televisão e não dar uma notícia como essa. Então, eu quero dar a notícia, mas quero que façam de uma maneira muito delicada, sem provocações, só registrando que está ocorrendo isso”. A Band entrou com as imagens dizendo que estava havendo um comício pelas Diretas Já bem na hora em que estavam cantando o Hino Nacional. O Jornal da Manchete, que vinha na sequência da Band falou: vou dar também. Só a Globo não deu. Dias depois, o dr. João Saad foi chamado a Brasília por Figueiredo. Figueiredo teria dito a ele: “lembra aquela concessão que o senhor me pediu de uma emissora aqui em Brasília?” “Lembro, presidente”. “Pois é, tá aqui a concessão... olha o que eu faço com ela”... e rasgou o papel na frente dele.  
LEONARDO: Bem, as emissoras de TV apoiaram o golpe e a crise não acabou. Quem apostou nesse golpe saiu perdendo?
FLORESTAN: Eu tenho a impressão, quase uma convicção que a maioria da imprensa brasileira está na mão dos bancos.
LEONARDO: Toda pendurada?
FLORESTAN: Toda pendurada...havia um interesse violento dos bancos de tirar a Dilma e colocar alguém atrelado aos interesses deles. Um assunto que devemos tratar aqui é o da dívida pública brasileira que em grande parte é invenção dos bancos...
LEONARDO: O jogo, então foi muito mais pesado que uma disputa por verbas publicitárias?
FLORESTAN: Eu acho que sim. Você vê que o Moro faz uma investigação e nenhum nome de banco aparece. Os grandes financiadores das campanhas eleitorais são os bancos.
ALEX: O Moro acabou com aquela CPI do Banestado...quando envolve banco, engaveta.
LEONARDO: Já que você falou da Operação Lava Jato você tem feito posts sobre o tema, e fez um recente, que repercutiu muito, a gente até publicou no 247, que dizia respeito à participação internacional no golpe, especialmente o apoio dos Estados Unidos para destruírem setores estratégicos da economia brasileira. Aí estamos falando de engenharia...o próprio setor de proteína animal...você acha que houve mesmo uma ação de fora pra dentro?
FLORESTAN: Eu acho que houve. Eu tenho certeza que aconteceu isso. Eles não fizeram sozinhos. Contaram com a colaboração, como sempre, dos bancos e da grande mídia brasileira. Todos unidos num objetivo que é vender o país e ganhar dinheiro nesses leilões que vão ocorrer aqui com as grandes empresas. O Brasil começa a ser vigiado e começa a haver uma ação da CIA quando o Brasil anuncia a descoberta do pré-sal. Quatro laptops com informações importantes sobre a descoberta e dois HDs foram roubados na casa de engenheiros da Petrobrás em 2008. Em 2007 o Brasil descobre o pré-sal. Na época, um dos engenheiros disse ao G1: as informações que foram roubadas valem ao menos 2 bilhões de dólares. Ele falou: “eu não tenho dúvida nenhuma que o governo vai sofrer pressão para entregar essas reservas para as grandes empresas petrolíferas que atuam principalmente nos Estados Unidos”. Está lá no G1. Uma matéria enorme!
LEONARDO: Ou seja, a grande motivação do golpe foi a entrega do pré-sal. Lembrando que, no mês de outubro, se o Temer ainda estiver no poder pretende realizar os leilões de áreas de exploração nas quais a Petrobrás teria a preferência para atuar nos campos do pré-sal, mas como diz o Pedro Parente “talvez não seja o caso... os campos não são tão bons”, a Petrobrás vai abrir mão da preferência para a Shell, a Exxon, etc. Quer dizer, o objetivo vai se consumar se nada for feito.
FLORESTAN: Isso aí já está na agenda do governo. Além da entrega do petróleo eles acabaram com a indústria de plataformas. O Brasil estava produzindo aqui as plataformas de exploração de petróleo. Com a Lava Jato essas companhias faliram, fecharam, as fábricas de aparelhos de perfuração também fecharam e o Brasil hoje está importando plataformas da China. Os estaleiros fecharam. As empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa estavam fazendo obras na África, na China, Irã, Síria...as obras pararam. Em São Paulo o monotrilho está parado até hoje porque era de uma dessas empreiteiras.
LEONARDO: Da OAS, se não me engano. Mas, Florestan, ontem vazou mais um trecho da delação do Lúcio Funaro em que ele diz que Temer e Cunha conspiraram dia e noite pelo golpe e que ele mesmo comprou deputados para votarem a favor. A operação na Câmara foi paga. Você acha que isso abre perspectiva a anulação do impeachment?
FLORESTAN: Eu não acredito nisso mais. Eu acho que seria melhor para o Brasil se isso acontecesse, mas não acredito       que isso vá acontecer. E para aqueles que dizem não foi golpe basta dizer o seguinte: houve dois candidatos que usaram as mesmas armas, usaram dinheiro de caixa 2 em suas campanhas através de recursos de empreiteiras, bancos, enfim e todo mundo sabe muito bem como funcionava a eleição no Brasil. Uma pessoa ganhou a eleição. E ganhou com 5 milhões a mais de votos. A eleição tinha que ser respeitada. Teria que esperar o fim do mandato dela. Eles não queriam só antecipar a eleição, eles queriam tirar a possibilidade de a centro-esquerda com uma proposta social permanecer no poder. Eu trabalhei numa rádio no ano 200. A rádio ficava na Paulista. Um dia, o dono da rádio entrou no intervalo, dentro do estúdio falou assim: “no próximo bloco eu quero que você acabe com essa mulher”! “Essa vagabunda”! Começou a xingar. “Porque ela ficou de colocar um dinheiro aqui e não colocou”. O produtor pegou o telefone, ligou pro repórter: “Fulano, você está aonde”? “Tô aqui na Paulista”. “Como é que tá o ponto de ônibus aí”? “Tá meio cheio”. “Então, faz o seguinte, você vai entrar, vai entrevistar as pessoas para elas falarem mal do ônibus... que o ônibus não passa... que o serviço é ruim... que essa prefeitura não está fazendo nada em relação ao transporte”. E aí o sujeito fez as entrevistas. “Você fica muito tempo esperando o ônibus”? “Fico”. E por aí afora.
ALEX: Era a Marta?
FLORESTAN: Era a Marta Suplicy.

PT quer investigar delações de Curitiba em CPI



O feitiço pode virar contra o feiticeiro na CPI da JBS, pois, segundo os deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS), membros da comissão, o juiz Sérgio Moro poderá ser um dos investigados.
Damous cogitara antes, inclusive, uma CPI exclusiva para investigar as delações premiadas e o magistrado da lava jato.
Agora, de acordo com os deputados titulares da CPI, a comissão de investigação da JBS pode servir para uma regulamentação dos instrumentos de delação premiada no Brasil.
“Delatores e investigadores da Polícia Federal e Ministério Público Federal que acabam estabelecendo parcerias não republicanas, escritórios envolvidos, esse modus operandi que tem que ser investigado e esclarecido”, disse o deputado Paulo Pimenta. Segundo ele, esses áudios [da JBS] revelaram ao público o modus operandi de um processo do qual já se suspeitava há tempos.
“Muitas vezes os investigadores sobretudo os de Curitiba fazem promessas para conseguirem delações das quais a lei não autoriza que sejam feitas”, afirmou Damous ao defender investigação da relação que se estabelece entre investigadores e delatores. Para ele, há indícios de coação, e promessas a partir do acordo que não têm previsão legal.
“Acaba fazendo que a palavra de um delator que fez uma parceria mal explicada com um procurador ou um juiz sirva para condenações, como já assistimos”, afirmou Pimenta, lembrando da fragilidade dessas provas baseadas apenas em delações.
“Não podemos ter no país a condição de que determinados procedimentos estejam fora da lei. Essas gravações revelaram como verdadeiras suspeitas, que tratativas ocorrem, estão fora da lei e que de fato devem ser investigadas”, concluiu.

9.21.2017

Há politização inédita na atuação do MP, diz professor da UFPA


: <p>Cerimônia de devolução a Petrobras de valores recuperados pela Operação Lavajato. E/D: Deltan Dallagnol, coordenador da Operação e o procurador Rodrigo Janot (José Cruz/Agência Brasil)</p>
Para o jurista Sérgio Silva Rocha, professor da Universidade Federal do Pará e desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, a exacerbação da disputa na Procuradoria-Geral da República, verificada na transferência de poder entre Rodrigo Janot e Raquel Dodge e os vazamentos das apurações do  Ministério Público para a imprensa são provas da politização da Justiça; para o jurista, o combate à corrupção é sempre benéfico, mas deve observar regras básicas como a presunção da inocência e a observância da estrita legalidade na apuração dos fatos e coleta da prova

Lula alerta procuradores: “estão mexendo com quem não roubou”

 Ricardo Stuckert
O ex-presidente Lula, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto para 2018, disse nesta quinta-feira, 21, que os investigadores da Lava Jato estão mexendo com "um político que não roubou e não tem medo deles", e que se sente "estimulado" para defender sua honra; "Não é porque estou acima de qualquer coisa. É porque eu não fiz o que eles dizem que eu fiz. Se eles estão acostumados a mexer com político que roubou, que fez corrupção, que enriqueceu e está com o rabo no meio das pernas, eles estão mexendo com um político que não roubou, que não tem medo deles e que a única coisa que tem é a sua honra para defender", disse Lula durante o lançamento da plataforma de debates O Brasil que o povo quer, da Fundação Perseu Abramo

Temer perde por 10 a 1 no STF e será julgado como chefe de quadrilha na Câmara


 Foto: Nelson Jr./SCO/STF (20/09/2017) Após dois dias de julgamento, por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (21) pelo envio imediato à Câmara dos Deputados da segunda denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República (PGR) Rodrigo Janot contra Michel Temer; a partir de agora, caberá à Casa decidir sobre autorização prévia para que a Corte julgue o caso, conforme determina à Constituição; entendimento do Supremo contraria pedido feito pela defesa de Temer, que pretendia suspender o envio da denúncia para esperar o término do procedimento investigatório, iniciado pela PGR, para apurar ilegalidades no acordo de delação da JBS, além da avaliação de que as acusações se referem a um período em que o presidente não estava no cargo, fato que poderia suspender o envio

Texto-base de PEC aprovada em 2º turno na Câmara prevê fim de coligações

Agência Brasil
Após sucessivas tentativas de votação, o plenário da Câmara aprovou no final da noite desta quarta-feira (20), em segundo turno, a análise do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 282/2016, que estabelece o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais a partir de 2020. Faltam votar três destaques antes da PEC seguir para o Senado.
No início da sessão, os deputados aprovaram destaque do PPS que propôs que o fim das coligações nas eleições proporcionais só ocorra a partir das eleições municipais de 2020, quando serão eleitos os vereadores. Com isso, as coligações ficam mantidas para as eleições de deputados federais e estaduais do ano que vem. O destaque foi aprovado por 384 votos contra 87 e quatro abstenções. Inicialmente, o texto da proposta estabelecia a mudança já nas próximas eleições, em 2018.
Durante a votação, o presidente em exercício, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) reiterou o compromisso de que compensaria o esforço dos parlamentares caso conseguissem concluir a votação ainda nesta sessão com a liberação da presença na quinta-feira (21). “Se vocês comprometerem e ficarem aqui e avançarmos, nós vamos ficar aqui até a 1h para amanhã não ter painel [eletrônico]”, disse Ramalho.
Plenário da Câmara durante votação de destaques à PEC 282/16
Plenário da Câmara durante votação de destaques à PEC 282/16
Para conseguir concluir a análise da PEC nesta sessão, os deputados aprovaram, de forma simbólica, um requerimento de quebra de interstício para que pudesse ser feita a votação do segundo turno sem o transcurso de cinco sessões plenárias, conforme prevê o regimento da Câmara. A medida viabilizaria a conclusão da análise da proposta para ser enviada à nova votação no Senado.
No entanto, apesar da tentativa de Ramalho em manter os deputados no plenário, a votação não foi concluída após pedido de líderes em virtude da diminuição no quórum. Dessa forma, ainda estão pendentes de análise três destaques ao texto-base.
“O quórum está baixo, é arriscado votar. Temos destaques polêmicos e não houve acordo de manutenção ou supressão de textos. Vamos deixar o destaque para a próxima terça-feira”, disse o líder do PP, deputado Arthur Lira (AL).
Nova sessão foi marcada para a concluir a análise do tema na próxima terça-feira (26). Para o sistema entrar em vigor nas próximas eleições, a PEC precisa ser votada pelo Senado e ser promulgada até o dia 7 de outubro, um ano antes das eleições de 2018.
Cláusula de desempenho
O texto já aprovado prevê a adoção de uma cláusula de desempenho para que os partidos só tenham acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na rádio e na TV se atingirem um patamar mínimo de candidatos eleitos em todo o país.
A cláusula de desempenho prevê que a partir de 2030 somente os partidos que obtiverem no mínimo 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço dos estados, terão direito aos recursos do Fundo Partidário. Para terem acesso ao benefício, os partidos também deverão ter elegido pelo menos 15 deputados federais distribuídos em pelo menos um terço dos estados.
O mesmo critério será adotado para definir o acesso dos partidos à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. A mudança, no entanto, será gradual, começando pelo piso de 1,5% dos votos válidos e 9 deputados federais eleitos nas eleições de 2018; chegando a 2% e 11 deputados eleitos, em 2022; a 2,5% e 13 eleitos em 2026, até alcançar o índice permanente de 3% e 15 eleitos em 2030.

Vamos Abraçar o Setembro Amarelo?


Na grande maioria dos casos, o suicídio pode ser prevenido. Estudos sugerem que o melhor jeito de prevenção é entender os fatores de risco.
Não se trata de uma doença, porém é a consequência de diversas desordens mentais, particularmente depressão profunda.
As taxas de suicídio são maiores em adolescentes, adultos jovens e idosos, sendo a maior em idosos acima de 65 anos.

O risco também é alto nos seguintes grupos:

– Idosos que perderam a esposa.
– Pessoas que tentaram cometer suicídio anteriormente.
– Pessoas com histórico familiar de suicídios.
– Pessoas com histórico de abuso físico, emocional ou sexual.
– Pessoas que possuíam amigos que cometeram suicídio.
– Pessoas solteiras e desempregadas.
– Pessoas com dor crônica ou doenças incapacitantes ou terminais.
– Pessoas com comportamento violento e impulsivo.
– Pessoas que acabaram de sair de hospitalização psiquiátrica.
– Pessoas com profissões específicas, como policiais e assistentes de saúde que lidam com pacientes terminais.
– Pessoas com problemas de abuso de drogas.

Quais são os sinais de alerta para o suicídio?

– Tristeza excessiva. Longos períodos de tristeza podem ser um sinal de depressão, que é a maior causa para o suicídio.
– Calma repentina. A calma repentina depois de um longo período de depressão pode ser um sinal de que a pessoa tenha decidido se matar.
– Afastamento. Preferir ficar sozinho e evitar atividades sociais pode ser um sintoma de depressão.
– Mudanças na personalidade e aparência. Mudanças de comportamento e atitudes como falar e se mover de forma rápida ou lenta ou parar de ligar para a aparência podem ser sinais de um suicida.

– Comportamento perigoso ou auto prejudicial. Direção perigosa, sexo sem proteção, abuso de drogas são sinais de que a pessoa não valoriza mais a vida.
– Trauma recente ou crise. A morte de um ente querido ou bichinho de estimação, o termino de uma relação, a perda de um emprego podem ser situações que causem depressão.
– Fazer preparativos. Visitar amigos e família, doar bens materiais, fazer testamento entre outras podem ser sinais de que a pessoa está pensando em acabar com a própria vida.
– Ameaçar. Mesmo que possa não acontecer, é importante levar a sério qualquer ameaça de suicídio.
Pessoas que tem acesso ao suporte familiar e serviços de saúde mental tem menos probabilidade de agir nos impulsos suicidas do que as pessoas isoladas. Se você perceber sinais de suicídio em pessoas conhecidas, não tenha medo de pergunta-las se estão deprimidas ou pensam em suicídio. Em alguns casos a pessoa só precisa saber que alguém se importa e tem tempo para ela. É importante que se confirmada a suspeita, se indique assistência médica.

O que fazer se alguém que você conhece fala sobre cometer suicídio?

– Não deixe a pessoa sozinha. Alerte familiares e amigos.
– Peça que a pessoa lhe dê quaisquer armas ou objetos cortantes. Leve embora esses objetos.
– Tente acalmar a pessoa.
– Liga para a emergência ou a leve para a sala de emergência.

A maior arma que possuímos contra o suicídio é a informação!

O setembro amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Saiba mais sobre a campanha no site setembroamarelo.org.br.
Que esse setembro amarelo seja de conscientização sobre este assunto tão importante.
Um bom final de semana.
FONTE:CLEVELANDCLINIC.

Se sair o Temer, quem fica no lugar dele?: R- Rodrigo Maia

Planalto fica em alerta com dura crítica de Maia

O Palácio do Planalto ficou em alerta com a dura crítica do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a ministros do governo e ao PMDB.

Rodrigo Maia disse que os aliados do governo não podem "ficar levando facada nas costas".

"Se é assim que eles querem tratar um aliado, eu não sei o que é ser adversário", acrescentou Maia.

Interlocutores do presidente Michel Temer ficaram preocupados com a decisão de Maia de externar essa contrariedade.

A preocupação no governo é que Maia fez a crítica pública no momento em que a Câmara deve receber a segunda denúncia contra Temer.

Um interlocutor de Temer chegou a lembrar que o fato gerador dessa insatisfação aconteceu há duas semanas, quando o senador Romero Jucá, presidente do PMDB, conseguiu filiar ao partido o senador Fernando Bezerra Coelho (ex-PSB).

O DEM trabalha para receber dissidentes do PSB e aumentar a bancada do partido. Na fala desta quarta, Maia atacou publicamente a postura do PMDB para "reduzir" o crescimento do DEM.

O Planalto está consciente de que, em véspera da votação da segunda denúncia, deve tentar diminuir o clima de insatisfação dos aliados

9.20.2017


247 – A presidente deposta Dilma Rousseff divulgou nota nesta quarta-feira 20, em que contestou o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas Nações Unidas e também a postura subalterna de Michel Temer na assembleia-geral da ONU.

Leia a nota da presidenta Dilma:
COM DISCURSO DE ÓDIO NA ONU, TRUMP AMEAÇA A HUMANIDADE
O discurso colérico de Trump na ONU, instituição criada para buscar a paz e promover o convívio entre as nações, é uma ameaça à humanidade.
Ao afirmar que pode destruir um país, Trump evidencia sua posição belicista, baseada na ameaça de um holocausto nuclear.
Trump ataca Cuba, promete romper o acordo nuclear com o Irã e exige apoio a uma intervenção na Venezuela.
As atitudes de Trump regridem à guerra fria, ameaçam nações livres e colocam a existência da humanidade em risco.
É lamentável que o governo ilegítimo do Brasil tenha se curvado a Trump e se calado diante das suas ameaças de intervenção na Venezuela.
Dilma Rousseff

Hipocrisia, golpismo e malas tornaram Aécio o mais rejeitado do País



Bruno Magalhães/Divulgação | Marcos Oliveira/Agência Senado | Reprodução
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) poderia ser hoje um dos nomes mais fortes para a disputa presidencial de 2018 se tivesse aceitado sua derrota nas eleições de 2014 para a presidente deposta Dilma Rousseff; no entanto, a pesquisa CNT/MDA o aponta como o presidenciável mais rejeitado do Brasil, em quem 69,5% dos brasileiros não votariam em nenhuma hipótese; os motivos são três: a contribuição decisiva para destruir a democracia brasileira, a hipocrisia diante da corrupção, uma vez que ele avaliza o apoio do PSDB a Michel Temer, e as próprias malas de R$ 2 milhões da JBS que foram entregues a seu primo Fred Pacheco; seu pedido de prisão foi novamente adiado e poderá ser julgado pelo STF no dia 26 deste mês 
Nas últimas quatro eleições presidenciais, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi o tucano com o melhor desempenho. Em 2014, ele chegou mais perto de vencer do que José Serra em 2002 e 2010 e do que Geraldo Alckmin em 2006.
Portanto, se tivesse aceitado a sua derrota para a presidente deposta Dilma Rousseff em 2014, ele seria hoje um dos nomes mais fortes para a disputa presidencial de 2018. Teria capital político e o controle da máquina tucana.
Aécio, no entanto, escolheu outro caminho: o golpismo ancorado num moralismo hipócrita. O político mineiro se aliou a Eduardo Cunha, preso em Curitiba, para derrubar Dilma e instalar Michel Temer no poder, hoje denunciado por corrupção, obstrução judicial e comando de organização criminosa. 
O resultado dessa estupidez política foi apontado pela pesquisa CNT/MDA, que hoje aponta Aécio como o presidenciável mais rejeitado do Brasil, em quem 69,5% dos brasileiros não votariam em nenhuma hipótese.
Os motivos são três: a contribuição decisiva para destruir a democracia brasileira, a hipocrisia diante da corrupção, uma vez que ele avaliza o apoio do PSDB a Michel Temer, e as próprias malas de R$ 2 milhões da JBS que foram entregues a seu primo Fred Pacheco.
A esse respeito, Aécio poderá ter seu pedido de prisão julgado pelo STF no dia 26 deste mês.
No campo da rejeição, Aécio é seguido nesse quesito por Ciro Gomes (54,8%), Alckmin (52,3%), Bolsonaro (45,4%), Doria (42,9%), Lula (50,5%) e Marina Silva (51,5%). Ou seja: de todos os presidenciáveis, é o único efetivamente

Janot sobre Temer: “não tenho amigo com R$ 51 milhões em apartamento”


O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot já demonstrou que irá reagir à altura aos ataques contra ele desferidos por Michel Temer e seus aliados; em entrevista ao Correio Brasiliense nesta quarta-feira, 20, Janot disse que defesa de Temer passou a atacá-lo, dada a dificuldade de rebater provas robustas; "Quando o fato é chapado, quando o fato é mala voando, são R$ 51 milhões dentro de apartamento, gente carregando mala de dinheiro na rua de São Paulo, gravação dizendo “tem que manter isso, viu?”, há uma dificuldade natural para elaborar defesa técnica nesses questionamentos jurídicos. E uma das estratégias de defesa é tentar desconstruir a figura do acusador. É assim que eu vejo", disse Janot; "De repente, passo a ser o vilão da história, o dito vilão da história, porque há necessidade de desconstituir a figura do acusador. O que fizeram comigo vão fazer com outros. Tenha certeza absoluta", disse o ex-PGR

Mulheres fazem as noticias


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Dermatite atópica em bebês e crianças: os sinais e o tratamento

Diferente do que algumas pessoas pensam, a doença que atinge os pequenos a partir dos dois meses de vida não é contagiosa. Saiba mais.
Você começou a perceber que o seu filho está se coçando com frequência, que a pele dele está ressecada, avermelhada e até com casquinhas? Talvez ele tenha dermatite atópica, uma doença inflamatória crônica que acomete crianças a partir dos dois meses de vida e também adultos. “O que muda é a localização das lesões: nos bebês, elas ficam principalmente na região do rosto, bochechas e pescoço. À medida que eles crescem, as feridas se concentram nas dobras das pernas e dos braços”, explica Paula Sanchez, dermatologista de São Paulo.
Atualmente, estima-se que cerca de 10 a 15% da população enfrente o problema em algum momento da vida. As pessoas com asma e rinite estão mais sujeitas a apresentá-lo e, embora não seja hereditário, o componente genético é importante. “Se os pais tiverem, a chance do filho apresentar a dermatite atópica aumenta, por isso é importante investigar se há algum antecedente, mas é claro que fatores ambientais também estão relacionados”, esclarece a médica.
Há, ainda, alguns aspectos que agravam a patologia, como as estações do ano. No frio, a pele costuma ficar mais ressecada, já no calor a transpiração aumenta. Locais com poeira, ácaros, substâncias químicas, como produtos de limpeza, e roupas sintéticas ou de lã são outras coisas que pioram. “O principal tratamento é usar hidratantes (sem cheiro e cor). Também indicamos pomadas de corticoides e imunomoduladores tópicos e orientamos que a criança tome banhos mornos, use sabonetes neutros somente nos locais em que realmente precisa – região genital, mãos, pés, braços – e evite buchas”, orienta a dermatologista.
E apesar da coceira ser um dos principais sintomas da enfermidade, o ideal é que os pequenos resistam à tentação, já que esse hábito também desencadeia o processo inflamatório. Por esse motivo, é recomendado que os baixinhos estejam sempre com as unhas cortadas e os bebês usem luvas. Diferente do que algumas pessoas acreditam, a dermatite não é contagiosa e é fundamental que os pais deixem isso claro – principalmente no ambiente escolar, para evitar que o filho sofra algum tipo de bullying.
(LucaLorenzelli/Thinkstock/Getty Images)
“Normalmente, os pequenos que têm a enfermidade acabam ficando mais prostrados, quietinhos e até deprimidos. Eles ficam chateados porque, às vezes, são discriminados por causa das lesões de pele. É importante conversar com os amiguinhos e até contar com grupos de apoio”, informa Paula. A AADA (Associação de Apoio à Dermatite Atópica) apresenta em seu site rodas de conversa que são realizadas em vários estados brasileiros e contam com pacientes que enfrentam o problema – entre eles crianças -, familiares e especialistas da área de saúde.
Apesar de não ter cura, a doença tende a regredir com a chegada da puberdade. Há especialistas que relacionam o surgimento da enfermidade com a fase em que a criança para de tomar o leite materno e introduz as comidinhas na sua dieta, mas essa é uma questão controversa. “Tem estudo que mostra que sim e outros que não existe essa associação. Mas ainda há pesquisas que estão sendo feitas e, talvez, no futuro a gente descubra que tem realmente relação”, pontua a dermatologista.
Não há maneiras de evitar a dermatite atópica, mas ela pode ser controlada com medidas relativamente simples. Se a criança tem rinite (ou asma) ou mesmo se os pais apresentam o problema, é importante ficar de olho. “Alguns estudos recentes dizem que hidratar a pele dos bebês é uma maneira de prevenir o problema, principalmente nos que apresentam esse histórico”, afirma a especialista. Procurar um dermatologista assim que os primeiros sintomas forem percebidos e seguir as instruções dadas é o primeiro passo para garantir a saúde do seu filho.