Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, afirmou que o editorial publicado pela revista Veja desta
semana denunciando "estado policial" causado pela Lava Jato chegou "com
um ano de atraso"; somente agora a publicação da editora Abril, uma das
mais ferrenhas apoiadoras do golpe, se manifestou sobre a gravação
envolvendo Lula e a presidente deposta Dilma Rousseff; segundo o
editorial da revista, foram ilegais as divulgações dos grampos,
repassados pelo juiz Sergio Moro ao Jornal Nacional, da Globo; a Veja
também condenou a publicidade dada a conversas entre a ex-primeira-dama
Marisa Letícia e seus filhos – que a própria revista divulgou, diga-se
de passagem; "Antes tarde do que nunca. As violações precisaram atingir
Reinaldo Azevedo para serem reconhecidas como incompatíveis com o Estado
de Direito", disse Zanin
"A delação só faz sentido se o colaborador tiver a segurança
de que o acordo feito será respeitado. Se ela puder ser revista, em
breve o instituto deixará de existir", disse o ministro Luis Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal Federal; a declaração é uma resposta ao
colega Gilmar Mendes, que sugeriu que a delação da JBS, que praticamente
selou a queda do governo de Michel Temer e o fim da carreira política
do senador Aécio Neves (PSDB-MG), teria que ser aprovada pelo plenário
da corte; Barroso também questionou outra declaração de Gilmar, que se
disse inclinado a rever seu voto sobre prisões em segunda
instância; "Voltar ao modelo anterior é retomar um sistema que pune os
pobres e protege os criminosos que participam de negociatas com o
dinheiro público", disse Barroso
247 – No mesmo dia em que a Globo declarou guerra ao ministro Gilmar Mendes, acusando-o de tramar contra a Lava Jato (saiba mais aqui), o ministro Luis Roberto Barroso, também do Supremo Tribunal Federal, decidiu reagir. Em entrevista ao jornalista Bernardo Mello Franco,
Barroso contestou duas posições de Gilmar: a revisão do acordo de
delação da JBS, que praticamente enterrou o governo Temer e o senador
afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e a possibilidade de rever a
jurisprudência sobre prisões em segunda instância. "Uma vez homologada, a delação deve prevalecer sem nenhum tipo de modificação futura", disse Barroso. "A
delação só faz sentido se o colaborador tiver a segurança de que o
acordo feito será respeitado. Se ela puder ser revista, em breve o
instituto deixará de existir." Barroso também condenou a possibilidade de revisão sobre prisões em segunda instância. "Voltar
ao modelo anterior é retomar um sistema que pune os pobres e protege os
criminosos que participam de negociatas com o dinheiro público",
afirmou. "Você só muda a
jurisprudência quando existe mudança na realidade ou na percepção social
do direito. Não aconteceu nem uma coisa nem outra."
Empresários
e políticos, o 'deputado da mala' Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR),
ex-assessor de Michel Temer, e o prefeito de São Paulo, João Doria, têm
vestígios de proximidade, aponta reportagem da Folha.
Uma foto excluída da rede social, junto com a pagina do deputado citado
em delação premiada do empresário Joesley Batista, dono da JBS,
mostrava ele com Doria e a legenda "amigo e prefeito", no Lide deste ano
-- evento da organização do Grupo Doria, que reúne mais de 1.700
empresas, que juntas representam 55% do PIB privado do Brasil, de acordo
com o website do grupo. Mas outro vestígio da relação com
Doria, diz o jornal paulista, continua on-line. O site do Tribunal
Superior Eleitoral registra uma transferência eletrônica de R$ 50 mil do
"sr. João Agripino da Costa Doria Junior" para a campanha de Loures à
Câmara dos Deputados em 2014. A assessoria de imprensa do prefeito
apontou "doação pessoal, com recursos próprios, quando o então candidato
a deputado ainda não era alvo das suspeitas que hoje recaem sobre ele",
e que "não é possível fazer ilações sobre fatos relatados três anos
depois da referida doação". Loures também participou do fórum
anual do Lide em 2013 e em 2016, quando ainda era chefe de relações
institucionais do então vice Michel Temer, e foi tratado como "ministro
informal", anotou pedidos de empresários e prometeu audiências. Na
outra sexta-feira (19), Rocha Loures desembarcou no Aeroporto
Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 6h10, vindo de
Nova York, onde acompanhava o evento Person of The Year, no qual João
Doria foi premiado. Rodrigo Rocha Loures e João Doria(prefeito de SP) no fórum do Lide deste anoLoures
foi o primeiro a desembarcar, recebido aos gritos de "ladrão" e
"bandido" por manifestantes que o esperavam desde o começo da manhã, e
deixou o aeroporto em um táxi, sem gravar entrevista. No dia
seguinte, também ao jornal paulista, Doria disse que Loures é "uma
pessoa a quem eu tinha estima" e disse "lamentar muito essa conduta".
Ressaltou que, "se culpado", deveria "aceitar as consequências", e
informou que os dois estavam presentes em evento do Itaú em NY. "Ele
estava em NY para o evento do prefeito, e o convidamos para falar com
nossos clientes sobre as reformas no Congresso", disse Alexsandra
Sanford, diretora de comunicação da Eurasia Group à Folha. No dia 17, Rocha Loures estava hospedado no Lotte New York Palace, em Manhattan, que tem diária mínima de US$ 350 (R$ 1.150). "Sabe
que eu sou uma espécie de híbrido? Como venho da iniciativa privada - a
gente tem a nossa empresa -, vivo da vida real, das dificuldades e
oportunidades da vida empresarial", disse Loures em conversa com o
delator Joesley Batista. A empresa é a Nutrimental, fundada pelo pai de
Loures em 1968. Mais tarde, o deputado afastado inventou barrinhas de
cereais depois batizadas de Nutry, e levou a família para mais perto do
PIB do país. O pai dele hoje preside o conselho de inovação da Fiesp. O
jornal destaca ainda a ascendência de 'Rodriguinho' na política. Um
parente seu foi deputado provincial entre 1862 e 1863, e seu avô,
deputado nos anos 1950. Na primeira campanha dele, em 2006, quando foi
eleito, disse: "Sou bisneto, neto e filho de uma dinastia que serve ao
Paraná! Do alto da pirâmide milionária da Fiep [Federação das Indústrias
do Paraná] nos contemplam 500 anos de fome, subdesenvolvimento e
analfabetismo político".
Michel Temer, que é rejeitado por 95% da população brasileira e
investigado por crimes como corrupção, organização criminosa e obstrução
da Justiça, é reconhecido como culpado dos crimes revelados pela JBS; é
o que mostra um levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisas;
segundo a pesquisa, para 63,8% dos brasileiros, Michel Temer não foi
vítima de armação dos irmãos Joesley e Wesley Batista; 30,2% disseram
que o peemedebista foi vítima e 6% não opinaram; na iminência de deixar o
Palácio do Planalto, Temer se agarra à expectativa de que algum
ministro do TSE peça vistas da ação de cassação do seu mandato, que será
julgada no próximo dia 6 de junho. Michel Temer, que é rejeitado por 95% da população brasileira, 99%
entre os nordestinos, e é investigado por crimes como corrupção,
organização criminosa e obstrução da Justiça, é reconhecido como culpado
nas revelações feitas pela JBS. É o que mostra um levantamento realizado pelo instituto Paraná
Pesquisas. Segundo a pesquisa, para 63,8% dos brasileiros, Michel Temer
não foi vítima de armação dos irmãos Joesley e Wesley Batista. 30,2%
disseram que o peemedebista foi vítima e 6% não opinaram. Para 75,7% dos entrevistados, os empresário da JBS devem ser
condenados pelos crimes revelados por eles em delação premiada. 19,7%
acham que não e 4,6% não opinaram. O levantamento do Paraná Pesquisas foi feito com 2.494 brasileiros,
por meio de questionário online, entre os dias 24 e 25 de maio. O grau
de confiança de 95,0% e a margem estimada de erro de 2% para os
resultados gerais.
FÉ é quando tudo se renova dentro de você. É quando diante às intensas
dificuldades, você tem determinação e não desiste de caminhar.
FÉ é quando mesmo em meio às tempestades, você sabe e crê que o teu Mestre tem poder para ferir e curar.
FÉ é quando, mesmo com toda a oposição, você segue determinada de que seu milagre conseguirá alcançar.
FÉ é mesmo quando ninguém mais acredita, porém você acredita e tudo isso é o que mais importa.
FÉ é quando você deixa de ter medo porque aprendeu a confiar e acredita em um Deus poderoso, fiel, firme e zeloso.
FÉ é quando tudo está aparentemente escuro, mas sempre há aquele
pontinho de esperança que cresce e se ilumina, a ponto de se
intensificar à medida que as sombras querem dominar!
FÉ é quando você anda pelo deserto faminto e triste, mas é confortado e
nutrido, e mesmo quando pisa em cobras cheias de veneno em suas
mandíbulas e sendo teus pés feridos, você percebe que teu Deus ergue a
mão só para te salvar!
FÉ é quando tudo opera para que você desista e não consegue porque a
força do céu que opera em você é inteiramente forte, imponente e
cintilante.
FÉ é quando em meio aos perigos ou até mesmo quando és jogado na cova
dos lobos você não teme, apenas segue em frente ou então enfrenta sem
ser vacilante e assim devotando sagrada oração, confiando,
perseverando...
FÉ é quando diante aos excruciantes desafios, você não perde a calma, se
renova e se reveste de determinação, você se refaz, adquire profunda
força e segue sem tropeçar.
FÉ é quando tudo diz que você não conseguirá persistir e você
simplesmente brilha e surpreende, sentindo-se motivada e confiante.
FÉ é quando você é ferido, atacado, machucado, pisado e talvez até
morto, mas não perde a esperança, deixando assim pegadas de fidelidade e
bondade. Você não deixa apagar a radiante luz que há em você, porque
essa luz é o que você realmente precisa para crescer!
Presidente tinha 5 votos a 2 a seu favor mas 4 votos foram mudados, ele só tem 1 voto
A crise que atingiu Michel Temer também fez tremer o
TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que julga a partir de 6 de junho
processo que pode levar à cassação do peemedebista. No Congresso,
partidos que ainda dão sustentação a Temer contam com uma decisão da
corte para abandonar de vez o barco. Pressionados, ministros admitem
que, se há duas semanas a sensação era de que Temer teria uma vitória,
hoje a balança dos votos pende para a cassação.
As informações são da coluna Painel da Folha de S.Paulo.
"Na última quinta-feira (18), dia em que foi deflagrada operação da PF
com base na delação da JBS, ministros do TSE discutiram nos bastidores
da corte.
"Um integrante do tribunal questionou os colegas se aquele seria “o
melhor momento” para julgamento de tal repercussão. Foi repreendido por
um ministro que disse que quem tivesse dúvida deveria pedir vista.
"Os ministros também afirmam que a sensação de imprevisibilidade do
resultado se agravou diante do silêncio de Gilmar Mendes. O presidente
da corte eleitoral não tem conversado sobre a ação nem com colegas.
Mais da metade da população brasileira (65%) não tinham uma reserva
financeira em março último, taxa ligeiramente acima da registrada no mês
anterior (60%), segundo o Indicador de Reserva Financeira, do Serviço
de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL); "O desafio de boa parte das famílias é
superar a queda de renda decorrente do aumento do desemprego e do avanço
recente da inflação, que corroeu o poder de compra do consumidor", diz
a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti
"Temer passará à história como um governante que se ajoelhou diante
dos mais ricos e agiu contra a grande maioria da população. Se valeu do
golpe para servir aos banqueiros e contra o Brasil. Não foi apenas um
golpe, mas um assalto ao poder por uma gangue de ladrões", afirma o
sociólogo e cientista político Emir Sader; "Mas passará também como um
pulha, um político subserviente, que colocou sua mediocridade a serviço
das piores causas. Que terminou enxotado pelo povo, como o governante
que menor apoio teve em toda a história do país, símbolo do mais
avacalhado que a política brasileira já produziu, misto de Eduardo Cunha
e Aécio Neves", completa; para Emir, "a partir da negação do STF e da
presidência da Câmara sobre o chamado ilegal às Forças Armadas, só resta
a renúncia a Temer"
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou nesta sexta-feira
(26) que parte dos valores desviados no esquema investigado na 41ª fase da Operação Lava Jato
abasteceram contas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e de
sua mulher, Cláudia Cruz. Segundo o procurador, Cláudia tinha como
saber a origem dos recursos.
O valores depositados para Cunha foram para contas no exterior que já
eram conhecidas, afirmou o procurador, ao detalhar a 41ª fase da Lava
Jato, deflagrada nesta sexta. Esta etapa da operação apura desvios em
operações da Petrobras em Benin, na África. Ao todo, sete pessoas teriam
recebido propina do esquema.
Santos Lima afirmou que parte dos valores eram para o operador João
Henriques e parte para Cunha. De acordo com ele, a investigação ainda
precisa ser aprofundada. Ele reafirmou que um dos pontos fortes da Lava
Jato é a cooperação internacional e que o MPF trabalha para recuperar o
produto de roubo.
Claudia Cruz, mulher do então presidente da Câmara dos Deputados
Eduardo Cunha, ao lado dele durante cerimônia no Congresso em novembro
de 2015 (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo)
Sérgio Moro foi um caçador implacável da Dona Marisa. O juiz-acusador
perseguiu a ex-primeira dama com uma tal e eficiente obsessão que
conseguiu, finalmente, condená-la à morte com um AVC. À continuação, um odioso Moro, um ser possuído por sentimentos que são estranhos a pessoas justas e de bem, quis decretar a condenação eterna da Dona Marisa. Ele descumpriu o Código de Processo Penal e relutou, por mais de 30 dias depois do óbito, a declarar a inocência da Dona Marisa. O grande crime cometido por Marisa Letícia, na convicção do Moro e
dos seus colegas justiceiros de Curitiba, foi ter sido a companheira de
vida e de sonhos do ex-presidente Lula; a parceira do sonho de um Brasil
digno, justo e democrático. Neste 25 de maio de 2017, Moro trocou a toga daquele juiz-acusador
que persegue obsessivamente Lula, pelo traje de advogado de defesa dos
integrantes da sua classe – no caso, a família Cunha/Temer/Aécio. Moro inocentou Cláudia Cruz, a “senhora” do presidiário Eduardo Cunha
[como a burguesia patriarcal se referes às esposas dos “chefes de
família”], o integrante da camarilha e sócio de Michel Temer na
conspiração que golpeou a Presidente Dilma. A gentileza do Moro com Cláudia Cruz tem antecedentes. Sem a mínima
plausibilidade, em 2016 ele decidiu devolver o passaporte dela, sendo
ela ré pelos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas – ou
seja, dinheiro depositado no estrangeiro. Titular de contas milionárias na Suíça, a única maneira da Cláudia
Cruz sair do país para, eventualmente, gerenciar as contas [os alegados trusts] da família, seria com o passaporte que Moro fez a deferência de mandar devolver-lhe [à Cláudia Cruz]. Na sentença, Moro entendeu, inacreditavelmente, que “não há provas”
de que Cláudia Cruz conhecia e de que ela tenha se beneficiado da
propina de contratos da Odebrecht com a Petrobrás, recebida por Eduardo
Cunha no contrato de exploração do campo de petróleo em Benin [sic]. O pagamento, através do cartão de crédito dela, das aulas de tênis do
filho nos EUA a um custo de mais de 100 mil dólares [uma bagatela, a
considerar o critério do Moro], e os gastos extravagantes com artigos de
luxo em lojas de grife na Europa e EUA, estranhamente não foram levados
em consideração por Moro e pelo MP. Para dissimular a desfaçatez jurídica, no despacho Moro anotou uma
“reprimenda” a Cláudia Cruz e registrou, simplesmente, que ela foi
“negligente” [sic]. “Zeloso” no cumprimento da Lei [como não é na
condenação do Lula], Moro destacou, porém, que “negligência” não é
suficiente para condenar alguém [sic]. Cada qual que tire as próprias conclusões. Se, contudo, alguém ainda acreditar que a justiça é cega, que faça o teste.
Sugiro, todavia, que só testem “a imparcialidade e a isenção” da
justiça aqueles seres humanos que não sejam negros, pobres,
trabalhadores, subalternos e, principalmente, petistas,
anti-capitalistas e anti-imperialistas
A nova indicação possibilitará redução do risco de infecção provocada pelo vírus HIV-1 em adultos de alto risco.
Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 25/05/2017 00:31
Última Modificação: 25/05/2017 15:45
A
Anvisa aprovou uma nova indicação para a bula do Truvada. Com isso, o
medicamento poderá ser indicado, também, nos casos de pré-exposição
(PrEP) ao vírus HIV-1. A nova indicação possibilitará a redução do
risco de infecção provocada pelo vírus quando adquirido sexualmente em
adultos de alto risco – homens que fazem sexo com homens (HSH) – e
casais sorodiscordantes (em que apenas um possui o vírus). A nova
indicação deverá ser publicada no Diário Oficial da União desta
segunda-feira (29/5). A
Agência também publicará a alteração do registro, para que o produto
possa ser usado como PrEP. Hoje, o registro é apenas para o tratamento
da doença, por isso será necessária a mudança para uso em prevenção. O
Truvada é uma combinação farmacológica de duas substâncias ativas:
entricitabina (FTC) e fumarato de tenofovir desoproxila (TDF). A nova
indicação prevê a administração do medicamento diariamente, em
combinação com práticas sexuais mais seguras. A
prescrição do Truvada para a PrEP faz parte de uma estratégia
abrangente de prevenção, já que, de acordo com estudos de eficácia do
medicamento para esta nova indicação, nem sempre é efetivo prevenir a
infecção por HIV-1 somente com a administração do medicamento. De acordo com a nova bula, a estratégia inclui: -
Seguir rigorosamente o esquema posológico de administração de Truvada
(um comprimido uma vez ao dia por via oral, pelo tempo em que o adulto
permanecer sob risco de exposição à infecção por HIV-1), administrando o
medicamento independente da exposição ao risco de infecção, uma vez que
os ensaios clínicos de eficácia do medicamento mostraram que o efeito
protetor do medicamento está fortemente relacionado com a adesão ao uso
contínuo e níveis detectáveis de Truvada no sangue; -
Aconselhar os indivíduos não infectados, em tratamento para reduzir o
risco de infecção por HIV-1, sobre práticas sexuais mais seguras que
incluam uso consistente e correto de preservativos, conhecimento da sua
situação sobre o HIV-1 e a do parceiro. -
Realizar testes regularmente para outras infecções transmissíveis
sexualmente que possam facilitar a transmissão do HIV-1, como sífilis e
gonorreia; - Informar os
indivíduos não infectados em tratamento para reduzir o risco de infecção
por HIV-1 sobre, e apoiar seus esforços na redução do comportamento
sexual de risco. Outro fato
importante sobre o uso de Truvada é que ele deve ser administrado, no
caso da estratégia de PrEP, somente em indivíduos que sejam
comprovadamente HIV-1 negativos. Isto se deve ao dado de que Truvada
isoladamente pode gerar o aparecimento de substituições de resistência
ao vírus caso ele seja administrado em indivíduos com infecção não
detectada por HIV-1, pois o Truvada administrado isoladamente não
constitui um regime completo para o tratamento. Leia também: Teste de farmácia para HIV ganha registro no Brasil
Uma das vozes mais sensatas da política brasileira, o
governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, aponta uma saída para o
impasse nacional; "O único caminho que enxergo para a política é um
acordo PT-PSDB, Lula e Fernando Henrique numa mesa. Neste momento de
muita precarização da política, uma conversa direta seria um fato
altamente positivo, uma mensagem importante de busca de recomposição da
institucionalidade", disse ele, em entrevista à BBC; Dino diz ainda que
Lula é quem mais teria condições de promover uma repactuação do País,
mas afirma que ele pode vir a ser impedido de disputar as próximas
eleições presidenciais, porque o Brasil estaria vivendo tempos de
exceção; "A gente não vive condições normais, a Justiça se politizou, se
partidarizou muito", diz ele
247 –
Uma das vozes mais sensatas da política brasileira, o governador do
Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, aponta uma saída para o impasse
brasileiro: o afastamento de Michel Temer e um diálogo PT-PSDB em busca
de uma solução institucional, com pausa nas reformas trabalhista e
previdenciária, até que o Brasil tenha um governo legitimado pelo voto.
"O único caminho que enxergo para a política é um acordo PT-PSDB, Lula e
Fernando Henrique numa mesa. Neste momento de muita precarização da
política, uma conversa direta seria um fato altamente positivo, uma
mensagem importante de busca de recomposição da institucionalidade",
disse ele, em entrevista à BBC.
Embora defenda diretas-já, Dino considera esse cenário pouco provável. "Só
haverá eleição direta havendo mobilização popular nessa direção. E esse
é um ponto de interrogação muito mais do que qualquer juridiquês. Se
não houver mobilização popular, é muito difícil o Congresso ou o TSE ir
para esse caminho, porque se choca com o desejo meio que universal da
classe política, da elite, de um certo nível de estabilidade. A classe
social dominante não quer eleição direta agora."
Ele afirma ainda que Michel Temer se isolou completamente ao convocar as Forças Armadas. "Acho
que o efeito principal foi ampliar o isolamento do Temer, o fragilizou,
sobretudo pela medida equivocada de convocar o Exército. Quando você
vai para o extremo, é lógico que você constrói isolamento, até pelo modo
como foi anunciado, muito atabalhoado, dizendo que foi pedido pelo
Rodrigo Maia, mas não foi."
Na
entrevista, Dino fez ainda uma defesa do ex-presidente Lula e afirmou
que ele é quem mais tem legitimidade para conduzir a repactuação do
País. "De todas as grande
lideranças nacionais, é quem tem maior legitimidade para tentar
reconduzir uma repactuação do país. Lula não é bom só para a esquerda, é
bom para todo mundo que acredita na democracia política. Ele
pode, ao fazer um governo de diálogo como fez no passado, conduzir um
caminho que não seja de confrontação, que ao meu ver foi o grande erro
do Michel. O Michel veio adotar uma agenda de mais confronto e,
portanto, de mais isolamento social. Qual
é o problema dele? As denúncias, a gravação, claro, e ter só 4% de
aprovação. Você já pega um país dividido, polarizado, e vai para um
caminho de venezualização, de radicalização. Deu no que deu."
O risco, afirma Dino, é Lula vir a ser impedido de disputar as próximas eleições por razões judiciais. "Em
condições normais não haveria tempo nem em 2018, mas a gente não vive
condições normais. De fato a Justiça se politizou, se partidarizou
muito, me refiro ao sistema de Justiça como um todo, abrangendo polícia,
Ministério Público. Então, é muito difícil fazer análise política sem
levar em conta esse ingrediente."
"Quando chegar, teu nome é Rodrigo", disse o deputado afastado
Rodrigo Rocha Loures, assessor de Michel Temer e homem da mala de R$ 500
mil, numa conversa gravada com o empresário Joesley Batista; a
orientação foi dada para que o dono da JBS burlasse o esquema de
segurança do Palácio do Jaburu; Rocha Loures foi gravado por Joesley no
dia 13 de março na casa do empresário, em São Paulo; “Protege você, te
deixa à vontade, dá para fazer sempre assim", afirmou Loures; "Funcionou
super", respondeu Joesley O deputado afastado Rodrigo Rocha
Loures, homem da mala de R$ 500 mil, ligado a Michel Temer, tramou um
esquema para que o empresário Joesley Batista burlasse a segurança do
Jaburu. Bastaria sempre se identificar como Rodrigo, segundo informa o blog do jornalista Fausto Macedo. Eis o diálogo: Loures pergunta a Joesley. “A conversa com ele (Temer) foi boa lá aquele dia?” O empresário responde. “Muito boa, muito boa. Eu tava precisando ter aquela conversa lá com ele. Primeiro, brigado.” Loures: “Imagina.” Joesley: “Super, super discreto ali,
bem, é, também dei meu nome nada. Entrei, entrei direto na garagem,
desci, fui ali naquela salinha ali.” O deputado: “Protege você, te deixa à
vontade, dá para fazer sempre assim. Quando for, quando você chegar e o
cara pergunta, teu nome é ‘Rodrigo’. O menino… como aqueles militares
ali da portaria não são controlados por nós, a gente nunca sabe quem vai
estar naquela posição. O Comando fica trocando esses caras. Quando você
chega, a placa do (inaudível). Diz: ‘O ‘Rodrigo’ vai chegar aí com o
carro tal’. O menino que está na porta sabe nada.” Joesley: “Funcionou super.” Loures: “Ele queria acho que também
falar com você, te ouvir, não é? E da outra vez, ele perguntou naquele
dia, ele falou assim: ‘mas ele te disse o que é?’. Eu falei:
‘Presidente, nem disse, nem eu perguntei, porque (inaudível)’. Daí ele
até disse assim: ‘é, então, mas diga a ele que se ele quiser falar, que
ele pode falar com você’.” Joesley: “Isso.” Rocha Loures: “‘Ele só vai falar se ele quiser falar. Então, tem que deixar o Joesley à vontade’.” Joesley: “Agora eu estou autorizado, porque ele me autorizou.” Em um trecho adiante, da conversa, Joesley aponta a Rocha Loures quem eram seus interlocutores no Planalto. Joesley: “Então, primeira coisa que
eu fui falar com ele era exatamente isso. (Inaudível) Eu disse assim:
‘Michel, eu falava (inaudível) com o Eduardo. Aconteceu o que aconteceu
com o Eduardo, enfim, aí eu fui falar com o Geddel. Aí eu tava falando
com o Geddel, tudo bem, aí aconteceu o que aconteceu com o Geddel, que
eu falava com o Padilha aí, acho que hoje o Padilha está voltando, mas…” Rocha Loures: “Voltou já.” Joesley: “Isso, aí o Padilha estava
naquela situação. Pô, eu tenho que achar com quem que eu falo. Aí ele
falou: ‘Pode falar com o Rodrigo, o Rodrigo é da minha mais alta
confiança. Tudo’. Então, pronto. Falei, então: ‘Então, pronto, agora eu
tô em casa’. Aí, então, foi ótimo, foi conversa. Falei, então, o
seguinte: ‘não vou ficar te enchendo o saco, vou falar tudo com o
Rodrigo que eu precisar, nós vamos tocando. Se em algum momento tiver
alguma coisa que eu ache que é importante, aí eu venho’.” Loures: “Aí vocês se encontram.” Joesley: “Isso.”
Investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução
judicial, além de alvo de 14 pedidos de impeachment, O golpista Michel Temer tenta
tirar uma nova carta da manga para se manter no cargo – e garantir seu
foro privilegiado; segundo o colunista Josias de Souza, ele articula o
apoio de um ministro no Tribunal Superior Eleitoral, que pediria vistas e
adiaria o julgamento previsto para 6 de junho; a queda pelo TSE vinha
sendo tratada pelo PSDB como a "saída honrosa" para Temer, mas ele
pretende lutar para ficar, mesmo sendo rejeitado por 95% dos brasileiros - Investigado por corrupção, organização criminosa e
obstrução judicial, além de alvo de 14 pedidos de impeachment, o golpista tenta tirar uma nova carta da manga para se manter no cargo – e
garantir seu foro privilegiado. Segundo o colunista Josias de Souza,
ele articula o apoio de um ministro no Tribunal Superior Eleitoral, que
pediria vistas e adiaria o julgamento previsto para 6 de junho. "Prevalecendo a tática d o golpista , o desfecho pode ser jogado para as
calendas, pois não há prazo para a devolução do processo. Deve-se a
tentativa de fuga à reversão do placar. Planalto contava com uma vitória
apertada: 4 a 3. Passou a recear uma derrota pelo mesmo placar", diz
Josias. "Resta saber se haverá no TSE um ministro com disposição para entrar
num jogo de empurra que permitirá a Temer voltar a confiar no amanhã,
desde que não se descubra mais nada contra ele durante à noite",
acrescenta. A queda pelo TSE vinha sendo tratada pelo PSDB como a "saída honrosa"
para o golpista Temer, mas ele pretende lutar para ficar, mesmo sendo rejeitado
por 95% dos brasileiros
Jornalista Luis Nassif considera que o golpista Michel Temer é um cadáver
político que deve ser preso quando deixar a presidência; "Não bastará
tirar o esquema Temer do poder. Será preciso desinfetar o Estado do
profundo processo de aparelhamento que jogou por todos os poros da
máquina pública, da EBC à Funai, da Funasa à Eletronuclear, os
integrantes das quadrilhas de Eduardo Cunha, Aécio, Padilha e da horda
dos 120 hunos eleitos pela maior máquina de corrupção da história, no
bojo dos campeões nacionais", diz Nassif; "Aliás, a literatura
desenvolvimentista terá que mergulhar em profunda autocrítica sobre os
desmandos desse modelo de criação de campeões nacionais"
Por Luís Nassif, Jornal GGN - Peça 1 – a última cartada do Golpista Temer A tentativa de colocar na cena o fator militar foi o último blefe de
Michel Temer. A reação imediata de um oficial legalista, o respeitado
general Villas Boas Correa, de parlamentares, de porta-vozes
responsáveis da sociedade civil, abortou a tentativa de aprofundamento
da crise política, impedindo o Brasil se reeditar o Panamá de Rafael
Noriega. O que se tem, é simples. No comando, um governo reconhecidamente
corrupto, comprando parlamentares para aprovar um conjunto de medidas
que afeta direitos de trabalhadores e contribuintes. Esse é o
combustível maior da indignação que começa a se generalizar no país. Nas próximas semanas, há a possibilidade de duas delações definitivas. Uma, do deputado Rodrigo Loures (PMDB-PR), o homem da mala de R$ 500
mil. Pelas informações que circulam, é pessoa de pouca resistência
emocional que apresentou à própria PF a prova definitiva: a sacola e os
R$ 500 mil recebidos de Joesley Bastista, depois da reunião sugerida por
Temer. O segundo, Eduardo Cunha. A extrema simpatia de Sérgio Moro em
relação à senhora Cunha tem duas explicações: ou é o fascínio que
acomete os membros da Lava Jato paranaense ante qualquer celebridade
(ela já foi locutora e repórter da Rede Globo) ou estratégia de
negociação com Cunha. Não menospreze o provincianismo do grupo curitibano da Lava Jato. O deslumbramento explica muitas de suas atitudes. O que interessa para a nossa analise é que qualquer uma das delações
terá o poder de jogar definitivamente Temer – e seu grupo – atrás das
grades. Ou seja, a presidência já é baixa contábil. O que se discute é
se irão para trás das grades ou não. Esse fator explica a resistência de Temer a qualquer tentativa de
desalojá-lo. Outros grampos com Loures já abriram as portas para um dos
esquemas mais notórios de corrupção de Temer, no porto de Santos (https://goo.gl/esbqH6). Peça 2 – a transição política A estratégia de se promover um desarranjo total na política – através
um golpe parlamentar ou clássico – visando empurrar goela abaixo
reformas não aceitas pela maioria da população, é conhecida como Teoria
do Choque. Em geral, avalia-se em seis meses, depois do choque, o tempo
que leva para a sociedade se reorganizar. No andar de baixo, a explosão
das manifestações populares; no andar de cima, os protestos atravessando
até a pesada blindagem da mídia, sinalizam que o o golpe
plutocrata-liberal perdeu prazo de validade. Qualquer tentativa de insistir nessa estratégia significará levar o caos e os conflitos para todos os cantos do país. Esses momentos de espanto são propícios para a aparição do grande
estadista nacional, o único capaz de romper com a inércia e abrir espaço
para os novos rumos, o Sr. Crise. A única dúvida é se já se alcançou o
fundo o poço ou não. A resposta virá nos próximos dias. Haverá um crescimento da campanha pelas diretas mas, provavelmente, a
saída da crise será através da queda de Temer e sua substituição por um
presidente eleito indiretamente, que conduza o país até as eleições de
2018. Peça 3 – as alternativas políticas Há um conjunto de nomes de presidenciáveis circulando. Alguns significarão a continuidade do esquema de Temer e da JBS. 1. Henrique Meirelles Joesley Batista grampeou Michel Temer. Logo, de sua parte, os
diálogos foram encenados. E o que faz o delator? Reclama do presidente a
pouca atenção que seu ex-funcionário, Ministro da Fazenda Henrique
Meirelles, dedica aos seus pleitos. Um grampo consagrador para
Meirelles. Aparentemente faz parte do know how dos goianos, depois do famoso
grampo sem arquivo de Gilmar Mendes e Demóstenes Torres – ambos se
elogiando durante a gravação. É possível que os 5% da opinião pública que apoiam Temer acreditem na sinceridade do desabafo de Joesley. 2. Rodrigo Maia Filho de César Maia, genro de Moreira Franco e súdito de Michel
Temer, seria a maior garantia da continuidade do esquema de corrupção
que se implantou na parceria Executivo-Congresso. Depois, há nomes como Nelson Jobim – do PMDB, mas com trânsito no
PSDB e interlocução no PT -, Tasso Jereissatti – um templário tucano. Mais importante que o nome será o processo de escolha, se no bojo de
um pacto de desarmamento dos espíritos ou na radicalização da guerra. Ontem, o Ministro da Defesa Raul Jungman, confrontado com seu
primeiro desafio promoveu um vexame, radicalizando com o chamamento das
Forças Armadas, seguido do recuo humilhante. E do gesto intolerante de
cassar a Ordem do Mérito da Defesa concedida ao ex-deputado federal José
Genoíno. Poderia ter exercitado sua seletividade com vários outros
personagens, mas levaria o troco. A Ordem do Mérito da Defesa já
agraciou Edison Lobão, o ex-governador capixaba Élcio Álvares, Fernando
Collor, Gilberto Kassab, Heráclito Fortes, José Serra, Leônidas Pires
Gonçalves (envolvido em acusações de tortura), Márcio Fortes (tesoureiro
do caixa 2 de Serra), Paulo Skaf, Aécio Neves, os ex-governadores
paraense Almir Gabriel e Jader Barbalho, o notório Egberto Batista,
Aroldo Cedrez do TCU, Delcídio do Amaral, Irapuan Costa Júnior, João
Nardes do TCU. Mas Jungman escolheu Genoíno, sabendo que não teria condições de
reagir. Uma atitude vil, mostrando a verdadeira estatura pública de
Jungman: insignificante. No dia seguinte, ele e o general Sérgio Etchegoyen foram obrigados a
convocar a imprensa para voltar atrás na convocação das Forças Armadas,
ambos com ar de quem soltou pum na sala. Peça 4 – os caminhos do entendimento Ponto 1 – A descontaminação da máquina pública. Não bastará tirar o esquema Temer do poder. Será preciso desinfetar o
Estado do profundo processo de aparelhamento que jogou por todos os
poros da máquina pública, da EBC à Funai, da Funasa à Eletronuclear, os
integrantes das quadrilhas de Eduardo Cunha, Aécio, Padilha e da horda
dos 120 hunos eleitos pela maior máquina de corrupção da história, no
bojo dos campeões nacionais. Aliás, a literatura desenvolvimentista terá que mergulhar em profunda
autocrítica sobre os desmandos desse modelo de criação de campeões
nacionais. Ponto 2 – limites ao poder do Ministério Público, Polícia Federal e da Lava Jato Obviamente só será possível com um governo de conciliação acima de qualquer suspeita. Ponto 3 – a reabertura dos canais de negociação em torno das reformas Um interino conciliador providenciar a imediata suspensão das
reformas em andamento e a convocação de conselho – com representantes de
todas as partes – para abrir um processo de negociação.
O MP-MG investigará a denúncia de atuação irregular do senador
afastado Aécio Neves (PSDB) na construção da Cidade Administrativa; a
promotora Elizabeth Villela, da Promotoria de Defesa do Patrimônio
Público, já havia aberto um inquérito com o objetivo de apurar
ilegalidades na obra e incluiu a denúncia feita por delatores da
Odebrecht sobre o pagamento de propina ao tucano, quando era governador
do estado; o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedito Júnior
disse que pagou R$ 5,2 milhões em propina a Aécio Neves, de acordo com
os inquéritos da Operação Lava Jato; a obra teve um orçamento final de
R$ 1 bilhão
Acuado , Michel Temer confirmou ter se encontrado com o executivo
Ricardo Saud, o "homem da mala" da JBS, que foi filmado entregando uma
mala com R$ 500 mil ao deputado Rocha Loures; em depoimento ao MPF, Saud
afirmou que se encontrou com o peemedebista sete vezes em 2014, quando
tratou de repasses da empresa ao PMDB; segundo o delator, Temer ainda
teria pedido R$ 1 milhão para ele próprio; valor teria sido entregue em
dinheiro na Argeplan Arquitetura e Engenharia, que tem como sócio o
coronel aposentado João Baptista Lima, amigo de Temer; embora confirme
que Temer tenha se encontrado com Saud, o Planalto tentou minimizar os
eventos; apesar de confirmar as reuniões, a assessoria de Temer não
mencionou quantas vezes elas ocorreram Michel Temer admitiu ter se encontrado com o "homem da mala" do grupo JBS, Ricardo Saud. O Apesar de confirmar as reuniões, a assessoria do presidente não
mencionou quantas vezes elas ocorreram. "Poucas vezes, mas não chegaram a
sete como ele afirmou", diz em nota. Saud, que ocupava o cargo de diretor de Relações Institucionais do
grupo JBS, disse em acordo de delação premiada ter se encontrado sete
vezes com Temer em 2014. As informações são de reportagem de Talita Fernandes na Folha de S.Paulo. "De acordo com o depoimento prestado pelo executivo ao Ministério
Público Federal, as reuniões ocorreram entre julho e outubro de 2014, em
três endereços: na vice-presidência, no Palácio do Jaburu e no
escritório de Temer, em São Paulo. Saud narrou que, nesses encontros, foram tratados repasses para o PMDB em meio às eleições daquele ano. Ele afirmou ainda que Temer teria pedido R$ 1 milhão para ele
próprio. O valor teria sido entregue em dinheiro na Argeplan Arquitetura
e Engenharia, que tem como sócio o coronel aposentado João Baptista
Lima, amigo de Temer. O delator contou também ter tratado com Temer o repasse de outros R$ 14 milhões a seus aliados do PMDB. Saud entregou ao deputado Rocha Loures (PMDB-PR) uma mala com R$ 500
mil em dinheiro. A entrega foi filmada pela Polícia Federal em uma ação
como parte do acordo de delação dos irmãos Batista."
A Polícia Federal está na ruas do Rio, São Paulo e Curitiba para
cumprir mandados de prisão e condução coercitivas expedidos pelo juiz
Sérgio Moro na 41ª fase da Lava Jato; os alvos são os lobistas Jorge Luz
e Bruno Luz, tidos como operadores na ação que apura pagamentos de
propina ao PMDB, além de outras pessoas supostamente envolvidas com
eles; a dupla já havia sido alvo da 38ª fase da Lava-Jato; a atual
operação tem a ver com irregularidades num campo de petróleo comprado
pela Petrobras no Benim, na África; segundo as investigações, Jorge e
Bruno estão envolvidos em pelo menos seis episódios de corrupção e
lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras e foram citados por ao menos
dois delatores da Lava-Jato: Paulo Roberto Costa e Fernando Soares, o
Baiano Agentes da Polícia Federal estão nas ruas do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal na 41ª fase da Operação Java-Jato. Segundo a TV Globo, os alvos são os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz,
tidos como operadores na ação que apura pagamentos de propina ao PMDB. Jorge Luz e o filho dele Bruno Luz já foram alvos da 38ª fase da Lava-Jato. Segundo as investigações, Jorge e Bruno estão envolvidos em pelo
menos seis episódios de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da
Petrobras e foram citados por ao menos dois delatores da Lava-Jato:
Paulo Roberto Costa e Fernando Soares, o Baiano. A atual operação tem a ver com irregularidades de complexas operações
financeiras realizadas para aquisição, pela Petrobras, de um campo de
petróleo no Benim, na África. A operação foi batizada de Poço Seco
devido aos prejuízos da Petrobras na compra do empreendimento. Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção,
fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro dentre
outros. Os presos serão trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba quando autorizados pelo juízo competente.
O Tribunal de Contas da União retomou a investigação de um contrato
da Odebrecht com a Petrobras que atinge diretamente Michel Temer;
fechado em 2009 por US$ 825 milhões, o acordo consiste na prestação de
serviços de segurança e meio ambiente para unidades da Petrobras no
exterior; de acordo com dois delatores da Odebrecht, foi acertada uma
propina de US$ 40 milhões para o PMDB, numa reunião presidida por Temer;
em seu primeiro mandato, logo que soube do superfaturamento, a
presidente Dilma Rousseff determinou à então presidente da Petrobras,
Graça Foster, que reduzisse o contrato em 43%; preso em Curitiba,
Eduardo Cunha tentou questionar Temer sobre este contrato, mas suas
questões foram vetadas pelo juiz Sergio Moro, que entendeu que o
ex-deputado tentava extorquir o chefe de governo O Tribunal de
Contas da União retomou a investigação de um contrato da Odebrecht com a
Petrobras que atinge diretamente Michel Temer. Fechado em 2009 por US$ 825
milhões, o acordo consiste na prestação de serviços de segurança e meio
ambiente para unidades da Petrobras no exterior. De acordo com dois delatores da
Odebrecht, foi acertada uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB, numa
reunião presidida por Temer (confira aqui). Em seu primeiro mandato, logo que
soube do superfaturamento, a presidente Dilma Rousseff determinou à
então presidente da Petrobras, Graça Foster, que reduzisse o contrato em
43% (leia aqui). Segundo
o relato de Márcio Faria, número dois da Odebrecht, Graça Foster soube
do pagamento ao PMDB antes mesmo de o contrato ser assinado e pediu
explicações a Marcelo Odebrecht. O ex-presidente da empreiteira disse
que não sabia quem eram os peemedebistas que estavam recebendo do
dinheiro. O objetivo era saber se Temer estava entre os beneficiários. Preso em Curitiba, Eduardo Cunha
tentou questionar Temer sobre este contrato, mas suas questões foram
vetadas pelo juiz Sergio Moro. Leia a reportagem de Murillo Camarotto, que traz mais detalhes sobre o caso.
O jogo virou O abalo sísmico que rachou a base do
presidente golpista Michel Temer também fez tremer o TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), que julga a partir de 6 de junho processo que pode levar à
cassação do peemedebista. No Congresso, partidos que ainda dão
sustentação a Temer contam com uma decisão da corte para abandonar de
vez o barco. Pressionados, ministros admitem que, se há duas semanas a
sensação era de que o presidente teria uma vitória, hoje a balança dos
votos pende para a cassação. Sintomas Na última quinta-feira (18), dia em que foi
deflagrada operação da PF com base na delação da JBS, ministros do TSE
discutiram nos bastidores da corte. Sintomas 2 Um integrante do tribunal questionou os
colegas se aquele seria “o melhor momento” para julgamento de tal
repercussão. Foi repreendido por um ministro que disse que quem tivesse
dúvida deveria pedir vista. Esfinge Os ministros também afirmam que a sensação
de imprevisibilidade do resultado se agravou diante do silêncio de
Gilmar Mendes. O presidente da corte eleitoral não tem conversado sobre a
ação nem com colegas. Quem pisca O clima entre o PMDB e o PSDB no
Congresso é de desconfiança. Peemedebistas acusam os tucanos de estarem
conspirando. O PSDB, por sua vez, não esconde a avaliação de que Temer
perdeu as condições de controlar a crise. Giro tucano Presidente nacional do PSDB, Tasso
Jereissati (CE) vai percorrer Estados em que sua sigla elegeu
governadores e prefeitos para questioná-los sobre o desembarque do
governo. Geraldo Alckmin e João Doria, em São Paulo, serão os primeiros a
receber a visita. Antagonistas Da cadeia, Eduardo Cunha disse a
aliados que Temer não renuncia e que não dá de barato a queda do
presidente. José Sarney fez diagnóstico oposto. Segundo interlocutores,
avalia que golpista está em um beco sem saída e que deveria tentar conduzir
sua transição. Volver Na noite desta quarta (24), após a dispersão
do protesto, integrantes da Defesa avaliavam que a ação das Forças
Armadas não era mais necessária. O golpista deve revogou o decreto. O governo
acha que a radicalização da manifestação deve esvaziar novos atos por
diretas. Timing Em meio à crise instalada pela divulgação do
grampo feito por Joesley Batista com o presidente, o CNJ (Conselho
Nacional de Justiça) colocou na pauta da sessão de terça (30) dois
procedimentos contra o juiz Sergio Moro. Um deles questiona a divulgação
de conversas de Lula e seus familiares. Quero saber O corregedor do CNJ (Conselho Nacional
de Justiça) encaminhou nesta quarta (24) ao procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot, e a Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF,
pedido de informações a respeito de um juiz citado nas delações de
Joesley Batista. Linha cruzada Em jantar na noite desta terça (23),
no qual reuniu dissidentes do PMDB e integrantes da oposição, a senadora
Kátia Abreu (PMDB-TO) falou com Dilma Rousseff, por telefone, sobre a
crise política. Na cochia O PT está disposto a não colocar barreiras
a um nome de centro na eleição indireta. Publicamente, continuará
defendendo “Diretas já”. Guarda-Costas Senadores riram ao lembrar que pela
segunda vez coube a Gabribaldi Alves (PMDB-RN) separar uma briga entre
seus colegas. Na terça (23), atuou para conter confusão em comissão.
Antes, havia apartado Eduardo Braga (PMDB-AM) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Visita à Folha O ex-ministro Walfrido dos Mares Guia visitou a Folha nesta quarta (24). Estava acompanhado de Paulo Lúcio Camargo, jornalista. TIROTEIO
O ideal era que o golpista Temer renunciasse. Seria um gesto responsável e de grandeza. As acusações contra ele tratam de atos graves.
DO EX-SENADOR PEDRO SIMON (PMDB), sobre a situação política do
presidente Michel Temer depois de o STF instaurar inquérito contra ele. CONTRAPONTO Dia de subcelebridade Nesta quarta (24), na porta da presidência da Câmara, jornalistas
esperavam representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes)
entregarem a Rodrigo Maia (DEM-RJ) um abaixo-assinado com 220 mil
assinaturas pedindo a convocação de eleições diretas. O encontro foi a portas fechadas. Apenas alguns deputados da base
acompanharam. Pouco antes da saída do presidente da Casa, o deputado
Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) deixou o gabinete: — Nem venham com perguntas. Não quero falar nada. Mas o deputado não foi reconhecido e passou sem ser parado por qualquer gravador.
Caso está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes desde que Teori Zavascki faleceu, ai vai ser difícil esse ministro, que o golpista Temer indicou, fazer qualquer coisa que favoreça a democracia.
A
defesa de Dilma Rousseff encaminhou petição ao Supremo Tribunal Federal
(STF) nesta quarta-feira (24), pedindo à Corte que julgue a ação sobre a
legalidade do impeachment da presidenta eleita. O caso está nas mãos do
ministro Alexandre de Moraes, desde que o ministro Teori Zavascki
faleceu, em janeiro deste ano. Alexandre de Moraes foi indicado em
fevereiro pelo presidente Michel Temer para o STF. A ação, que
defende a nulidade do processo de impeachment contra Dilma, foi
apresentada pelo advogado José Eduardo Cardozo em setembro do ano
passado. Para Cardozo, Temer foi atingido frontalmente por
denúncias de corrupção e de tentativa de obstrução da Justiça, feitas a
partir de delações homologadas pelo STF. “O País passa hoje por uma
crise política e institucional aguda, em dimensões nunca antes
vivenciadas”, destacou o ex-ministro da Justiça e ex-advogado Geral da
União. “A cada dia se evidencia mais a ilegitimidade e a
impossibilidade do atual presidente da República permanecer no exercício
do mandato para o qual não foi eleito, e em que foi indevidamente
investido por força de um processo de impeachment escandalosamente
viciado e sem motivos jurídicos que pudessem vir a justificá-lo”,
completou.
Ação foi apresentada pelo advogado José Eduardo Cardozo em setembro do ano passadoCardozo destacou ainda que "urge que um governo legitimado por 54,5 milhões de votos, e indevidamente afastado do mandato que lhe foi outorgado pela população
brasileira, retome as rédeas do País para buscar a normalidade
institucional". "Somente o Poder Judiciário pode reverter esta situação
lesiva à democracia e ao Estado de Direito." O advogado comentou
também sobre a "desejada" renúncia de Michel Temer pela "ampla maioria
da população brasileira", "que fica aterrorizada pela possibilidade de
uma eleição indireta, feita pelo Congresso Nacional, onde muitos de seus
membros são acusados de terem incorrido na prática de atos ilícitos". Cardozo
lembra ainda na petição que o próprio Temer apontou o desvio de poder
de Eduardo Cunha ao aceitar a abertura do processo de impeachment contra
Dilma, em entrevista à TV Band,
em abril, quando disse que "se o PT tivesse votado naquele comitê de
ética [favoravelmente a não abertura do processo de cassação do então
deputado Eduardo Cunha], é muito provável que a Senhora Presidente
continuasse [no poder]".
Em audiência, ex-governador só respondeu às perguntas da defesa e tentou aliviar acusações contra esposa
O Dia
Rio
- Apesar do tentativa da Secretaria de Administração Penitenciária
(Seap), a transferência do ex-governador Sérgio Cabral para uma
carceragem mais confortável não deve acontecer tão cedo. O juiz
Guilherme Schilling Pollo Duarte, da
(VEP), determinou a instalação de uma nova câmera na entrada do Presídio
de Benfica, Zona Norte carioca, antes da remoção. Instalação de câmera no presídio de Benfica adia a transferência de Sérgio Cabral de Bangu para lá
Fabio Motta / Estadão Conteúdo
A medida foi tomada após a equipe de fiscalização
da VEP constatar, durante visita, a necessidade de se instalar uma
câmera de ângulo frontal no controle de acesso à unidade. Cabral está,
desde novembro, no presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste
do Rio.
A Seap, em apenas três meses e ao custo de R$26 mil,
reformou o antigo Batalhão Especial Prisional BEP) para acolher o
ex-governador e os presos da Lava-Jato que tem curso superior. As novas
celas têm capacidade para seis presos, em 16m².
Em cada uma, três beliches, um banheiro com vaso
sanitário, pia e um chuveiro com água fria. Cada detento tem direito a
uma tomada e pode levar um ventilador. Também tem lugar para instalação
de uma TV de 14 polegadas. As camas são as usadas por atletas durante as
Olimpíadas Rio 2016.
No entanto, na entrada do presídio não há
detector de metais e nem bloqueadores de celulares. O juiz da VEP
aguarda a instalação do equipamento para autorizar a transferência dos
presos. Cabral evita falar Mesmo diante da
advertência do juiz Marcelo Bretas de que havia provas e que a audiência
era o momento ideal para se defender, o ex-governador do Rio Sérgio
Cabral recusou-se a responder às perguntas do magistrado e de
procuradores, durante audiência, ontem na Justiça Federal. Cabral
decidiu exercer o direito de permanecer parcialmente em silêncio,
respondendo apenas perguntas da sua defesa e dos advogados da sua
mulher, Adriana Ancelmo. Assim como o ex-governador, ela é ré no
processo relativo à Operação Calicute. Por conta disso, o
interrogatório durou menos de 20 minutos. Aos questionamentos dos
advogados de defesa, Cabral negou o recebimento de propinas e procurou
aliviar a esposa das acusações. O peemedebista disse que sua mulher
‘jamais’ soube sobre como se davam os pagamentos das joias. Afirmou que
ela não tinha conhecimento do uso de caixa dois e nega ter recebido
valores pelo escritório da ex-primeira-dama, o Ancelmo Advogados.
“Sempre respeitamos nossas individualidades. Jamais interferi no dia a
dia do escritório dela e ela não interferiu no meu (trabalho)”. Sobras de campanha Ele
alegou que utilizou “sobras de campanha eleitoral” para comprar joias
para a sua mulher, Adriana Ancelmo. Disse ainda que adquiria as peças em
dinheiro nas lojas H. Stern e Antonio Bernardo, em datas festivas.
Somente na H. Stern, o ex-governador e Adriana Ancelmo, compraram 20
joias por R$6 milhões, entre 2012 e 2015, segundo depoimento, da
diretora comercial da joalheria, Maria Luiza Trotta. O
ex-governador negou ter recebido vantagens indevidas das construtoras
Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, conforme relatado em delação
premiada por ex-executivos da construtora. Negou, ainda, ter lavado ou
ocultado esses recursos. “(Essa acusação) não é verdadeira”. Segundo
Cabral, as reuniões com a Andrade Gutierrez eram “sempre sobre assuntos
relacionados à prestação de serviços ao Estado”. O
ex-governador também disse que não recebia 5% sobre os valores dos
contratos fechados com as construtoras e que não tinha conhecimento da
cobrança de 1% dos valores das obras, a chamada “taxa de oxigênio”. Cabral
responde a crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
pertinência a organização criminosa no processo da Operação Calicute.
Foi o último interrogatório relacionado ao processo, que pode ter
sentença até julho, segundo Bretas. Cabral é réu em mais oito processos.