Não é à toa que bancos de todo o mundo estão quase exigindo o uso obrigatório de antivírus nos celulares
Rio
- Você usa WhatsApp? Quem não usa? O negócio é ter cuidado com ele,
porque está chegando por aí uma nova safra de vírus que podem contaminar
seu celular por meio de arquivos que chegam a você durante as trocas de
mensagens. A IBTimes alerta que há pelo menos dois arquivos
maliciosos que já começaram a atuar pesadamente lá fora e que devem
chegar por aqui muito em breve. Eles usam nomes de organizações
governamentais e chegam ao smartphone da vítima como se fossem planilhas
do Excel (ou seja, aquelas que são identificados com a extensão “xls”).
Só que, quando você clica neles, esses arquivos conseguem
pescar dados como senhas de login, códigos de acesso a aplicativos etc.
Recomenda-se muito, muito cuidado com esse tipo de arquivo. WhatsApp: Todo cuidado é pouco
Reprodução
Não é à toa que bancos de todo o mundo estão quase
exigindo o uso obrigatório de antivírus nos celulares, porque o acesso
às suas contas bancárias fica bem vulnerável graças ao próprio vacilo do
cliente.
Também vamos reforçar que não é recomendável abrir
arquivos que você não tenha solicitado — mesmo aqueles que tenham sido
enviados pelo seu grupo de amigos. Tenho certeza de que a maioria deles é
totalmente dispensável. Outra coisa importante de ter em
mente é que, a partir deste ano, muitos modelos de smartphones não vão
mais conseguir usar o WhatsApp. É assim que funciona a indústria de
tecnologia. Ela melhora os programas (software) agregando novas
funções a eles, o que exige o uso de aparelhos (hardware) mais novos e,
com isso, força o consumo. Acho isso feio, mas é da vida. E vale
lembrar: software é o que você xinga, hardware é o que você chuta. Então
anote aí e espalhe pros amigos. Esta semana o ‘zapzap’ deixou de ser
compatível com os celulares que usam os sistemas Android 2.1 e 2.2, o
iOS6 (iPhone3GS) e Windows Phone 7. No próximo dia 30 de junho será a
vez de o aplicativo sumir das plataformas BlackBerry, BlackBerry 10,
Nokia S40 e Nokia Symbian S60. Nesse caso, não deverá atingir
muitos usuários. Na verdade, 99% dos novos smartphones usam os sistemas
fornecidos pela Google (Android), Apple (iOS) e Microsoft (Windows).
Deputado denuncia caso de empresária que se diz ameaçada e roubada por motorista armado
Rio - Revelada com exclusividade pelo DIA ontem,
a denúncia de uma passageira contra um motorista de Uber, acusado de
ameaçá-la com uma arma e sequestrá-la junto com a filha, uma bebê de
seis meses, já está nas mãos da Justiça. Ao tomar conhecimento do caso
pelo jornal, o deputado estadual Dionísio Lins (PP) entrou ontem com uma
ação na Promotoria de Tutela Coletiva da Defesa do Consumidor e
Contribuinte do Ministério Público do Rio.
Ele pede que sejam
tomadas as medidas legais para que se apure o caso e também pretende
cobrar uma posição da Uber sobre o ressarcimento dos R$ 12 mil que a
vítima afirma ter sido obrigada a entregar ao motorista. “É
preciso saber se a direção do aplicativo vai ressarcir os R$ 12 mil
roubados da passageira e se vai prestar algum tipo de atendimento
psicológico, já que hoje existe apenas a profissão de taxistas
regulamentada por lei”, disse o deputado. Ele informou ainda que vai
solicitar às secretarias de Fazenda municipal e estadual a relação com o
nome e endereço de todos os motoristas cadastrados no Uber e como é
feito o processo de cadastramento. A empresária de Niterói conta que viveu três horas de agonia em carro onde foi levada junto com a filha
Reprodução
A vítima, uma empresária que mora em Niterói,
afirma que embarcou em Icaraí com destino a Piratininga, na Região
Oceânica do município, mas o motorista a rendeu com uma arma e mudou a
rota, levando-a até Petrópolis, a 75 km de Niterói. Ela conta que rodou
dentro do carro por três horas, sofrendo ameaças, e foi abandonada com a
bebê na cidade da Região Serrana, após o motorista roubar seu celular e
a quantia em dinheiro que tinha em sua bolsa.
Delegado
responsável pelo caso, Robson da Costa, titular da 77ª DP (Icaraí), diz
que solicitou o Boletim de Ocorrência feito pela vítima em Petrópolis,
em caráter de urgência, e ontem mesmo já estava com o documento em mãos.
“Vamos dar início às diligências, identificando o suspeito e fazendo o
recolhimento das imagens de segurança do local, a princípio”, explicou. Deputado cobra ficha criminal O
deputado quer saber ainda se a Uber levanta a ficha criminal de seus
motoristas. “Há muito tempo estamos cobrando do representante do Uber na
cidade, o senhor Fábio Sabba, como é feito o processo de seleção para
atuar na empresa, se é feito um levantamento de bons antecedentes desses
motoristas, onde são cadastrados, as certidões negativas que o Uber diz
ter em seu poder, além de toda a documentação necessária para seu
funcionamento na atividade de transporte de passageiros”, completou. Após
saber do caso, usuários do aplicativo em Niterói disseram estar
receosos quanto à segurança do serviço. “Uso bastante o Uber, mas é
importante saber quem é essa pessoa. Posso ser mais uma vítima se esse
motorista ainda estiver na Uber”, disse a engenheira Paula Matheus, 31.
Outra usuária preferiu não se identificar, pois se o motorista estiver
solto, teme pela sua segurança. “Hoje está tudo tão violento. Moro bem
perto de onde a menina pegou o carro. Não sei se volto a usar o app”,
contou a estudante. Taxa extra para garantir segurança Desde
quinta-feira, a Uber não informa se o motorista envolvido na denúncia
de sequestro já foi identificado ou notificado pela empresa. E mantém o
que disse anteriormente em nota oficial: “Em caso de investigações e
processos judiciais, a Uber colabora com as autoridades nos termos da
Lei”. Coincidência ou não, a Uber está cobrando aos usuários,
desde ontem, uma taxa de R$ 0,75 por viagem em todo o país. Segundo a
empresa, a taxa é para “manter o crescimento saudável da plataforma no
Brasil, que ajudará a apoiar iniciativas de segurança para motoristas
parceiros e usuários, além de outros custos operacionais”. Questionada
sobre quais seriam essas ‘iniciativas’, a Uber não retornou até o
fechamento desta reportagem. A tarifa do UberX, categoria mais barata do
serviço, tem preço base de R$ 2 e cobra R$ 1,40 por quilômetro rodado,
mais R$ 0,15 por minuto de viagem. Já o serviço Black tem preço base de
R$ 4, cobra R$ 2 por quilômetro rodado e mais R$ 0,23 por minuto de
viagem.
O banqueiro Ronaldo Cezar Coelho confessou ter usado sua conta na
Suíça para receber R$ 23 milhões da Odebrecht para a campanha
presidencial de José Serra, do PSDB, em 2010; além disso, Coelho disse
ter se valido da lei de repatriação de recursos para legalizar o
dinheiro sujo – o que é considerado ilegal por advogados; atual
chanceler do governo Michel Temer, Serra, disse que sua campanha foi
financiada dentro da lei e ainda não pediu demissão; de acordo com a
lei, partidos que recebem recursos eleitorais no exterior, podem ter seu
registro cassado pela Justiça Eleitoral; ou seja: em tese, o PSDB pode
desaparecer
Grupo Globo, que colocou e mantém Michel Temer no poder, por meio do
golpe parlamentar de 2016, agora mira seus canhões na direção do
ministro da Justiça, Alexandre de Moraes; reportagem deste sábado do
jornal O Globo o coloca como mentiroso e o critica por ter negado o
socorro pedido pelo governo de Roraima, antes do massacre de ontem, que
matou 31 presidiários – muitos deles decapitados; Globo já exigiu de
Temer que demitisse alguns de seus ministros, como Romero Jucá e Geddel
Vieira Lima, e Moraes pode vir a ser o próximo; pressionado, ele
apresentou um plano de segurança que prevê a construção de cinco novos
presídios federais e outros 27 nos estados
Bruno Júlio, titular da Secretaria de Juventude, disse que 'tinha era que matar mais' ao comentar massacreBRASÍLIA — Após a repercussão de sua declaração ao GLOBO
sobre o massacre em um presídio de Manaus, em que afirmou que deveria
haver ‘uma chacina por semana’, o secretário nacional de Juventude,
Bruno Júlio (PMDB), pediu demissão nesta sexta-feira. Segundo o
Planalto, a saída de Júlio do cargo ocorre por pedido do secretário e
"já foi aceita" pelo presidente Michel Temer. A decisão será publicada
no Diário Oficial da União nos próximos dias.
Ao comentar o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim
(Compaj), na capital do Amazonas, Júlio afirmou que 'tinha era que matar
mais':
— Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era
que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana — disse Bruno,
que é filho do ex-deputado federal Cabo Júlio (PMDB-MG).
Bruno foi nomeado secretário da Juventude pelo presidente Michel
Temer em junho. A pasta é subordinada à Secretaria de Governo da
Presidência da República.
— Isso que me deixa triste. Olha a repercussão que esse negócio que o
presídio teve e ninguém está se importando com as meninas que foram
mortas em Campinas (12 pessoas foram mortas pelo ex-marido de uma delas,
no réveillon). Elas, que não têm nada a ver com nada, que se explodam.
Os santinhos que estavam lá dentro, que estupraram e mataram:
coitadinhos, oh, meu Deus, não fizeram nada! Para, gente! Esse
politicamente correto que está virando o Brasil está ficando muito
chato. Obviamente que tem de investigar…
A opinião desse babaca é a mesma de todos da equipe do golpista Temer, a diferença é que ele deu entrevista ao jornaleco O Globo falando que "Tinha que matar mais"
Matéria
publicada nesta quarta-feira (4) pelo Financial Times conta que antes
mesmo de se instalar no escritório oval, Donald Trump já causa pânico
nas empresas
americanas localizadas fora dos EUA . Esta semana foi a vez da Ford,
que cancelou uma nova usina de US $ 1,6 bilhões no México, aumentando a
produção em Michigan. O anúncio, que se seguiu a um tweet de Trump
na terça-feira (3) ameaçando a GM rival da Ford com um "grande imposto "
para a fabricação no exterior, pode ter sido apenas uma boa estratégia
de seus relações públicas. > > Financial Times The protectionist trade fallacies of America First Financial
Times analisa que é profundamente errado que o presidente eleito dos
EUA, armado com uma mentalidade protecionista, esteja conduzindo a
política industrial intimidando empresas via Twitter.
Financial
Times analisa que é profundamente errado que o presidente eleito dos
EUA, armado com uma mentalidade protecionista, esteja conduzindo a
política industrial intimidando empresas via TwitterSe
ele persistir com este tipo de intervenção não ajudará a impulsionar o
emprego na América, diz o diário de finanças. Em vez disso, ele vai
incutir um medo de intromissão política entre os líderes empresariais, interromper cadeias de fornecimento internacionais eficientes e alimentar assim uma reação protecionista e populista entre os parceiros comerciais da América. Trump tem ameaçado frequentemente impor tarifas pesadas a companhias específicas com produção fora do país que vendem
seus produtos para a União Europeia. Tais impostos seriam ilegais em
praticamente qualquer acordo de comércio imaginável, incluindo a lei da
Organização Mundial do Comércio e dentro do Acordo de Livre Comércio da
América do Norte, mas a Ford evidentemente decidiu pela prudência e
mudou seus planos.
O Facebook pediu desculpas nesta quarta-feira (4) por ter censurado uma foto
da estátua de Netuno, em Bolonha, no Norte da Itália, publicada pela
historiadora Elisa Barbari. A imagem da escultura, que retrata o deus
dos mares nu e está há quase 500 anos na praça de Netuno, havia sido
colocada na página "História, curiosidades e visões de Bolonha",
utilizada pela autora para promover a cidade. "Queria impulsionar
minha página, mas, para o Facebook, a foto do nosso Gigante é um
conteúdo explicitamente sexual que mostra excessivamente o corpo ou se concentra em uma parte do corpo sem ser necessário. Que coisa de louco!", escreveu Barbari. Depois
de muitas críticas e da repercussão negativa, a equipe de Mark
Zuckerberg se apressou em remediar o erro e admitiu que a foto da
estátua "não é uma imagem com conteúdo explicitamente sexual".
Escultura retrata o deus dos mares nu e está há quase 500 anos na praça de Netuno"Examinamos toda semana milhões de imagens
publicitárias e, em alguns casos, cometemos erros. Essa imagem não
viola nossas políticas, e nos desculpamos pelo erro. Também já
comunicamos a usuária que a imagem foi aprovada", disse um porta-voz da
rede social. Não é a primeira vez que o Facebook se envolve em
polêmica por causa de censuras. Em 2016, a rede bloqueou a foto mais
icônica da guerra do Vietnã, que mostra uma garota de nove anos fugindo
de ataques com napalm, que havia sido publicada por um norueguês. A
histórica imagem teria "violado as regras de nudez" do site, que mais
tarde reconheceu o erro. Na ocasião, o autor do post acusou Zuckerberg
de "abuso de poder". Além disso, também em 2016, o Facebook chegou
a bloquear a foto de uma tela de Caravaggio publicada pelo brasileiro
Hamilton Moura Filho Desivel. Também neste caso, a rede social pediu
desculpas.
Vereador coxinha de São Paulo quer revogar Dia da Consciência Negra e acabar com cotas
Fernando Holiday (DEM), de 20 anos, ganhou destaque (e votos) como ativista do Movimento Brasil Livre (MBL)
Estadão Conteúdo
São
Paulo - No terceiro dia como vereador de São Paulo, Fernando Holiday
(DEM), de 20 anos, disse que vai apresentar uma proposta para revogar o
Dia da Consciência Negra, data celebrada em 20 de novembro. Em
entrevista à TV Câmara nesta quarta-feira, o jovem afirmou ainda que vai
propor o fim das cotas raciais em concursos públicos municipais da
capital. Após ter sido eleito com pouco mais de 48 mil votos,
Holiday voltou a reforçar bandeiras de sua campanha. Muitas delas foram
apresentadas na internet, onde o ativista do Movimento Brasil Livre
(MBL) ganhou destaque.
Vereador de São Paulo, Fernando Holiday (DEM) é contra o Dia da Consciência Negra e quer acabar com as cotas
Reprodução/Facebook
Em novembro do ano passado, o jovem publicou em
uma rede social que é "um absurdo" existir uma data como o Dia da
Consciência Negra, que "homenageie um homem assassino escravagista." O
dia 20 de novembro foi escolhido como homenagem à morte de Zumbi dos
Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado neste dia.
"Vou
ter propostas de várias frentes, algumas delas mais polêmicas, como
propor o fim das cotas raciais em concursos públicos municipais em São
Paulo. É um debate que há muito tempo venho encampando, contrário às
cotas porque acredito que elas reforçam o machismo ao invés de ajudar os
negros. Vou propor a mudança da justificativa do Dia da Consciência
Negra, que é um feriado complicado, que muitas vezes por atrapalhar esse
combate (contra o racismo)", explicou Holiday na TV Câmara. O
vereador disse também que vai apresentar propostas para revogar todo
tipo de legislação ou burocracia que atrapalhe o microempreendedor e o
microempresário da periferia, "que hoje sofre com uma série de papeladas
e processos burocráticos para montar seu próprio negócio ou contratar
alguma pessoa". Outra ideia defendida pelo parlamentar é a
proibição de homenagens em sessões solenes a ditadores e genocidas "ou
qualquer personagem ou fato histórico que tenha atentado contra os
direitos humanos e a liberdade em algum momento da história." "Já
protestei na Câmara contra uma homenagem que fizeram a Fidel Castro em
uma sessão solene que teve. Pretendo trazer essa experiência e esse
idealismo para dentro da Câmara, uma casa legislativa que é a casa do
povo, para que respeite as liberdades também quando for homenagear
alguém", afirmou. Na entrevista, Holiday não citou outras personalidades
que poderiam ter homenagens barradas.
Lei Seca inicia blitz durante o dia nesta quinta-feira
Operação Verão acontecerá até depois do Carnaval, nos principais acessos às praias, áreas de lazer e cachoeiras do estado
O Dia
Rio
- A partir desta quinta-feira, a Operação Lei Seca iniciará blitzes
diurnas de fiscalização e conscientização nos principais acessos às
praias, áreas de lazer e cachoeiras do estado. De acordo com o programa,
as ações da Operação Verão acontecerão até depois do Carnaval.
Este
é o terceiro ano consecutivo da operação. No ano passado, foram
abordados 5.814 motoristas e 538 apresentavam sinais de embriaguez. Em
2015, foram abordados 4.970 motoristas e 350 tinham sinais de
alcoolemia.
Até depois do Carnaval, as blitzes acontecerão nos principais acessos às praias, áreas de lazer e cachoeiras do estado
Divulgação
"O carioca já aprendeu a se organizar com relação
aos hábitos de beber e dirigir à noite por causa das operações Lei
Seca, mas isso ainda não acontece durante o dia. Nossos agentes
cadeirantes já trabalham nos calçadões das orlas há 7 anos, chamando a
atenção de motoristas sob a grande incidência de acidentes de trânsito
envolvendo álcool e direção", explicou o coordenador da Lei Seca,
tenente-coronel Marco Andrade.
Segundo os agentes, durante o
período também serão promovidas ações educativas para alertar a
população sobre os riscos de beber e dirigir. As blitzes à noite
continuarão sendo realizadas normalmente. "Pretendemos com esta
terceira edição da Operação Verão que a população entenda que os riscos
de misturar bebida e direção não tem hora ", reforçou o coordenador
Marco Andrade.
Como o golpe parlamentar de 2016 e a inépcia da dupla Michel
Temer-Henrique Meirelles derrubaram a atividade econômica, levando o
Brasil à maior recessão de todos os tempos, serão necessários cortes
adicionais no orçamento de 2017 para que o governo federal consiga
fechar as contas deste ano; de acordo com o serviço de notícias
Broadcast, da Agência Estado, a equipe econômica já discute passar a
tesoura em R$ 20 bilhões previstos para este ano – e isso levando em
conta a meta fiscal que já prevê um rombo de R$ 139 bilhões; o motivo do
corte é simples: a proposta de orçamento prevê crescimento de 1,6% em
2017, mas a média das projeções de mercado já aponta apenas 0,5%; ou
seja: a arrecadação será menor do que o previsto e o governo ou terá que
propor novos impostos ou elevar ainda mais a meta de rombo orçamentário
neste ano A equipe econômica terá que
anunciar cortes adicionais de R$ 20 bilhões no orçamento de 2017, mesmo
já trabalhando com uma meta de rombo fiscal de R$ 139 bilhões. As informações do serviço de informações Broadcast, da Agência Estado. O motivo é simples: como o
crescimento deste ano será bem menor do que o previsto na peça
orçamentária, os cortes serão necessários para evitar que o governo
eleve a meta de rombo fiscal e afunde ainda mais a pouca credibilidade
que tem. Na peça enviada ao Congresso, o
governo previu alta de 1,6% do PIB neste ano, mas a média das previsões
de mercado aponta para apenas 0,5%, com viés de baixa. Isso significa que a arrecadação
será menor e o governo terá que cortar mais despesas ou propor novos
impostos para tentar manter a meta. Na prática, o golpe quebrou o
Brasil. Em 2015, quando o PSDB, de Aécio Neves e Fernando Henrique
Cardoso, se aliou ao PMDB, de Eduardo Cunha e Michel Temer, para
instaurar a política do "quanto pior, melhor" e viabilizar o
impeachment, o PIB caiu 5%. Em 2016, quando Michel Temer e Henrique
Meirelles se mostraram incapazes de conter o déficit e ampliaram o rombo
para quase R$ 200 bilhões, a queda será de 3,5%. E 2017 já está
perdido. Ou seja: o Brasil entrou na espiral
negativa, com menos consumo, menos investimento, menos arrecadação e
mais necessidade de austeridade fiscal.
Os dados da produção industrial de novembro confirmam que a economia
brasileira mergulhou na mais profunda depressão; em novembro deste ano,
houve queda de 1,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior,
quando o mercado apostava em expansão de 0,45%; dados indicam que o
Brasil terá queda do PIB também no quarto trimestre deste ano; como a
dupla Temer-Meirelles foi incapaz de restaurar a confiança, será
necessário cortar pelo menos R$ 20 bilhões do orçamento em 2017, para
não estourar uma meta fiscal que já prevê um rombo de R$ 139 bilhões,
mas já se fala até em cortes de R$ 50 bilhões; depois do golpe, o Brasil
migrou para a última posição no mundo em dinamismo industrial
O massacre dos presos no Amazonas poderia ter sido evitado;
por meio de escutas telefônicas, a Polícia Federal sabia há mais de um
ano da intenção da facção criminosa Família do Norte (FDN) de matar
"todos os membros" do grupo paulista PCC em presídios de Manaus; as
informações constam em um relatório da instituição; mesmo documento foi
usado como base para a Operação La Muralla, em novembro de 2015, quando
foram cumpridos 127 mandados de prisão; apesar do documento, o ministro
da Justiça, Alexandre de Moraes, responsável pela PF, admitiu apenas que
o governo do Amazonas tinha conhecimento de um plano de fuga dos
presos; enquanto isso, Michel Temer segue em silêncio sobre o assunto.
5 de Janeiro de 2017 às 04:53 //
247 - O massacre dos presos no Amazonas poderia ter
sido evitado. Por meio de escutas telefônicas, a Polícia Federal sabia
há mais de um ano da intenção da facção criminosa Família do Norte (FDN)
de matar "todos os membros" do grupo paulista PCC em presídios de
Manaus. As informações constam em um relatório da instituição. O mesmo
documento foi usado como base para a Operação La Muralla, em novembro de
2015, quando foram cumpridos 127 mandados de prisão. Apesar do
documento, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, responsável pela
PF, admitiu apenas que a instituição tinha conhecimento de um plano de
fuga. As informações são de O Globo. O plano de criminosos da facção amazonense Família do Norte
(associada ao grupo carioca Comando Vermelho) de eliminar presos
supostamente ligados à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC)
era de conhecimento da Polícia Federal do Amazonas desde outubro de
2015. Somente na segunda-feira à tarde, depois do massacre, o Ministério
da Justiça, ao qual a PF está subordinada, anunciou a liberação de
recursos para a transferência de detentos para presídios federais. As informações de que as mortes poderiam ocorrer constam em um
relatório de mais de 600 páginas, com cerca de 800 mil mensagens e
chamadas telefônicas de criminosos interceptadas pelos policiais
federais. O documento tem trechos de conversas do chamado núcleo central
da facção amazonense, em que é revelado o propósito de eliminar "todos
os membros da facção paulista que se encontravam presos em Manaus".
No dia 19 de outubro de 2015, todo o material foi encaminhado à 2ª
Vara Federal do Amazonas pelo delegado Rafael Machado Caldeira, da
Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Drcor), da PF do Amazonas. O
material foi usado como base para a deflagração da Operação La Muralla,
no final de 2015, levando à denúncia e à expedição de 127 mandados de
prisão. Todos acusados de tráfico de drogas, armas, avagem de dinheiro,
evasão de divisas, assassinatos e torturas.
1.04.2017
Ana Julia, a brasileira inspiradora de 2016, avisa: vai ter muita luta em 2017
Aluna do segundo ano do ensino médio, a estudante Ana Júlia,
de Curitiba, que foi símbolo das ocupações, é a Brasileira do Ano de
2016; em entrevista exclusiva ao 247, ela afirmou que já não bastam
eleições diretas para restaurar a democracia; "Precisamos de eleições
gerais", diz ela; "Se a gente colocar alguém que eles não querem, vão
tentar tirar de novo, com outro golpe, como fizeram com a Dilma"; embora
preveja o "golpe dentro do golpe" em 2017, ela afirma que será um ano
de muita luta dos estudantes contra Temer e "seu governo ilegítimo";
reveja ainda seu discurso emocionante diante dos deputados
31 de Dezembro de 2016 às 09:24 //
Em outubro
deste ano, uma estudante de 16 anos, a jovem Ana Júlia, do Paraná,
arrebatou o País, ao fazer um discurso emocionante na Assembleia
Legislativa do estado. Aluna de escola pública, do colégio
estadual senador Manoel Alencar Guimarães, ele transmitiu uma mensagem
central: os estudantes são sujeitos, não objetos, e devem ser ouvidos
pela sociedade. O foco central das ocupações era a
medida provisória do ensino médio, imposta goela abaixo por Michel
Temer, por meio de uma medida provisória – hoje considerada
inconstitucional pela procuradoria-geral da República. "Nós não fomos ouvidos", diz Ana
Júlia, em entrevista exclusiva ao Além da crítica à medida
provisória, ela condena o golpe contra a presidente Dilma Rousseff e
afirma que já não bastam mais eleições diretas para presidente. "Precisamos de eleições gerais", diz
ela. "Se a gente colocar alguém que eles não querem, vão tentar tirar
de novo, com outro golpe, como fizeram com a Dilma." Leia, abaixo, sua entrevista: O Paraná foi o estado com mais ocupações. Como foi seu histórico nesse processo? Ana Júlia – As
ocupações começaram em outubro, aqui no Paraná, em São José dos Pinhais e
foram se espalhando para a Região Metropolitana de Curitiba e para todo
o estado. No dia 9 de outubro, houve um ato lindo em Curitiba, a
reforma do ensino médio, que reuniu 5 mil estudantes. Depois disso,
houve uma assembleia na nossa escola no dia 11. Qual era o foco principal? Ana Júlia – Os dois focos eram a reforma do ensino médio e a PEC 55, que congela os gastos também da educação. Não é bom para os estudantes escolher se vão seguir humanas, exatas ou biomédicas? Ana Júlia – A gente
vai escolher entre aspas. A escola é que vai escolher o que vai
oferecer ao aluno e, em muitos casos, vai escolher o caminho mais
barato. Como vou para a área de humanas, também me incomodou o fim da
obrigatoriedade de algumas disciplinas como filosofia e sociologia. Mas o
mais grave é que nada disso foi debatido com os alunos, nem com os
professores. Veio de cima para baixo, por meio de uma medida provisória. Por que você foi chamada a falar na Assembleia? Ana Júlia –
Infelizmente houve a morte de um colega nosso, o Lucas [Lucas Eduardo
Araújo Mota]. No dia seguinte, um estudante universitário foi à
Assembleia criminalizar as ocupações e dizer que nós éramos culpados
pela morte dele. Esse estudante universitário era ligado ao MBL? Ana Júlia – Eu acredito que sim. E você foi então escolhida para fazer a defesa das ocupações? Ana Júlia – Sim, era preciso contestar aquela baixaria. Qual foi sua mensagem central? Ana Júlia – A de
que os estudantes são sujeitos do seu próprio destino, e não objeto.
Isso significa que nós queremos ser ouvidos, precisamos ser ouvidos e
seremos ouvidos. Além disso, estava lá para dizer que nós não somos
vagabundos. Estávamos nas ocupações para fazer a defesa da educação e da
escola pública. Você sentiu que foi ouvida pelos deputados? Ana Júlia – No
começo todos estavam mexendo no celular. Eles começaram a prestar
atenção quando eu citei a Constituição e disse que eles também, como
representantes do Estado, eram responsáveis pelo que aconteceu com o
Lucas. Como você encara o momento atual do Brasil? Ana Júlia – Estamos
vivendo uma crise política enorme, com retirada de direitos e uma
agressão permanente aos estudantes, aos trabalhadores e à sociedade. E a sua posição sobre Michel Temer? Ana Júlia – Ele não tem a menor condição de governar o Brasil. Qual é a saída? Diretas já? Ana Júlia – Eu
defendo eleições gerais. Diretas para presidente só não bastam. Se a
gente colocar lá alguém que eles não querem, vão tirar de novo, como
fizeram com a Dilma. Como você define o impeachment? Ana Júlia – Um golpe parlamentar, claro. E quais são seus sonhos e projetos pessoais? Já fez Enem? Ana Júlia – Vou
fazer ano que vem e quero entrar na Faculdade de Direito da Universidade
Federal do Paraná ou em outra federal, se ainda existirem universidades
públicas e se ainda houver política de cotas para alunos de escolas
públicas. O projeto de Temer é acabar com as universidades públicas? Ana Júlia – O projeto é privatizar tudo. Logo vão começar a falar em mensalidades nas federais. Você é favor de cotas? Ana Júlia – Eu não
entendo como alguém pode ser contra a política de cotas. Como eu vou
competir com um filhinho de papai que passou a vida inteira numa escola
particular? Mas você é muito mais inteligente do que muito aluno de escola particular. Ana Júlia – Mas eu
posso ser uma exceção. Muitos estudantes de escolas públicas têm que
estudar e trabalhar ao mesmo tempo. A competição é desigual. Depois que sua fala na Assembleia teve grande repercussão muitos disseram que seus pais são do PT. Isso te incomodou? Ana Júlia – Meus
pais são militantes de esquerda, ativistas de direitos humanos e
apoiaram as ocupações como muitos pais de outros alunos. Mas o movimento
estudantil não depende de mim, muito menos dos meus pais. Foi outra
baixaria. Você está otimista em relação a 2017? Ana Júlia – Não, eu
estou pessimista porque acredito que farão o golpe dentro do golpe,
para que depois tentem retirar ainda mais direitos. Mas o que eu posso
dizer é que vai ter muita luta dos estudantes e dos trabalhadores.
Espero que a sociedade desperte para o que está acontecendo no Brasil.
Rezo para que isso aconteça.
"Ontem recebemos a notícia dramática do massacre em uma prisão
de Manaus, onde um confronto extremamente violento entre gangues rivais
provocou dezenas de mortos. Estou sofrendo e preocupado com o que
aconteceu", disse o papa Francisco durante um pronunciamento
regular; "Peço orações pelos mortos, por suas famílias, por todos os
presos nessa prisão e por todos que trabalham lá. Também apelo novamente
para que todas as instituições penitenciárias sejam locais de
reeducação e reintrodução à sociedade, e para que os presos vivam em
condições adequadas para seres humanos"; ontem, Michel Temer decidiu que
não irá comentar a tragédia
4 de Janeiro de 2017 às 10:48 /
247 – Embora Michel Temer tenha decidido não comentar o massacre ocorrido num presídio em Manaus (leia aqui),
onde 56 pessoas morreram, a maioria decapitadas, o Papa Francisco
expressou sua preocupação com a situação dos presídios no Brasil e a
questão dos direitos humanos. Abaixo, reportagem da Reuters sobre comentário do papa: CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco
expressou nesta quarta-feira dor e preocupação pela rebelião sangrenta
em um presídio de Manaus que deixou 56 mortos esta semana, e fez um
apelo para que todas as penitenciárias sejam locais de reeducação e
ofereçam condições adequadas para os detentos. "Ontem recebemos a notícia dramática do massacre em uma prisão de
Manaus, onde um confronto extremamente violento entre gangues rivais
provocou dezenas de mortos. Estou sofrendo e preocupado com o que
aconteceu", disse o papa durante um pronunciamento regular. "Peço orações pelos mortos, por suas famílias, por todos os presos
nessa prisão e por todos que trabalham lá. Também apelo novamente para
que todas as instituições penitenciárias sejam locais de reeducação e
reintrodução à sociedade, e para que os presos vivam em condições
adequadas para seres humanos." Um motim iniciado na noite de domingo dentro do Complexo
Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que só terminou na segunda-feira,
deixou 56 mortos como resultado de uma briga entre facções rivais. A rebelião foi a mais violenta no país desde o episódio conhecido
como Massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, que terminou com 111
presos mortos, quase todos em decorrência do confronto com a polícia,
que invadiu a casa de detenção para retomar o local. Além dos mortos no Compaj, mais quatro presos foram mortos na Unidade
Prisional do Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus, elevando para
ao menos 60 o números de presos mortos esta semana no Amazonas. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse na terça-feira que a
situação nos presídios do Estado era "tensa", mas "sob controle". (Por Isla Binnie)
O governador do Amazonas, José Melo, deu uma declaração desastrosa na
manhã desta quarta-feira; ele afirmou que não tinha nenhum santo" entre
os 56 presos mortos durante rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário
Anísio Jobim), em Manaus; "Não tinha nenhum santo. Eram estupradores,
matadores e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado
do Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos todos [os
ameaçados] quem ainda restavam e segregamos a outro presídio para evitar
que continuasse acontecendo o pior"; papa Francisco condenou o massacre
de Manaus e fez um apelo para que presos sejam tratados com dignidade
no Brasil – muitos dos mortos foram decapitados
Economista Luiz Carlos Bresser-Pereira,
ex-ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso e um dos fundadores
do PSDB, disse que o governo Michel Temer a "partir de um impeachment
sem legitimidade alguma"; "Mas é o presidente. Como disse Fernando
Henrique, é isso que a gente tem aí. E isso que a gente tem aí tem
produzido um desastre"; para ele, "os neoliberais não têm a menor
condição de promover o desenvolvimento econômico do Brasil. Nunca
fizeram isso. Criam crises financeiras sempre, por defenderem altos
déficits em conta corrente, que eles dizem que é poupança externa, mas é
mais consumo e endividamento, até que o País quebra", destacou
4 de Janeiro de 2017 às 11:29 //
247 - Para o economista Luiz
Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro do governo de Fernando Henrique
Cardoso e um dos fundadores do PSDB, disse, em entrevista à Carta
Capital, que o governo Michel Temer "nasceu sob um golpe parlamentar" a
"partir de um impeachment sem legitimidade alguma". "Mas é o presidente.
Como disse Fernando Henrique, é isso que a gente tem aí. E isso que a
gente tem aí tem produzido um desastre", disparou. Ele também voltou a criticar duramente a maneira como a Operação Lava
Jato vem sendo conduzida e os seus efeitos sobre a economia. "No
início, foi um grande avanço, pois descobriu uma rede criminosa e pôs
gente na cadeia. Depois continuou uma caça às bruxas, que são os
políticos, em particular Lula, e isso me pareceu absolutamente
antidemocrático, desnecessário e um prejuízo muito grande ao País. Não
fazer logo os acordos de leniência e possibilitar que as empresas
superem essa crise, isso é também inaceitável", destacou. O ex-ministro também condenou a aprovação da PEC 55, a chamada PEC do
Teto, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, aprovada
recentemente pelo Congresso. "Um perfeito absurdo. Com isso, o governo
não vai resolver o problema fiscal. Duvido que, no ano que vem, ainda
tenha poder para tanto. Está em processo de forte deslegitimação nas
elites que o apoiaram se dizendo contra a corrupção. Na verdade, eram
contra a esquerda do PT e o Lula. Isso está óbvio hoje, quando se vê o
nível e o padrão do governo que substituiu aquele da Dilma. O padrão
moral da gestão dela era muito mais alto", observou Para Bresser, o atual governo tem como proposta aprofundar o
neoliberalismo algo que, segundo ele, tem tudo para não dar certo."Os
neoliberais não têm a menor condição de promover o desenvolvimento
econômico do Brasil. Nunca fizeram isso. Criam crises financeiras
sempre, por defenderem altos déficits em conta corrente, que eles dizem
que é poupança externa, mas é mais consumo e endividamento, até que o
País quebra. Isso aconteceu com FHC muito claramente, a crise de 1998 é
desse tipo".
"A fantasia do pote de ouro no fim do arco-íris acabou. A
história de que bastaria tirar Dilma para a economia se recuperar já
está sendo percebida como blefe pelo cidadão comum", diz o jornalista
Luis Nassif; "Tem-se um presidente tão desmoralizado que, a maneira que a
revista Veja encontrou para retribuir o megapacote publicitário, foi
uma capa-fantasia com a senhora Temer, tal a falta de atratividade em
qualquer outro aspecto do primeiro marido"; ele afirma ainda que o
próximo capítulo da crise será o calote dos estados
4 de Janeiro de 2017 às 06:23 /
No Jornal GGN Xadrez da teoria que sustenta o golpe Por Luis Nassif Peça 1 – as ideias e a conspiração Nessa geleia geral em que se transformou o golpe, uma boa análise
estratégica exige a tipificação mais detalhada do papel de cada
personagem. O poder de fato está em uma entidade chamada mercado. É o mercado quem forneceu o fio agregador do golpe, o objetivo final,
o componente ideológico capaz de criar uma agenda econômica
alternativa, em torno dos quais se agruparam a mídia, o PSDB e se
induziu à politização de instituições, como o STF (Supremo Tribunal
Federal) e o MPF (Ministério Público Federal), montando o círculo
inicial que passou a dar as cartas no governo Temer e, possivelmente, no
pós-Temer. É a parte mais eficiente do golpe, seguindo um roteiro fartamente
descrito em obras como “A Teoria do Choque” de Naomi Klein. Confira, a
propósito, o “Xadrez da Teoria do Choque e do Capitalismo de Desastre”
(https://goo.gl/vZYVzy). Dado o golpe, reza a teoria (importada da Escola de Chicago), se tem
seis meses para emplacar as medidas mais drástica e consolidar o novo
modelo. A nova equipe econômica avançou como um bólido sobre os instrumentos
econômicos do Estado, com um plano de ação completo, meticulosamente
preparado desde que o PMDB apresentou a tal Ponte Para o Futuro. Não se trata de um plano de estabilização, capaz de reverter a crise,
mas de um desmonte do Estado que aprofundará a crise. É a estratégia da
terra arrasada, visando sepultar qualquer vestígio do antigo modelo,
independentemente dos custos para o país e seu povo. · Apresentou a PEC 55 que, aprovada, acaba com qualquer possibilidade
de política fiscal anticíclica e manieta todos os futuros governos. · Se vale da crise fiscal para garrotear os governos estaduais. · Esvaziou o BNDES, fazendo-o pagar antecipadamente R$ 100 bilhões ao Tesouro. · Ampliou a degola das empreiteiras nacionais, proibindo
financiamento à exportação de serviços e às empresas mencionadas na Lava
Jato. · Prepara-se para vender a carteira de ações do BNDES na bacia das almas. · Montou uma queima de ativos da Petrobras, em um momento em que
todos os ativos nacionais estão depreciados pela crise e os ativos
petrolíferos depreciados pelas cotações de petróleo. Vende para reduzir
passivo. Deixa de lado todos os investimentos na prospecção, nas
refinarias e nos estaleiros (que garantiriam a expansão imediata e a
longo prazo) para quitar antecipadamente (!) financiamentos contratados
junto ao BNDES. Nenhuma empresa com crise de liquidez quita
antecipadamente financiamentos. No máximo, reestrutura passivos. · Começou a esvaziar o FGTS, facilitando o saque das contas. · Com a ajuda da Lava Jato, jogou a pá de cal na cadeia produtiva do
petróleo e gás, no sonho dos estaleiros nacionais, na expansão do
capitalismo brasileiro para África e América Latina. Busca a destruição
da maior empresa privada brasileira, a Odebrecht, a empreiteira que mais
incomodava os concorrentes norte-americanos. · Na diplomacia, acabou de matar o protagonismo do Itamarati. Para atingir seus objetivos, o sistema tem permitido a proliferação
das maiores jogadas que o Congresso e o Executivo já ousaram em sua
história recente: · A iniciativa de entregar às teles os ativos acumulados durante o
período de concessão. Aliás, o senador Jorge Viana (PT-Acre) deve
explicações a seus eleitores e admiradores. · A jogada de transformar multas das teles em obrigação de
investimento, reeditando estratagema utilizado pelo inacreditável Paulo
Bernardo, quando Ministro das Comunicações. Na prática, equivale a
perdoar as dívidas, já que os investimentos teriam que ser feitos de
qualquer maneira, por obrigação contratual ou exigência de mercado. · A compra gigantesca de produtos Microsoft, interrompendo o trabalho de disseminação do software livre. · As jogadas escandalosas do senador Romário, de depositar nas mãos
das APAEs e das Sociedades Pestalozzi o controle de toda a educação
inclusiva. · A tentativa de emplacar os cassinos e casas de bingo. · A enxurrada de dinheiro público despejado nos veículos de mídia,
cujo melhor exemplo é a campanha milionária de prevenção da Zika e falta
de remédios para as grávidas. · A MP 754 que faculta à CMED (Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos) autorizar reajustes a qualquer momento. A lei que criou a
CMED, em 2003, autorizava-a a determinar apenas reajustes anuais de
preços. Agora, haverá reajustes, a qualquer momento, dependendo de uma
plêiade de Varões de Plutarco: Ricardo Barros, Ministro da Saúde,
Alexandre Moraes, da Justiça, Henrique Meirelles, da Fazenda, o pastor
Marcos Pereira, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e Eliseu
Padilha, da Casa Civil, todos homens piedosos. · A tentativa de jogar a Fiocruz sob o comando de Ricardo Barros e Temer. Peça 2 – a economia de um país retardatário Toda essa conspiração política repousa em um edifício teórico que
está sob forte processo de questionamento em países culturalmente mais
avançados. No Brasil, os temas se tornaram matéria de fé. Os ideólogos desse manual – tão velho quanto a Escola de Chicago –
são os economistas Marcos Lisboa e Samuel Pessôa, ambos competentes em
suas funções. Lisboa é um brilhante economista que, na gestão Antônio Palocci, foi
responsável por vários avanços microeconômicos relevantes. Foi alçado à
condição de guru pelo megainvestidor Jorge Paulo Lehman. Ao perceber que
as eleições de 2002 marcariam o fim do período tucano, Lehman enganchou
Lisboa na campanha de Ciro Gomes, por indicação de Alexandre
Scheinkman, o brasileiro que dirigia o prestigioso Departamento de
Economia da Universidade de Chicago. Depois, coube a mídia o trabalho
de, em pouco tempo, torna-lo conhecido e com fama de gênio – seguindo o
roteiro conhecido de criação de gurus, mesmo sem uma produção acadêmica
robusta. Eleito Lula, o primeiro aceno de seu Ministro da Fazenda Antônio
Palocci ao mercado foi a nomeação de Lisboa como Secretário Executivo da
Fazenda. Quando canalizou seu talento para as questões microeconômicas,
conseguiu feitos notáveis, como o de destravar o Sistema Financeiro da
Habitação. Agora, seu papel é o desmontar o Estado nacional e implementar um
modelo de mercado, não um plano de estabilização, menos ainda um projeto
de desenvolvimento equilibrado, que junte as virtudes de mercado com a
de Estado. O objetivo único é ideológico, impor terra arrasada em todos
os instrumentos de intervenção do Estado na economia – mesmo aqueles
consagrados em todos os países civilizados, e peças centrais na
recuperação da economia, como bancos de desenvolvimento, ou de comércio
exterior, compras públicas, financiamentos à inovação etc. – ainda que à
custa de um aprofundamento maior da crise. Dilma não soube transformar o Estado em um articulador do mercado.
Lisboa simplesmente quer abolir o Estado, como se fosse possível a um
país da dimensão do Brasil depender do mercado como agente originário
das expectativas, algo que nem os Estados Unidos ousam. E tudo isso
jogando com o destino de milhões de trabalhadores, de empresários,
jogando fora anos de investimento em novos processos, novas tecnologias. É chocante como a chamada pós-verdade se infiltra até nos círculos
tidos como bem informados, com afirmações sobre o ajuste fiscal na União
Europeia, quando o próprio FMI está revendo os problemas dos ajustes
recessivos. Peça 3 – a política econômica de manual Durante o longo período de neoliberalismo – que se inicia em 1972,
com a desvinculação das cotações do ouro e do dólar – criou-se a
fantasia de que a economia global se articularia passando ao largo das
políticas nacionais. Aboliu-se a história econômica como vetor de
análises. E, com o advento dos microcomputadores e das planilhas,
entrou-se na era do uso abusivo de estatísticas e fórmulas ilusórias em
cima de macro-números que encobrem as realidades nacionais e de blocos, e
que só trabalham um conceito de equilíbrio utópico, sem nenhum
diagnóstico para os grandes stress econômicos. Especialmente nas ciências humanas –a medicina, as ciências sociais
ou a economia – as teorias são instrumentos para se analisar a realidade
local e suas circunstâncias. Não existem regras universais. O exame de
laboratório não substitui a análise do paciente pelo médico, assim como a
teoria econômica não é um manual de aplicação universal. Para cada
circunstância, há um conjunto de medidas específicas. A crise de 2008 abriu os olhos do primeiro time de economistas dos
países centrais. Percebeu-se que a economia é muito mais complexa do que
as realidades captadas em modelos matemáticos que compensavam a escassa
sofisticação analítica com excesso de estatística. Vale a pena ler a entrevista de Eric Beinhocker na Carta Capital
(https://goo.gl/DirQsb). Para cada circunstância, há que se apelar para
os instrumentos de política econômica adequados, sem part-pris
ideológico. E recorrer também ao conhecimento empírico, especialmente
nos casos de stress agudo da economia que criam situações não
identificadas na história econômica recente. De tal modo, que o
exercício da política econômica é um misto de técnica e arte, de teoria e
intuição. Nos 8 anos de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, todas as crises
econômicas, quase todas nas contas externas, eram tratadas do mesmo
modo, com ajustes fiscais severíssimos, que apenas agravavam a recessão.
A política de juros e de câmbio produziu um dos períodos de maior
estagnação econômica da história. Em 2008, Lula decidiu enfrentar a mega-crise que se avizinhava
recorrendo a todos os instrumentos possíveis para reanimar a economia.
Saiu consagrado. E também deu sorte. Se a crise não catapultasse o dólar
para as alturas, provavelmente o país teria quebrado em 2008, tal o
rombo nas contas externas promovido por uma política cambial imprudente
que, além disso, prorrogaria estagnação do período FHC. A crise do governo Dilma foi decorrência da incapacidade de montar
cenários e estratégias alternativas para o fim do ciclo das commodities.
Deveu-se também à elevação imprevista de juros em 2013, à sucessão
infindável de subsídios que fragilizaram a parte fiscal e, depois, um
ajuste fiscal severíssimo, pró-cíclico, que aprofundou a crise: medidas
tomadas nos momentos errados. Em fins de 2015, quando aparentemente conseguira chegar a um
diagnóstico mais razoável, com uma estratégia racional de saída da
crise, e os analistas previam a recuperação a partir do segundo
semestre, foi fuzilada pela ação conjunta da Lava Jato e do Procurador
Geral da República, associados ao boicote do PSDB e de Eduardo Cunha na
Câmara e no Senado. As lições que ficam é que as medidas econômicas não são virtuosas em
si: dependem das circunstâncias em que são implementadas. Há um conjunto
de princípios de responsabilidade fiscal a serem seguidos por qualquer
governo. Mas, em períodos de recessão, a política fiscal precisa ser
anticíclica – através do aumento dos gastos públicos -, caso contrário a
cada corte de despesas se seguirá uma queda maior da receita. Em tempos
de economia aquecida, pratica-se política fiscal mais severa. Nenhum
economista com um mínimo de bom senso deixaria de considerar essas
questões. Esse quadro era nítido no início de 2015, quando Joaquim Levy deu
inicio a seu plano suicida. Uma dose de conhecimento empírico seria
suficiente para mostrar que os cortes fiscais aprofundariam ainda mais a
recessão, ampliando o déficit fiscal via queda de receita. Levy preferiu acreditar em estudos dos anos 90, que supostamente
atestariam que cortes de despesas têm pouco impacto no PIB. Nem se deu
conta que, em 2012, o próprio FMI tinha revisto essas conclusões. Para os cabeças de planilha, conhecimento empírico não é ciência e as
experiências históricas não tem validade. Valem apenas as estatísticas
baseadas em séries históricas contemporâneas. A cada situação nova, criam desastres monumentais pela incapacidade
de só recorrer a manuais montados em cima de situações passadas. Os
desastres só serão inteiramente compreendidos quando estudados a
posteriori. E, como aqui é o país do Macunaíma, nem mesmo grandes erros
recentes – como o pacote Levy – servem de lição para o pacote Lisboa. Peça 4 – próximas etapas A fantasia do pote de ouro no fim do arco-íris acabou. A história de
que bastaria tirar Dilma para a economia se recuperar já está sendo
percebida como blefe pelo cidadão comum. Tem-se um presidente tão desmoralizado que, a maneira que a revista
Veja encontrou para retribuir o megapacote publicitário, foi uma
capa-fantasia com a senhora Temer, tal a falta de atratividade em
qualquer outro aspecto do primeiro marido. A economia não irá se recuperar com esse viés ideológico predominando
na política econômica. Pelo contrário, há no horizonte próximo o pior
dos mundos: o default dos Estados. Em março o STF (Supremo Tribunal Federal) deverá liberar os
inquéritos contra políticos. A quantidade de jogadas planejadas pela
camarilha de Temer e pelo Congresso aumentará ainda mais a fragilidade
do governo. A oposição vê nas eleições diretas a saída para a crise. Ocorre que
Sérgio Moro, os procuradores da Lava Jato e o TRF4 têm lado político. Ao
menor sinal de renascimento de Lula, tratarão de impugnar sua
candidatura através da condenação relâmpago em 1a e 2a instância. Por outro lado, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
Gilmar Mendes, deixa transparecer seu cansaço com o Supremo e a
possibilidade de aceitar algum cargo executivo futuramente. No momento, a aposta com maior probabilidade é a degola de Michel
Temer seguido de eleições indiretas sob controle do mercado-PSDB, com o
PGR cumprindo o papel de agente intimidador de políticos recalcitrantes. Há muita confusão e poucos personagens, para permitir a montagem de cenários mais precisos.
A administração de Michel Temer planeja enviar ao Congresso,
após a tramitação da reforma da Previdência, uma proposta para promover
mais alterações no acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada),
auxílio no valor de um salário mínimo pago a idosos com mais de 65 anos
ou deficientes, sem limite de idade, de baixa renda; está nos planos da
Fazenda desvincular o BPC do mínimo e deverá ser corrigido pela
inflação, mas ainda não foi definido como será o cálculo; critério sobre
a renda dos elegíveis também será revisto
4 de Janeiro de 2017 às 05:38 //
247 - A administração de Michel Temer planeja enviar
ao Congresso, após a tramitação da reforma da Previdência, uma proposta
para promover mais alterações no acesso ao BPC (Benefício de Prestação
Continuada), auxílio no valor de um salário mínimo pago a idosos com
mais de 65 anos ou deficientes, sem limite de idade, de baixa renda.
Está nos planos da Fazenda desvincular o BPC do mínimo e deverá ser
corrigido pela inflação, mas ainda não foi definido como será o cálculo. As informações são da Folha de S.Paulo. Segundo a Fazenda, a ideia é tornar as regras de concessão do
benefício assistencial mais claras e reduzir a judicialização, que é
elevada: um em cada três benefícios assistenciais concedidos a pessoas
com deficiência em 2015 foi fruto de decisão judicial. "No caso dos
idosos, a taxa foi de 8,1%. O governo precisa estabelecer um novo patamar de renda para acesso ao
BPC porque, em 2013, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou
inconstitucional o critério de um quarto do salário mínimo, que equivale
hoje a R$ 220. Até hoje a lei não foi alterada."
Temer ilustrou a antipropaganda de internautas como “Quem dá
golpe pode matar” ou “Quem congela investimento público mata gente todo
dia” — assinada pelo Levante Popular da Juventude
4 de Janeiro de 2017 às 06:10 //
Por Esmael Morais De tão ruim a propaganda do ilegítimo Michel Temer (PMDB) virou
motivo de chacota e se transformou em munição contra o golpe nas redes
sociais. Os internautas zombaram do slogan “gente boa também mata” da campanha
que era para conscientizar sobre acidentes de trânsito, do Ministério
dos Transportes. Temer ilustrou a antipropaganda de internautas como “Quem dá golpe
pode matar” ou “Quem congela investimento público mata gente todo dia” —
assinada pelo Levante Popular da Juventude.
De tão ruim que é o material, a Secretaria de Comunicação (Secom) da
Presidência da República saiu em campo para tentar explicar a
“jenialidade” publicitária. Não convenceu
Um relatório do Deutsche Bank distribuído a seus clientes
aponta que a indústria brasileira caiu para a última posição no mundo,
com Michel Temer e Henrique Meirelles no comando da economia, de acordo
com o índice PMI (que diz respeito às encomendas do setor); além disso, o
banco alemão também aponta que há uma recuperação industrial nos
Estados Unidos, na Europa, no Japão e na China – ou seja, enquanto o
mundo volta a crescer, o Brasil afunda com o golpe, que fez com que, por
exemplo, as vendas da indústria automobilística recuassem dez anos em
2016; na Europa, o índice industrial é o mais forte em cinco anos e meio
4 de Janeiro de 2017 às 08:34 //
247 – O estrago
econômico do golpe foi medido pelo banco alemão Deutsche Bank, que
colocou a indústria brasileira em último lugar no mundo, em dezembro de
2016, utilizando o índice PMI (que mede as intenções de encomendas do
setor). No Brasil, o índice PMI foi a 45,2 em dezembro e é o menor sem seis meses. Curiosamente, o mundo voltou a
crescer, enquanto o Brasil decidiu afundar com seu golpe contra a
democracia e contra os trabalhadores. O relatório do Deutsche aponta, por exemplo, que houve crescimento nos Estados Unidos, na Europa, na China e no Japão. Abaixo, trecho do relatório em inglês: The December PMI data shows an ongoing strengthening of the global economy in a number of respects: i) All large economy manufacturing
sectors are growing, and the PMIs for all of the US, Japan, EUR and
China are up over the last 3m. ii) Only Greece in the DM world has a PMI below 50. iii) Weak spots, like Brazil and
Turkey represent ongoing domestic problems, while India’s PMI slide
below 50 is easily explained by the demonetization shock. On a 12m change basis the US ISM
shows the biggest improvement, but this highlights US weakness a year
ago, more than unusual strength of late. This time the US is holding
its own despite a strong USD, because global growth is more resilient,
thanks to commodity prices finding a floor, less stress on high yield,
and less spillover onto risk appetite from China currency weakness. In
addition, the US economy has had time to adapt to USD strength and is
now looking toward a fiscal stimulus. These are all reasons why the USD
rally will not immediately be ‘the source of its own demise’, when
compared with early 2016. Confira, ainda, o gráfico:
Abaixo, reportagem da Reuters sobre o declínio da indústria brasileira: SÃO PAULO (Reuters) - A
atividade industrial do Brasil atingiu em dezembro o patamar mais fraco
em seis meses em meio a fortes quedas nos volumes de produção e no
nível de emprego, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na
sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira. O IHS Markit informou que o PMI foi a
45,2 em dezembro de 46,2 em novembro, com a recessão econômica afetando
com força a entrada de novos negócios e a produção e ampliando o
cenário de retração do setor --leitura abaixo da marca de 50 aponta
contração. Além da fragilidade econômica, a
demanda fraca e as pressões competitivas levaram o nível de novos
trabalhos a cair em dezembro com a maior força em seis meses. Os novos
pedidos para exportação também apresentaram perdas. Isso levou a produção a cair pela
taxa mais rápida desde junho, com reduções em todos os três subsetores
pesquisados, sendo a mais acentuada entre os bens de capital. Esse cenário levou a mais cortes de
empregos, chegando ao 22º mês de perdas, com destaque para os
trabalhadores do setor de bens de capital. Já a inflação de custos chegou a um
recorde de quatro meses em dezembro, levando a um aumento mais forte nos
preços de venda. O enfraquecimento da moeda fez com os preços pagos por
produtos importados aumentassem, ao mesmo tempo em que algumas empresas
tentaram proteger as margens de lucro. "O cenário para 2017 parece adverso
em meio a vários obstáculos significativos que a economia brasileira
enfrenta, incluindo a deterioração do mercado de trabalho, o consumo
fraco, cortes de orçamento, distúrbios políticos e demanda fraca nos
mercados externos", apontou em nota a economista do IHS Markit Pollyanna
De Lima. Em outubro, a produção industrial
recuou 1,1 por cento sobre o mês anterior, no pior resultado para o mês
desde 2013 e iniciando o quarto trimestre com mais fraqueza, de acordo
com os dados do IBGE. Leia ainda reportagem da Reuters sobre a retomada europeia: Atividade empresarial da zona do euro tem ritmo mais forte em mais de 5 anos em dezembro, diz PMI LONDRES (Reuters) -
A atividade empresarial na zona do euro encerrou 2016 no ritmo mais
rápido em cinco anos e meio, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa
Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), uma vez que a
moeda mais fraca impulsionou a demanda em dezembro. O índice PMI Composto final do IHS
Markit para a zona do euro subiu a 54,4 em dezembro ante 53,9 em
novembro, contra medição preliminar de 53,9 e no nível mais alto desde
maio de 2011. O índice permanece desde meados de 2013 acima da marca de 50 que divide crescimento de contração. "As indústrias e, em menor grau, o
setor de serviços estão se beneficiando do euro mais fraco, que está
impulsionando as exportações de bens e encorajando a demanda por
serviços como turismo", disse o economista-chefe do IHS Markit Chris
Williamson. Williamson disse que os dados
indicam um crescimento econômico no quarto trimestre de 0,4 por cento,
em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters no mês passado. O PMI para o dominante setor de
serviços caiu para 53,7 de 53,8 em novembro, mas ficou bem acima da
preliminar de 53,1. As indústrias tiveram em dezembro o melhor mês em
mais de cinco anos, segundo pesquisa divulgada na segunda-feira. (Reportagem de Jonathan Cable
A reforma trabalhista de Michel Temer, enviada ao Congresso no
fim de dezembro, deixa mais da metade dos empregados formais do país e
99,3% das empresas sem representação no local de trabalho; regra que
estabelece a prevalência do negociado sobre o legislado estipula a
eleição de um representante nas empresas apenas nas companhias com mais
de 200 funcionários; dos 48 milhões de brasileiros com carteira
assinada, 55,2% trabalham em empresas com até 199 empregados, segundo o
Relatório Anual de Informações Sociais
4 de Janeiro de 2017 às 06:24 //
247 - A reforma trabalhista de Michel Temer, enviada
ao Congresso no fim de dezembro, deixa mais da metade dos empregados
formais do país e 99,3% das empresas sem representação no local de
trabalho. A regra que estabelece a prevalência do negociado sobre o
legislado estipula a eleição de um representante nas empresas apenas nas
companhias com mais de 200 funcionários. Dos 48 milhões de brasileiros
com carteira assinada, 55,2% trabalham em empresas com até 199
empregados, segundo o Relatório Anual de Informações Sociais (Rais). As informações são do Valor. Poucas empresas do comércio e de serviços teriam representação,
afirma o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo
Patah. Os dois setores têm a maioria dos 12,8 milhões de filiados da
central. O sindicalista critica a mudança de última hora no número
mínimo de funcionários, que era de 50 na minuta enviada às centrais
antes do anúncio da reforma. "'O ministro Ronaldo [Nogueira] havia nos prometido que só falaríamos
nesse assunto [a reforma] em 2017. O anúncio em si já nos surpreendeu',
diz Patah. Segundo dados da Rais, 99,3% das 3,9 milhões de empresas do
país têm até 199 funcionários. A percepção da entidade só não foi pior, afirma, porque o governo
concordou em mudar o formato da proposta de MP, que teria vigência
imediata, para projeto de lei, a ser discutido no Congresso. Patah
defende o corte de 100 funcionários para a eleição de um representante -
47,6% dos trabalhadores com carteira assinada estão em empresas que têm
até esse tamanho. Para esses 22,8 milhões, a representação seria feita
apenas pelos sindicatos, que, segundo o dirigente, deveriam ser
fortalecidos para fazer frente às mudanças nas relações de trabalho. Helio Zylberstajn, professor da USP, lembra que, no texto inicial, a
previsão era que a eleição fosse de um representante sindical, e não
apenas de um representante, como veiculado no PL. "É um retrocesso", diz
destacando que, sem vinculação com as entidades sindicais, o
trabalhador eleito teria poder de negociação mais limitado."