"Ontem recebemos a notícia dramática do massacre em uma prisão
de Manaus, onde um confronto extremamente violento entre gangues rivais
provocou dezenas de mortos. Estou sofrendo e preocupado com o que
aconteceu", disse o papa Francisco durante um pronunciamento
regular; "Peço orações pelos mortos, por suas famílias, por todos os
presos nessa prisão e por todos que trabalham lá. Também apelo novamente
para que todas as instituições penitenciárias sejam locais de
reeducação e reintrodução à sociedade, e para que os presos vivam em
condições adequadas para seres humanos"; ontem, Michel Temer decidiu que
não irá comentar a tragédiaAbaixo, reportagem da Reuters sobre comentário do papa:
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco expressou nesta quarta-feira dor e preocupação pela rebelião sangrenta em um presídio de Manaus que deixou 56 mortos esta semana, e fez um apelo para que todas as penitenciárias sejam locais de reeducação e ofereçam condições adequadas para os detentos.
"Ontem recebemos a notícia dramática do massacre em uma prisão de Manaus, onde um confronto extremamente violento entre gangues rivais provocou dezenas de mortos. Estou sofrendo e preocupado com o que aconteceu", disse o papa durante um pronunciamento regular.
"Peço orações pelos mortos, por suas famílias, por todos os presos nessa prisão e por todos que trabalham lá. Também apelo novamente para que todas as instituições penitenciárias sejam locais de reeducação e reintrodução à sociedade, e para que os presos vivam em condições adequadas para seres humanos."
Um motim iniciado na noite de domingo dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que só terminou na segunda-feira, deixou 56 mortos como resultado de uma briga entre facções rivais.
A rebelião foi a mais violenta no país desde o episódio conhecido como Massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, que terminou com 111 presos mortos, quase todos em decorrência do confronto com a polícia, que invadiu a casa de detenção para retomar o local.
Além dos mortos no Compaj, mais quatro presos foram mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus, elevando para ao menos 60 o números de presos mortos esta semana no Amazonas.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse na terça-feira que a situação nos presídios do Estado era "tensa", mas "sob controle".
(Por Isla Binnie)
Governador diz que não havia “santo” entre os mortos em presídio
O governador do Amazonas, José Melo, deu uma declaração desastrosa na
manhã desta quarta-feira; ele afirmou que não tinha nenhum santo" entre
os 56 presos mortos durante rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário
Anísio Jobim), em Manaus; "Não tinha nenhum santo. Eram estupradores,
matadores e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado
do Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos todos [os
ameaçados] quem ainda restavam e segregamos a outro presídio para evitar
que continuasse acontecendo o pior"; papa Francisco condenou o massacre
de Manaus e fez um apelo para que presos sejam tratados com dignidade
no Brasil – muitos dos mortos foram decapitados
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