Vereador coxinha de São Paulo quer revogar Dia da Consciência Negra e acabar com cotas
Fernando Holiday (DEM), de 20 anos, ganhou destaque (e votos) como ativista do Movimento Brasil Livre (MBL)
Estadão Conteúdo
São
Paulo - No terceiro dia como vereador de São Paulo, Fernando Holiday
(DEM), de 20 anos, disse que vai apresentar uma proposta para revogar o
Dia da Consciência Negra, data celebrada em 20 de novembro. Em
entrevista à TV Câmara nesta quarta-feira, o jovem afirmou ainda que vai
propor o fim das cotas raciais em concursos públicos municipais da
capital. Após ter sido eleito com pouco mais de 48 mil votos,
Holiday voltou a reforçar bandeiras de sua campanha. Muitas delas foram
apresentadas na internet, onde o ativista do Movimento Brasil Livre
(MBL) ganhou destaque.
Vereador de São Paulo, Fernando Holiday (DEM) é contra o Dia da Consciência Negra e quer acabar com as cotas
Reprodução/Facebook
Em novembro do ano passado, o jovem publicou em
uma rede social que é "um absurdo" existir uma data como o Dia da
Consciência Negra, que "homenageie um homem assassino escravagista." O
dia 20 de novembro foi escolhido como homenagem à morte de Zumbi dos
Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado neste dia.
"Vou
ter propostas de várias frentes, algumas delas mais polêmicas, como
propor o fim das cotas raciais em concursos públicos municipais em São
Paulo. É um debate que há muito tempo venho encampando, contrário às
cotas porque acredito que elas reforçam o machismo ao invés de ajudar os
negros. Vou propor a mudança da justificativa do Dia da Consciência
Negra, que é um feriado complicado, que muitas vezes por atrapalhar esse
combate (contra o racismo)", explicou Holiday na TV Câmara. O
vereador disse também que vai apresentar propostas para revogar todo
tipo de legislação ou burocracia que atrapalhe o microempreendedor e o
microempresário da periferia, "que hoje sofre com uma série de papeladas
e processos burocráticos para montar seu próprio negócio ou contratar
alguma pessoa". Outra ideia defendida pelo parlamentar é a
proibição de homenagens em sessões solenes a ditadores e genocidas "ou
qualquer personagem ou fato histórico que tenha atentado contra os
direitos humanos e a liberdade em algum momento da história." "Já
protestei na Câmara contra uma homenagem que fizeram a Fidel Castro em
uma sessão solene que teve. Pretendo trazer essa experiência e esse
idealismo para dentro da Câmara, uma casa legislativa que é a casa do
povo, para que respeite as liberdades também quando for homenagear
alguém", afirmou. Na entrevista, Holiday não citou outras personalidades
que poderiam ter homenagens barradas.
Um comentário:
Chupa esquerdalha
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