No decreto que eleva o salário mínimo para R$ 937, R$ 9 a
menos do que o previsto no Orçamento deste ano, Michel Temer alega que o
objetivo é conseguir economizar R$ 2,1 bilhões; em contrapartida, ele
assinou uma medida provisória elevando o salário de oito categorias de
servidores federais, o que elevará os gastos em R$ 3,8 bilhões apenas em
2017 e em R$ 11,2 bilhões até 2019; na prática, a garfada em cima dos
mais pobres serviu para assegurar os ganhos de categorias
tradicionalmente já valorizadas, como auditores fiscais e diplomatas, em
comparação com as demais parcelas da população
Após a inflação de 2016 ter ficado abaixo do previsto, Temer assinou decreto elevando o salário mínimo para R$ 937, R$ 9 a menos do que o previsto no Orçamento deste ano. O objetivo, segundo o governo, era economizar R$ 2,1 bilhões.
Em contrapartida, ele assinou uma medida provisória elevando o salário de oito categorias de servidores federais, o que elevará os gastos em R$ 3,8 bilhões apenas em 2017 e em R$ 11,2 bilhões até 2019.
A justificativa para o reajuste salarial dos servidores sobrou para o governo Dilma Rousseff. A equipe econômica de Temer justificou que o aumento foi feito com base em um acordo firmado na gestão anterior.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deixou aberta a possibilidade de uma alta de impostos para cumprir a meta fiscal estabelecida para este exercício. A meta fiscal para 2017 prevê déficit primário de R$ 139 bilhões para o governo central. No ano passado, o saldo negativo foi de R$ 170,5 bilhões.
A medida vai de encontro ao discurso de endurecimento nas contas contra os estados endividados que pedem a renegociação de suas dívidas com o governo federal, uma vez que os aumentos envolvem carreiras já valorizadas, como auditores fiscais e diplomatas
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