4.20.2019

“CAMINHONEIROS VÃO PARAR E OS SINDICATOS DEVEM SEGUIR NO EMBALO”

247 | Reuters

4.19.2019

Chave do cofre com o inimigo


Gleisi Hoffmann: Banco Central Independente de quem?

 A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirma que o Banco Central ficará independente do povo e que a instituição será facilmente capturada pelos “desejos do mercado”.

BANCO CENTRAL INDEPENDENTE DE QUEM?!
Gleisi Hoffmann*
Do povo brasileiro, com certeza! A proposta apresentada pelo governo de Banco Central independente, autônomo, fere a Soberania Popular. Por que uma instituição de Estado ficaria fora do alcance do governo eleito diretamente pelo povo?
A autonomia pretendida por Bolsonaro significa que a política monetária não estará mais sujeita ao voto do popular, deixando o governo eleito de ter qualquer influência na sua condução.
À medida que a política monetária deixe de sofrer uma influência da soberania popular, ficará dependente da burocracia estatal, sendo facilmente capturada pelos “desejos do mercado”.
Banco Central autônomo levará a conflitos entre a política fiscal e a monetária, como ocorreu na Alemanha e nos EUA no início dos anos 1980, gerando ineficiência na implementação das políticas econômicas.
Em momentos de recessão e elevado desemprego, por exemplo, um Banco Central independente pode ignorar totalmente a situação do mercado de trabalho, aumentando juros para perseguir seu objetivo de inflação baixa, ainda que ao custo de mais desemprego e perda de bem-estar para o conjunto da sociedade.
Nos EUA, mesmo com a economia aquecida e baixo desemprego, FED, Banco Central Americano, decidiu adiar aumento da taxa de juros em razão da possível desaceleração da economia mundial. Um dos objetivos do FED é agir sobre a atividade econômica e manter o desemprego em níveis baixos; lá, o BC tem duplo mandato. Cuida da inflação e também do emprego.
Na Zona do Euro, a previsão do PIB para 2019 passou de 1,7% para 1,1%. O Banco Central Europeu antecipou medidas de estímulo à economia, tendo em vista o quadro de desaceleração.
Enquanto isso, há mais de 1 ano (8 reuniões do COPOM), o Banco Central do Brasil não reduz a taxa básica de juros, mesmo diante do quadro elevado de desemprego, atividade econômica praticamente estagnada e taxa de inflação abaixo do centro da meta.
A economia brasileira está no chão. O setor industrial estagnado – tem a menor fatia do PIB desde o final dos anos 40. Em 2018, participação da indústria de transformação no PIB chegou a 11,3%.
Analistas preveem PIB próximo a 1% em 2019, contrariando as expectativas de que a economia brasileira cresceria 3% este ano. A atual situação: fraca demanda, piora na confiança dos empresários e das condições financeiras. Todos os indicadores do primeiro trimestre são ruins.
Resumindo, a agenda de Bolsonaro não vai fazer a economia dar um salto. Pelo contrário. O desemprego vai continuar em alta, o investimento permanecerá em queda, enquanto o buraco nas contas públicas cresce ao tempo que o governo vende estatais e ativos para pagar juros da dívida. O agronegócio perde mercado externo. Isso tudo acontece sob a expectativa de uma desaceleração da economia global, o que representa um entrave para o desenvolvimento do Brasil. E o governo quer dar autonomia ao Banco Central para cuidar apenas da inflação. É catástrofe anunciada!
Nesta semana apresento à Câmara dos Deputados projeto de lei que impõe duplo mandato ao Banco Central: cuidar da inflação e também do emprego. É uma contraposição a esta proposta liberal de Bolsonaro. Não tem nada de esquerda ou socialista nela, baseia-se na função do FED.
O governo Bolsonaro, tão americanófilo, poderia copiar algo de bom dos norte-americanos.
*Gleisi Hoffmann é deputada federal pelo Paraná e presidenta nacional do PT. Site oficial www.gleisi.com.br.

Entrevista de Lula bagunça narrativa de censura a sites de especulação financeira


A iminente entrevista do ex-presidente Lula à Folha e ao El País, determinada pelo STF, por paradoxo que pareça ser, bagunçou a narrativa de censura aos sites O Antagonista e Crusoé.
Antes de tudo é importante relembrar que as duas páginas especializadas em especulação financeira aplaudiram a censura prévia à entrevista que Folha iria publicar do ex-presidente Lula, em setembro do ano passado.
Quando o presidente do Supremo Dias Toffoli levantou a censura ao ex-presidente, preso há mais de 1 ano na Polícia Federal de Curitiba, empunhou a bandeira pela liberdade de expressão — afastando a pecha de censor etc.
Estranhamente, os ditos censurados — Crusoé e O Antagonista — fizeram silêncio sobre a liberação das entrevistas de Lula. Na Globo, maior partido da coligação da velha mídia, também se ouve ‘cri-cri-cri-cri’ diante da possibilidade de o ex-presidente falar ao mundo sobre sua prisão política.
Resumo da ópera: censura nos olhos dos outros é refresco

Lewandowski reverte prisões de condenados em segunda instância


O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), reverteu a prisão de dois condenados em segunda instância e permitiu que eles aguardem o trânsito em julgado da decisão em liberdade.
O magistrado concedeu habeas corpus em sede de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que confirmou a prisão de dois réus do Rio de Janeiro.
Para Lewandowski, invocando a presunção da inocência, “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de ação penal condenatória”.
“O art. 5°, LVII, com redação dada pelo constituinte originário, repito, não admite qualquer outra interpretação que não seja a literal, decorrente de sua redação inconteste de que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, decidiu.
A presunção da inocência que foi concedida em favor de Jossana Ribeiro Pereira Gomes e Jorge Ribeiro Rangel, réus na operação “chequinho”, é a mesma que a defesa do ex-presidente Lula vem requerendo há mais de um ano.
A operação “chequinho” investigou o uso de programas sociais da Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) em campanha eleitoral para o grupo político do ex-governador Anthony Garotinho (PRP).

“Junte-se aos arrependidos. Eles serão milhões em breve”, diz pesquisadora




Lágrimas de Padilha
Por Ivana Bentes
Arrependei-vos! Tenho sentimentos pouco cristãos com o arrependimento de José Padilha, que produziu O Mecanismo, uma filme-peça de publicidade pró impeachment e anti-petista e que foi um ativo produtor de imaginários fascistóides, desde Tropa de Elite I.
Tive a oportunidade de debater com ele sobre os equívocos desse primeiro filme que dava voz, criminalizava e produzia um discurso de ódio em relação aos direitos humanos, aos professores universitários (que tenta ridicularizar) e depois ódio aos governos e valores humanistas e com O Mecanismo, ódio alucinatório ao PT. A ponto de ter realizado um filme que se confunde com as fake-news que ajudaram a eleger a extrema-direita.
José Padilha está arrependido de ter ajudado a eleger o presidente Bolsonaro? Caiu a ficha em relação ao paladino da justiça, Sérgio Moro? Ele se pergunta pela relação de Moro com a família Bolsonaro e as milícias e o horror que domina o Rio e o Brasil? Aparentemente sim!
Da mesma forma que fez um Tropa da Elite II recolhendo todas as criticas que recebeu e tentando uma colcha de retalhos nova e menos maniqueísta, agora pretende fazer um Mecanismo II com Sérgio Moro de vilão.
Fato é que figuras como Padilha ganham na alta e na baixa do fascismo! Lógica do mercado das ideias e do mercado financeiro, seguem uma “onda” e lucram com ela enquanto podem. Depois a gente se arrepende : ) E também lucra com o arrependimento!
O nome disso se chama mercado e oportunismo. O que é uma boa notícia, o projeto protofascista mal começou e seus ideólogos já começam a abandonar o barco.
O governo Bolsonaro bloqueou o dinheiro do Fundo Setorial do Audiovisual e vai estrangular o cinema brasileiro; cortou os editais e apoios da Petrobrás para os mais importantes Festivais de cinema do Brasil, o presidente da Ancine suspendeu repasses para o Audiovisual, propuseram acabar com a “desgraça” da Lei Rouanet, extinguiram o Ministério da Cultura e os produtores culturais, artistas, cineastas, todo o campo cultural é alvo de um revanchismo nunca visto, são os leprosos da paranóia bolsonarista anticultura, antieducação, obscurantista.
É Padilha, não doeu só na consciência, doeu no bolso! Seu filme O Mecanismo também fica queimado no exterior e entra pela porta dos fundos da história do cinema brasileiro, como testemunha do que realmente significa “viés ideológico”. Quando ficamos cegos voluntariamente para nos tornarmos vetores de um campo de crenças e ideologias.
A percepção do governo Bolsonaro fora do Brasil é ainda pior que a sua popularidade em baixa aqui. Quem vai te financiar? A Hollywood politizada do #Metoo?
Quem vai financiar a tua autocritica?
Mas a Páscoa é tempo de perdão! Bem vindo Padilha e junte-se aos arrependidos. Eles serão milhões em breve.

REQUIÃO: SÓ LULA PODE SER O INSTRUMENTO DA PACIFICAÇÃO DO BRASIL

4.16.2019

GENERAL ALVO DE AÇÃO DIZ QUE NÃO AMEAÇOU STF COM TRIBUNAL DE EXCEÇÃO, MAS 'ALERTOU'

“Lula é culpado”




Roberto Requião (MDB-PR), em artigo especial, afirma que Lula é “culpado” porque introduziu os brasileiros mais pobres no maravilhoso mundo das três refeições diárias, mesa há 500 anos reservada a apenas uma minoria.
“Dizer que Lula é inocente, corresponde até mesmo a aceitar a bizarrice do power point de Dallangnol, a militância Aecista de Igor Romário, a incompetência letal de Erika Mareka e o cavanhaque indecoroso do Santos Lima”, escreve o ex-senador paranaense.
A lista de “acusações” listadas por Requião ainda aponta “culpa” de Lula pelo programa de habitação ‘Minha Casa Minha Vida’ e a transformação de aeroportos em rodoviárias, onde o povo começou a voar e aproximar lugares antes distantes.
Requião compara no texto o ex-presidente a Joana D’Arc, qual seja, ele é “culpado de sua inocência” e ainda equipara Lula a Mandela, Spartacus, Frei Caneca, Zumbi dos Palmares e ao Conselheiro.
Ao final do artigo, ao seu estilo, Roberto Requião manda à “merda” os acusadores do ex-presidente Lula.
Roberto Requião*
Definitivamente, Lula é culpado. Desde de sempre. Nasceu culpado, viveu sob o estigma da culpa e haverá de morrer no pecado. Lula é culpado há gerações. O seu sangue está contaminado por cepas indígenas e, provavelmente, africanas. Lula é malnascido. E mal-agradecido: em vez de se conformar à sorte de ter sobrevivido a uma taxa de mortalidade infantil que transformava em anjinhos, pela graça de Deus, mais de 90 das cem crianças nascidas no sertão pernambucano, quis alçar-se além de sua condição de sobrevivente, de sobra do destino, de raspa do tacho. Quis -oh falta de senso da ordem natural das coisas!- ser presidente da República.
Lula não é inocente. Pode até ter sido ingênuo, por acreditar que fosse aceito ou tolerado pela Casa Grande e seus sabujos. Pode ter sido confiado, crédulo. Mas não inocente.
Dizer, gritar, espernear que Lula é inocente, é dar legitimidade às acusações e condenações de Moro, Dallangnol, daqueles patéticos juízes do TRF-4, talvez a mais completa corte de pascácios da história do judiciário brasileiro. Dizer que Lula é inocente é certificar todas as manchetes, todos os textos, todos os artigos, toda as opiniões que a mídia comercial, e monopolista, verte em caudais todo os dias. Dizer que Lula é inocente é reconhecer e validar o que o Jornal Nacional, na voz marcante de William Boner ou com a sisudez para a ocasião de Renata Vasconcelos, comunica aos brasileiros todas as noites há mais de mil noites.
Dizer que Lula é inocente, corresponde até mesmo a aceitar a bizarrice do power point de Dallangnol, a militância aecista de Igor Romário, a incompetência letal de Erika Mareka e o cavanhaque indecoroso do Santos Lima.
Dizer que Lula é inocente é como que ratificar as acusações dos nazistas a Dimitrov, pelo incêndio do Reichstag; autenticar a culpa de Dreyfus por traição à França; é escolher Barrabás; é filiar-se ao Santo Ofício na condenação de Giordano Bruno; é adotar como sua a sentença contra Tiradentes; é atuar como assistente de acusação da Savonarola; é botar fogo nas piras que consumiram todos os cristãos novos e os muçulmanos recalcitrantes, as bruxas, os hereges e a longa procissão dos desajustados às normas da Santa Madre.
Lula é inocente do quê? De um apartamento que nem Moro reconheceu que fosse dele? De um sítio, cuja propriedade escriturada, de papel passado e testemunhada foi sonegada a troco –mais uma vez- da convicção de um juiz, da delação de um torturado?
Não, não há inocência em Lula. Ele não é inocente de roubo, porque não roubou.
Lula é culpado!
Como a Joana D’Arc de Bernanos e de Bressan, Lula é culpado de sua inocência. Como a Santa, foi relapso, desavisado, confiante, demasiadamente confiante. Afinal, ele imaginou que poderia fazer tudo o que fez impunemente? Que poderia arrostar os poderosos e seus interesses transnacionais, desafiar um a um os proprietários da política, os donos do dinheiro, os donos da opinião pública e à sempre desfrutável classe média? Em que país pensou que vivesse?
É desta ordem a culpa de Lula.
Lula é culpado porque resgatou dos porões do gigantesco navio negreiro que é este país, dezenas de milhões de brasileiros. É culpado porque introduziu essa gente no maravilhoso mundo das três refeições diárias, mesa há 500 anos reservada a apenas uma minoria. É culpado por essa fantástica e ciclópica (que mais superlativos poderia usar?) obra de combate à fome, à desnutrição, à mortalidade materno-infantil, à degradação física e moral da nossa gente. É culpado porque botou anel de doutor no dedo dos filhos de operários e trabalhadores rurais. É culpado porque inventou um programa para dar aos brasileiros uma moradia digna, sadia e financeiramente acessível. É culpado porque, operário e pau-de-arra, entendeu mais que os ilustrados antecessores, especialmente mais que o sociólogo boquirroto, ciumento, fútil e ocioso, que um país sem ciência tecnologia estaciona no tempo e no espaço e torna-se mero e servil caudatário das nações imperiais. Daí a magnífica rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, a rede de escolas técnicas, as universidades plantadas em todo o país, para horror dessa nossa elite tacanha, obtusa, inculta, grosseira e preconceituosa que ainda hoje sonha com a senzala.
Lula é culpado pela mais fabulosa descoberta em território pátrio dos últimos séculos, o petróleo na camada do pré-sal. Os muxoxos dos tucanos, à frente, na vanguarda do atraso, como sempre, o invejoso FH; e a reação blasé dos economistas e dos jornalistas de mercado, da grande mídia comercial e do mercado financeiro, revelaram não apenas despeito, mas, sobretudo, decepção com as possibilidades abertas à consolidação da soberania nacional e, acima de tudo, da cimentação de um poder popular, nacional e democrático.
Lula é culpado por ter aberto a mais formidável possibilidade para remir o Brasil do atraso, da pobreza e da dependência. Lula é culpado por insurgir, desafiar, confrontar aquela que, talvez, seja a pior, mais daninha, a mais colonial, a mais estúpida, a mais iletrada, ignorante e xucra das classes dominantes mundiais, a elite brasileira.
Lula é culpado por tornar o Brasil respeitado, ouvido e acatado internacionalmente. Jamais, em tempo algum, o nosso país teve tal protagonismo e liderança. Lula enterrou o complexo de vira-lata, de que os sapatos do chanceler dos tucanos são o mais vergonhoso exemplo.
E isso foi imperdoável!
Lula é culpado, mil vezes culpado, por ter libertado a Polícia Federal e o Ministério Público das injunções políticas, dando-lhes, é verdade, uma autonomia excessiva.
Lula é culpado (por favor, nunca relevem essa culpa que, para a classe média metida a sebo, esse é um pecado mortal) por transformar os aeroportos em rodoviárias.
São por essas culpas que Lula foi condenado e é mantido preso. São as culpas de Mandela, de Spartacus, de Frei Caneca, de Zumbi dos Palmares, do Conselheiro. O tal do triplex, cuja propriedade permanece em um incômodo e escandaloso limbo? Os pedalinhos dos netos em um sítio em Atibaia?
Ora, vão à merda!
*Roberto Requião é ex-senador pelo MDB do Paraná.

PT voltará ao poder em 2022


O Blog do Esmael ouviu neste fim de semana analistas políticos e pesquisadores de opinião pública. Eles chegaram à mesma conclusão: o PT voltará com força ao poder em 2022 em virtude da tragédia que está sendo o governo Jair Bolsonaro (PSL).
A decepção dos brasileiros com o capitão reformado já começou a ser percebida nas pesquisas, que apontam crescente rejeição de Bolsonaro, desalento dos eleitores que projetam suas frustrações [pessoais] em todos os demais políticos.
De acordo com esses analistas, em demorada conversa com o Blog do Esmael, em 2020 também será a vez de o PT ganhar força nas eleições municipais, porém, afirmam, o partido terá dificuldades na apresentação de nomes fortes que catalisem o antibolsonarismo.
Uma das saídas para o PT no ano que vem seria lançar Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, apoiar Marcelo Freixo (PSOL) no Rio e cooptar Roberto Requião para concorrer em Curitiba.
“Em 2022, com certeza, o PT voltará ao poder, pois mesmo com todas as denúncias, prisões e campanhas negativas o partido obteve 45% dos votos na eleição passada. Na próxima ninguém vai segurar os petistas, com ou sem Lula”, concluíram os analistas e pesquisadores.
Resumo da ópera: a tragédia causada pela incompetência de Bolsonaro será o sucesso do PT.

Governo Bolsonaro oficializa saída da Unasul para agradar Trump



O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou ter formalizado a saída da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) nesta segunda-feira (15). O anúncio do Itamaraty expressa a nova política externa de alinhamento automático ao governo dos Estados Unidos e foi embalada pela ascensão de governos de direita na América Latina.
“O governo brasileiro abandonou, no dia de hoje, o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas, formalizando sua saída da organização. A decisão foi comunicada oficialmente ao governo do Equador, país depositário do acordo, e surtirá efeitos transcorridos seis meses a conta da data de hoje”, informou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado nesta segunda-feira (15/04).
De acordo com o tratado da Unasul, após formalizada a intenção de deixar o bloco, o processo de saída do Brasil deve ser concluído em seis meses.
O anúncio da saída do Brasil foi feito poucos dias depois que Argentina e Paraguai comunicaram que também deixariam a Unasul. Os primeiros países que formalizaram a saída do bloco foram Colômbia e Peru. O Equador seguiu os passos dos vizinhos pouco depois. Os únicos membros ainda ativos são Uruguai, Guiana, Bolívia, Suriname e Venezuela.
A decisão do governo brasileiro expressa a nova política externa de alianhamento automático ao governo dos Estados Unidos e foi embalada pela ascensão de governos de direita na América Latina.
O comunicado do Itamaraty também citou que o Brasil assinou, em 22 de março último, um documento no qual mostrou a intenção de constituir o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul), em substituição à Unasul. Também se comprometeram com o novo fórum de desenvolvimento e integração regional Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru.
*Com informações da Deutsche Welle