12.10.2016

Com despesas pagas por Dilma, Temer também não escapa no TSE

247 - A campanha de Dilma Rousseff à presidência em 2014 custeou despesas de transporte aéreo do então candidato a vice, Michel Temer, como táxi aéreo e locação de aviões, que chegaram a um montante de R$ 2 milhões.
As despesas estão comprovadas em notas fiscais anexas à prestação de contas enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julgará se as contas dos dois candidatos poderão ser desvinculadas, como quer a defesa do peemedebista.
Os fatos, porém, expostos em reportagem do Estado de S.Paulo neste sábado 10, vão contra a tese da desvinculação e pode resultar na cassação de Temer. Se isso ocorrer ainda este ano, devem ser convocadas eleições diretas para a escolha de um novo presidente. E no caso de 2017, indiretas, feitas pelo Congresso.

Moro é alvo de escracho durante palestra na Alemanha

247 - O juiz Sérgio Moro foi alvo de protestos durante palestra nesta sexta-feira (9) em Heidelberg, na Alemanha. Um grupo de cerca de 30 juristas e acadêmicos enviou uma carta à Universidade de Heidelberg argumentando que Moro não tem credibilidade para discursar sobre combate à corrupção no Brasil, por ser "parcial" em favor de partidos como PSDB e PMDB.
"O juiz federal Sergio Moro incorreu em posturas as quais foram determinantes para o clima político de derrubada de um governo legítimo servindo, desta forma, aos piores interesses antidemocráticos", diz o texto, em referência ao vazamento de uma escuta telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no período de crise pré-impeachment.

Na plateia, brasileiros levantaram cartazes com dizeres "Moro na cadeia" e "parcialidade fere a democracia". Ele chegou a ser chamado de juiz do PSDB e da Globo. Outros gritavam "Moro, meu herói". Os grupos trocaram insultos.
Perguntado por uma pessoa na plateia por que divulgou os áudios de escutas telefônicas de Dilma, Moro afirmou que as pessoas têm o direito de saber o que seus governantes fazem. "É estranho que numa democracia as pessoas reclamem de uma revelação como essa. Desde o início das investigações decidimos que não iríamos esconder nenhuma informação do público", declarou ao ressaltar que a atitude "não foi uma exceção à regra".
Questionado pela DW Brasil sobre a criticada foto em que aparece rindo ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante a premiação "Brasileiros do Ano de 2016", da revista "IstoÉ", Moro afirmou que o político não está sob sua jurisdição. "Foi um evento público, e o senador não está sob investigação da Justiça Federal de Curitiba. Foi uma foto infeliz, mas não há nenhum caso envolvendo ele", disse.
Aécio Neves é um dos políticos mais citados nas recentes delações de executivos da Odebrecht e de funcionários da Andrade Gutierrez.
O juiz disse discordar "totalmente" das críticas de que o processo legal não tem sido cumprido na Lava Jato. "A operação não é uma bruxa caçadora", justificou ao dizer que não "joga com a política". "Nenhuma prisão aconteceu com base em opiniões políticas, mas em evidências de que crimes foram cometidos."
Para Moro, a Lava Jato dá ao Brasil a oportunidade de superar a "prática vergonhosa" de pagamento de propinas. "Há uma profunda erosão na confiança na democracia", afirmou. "A Lava Jato revela que muito pode ser feito para combater a corrupção sistêmica."

PMDBrecht


247 – Neste momento, Michel Temer deve estar pensando seriamente em sua própria renúncia. O motivo: depois da delação da Odebrecht, que se soma a sua impopularidade gigantesca e à destruição da economia brasileira, não há a menor chance de que ele consiga permanecer na presidência da República por muito tempo.
Na noite de ontem, depois da revelação de que Michel Temer pediu R$ 10 milhões à Odebrecht em pleno Palácio do Jaburu, que teriam sido entregues parcialmente, numa mala de dinheiro, a seu melhor amigo, Jorge Yunes, que é também tido no mercado como seu parceiro em empreendimentos imobiliários (saiba mais aqui), o Palácio do Planalto reagiu com a seguinte nota:

O presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho.  As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente.



Pois bem: a Odebrecht sustenta que os pagamentos a Temer saíram do departamento de propinas da empreiteira, eram contrapartidas por favores governamentais – ou seja, propina – e também traz, como prova, um email de Marcelo Odebrecht, o MO, a seus executivos.



Nele, Marcelo diz que só aceitou pagar "depois de muito choro" e que este seria o último pagamento ao "time de MT", Michel Temer.



Dos R$ 10 milhões, R$ 6 milhões teriam sido destinados à campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo. Os R$ 4 milhões restantes teriam sido distribuídos a Eliseu Padilha, Yunes, o amigão de Temer, e a Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba.



Ao formular perguntas a Temer, sua testemunha na Lava Jato, Cunha quis questioná-lo sobre esse pagamento da Odebrecht a ele, via Jorge Yunes, mas o juiz Sergio Moro vetou as questões.

12.09.2016

Reação do Congresso à indicação de Imbassahy “não tem razão de ser", diz Temer

Presidente nega "recuo" na escolha de tucano. "Vamos primeiro costurar apoios"

O presidente Michel Temer confirmou nesta sexta-feira (9) que, de fato, o nome do líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), foi cogitado para ocupar o cargo de ministro da Secretaria de Governo, mas que, diante da reação à indicação no Congresso Nacional, a questão ficou de ser fechada em um segundo momento, para buscar apoio junto à base do governo.
Até o final de novembro, a Secretaria de Governo tinha à frente Geddel Vieira Lima, mas o ex-ministro pediu para sair do cargo após denúncias de que teria feito pressão sobre o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, para liberar uma obra na área nobre de Salvador, na qual admitiu ter um imóvel.
Temer negou que houve qualquer “recuo” na definição de quem ocupará a Secretaria de Governo. “Não houve convite ao iminente deputado Antônio Imbassahy. O que houve foram conversações relativas à ampliação da participação do PSDB no meu ministério. Quando me falaram do Imbassahy, eu logo recebi [a indicação] com o maior agrado, porque ele é um homem politicamente adequado e é exatamente o que preciso na Secretaria de Governo”, disse Temer hoje em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco.
"Diante do apoio extraordinário que Congresso está dando às nossas medidas, eu não posso desagradar uma ponta da base”, disse Temer
"Diante do apoio extraordinário que Congresso está dando às nossas medidas, eu não posso desagradar uma ponta da base”, disse Temer
Segundo ele, em meio a essas conversações, houve um “equívoco de comunicação”, o que resultou na divulgação, pela imprensa, do nome do deputado antes mesmo de o assunto ser fechado. “O fato é que não estava fechada essa matéria. E, de fato, houve certa reação na medida em que estamos em processo de eleições na Câmara Federal e alguns partidos acharam que isso favoreceria um ou outro candidato. Daí a razão pela qual eu disse: vamos primeiro costurar os apoios todos necessários de todos os setores da base”, disse Temer.
“De fato houve reações [à indicação de Imbassahy à Secretaria de Governo da Presidência da República], mas a meu ver elas não tiveram razão de ser”, acrescentou. “E, diante do apoio extraordinário que Congresso está dando às nossas medidas, eu não posso desagradar uma ponta da base”, completou o presidente.
O presidente Michel Temer visita hoje cidades de Pernambuco e do Ceará.
Após pressão do centrão, Temer adia escolha para Secretaria de Governo
Após forte repercussão em torno da escolha do líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), para o comando da Secretaria de Governo, Michel Temer decidiu, na noite de quinta-feira (8), adiar a decisão de definir o nome que substituirá Geddel Vieira Lima.
Temer teria se incomodado com o vazamento da informação de que o PSDB queria aumentar a relevância da pasta, incluindo o relacionamento com governadores e a negociação de dívidas estaduais. 
Na Câmara, a escolha também teria contrariado deputados do chamado "centrão", já que a indicação de Imbassahy fortaleceria a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidente da Casa, já que o tucano ficaria fora da disputa.
Vários partidos da base governista, especialmente do “centrão”, também têm intenção de lançar candidatos na disputa pela presidência da Casa, e têm pressionado para que o Planalto não interfira no processo eleitoral.
Como precisa aprovar no Congresso propostas que exigem um apoio amplo, como a reforma da Previdência, o Planalto avaliou que era melhor negociar com mais calma a escolha do novo secretário de Governo.
Agora, Temer estaria cogitando nomes como os dos tucanos José Anibal (SP) e Antonio Anastasia (MG).
Com Agência Brasil
Obs: Quando me lembro do golpista Temer, a única coisa que vem a cabeça é  uma vontade de vomitar.

Justiça decreta bloqueio dos bens de Eduardo Paes


Prefeito é acusado de ter dispensado pagamento de licença ambiental de construtora


A Justiça decretou nesta sexta-feira (9) o bloqueio dos bens do prefeito Eduardo Paes, acusado de improbidade administrativa na construção do Campo de Golpe Olímpico da Barra da Tijuca, em a ação foi ajuizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
A justiça acusa o prefeito do Rio de ter dispensado a construtora Fiori Empreendimentos Imobiliários do pagamento de R$ 1,8 milhão de licença ambiental para fazer o Campo, em 2013. A taxa acabou sendo paga pelo município. Em valores atuais, a dívida chega a R$ 2,3 milhões.

Eduardo Paes terá seus ativos leiloados para pagar a dívida, informa juiz em decisão
Eduardo Paes terá seus ativos leiloados para pagar a dívida, informa juiz em decisão
Segundo a decisão, “a preocupação se acentua, na medida em que ao término de seu mandato, já se anunciou que o Sr. Prefeito irá residir nos Estados Unidos, o que pode dificultar ainda mais a recomposição dos danos causados”.A Justiça fundamentou o bloqueio dos bens com a informação de que Paes vai morar nos Estados Unidos com a família após deixar o cargo a partir de 1º de janeiro, o que dificultaria a recomposição dos danos causados. "A indisponibilidade de bens como medida assecuratória se faz extremamente necessária, como vem reconhecendo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça em tema de improbidade administrativa em que se busca o ressarcimento de dano aos cofres públicos".
Eduardo Paes e a Fiori Empreendimentos terão seus ativos leiloados para pagar a dívida.
Em maio do ano passado, movimentos sociais protestaram, acusando a Prefeitura de cometer ilegalidades na construção do Campo de Golfe Olímpico, ao lado da Área de Proteção Ambiental de Marapendi. Na época, o advogado Jean Carlos Novaes, integrante dos movimentos Golfe Para Quem? e Ocupa Golfe, apontou problemas na concessão da licença ambiental e questionou a ausência de contrato formal para a obra do campo. Paes havia alegado, então, que os R$ 60 milhões para a construção do campo foram de recursos privados, viabilizados com a readequação do potencial  do terreno vizinho.
A Prefeitura do Rio divulgou nota:
O prefeito Eduardo Paes vai recorrer da decisão judicial de bloqueio dos seus bens e esclarece que, diferentemente do que afirma o Ministério Público, a Prefeitura do Rio exigiu, no processo de licenciamento ambiental do Campo de Golfe, que a Fiori Empreendimentos Imobiliários pagasse a taxa para a autorização de supressão de vegetação exótica. Conforme mostram os arquivos anexos, foi emitido por diversas vezes o Documento de Arrecadação de Receitas Municipais (DARM) nº 53904 em nome da Fiori, que não efetuou o pagamento. Por isso, em 09/11/2016, um mês antes da ação ajuizada pelo MP, a Secretaria de Meio Ambiente já havia enviado ofício à Procuradoria Geral do Município solicitando a cobrança dos valores atualizados e acrescidos de juros de mora (R$ 3,365 milhões) via dívida ativa.
O prefeito Eduardo Paes repudia ainda a insinuação do Ministério Público de que sua ida aos Estados Unidos em 2017 representaria uma forma de não cumprir eventuais responsabilidades referentes ao período do seu governo. Paes reforça que sua ida a Nova York é de conhecimento público há mais de um ano, quando recebeu o convite de uma das mais importantes universidades americanas, a Columbia University, que faz parte da renomada Ivy League, para ser professor visitante. Além disso, ele também foi convidado para ser consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A volta de Paes ao Brasil já tem data prevista, uma vez que o prefeito anunciou seu interesse em concorrer ao governo estadual em 2018. 
Paes lembra ainda que, apesar de ação anterior do Ministério Público contra a construção do Campo de Golfe, a Prefeitura obteve da Justiça parecer favorável ao empreendimento que representou ganho ambiental à região.  
Saiba mais:
>> Biólogo da própria prefeitura condena construção de campo de golfe olímpico
>> MPRJ recomenda suspensão de obras de construção do Campo de Golfe Olímpico
>> Réplica do MPRJ pede a suspensão das obras do Campo de Golfe Olímpico
>> Rio 2016: campo de golfe vira assunto tabu em evento do COI
>> "Golfe pra quem?" e "Ocupa Golfe" acampam em frente a Campo de Golfe Olímpico

Previdência: Ex-ministro apela para que esquerda não negocie com o governo

247 - O ex-ministro do Trabalho e Previdência Social Miguel Rossetto apelou nesta sexta-feira 9 para que os partidos de esquerda não cedam e não negociem com o governo de Michel Temer para a aprovação da reforma da Previdência apresentada nessa semana.
"A esquerda precisa avaliar se deve mesmo participar de uma comissão especial que já é uma fraude política. Esta proposta não é negociável. É preciso denunciar e derrotar essa agenda nas ruas ao lado do povo", declarou.
A proposta de reforma de Temer, segundo ele, é uma tragédia. Trabalhadores já têm ido às ruas em protesto contra o texto. Centrais sindicais organizam uma grande manifestação popular para o dia 13.

Odebrecht diz ter levado mala de dinheiro ao melhor amigo de Temer

247 - Em delação ao Ministério Público Federal, o vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho detalhou como foi a entrega de dinheiro vivo, durante a campanha de 2014, ao advogado José Yunes, amigo, conselheiro próximo e para muitos tido como sócio do presidente Michel Temer, em São Paulo.
Segundo o jornalista Severino Mota, do Buzzfeed, o dinheiro era parte dos R$ 10 milhões que Marcelo Odebrecht resolveu destinar ao PMDB, após um jantar que teve em maio de 2014 com Michel Temer, no Palácio do Jaburu.
Melo Filho explicou aos investigadores que, dos R$ 10 milhões, a maior parte (R$ 6 milhões) teriam como destino Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de São Paulo. Os outros R$ 4 milhões foram destinados ao próprio Padilha para campanhas do partido.
Os recursos que Melo Filho cita em sua delação não foram depositados em contas partidárias conforme manda a Justiça Eleitoral. Aos investigadores, ele revelou que um dos endereços de entrega do dinheiro teria sido a rua Capitão Francisco, nº 90, em São Paulo. Justamente a sede do escritório José Yunes e Associados.
A relação entre Yunes e Temer foi trazida novamente à tona pelo ex-aliado de Temer, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB). das perguntas feitas por Cunha que foram vetadas por Moro, duas miraram diretamente na amizade de Temer e Yunes: 1) "Qual a relação de Vossa Excelência com o Sr. José Yunes?" e 2) "O Sr. José Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de Vossa Excelência ou do PMDB, de forma oficial ou não declarada".
Leia na íntegra reportagem sobre o assunto.

Auto-bênção




"Bless me Mother, for I am your child.
Bless my eyes to see your ways.
Bless my nose to smell your essence.
Bless my lips to speak your name.
Bless my breasts for strength and beauty.
Bless my belly for pleasure and life.
Bless my legs to walk your path.
Bless me Mother, for I am your child."

                                         (Z.Budapest) 

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"Abençoe-me Mãe, pois sou sua criança.
Abençoe meus olhos para ver suas formas.
Abençoe meu nariz para sentir sua essência.
Abençoe meus lábios para falar seu nome.
Abençoe meus seios para força e beleza.
Abençoe minha barriga para prazer e vida.
Abençoe minhas pernas para andar seu caminho.
Abençoe-me Mãe, pois sou sua criança."


Self-Blessing por Z Budapest (audio)

Lula: “Se tem motivo para bater panela, é agora”

Do Instituto Lula - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira, 9, do Congresso da União dos Núcleos, Associações de Moradores de Heliópolis e Região (Unas), no CEU Parque Bristol, na capital paulista.
Em seu discurso, Lula falou sobre os ataques contra os direitos do trabalhador e do projeto de país que exclui os mais pobres, como sempre acontecia no passado. "É importante que a gente tenha noção do que está acontecendo no Brasil e compreenda para não cometer os mesmos erros".
Lula disse que se existe um motivo para bater panela, é agora. "Aliás, é motivo pra bater a cabeça na parede. Parece que o sujeito que redigiu a regulamentação do trabalho escravo é que está sugerindo essa reforma da previdência".
O ex-presidente disse que nutriu o sonho de ser presidente porque acreditava que era possível elevar o patamar de vida dos mais pobres. E, quando ele ganhou, decidiu fazer diferente. Foi incluindo os mais pobres no orçamento que o país passou a crescer. O povo pobre passou a consumir mais, a trabalhar mais, fez a economia girar e deixou de ser um problema para ser a solução do país.
"Eu fico até chateado com o Meirelles, porque ele sabe. Ele sabe que do jeito que ele está fazendo não vai consertar nada. Pode até agradar aos bancos, mas não vai consertar a economia".
Quando um governo retira direito dos mais pobres, cria uma situação complicada. "Os pobres não têm sindicato, não têm dinheiro pra fazer protesto, ninguém que os representasse. Essas pessoas sabiam que quando nascia seu filho, ele estava predestinado a ter o ensino fundamental e só. Nunca a elite deste país se preocupou com o ensino superior para os mais pobres".
Lula questionou se a reforma da previdência vai igualar servidores públicos e privados. Questionou se o governo vai ter a mesma coragem para avançar sobre os direitos de militares, promotores, juízes.
As ações do atual governo estão voltando a aprofundar a enorme desigualdade entre ricos e pobres neste país. "Quem nasceu na cidade não faz ideia da enorme conquista que foi levar energia para 15 milhões de pessoas deste país". "Quem chamava o Bolsa Família de bolsa-esmola não tem o menor conhecimento do povo pobre, que não vai se contentar com viver com 100, 150 reais por mês". O ex-presidente lembrou que, com o abatimento no imposto de renda, muitas vezes os mais ricos têm mais acesso ao dinheiro público para cuidar da própria saúde do que os mais pobres.
"O ódio contra nós não é divergência política. Na minha opinião, o ódio contra PT, conta Lula, contra Dilma não tem outra razão a não ser o que foi feito neste país nesses 12 anos. Lembra quando criamos o Bolsa Família e eles chamaram de Bolsa Esmola?
Lula disse que a saída para os problemas do Brasil é voltar a incluir os mais pobres no orçamento, é investir no crescimento. "Esse povo ainda vai voltar a sentir orgulho de ser brasileiro"
Sobre a Unas
A Unas surgiu nos anos 1980 da luta dos moradores de Heliópolis pelo direito à moradia e posse da terra. Hoje, tem 50 projetos nas áreas de educação, saúde, moradia, cultura, esporte, assistência social, mulheres e LGBT. Mais de 9 mil pessoas de Heliópolis e região são beneficiadas pelas iniciativas. Em Heliópolis vivem cerca de 200 mil habitantes, a maioria de origem nordestina. Aproximadamente 40% das famílias de Heliópolis são compostas por mães e filhos, sendo a mãe a única provedora. Hoje, 90% do bairro conta com infraestrutura urbana, como serviços de água, esgoto, energia elétrica e coleta de lixo.

CAMOMILA

 

Gênero: masculino
Planeta: Sol
Elemento: água
Signo: Leão
Principais popriedades mágicas: dinheiro, sono, amor, purificação
Partes usadas: flores
UM POUCO DE HISTÓRIA

Os romanos já utilizavam a camomila como incenso, mas a origem do seu nome é grega (khamaimélon) e significa "maçã da terra", muito provavelmente por conta de seu aroma, que se assemelha ao de uma maçã. Os romanos a utilizavam principalmente para dores de cabeça. Para os anglo-saxões, era uma das nove ervas sagradas.

Também foi usada no Egito, principalmente para ajudar em casos de febre, e lá era dedicada ao deus Rá.

Nos primórdios, era bastante utilizada para tratar febre, mas atualmente possui muitas outras utilizações. Por exemplo, é uma erva anti-inflamatória que pode ser utilizada tanto como chá para inflamações no trato digestório quanto para questões dermatológicas. Também é considerada antiespasmódica, o que a torna especial para aliviar cólicas nas mulheres e nos bebês.
CAMOMILA ROMANA VERSUS ALEMÃ

Existem dois tipos de camomila: a camomila romana, também conhecida como camomila inglesa (Chamaemilum nobile ou Anthemis nobilis), e a camomila alemã (Matricaria recutita ou Matricaria chamomilla), também conhecida como camomila húngara. Suas propriedades são bastante similares, mas a camomila romana é considerada mais sensível e menos irritante.

A camomila alemã é considerada mais potente e medicinalmente superior, pois contém uma proporção maior da substância anti-inflamatória camazuleno. A camomila romana tem menos camazuleno, mas possui mais álcool, o que a torna ideal para aplicação tópica em casos dermatológicos.
A seguir, um resumo das propriedades de cada tipo:
Camomila romana: anti-alérgica, anti-inflamatória, anti-séptica, antiespasmódica, tônico amargo, carminativa, digestiva, emenagoga (promove o fluxo menstrual), calmante, sedativa, ajuda em dores de estômago.
Camomila alemã: anti-alérgica, anti-inflamatória, antiespasmódica, calmante, carminativa, digestiva, emenagoga, levemente amarga, calmante, sedativa.
PROPRIEDADES MEDICINAIS

A camomila é utilizada para aliviar cólicas, gases, dor de estômago, indigestão, conjuntivite, relaxamento dos nervos, redução de inflamações em geral, ajuda ainda a eliminar toxinas e a cuidar de problemas dermatológicos, como cortes e queimaduras, por exemplo. No caso das cólicas menstruais, deve-se beber duas ou três xícaras de chá de camomila por dia.

A camomila também é analgésica, e massagens com seu óleo essencial podem ajudar a diminuir tanto a dor quanto a inflamação decorrentes da artrite.

Como calmante, é indicada par insônia. Ajuda a aliviar tensões, choro e irritabilidade.

Se você tem problemas como secura, coceira ou inflamação no couro cabeludo, pode enxaguar a cabeça com chá de camomila. Para ajudar a clarear o cabelo, deve-se utilizar o chá frio.

Ela ajuda na digestão e alivia queixas gástricas e colite, inclusive problemas relacionados à síndrome do intestino irritável. Também alivia enjoos matinais e a inquietação que costumam ocorrer na gravidez. Para problemas de estômago, incluindo gastrite, colite e enjoo matinal, deve-se beber uma xícara de chá com o estômago vazio de manhã, podendo ele estar quente ou frio.

Quando utilizada topicamente, a camomila acelera a cicatrização de cortes, arranhões, bolhas e queimaduras. Também é útil para erupções cutâneas, eczema e outras inflamação da pele. Nesses casos, lave a região com chá de camomila ou adicione algumas gotas de óleo essencial na água do banho.

Inflamações nos olhos podem ser tratadas com uma compressa fria de chá de camomila. Bochechos com seu chá ajudam a manter a gengiva saudável e alivia inflamações na boca, como afta.
Nos idosos, a camomila ajuda a aumentar o apetite.
No caso dos bebês, a camomila ajuda nas cólicas e com os dentes que estão nascendo. Também acalma e ajuda a febre a ir embora, e pode se usada em pomadas para assadura. Mas preste atenção na dose: de ¼ a ½ colher de chá, dadas a cada 2 ou 3 horas. E NUNCA adoce o chá de camomila com mel para crianças com menos de 2 anos!!!
ATENÇÃO: a camomila não deve ser utilizada por pessoas que estejam fazendo uso de anticoagulantes, pois alguns de seus componentes podem bloquear esta ação dos medicamentos.
USOS MÁGICOS

Magicamente, a camomila pode ser utilizada em magias para prosperidade, paz, amor, tranquilidade e purificação. Para prosperidade, deixe algumas flores da camomila em sua carteira para atrair dinheiro. Já um punhado de flores na banheira irá criar uma atmosfera relaxante.

Um travesseiro de camomila ajuda a ter um sono tranquilo e sem pesadelos. Uma infusão usada para lavar portas e janelas vai ajudar a manter as energias indesejadas fora de sua casa. Polvilhe flores de camomila em pó ao redor seu carro ou casa para remover feitiços lançados contra você e para evitar que incêndios e relâmpagos a atinjam.

Faça um banho ritual de camomila antes de realizar feitiços de amor e prosperidade. Esse banho também pode ser útil para retirar de você sentimentos de dor, perda ou raiva.

Lavar as mãos com chá de camomila antes de qualquer jogo irá aumentar sua sorte.

A camomila também pode ser utilizada em incensos para meditação. Ajuda ainda a limpar e a fortalecer o chakra da garganta (quinto chakra).

A camomila pode ser associada às seguintes deidades: Midhir, Lugh e Aine.

Receitas com camomila -




Leu o último post do blog mas não sabe fazer chá de camomila?
A Mulher Verde te ensina então:
Ingredientes:
2 colheres de chá de flores de camomila
Modo de preparar:
Despeje uma xícara de água fervente sobre 2 colheres de chá de camomila fresca ou seca. Cubra e deixe descansar por 10 a 15 minutos.

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Achou que eu ia ensinar só a fazer o chazinho? Que nada! Seguem mais três receitas úteis com camomila para vocês…

ESCALDA-PÉS DE CAMOMILA

Tá cansad@, com os pés em frangalhos? Trabalhou muito? Dançou muito?

Faça a receita a seguir, um carinho para aqueles dois que te carregam pra lá e para cá o dia inteiro!
50 g de camomila seca
1 punhado de sal grosso
15 litros de água quente
PARA ALIVIAR ARDOR DO SOL

Pegou mais sol do que devia e agora está tod@ ardid@? Eis a solução:
2 colheres de sopa de amido de milho
1 xícara de chá de camomila frio
Misture o amido e o chá de camomila, faça uma pastinha e aplique na pele. Deixe por 30 minutos e depois lave com água fria.
MASSAGEM RELAXANTE

Cansou? Faça uma massagem relaxante com os seguintes óleos:
1 colher de óleo de amêndoas
3 gotas de OE de lavanda
3 gotas de OE de camomila
Misture tudo e aplique após o banho.

4 comentários:

171- Qualidade Temer

Por não ter contado com o apoio de 171 deputados, Dilma Rousseff  teve seu pedido de impeachment aprovado por uma “assembleia de bandidos” na noite de 19 de abril.  Este é aproximadamente o número de deputados irmanados no Centrão, o que, afora a tibieza,  ajuda a explicar o rápido recuo de Michel Temer da decisão de nomear o tucano Antônio Imbassahy para a Secretaria de Governo, cargo que era de Geddel Vieira Lima e responde pela articulação política do Governo. Mais dia, menos dia, Temer pode precisar de 171 deputados para barrar um dos pedidos de impeachment contra ele já apresentados à Câmara.
Não emplacando o tucano no núcleo duro do governo, Temer terá que compensar os tucanos com algo mais valioso. O que eles querem, todos sabem, é o comando da economia, embora não haja tempo nem condições para a gestação de um novo FHC: alguém que se viabilize eleitoralmente a partir de uma bem sucedida gestão econômica. O tempo é curto e a situação bem diferente da de 1983/84, quando o problema se resumia à inflação. Agora o país vive uma depressão que é cavada dia a dia pela incerteza política, e que não terá remédio fora da re-legitimação do sistema pela convocação de eleições diretas. De preferência gerais, pois a credibilidade do Congresso também já bateu no fundo do poço.
É pressionado pelos tucanos que Temer hoje se aventura numa viagem pelo Nordeste, numa agenda que procurou deixar o povo longe para evitar as vaias e o Fora Temer. E com isso empurra para a semana que vem a decisão sobre a substituição de Geddel, que operava em sintonia com o Centrão.
Agora, com dezembro  voando sob o impulso das crises de cada dia, será difícil impedir a ruptura da “super base parlamentar” de que Temer tanto se vangloria. Governos que não conseguem equacionar bem a sucessão na presidência da Câmara costumam pagar caro. Aconteceu com Lula, quando o racha em sua base deu na vitória de Severino Cavalcanti, em 2005. Aconteceu com Dilma em 2015, quando o PT peitou Eduardo Cunha e perdeu, dando início ao racha com o PMDB.  Na base de Temer existem duas candidaturas do Centrão (Jovair Arantes (PTB)  e Rogério Rosso (PSD) e a candidatura de Rodrigo Maia, afora a do próprio Imbassahy, do PSDB. Com ele ministro e fora do páreo, suspeitam os do Centrão que os tucanos passariam a trabalhar por Rodrigo Maia. Por isso o veto. Eles sabem que Temer não resiste a uma pressão.
Mais dia, menos dia, um de seus pedidos de impeachment terá que ser apreciado. Maia recusará todos mas a oposição poderá recorrer ao plenário, criando para o governo a necessidade de uma barragem da proposta por 171 votos. O número do Centrão. Mas o golpe dentro do golpe pode vir também por outra via, a do TSE. Assim como no STF, naquela corte também há talento e competência para ajustar as interpretações jurídicas aos interesses políticos.

Colaboração de réus da Lava Jato com os EUA pode virar crime de traição, diz advogado


Do advogado Anderson Bezerra Lopes no Uol:

Começou a fase de produção de provas na ação penal movida pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula e outros réus na 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná. É certo que tal acusação já gerou muita discussão nos cenários jurídico e político nacional quanto à efetiva descrição de conduta criminosa por parte dos envolvidos, bem como a existência de elementos probatórios mínimos para sustentá-la, conforme exige a legislação processual penal.
No entanto, uma situação inédita e extremamente grave ocorreu em todas as audiências até aqui realizadas. Trata-se da recusa, por parte de algumas testemunhas, em responder sobre a existência de negociações (ou acordos já firmados) com autoridades dos Estados Unidos para figurarem como colaboradores premiados daquele país.
Não se pode negar a importância dos mecanismos legais de cooperação jurídica Internacional em matéria penal, o que contribui para que os países disponham de ferramentas para combater a criminalidade que avança para além de suas fronteiras. Todavia, em nenhuma hipótese tal cooperação pode ocorrer às margens da lei ou com ofensa à soberania política dos Estados.
Nesse sentido, o silêncio que algumas testemunhas têm oposto às perguntas sobre as negociações com autoridades dos EUA e o conteúdo das informações eventualmente transmitidas àquelas autoridades, a um só tempo, revelam grave ofensa tanto à legislação nacional quanto à soberania política do Estado brasileiro, prevista no art. 1°, inciso I, da Constituição Federal.
O sigilo previsto na Lei n° 12.850/13, que trata da colaboração premiada, vale para os acordos negociados ou celebrados no Brasil, cessando tal sigilo tão logo seja recebida a denúncia. Assim, não cabe invocar uma restrição imposta por autoridade estrangeira para impedir a plena vigência da lei brasileira nos processos judiciais que tramitam em seu território. Do contrário, temos a esdrúxula situação de um juiz brasileiro afastar a soberania política do Brasil em seu território para, em seu lugar, admitir aqui a vigência da legislação estrangeira. Não bastasse isso, duas sérias razões reforçam a ilegalidade dessa situação.
Em primeiro lugar, de acordo com expressa disposição do Código de Processo Penal, as testemunhas que prestam compromisso têm a obrigação de dizer a verdade sobre tudo que lhes for perguntado, não podendo calar ou omitir fatos e circunstâncias segundo seu juízo de conveniência. As exceções a essa regra geral ocorrem quando, em virtude de relações de parentesco ou por sigilo profissional, a própria lei as exime de prestar compromisso ou mesmo as proíbe de depor.
(…)
Caso estejam fornecendo informações e documentos de caráter estratégico às autoridades dos EUA, tais indivíduos podem estar cometendo crimes contra o Estado, previstos na Lei n° 1.802/53, também conhecidos como “crimes de traição à pátria”. Aqueles que porventura estejam instigando ou auxiliando tais indivíduos a praticarem tal conduta também podem ser penalmente responsabilizados, na qualidade de partícipes.
Portanto, longe de configurar filigrana jurídica, tal situação deve ser melhor esclarecida e, a depender das informações e documentos que estão sendo transmitidos, é preciso instaurar investigação para apurar a responsabilidade penal de tais réus colaboradores e seus partícipes.

Dilma é uma das mulheres do ano para o Financial Times


Dilma Roussef foi escolhida uma das mulheres do ano pelo Financial Times.
A lista inclui Hillary Clinton, a premiê britânica Theresa May e a presidente sul coreana Park Geun-hye.
Dilma falou ao jornal sobre o que pretende legar ao Brasil.
“Em qualquer caso, eu deixarei minha jornada da vida como um legado para as mulheres. Já que nós [as mulheres] não somos pessoas que se dão por vencidas perante as desgraças”, disse.

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Bem-vinda, Cristina

REUTERS/Enrique Marcarian
Antes eram encontros normais entre presidentes eleitos e reeleitos democraticamente pelos povos dos seus países para aprofundar a democracia na Argentina e no Brasil. Reuniões que foram feitas regularmente para coordenar ações comuns e consolidar a solidariedade entre seus povos, ao longo de mais de uma década, desde que Lula foi à posse de Nestor Kirchner em 2004.
Desde aquele momento as relações entre os dois países se tornaram as mais cordiais em toda a nossa história. Acabaram as intrigas, as pequenas e as grandes disputas que que o Império pretendia distanciar-nos e contrapor-nos.
Não havia abraços mais calorosos e fraternais do que os que acostumavam dar-se Lula, Nestor, Dilma e Cristina. Porque eram os povos que se abraçavam, dois países irmãos, duas historias similares de luta pela democracia, pela justiça, pela soberania.
Hoje Dilma é uma presidente tirada da presidência do Brasil por um golpe parlamentar-midiático-jurídico, fechando o mais longo período de vida democrática em um país tão marcado por ditaduras, inclusive a anterior, que durou mais de duas décadas. Com toda a dignidade da sua vida de lutas, Dilma percorre todo o país e viaja ao exterior, para seguir, desde outra trincheira, a mesma luta que marca a sua vida desde sua juventude. Confirmando o que ela sempre disse: ela muda de lugar desde onde lutar, mas nunca muda do lado desde onde luta.
Cristina é vitima de uma feroz perseguição politica, que tenta desqualificar sua imagem, na impossibilidade de desqualificar o seu governo, que resgatou a Argentina da pior crise da sua história, retomou o crescimento econômico, desta vez com distribuição de renda.
Disso não a perdoam. Além de que seja uma mulher que tenha liderado esse processo, que tenha conseguido se reeleger com uma extraordinária votação, superando as ofensivas golpistas da direita argentina.
Lula é igualmente vítima de uma brutal perseguição, que não consegue provar nada contra ele; ao contrário, das duas dezenas de testemunhas de acusação que foram convocadas para acusá-lo, todos o inocentaram. O fantasma do Lula apavora a toda a elite golpista brasileira, que tenta tirá-lo da disputa eleitoral, porque ele é o único politico brasileiro com prestígio popular, cujo apoio só aumenta, conforme os direitos conquistados no seu governo vão sendo tirados pelo governo golpista de Michel Temer.
Cristina, Dilma e Lula se abraçam de novo, como as referências fundamentais dos seus povos, porque não são somente pessoas, são a personificação de processos políticos que garantiram e estenderam os direitos da grande maioria de argentinos e brasileiros.
Representam a milhões e milhões de esperanças de que nossos países recuperem sua dignidade, sua capacidade de promover a justiça, de ouvir e de atender a todo o seu povo.
São duas mulheres e um homem, aos que se teria unido Nestor, caso ainda estivesse entre nós. Líderes latino-americanos, líderes populares, reconhecidos por nossos por nossos povos e, por isso, perseguidos. Nós os amamos, os protegemos, os levaremos de volta à direção de nossos países, tão necessitados de abraços, de justiça, de lideranças com reconhecimento popular e prestígio internacional.
Benvinda, Cristina, te saudamos, uma vez mais, como a figura da mulher argentina, como representante das forças populares de mais longa tradição na Argentina. Te abraçamos, como abraçamos a Nestor, como abraçamos a todos os argentinos

Ciro: Temer é um frouxo e pode correr com a sela


247 – O presidenciável Ciro Gomes também avalia, em sua entrevista exclusiva ao 247, que Michel Temer não deve chegar até 2018.
Segundo ele, Temer ou cai, cassado pelo TSE, ou "corre com a sela", ou seja, renuncia ao cargo.
"Como todo traíra, ele é um frouxo, um sujeito miudíssimo que o Brasil não merecia ter na presidência."
Ciro cita como exemplo a tragédia da Chapecoense, em que Temer calculou se deveria ir ou não, em razão de eventuais vaias.
Segundo ele, na calada da noite, enquanto o Brasil chorava os mortos, Temer sancionava a entrega do pré-sal para empresas estrangeiras.
"O barco afunda e o Temer golpista toca violino".

Karnal: ‘Senado foi colocado na marginalidade’


 247 - O historiador e professor da Unicamp Leandro Karnal criticou o acordão entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado que permitiu que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) permanecesse à frente da presidência do Senado, apesar de ficar fora da linha de sucessão da Presidência Da República. "
Decisão judicial se cumpre. Decisão judicial não é bufet, não é um cardápio de restaurante onde se diz isso eu quero e isso eu não quero, se não é o caos, a anarquia absoluta", disse Karnal em entrevista ao jornal da Cultura. Declaração vem na esteira da decisão da mesa diretora do Senado em não acatar a decisão liminar do ministro do STF Marco Aurélio Mello que determinava o afastamento de Renan do comando da Casa. O Plenário do STF, porém, permitiu, por seis votos a três, manter Renan no cargo embora afastado da linha sucessória presidencial.
"Ficar se escondendo de oficial, recusar a cumprir uma ordem do Supremo, não é falta de harmonia entre os poderes. Isso é colocar o Senado na marginalidade. Houve um erro em 2007. Renan foi condenado por uma ação clara de usar dinheiro para sustentar uma filha nascida fora do casamento, de uma empreiteira e de favorecer esta empreiteira. O Senado não cassou o mandato dele, como deveria ter feito. Por muito menos houve senadores que tivera seu mandato cassado", afirmou. "É uma vergonha no Brasil. Sinto vergonha de ser brasileiro", completou.

Fora da lei, Parente ignora TCU e vende ativos

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, ignorou a decisão  do TCU (Tribunal de Contas da União) — que proibiu a venda de ativos da estatal devido a indícios de várias irregularidades — e  segue negociado os bens da empresa a toque de caixa, em seu feirão; a Petrobras está em negociação avançada para vender sua participação no campo de Saint Malo, no Golfo do México; estatal também está perto de acertar a comercialização de três campos nacionais de petróleo e gás natural, como parte do plano de venda de ativos, por meio do qual pretende levantar US$ 15,1 bilhões no biênio 2015/2016; em entrevista ao 247. Ciro Gomes diz que Parente entrega reservas de petróleo pelo preço de uma Coca-Cola

Reforma não corrige distorções, desmonta o modelo previdenciário


Por Luís Nassif, no Jornal GGN
Peça 1 – a Previdência e o pacto democrático
Os grupos que se uniram para assaltar o poder romperam o pacto democrático e, agora, há uma disputa feroz pelo controle do aparelho do Estado. É nítido na maneira como se pretender desconstruir o modelo de Estado que surge da Constituição de 1988.
A Previdência Social, com o Regime Geral e com a Seguridade Social significaram um avanço civilizatório gigantesco e foram fruto do pacto, da luta democrática e social que floresce em 1988, no pós-ditadura, como lembra o ex-Ministro Miguel Rossetto.
Como proposta, a reforma da Previdência e o desmonte da Seguridade Social é a barbárie, a própria negação do direito previdenciário construído pela democracia brasileira.
Os problemas enfrentados agora pela Previdência não decorrem do descontrole das despesas, mas da brutal queda da arrecadação previdenciária, por conta da recessão, desemprego e renúncias previdenciárias legais, acentuadas no governo Dilma.
O que se pretende não é a correção de distorções, mas o desmonte do modelo previdenciário.
Ao igualar homens e mulheres, as novas regras desconsideram a condição feminina, a maternidade ou o fato de, nos lares mais humildes, a mulher sempre receber o encargo de administrar os problemas familiares, um conjunto de responsabilidades que impede o cumprimento integral do tempo de trabalho.
Além disso, na realidade do mercado de trabalho brasileiro, com a rotatividade periódica do emprego, é muito difícil mesmo para o homem cumprir integralmente o tempo de trabalho. Sua renda não permite juntar uma poupança para pagar a Previdência nos tempos de desemprego.
Finalmente, é criminoso tirar o salário mínimo do BPC (Benefícios de Prestação Continuada), muitas delas famílias extremamente pobres, com pessoas com deficiência. Tenta-se tirar o único benefício dos pobres entre pobres, famílias em situação de miséria.
As distorções não param por aí.
Retirar o tempo de trabalho e de contribuição é um enorme erro, por conta do perfil de trabalho do brasileiro: pobres começam a trabalhar formalmente aos 16 anos; os mais ricos, aos 25 anos. No campo, começa-se a trabalhar muito mais cedo e em muito piores condições de trabalho.
Países que têm como critério a aposentadoria por tempo de trabalho são aqueles de mercado de trabalho mais homogêneo.
Peça 2 – os problemas reais da Previdência
Há um problema geracional em todos os sistemas de previdência, na medida em que aumenta a expectativa de vida das pessoas e aumenta também a idade média da população. Cria-se a situação em que o tempo de aposentadoria passa a ser maior que o tempo de contribuição.
São problemas de longo prazo que exigem acordos no presente, para implementação gradativa, sem grandes traumas.
Por ser tema estrutural, as soluções têm que ser negociadas, pactuadas, aceitas pelos cidadãos. Pela fórmula atual, a pessoa só conseguirá se aposentar com a aposentadoria integral com 45 anos de contribuição.
No governo Dilma, adotou-se inicialmente a fórmula 85/95 – a soma do tempo de contribuição com idade respectivamente para mulheres e homens. Permitia uma aposentadoria superior ao fator previdenciário, mas que iria se ajustando ano a ano.
Não resolvia o longo prazo, mas valia como como início de discussão. O passo seguinte seria convocar as centrais sindicais, o Congresso e os empresários para discutir as saídas e acertar o grande acordo.
Peça 3 – a impossibilidade de um acordo
Pela abrangência, pelos impactos sobre as próximas décadas, propostas dessa natureza não podem provir de um governo ilegítimo, empurrando goela abaixo da população, baseando-se na máquina de moer consciências das Organizações Globo.
Trata-se da consolidação de um modelo infame que, em outros tempos, envergonharia até mentes mais insensíveis, como o Ministro Luís Roberto Barroso – que se jacta de falar em nome do futuro, contra o atraso.
A insensibilidade de Barroso, a maneira como atropela princípios básicos de um regime democrático – como endossar as medidas autoritárias em cima do orçamento -, o pensamento autocrático são típicos de uma burguesia da República Velha, pré direitos sociais básicos.
E, se insisto em mencioná-lo, é por ser o representante máximo do que mais anacrônico a elite brasileira produziu, o intelectual falsamente sofisticado, que trata as ideias com a mesma superficialidade com que busca bens de consumo da moda, sem jamais se introjetar princípios básicos constituintes de uma sociedade civilizada.
A agenda proposta inviabiliza o direito previdenciário.
É indecente num sistema tributário em que a maior parte dos tributos é arrecadado de contribuintes de baixa renda, cortar os benefícios dos mais pobres mantendo as brechas que permitem aos de maior renda beneficiar-se do planejamento fiscal e dos juros praticados pelo Banco Central.
Tenho sido, em geral, contrário às medidas radicais, à intolerância política, ao radicalismo estéril. Mas endosso a posição de Rosseto: qualquer tentativa de negociar esse pacote será um endosso à liquidação do direito previdenciário.
Peça 4 – o país da bazófia
A exacerbação em torno do golpe, a falsa frente majoritária que derrubou o governo criou em muitos de seus protagonistas a falsa sensação de segurança, típica das torcidas organizadas, que transforma os pusilânimes em valentes, os fracos em truculentos, os tímidos em arrogantes.
Passado o instante de catarse, muitos são apanhados em flagrante, com seus medos e fragilidades, como as cortinas do teatro que se abrem e flagram o ator urinando no vaso de flores na frente de uma plateia lotada.
Valente 1 – a Ministra Carmen Lúcia declara guerra aos políticos, dá palavras de ordem, pratica quatro frases de efeito e arregimenta a categoria e o populacho. Aí, no meio do caminho tinha um presidente do Senado, e ela recua tão ostensivamente que faz questão de registrar seu voto de presidente favorável a Renan. Nem seguiu a máxima do recuo: não seja tão lento que pareça provocação, nem tão rápido que sugira medo.
Valente 2 – O valente Eliseu Padilha anuncia a reforma da Previdência e retira dela os militares e a Polícia Militar – que supunha os únicos poderes armados. Aí a policia civil e os bombeiros fazem o maior pampeiro, inclusive enfrentando a PM do Rio de Janeiro. Depois, 190 representantes de sindicatos de policiais, bombeiros e agentes penitenciários invadem o Ministério da Justiça. O Ministro Alexandre de Moraes, depois de sua notável performance carpindo pés de maconha no Paraguai,  nem ousa aparecer.
No final do dia, vem o recado ligeiro: policiais e bombeiros estão fora da reforma.
Valente 3 – com a queda de Geddel Vieira Lima, depois de dias e dias ganhando coragem, Michel Temer nomeia o tucano Antônio Imbassahy como Secretário de Governo. O centrão bate o pé e Imbassahy sai de cena, antes mesmo de entrar.
Valente 4 – O douto representante de Eduardo Cunha e Eliseu Padilha na EBC, Laerte Rímoli, manda embora a apresentadora Leda Nagle. Os protestos invadem a rede e merecem home de O Globo Online. Imediatamente, recua, antes mesmo de pensar em uma saída estratégica.
Valentes 5 – Tal e qual um Aníbal, o Cartaginês, Geddel e Padilha irromperam nas hostes adversárias indo direto ao butim, mandando demitir servidores, criando um crivo ideológico nas verbas da Secom. Com os primeiros petardos, Geddel é flagrado aos prantos, pelos corredores do Planalto, e Padilha internado com pressão alta. Nesse ínterim, a postura altiva de Dilma Rousseff é reconhecida pelo Financial Time, que a premia como uma das mulheres de 2016 por seu comportamento na tragédia do impeachment.
Duas conclusões reiteradas:
1.     O governo Temer morreu.
2.     Não há saída fora do grande pacto em torno das eleições diretas