6.11.2016

Janot quer investigar Romário, Jutahy Júnior e Rodrigo Maia

247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos para investigar mais políticos no âmbito da Operação lava Jato. Dentre os pedidos estariam sendo solicitadas investigações sobre o senador Romário (PSB-RJ) e os deputados Rodrigo maia (DEM-RJ) e Jutahy Júnior (PSDB-BA), cujos nomes ainda não haviam aparecido.
Segundo reportagem da revista Época, os nomes dos parlamentares teriam surgido em uma troca de mensagens dos celulares do ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e do empreiteiro Léo Pinheiro, da construtora OAS, ambos presos pela Lava Jato. Todos eles devem ser investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
Ainda segundo a revista, os pedidos de abertura de inquéritos foram encaminhados ao ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava jato. Caso Zavascki entenda que não há relação direta com os casos investigados pela Lava Jato, a decisão poderá ficar à cargo do presidente da Corte, Ricardo Lewandowscki.

A mídia, o golpe e a pseudoguerra do bem versus o mal




BETO BARATA: <p>Brasília - DF, 23/05/2016. Presidente Interino Michel Temer durante reunião com Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros. Foto: Beto Barata/PR</p>
À medida que o poderio econômico foi dominando a mídia, muitos "profissionais da pena" foram se subjugando aos interesses patronais e outros se transformando em animadores de auditório. Parte do jornalismo, ator político relevante na formação da "opinião pública", tem se contentado com o apequenado papel de ventríloquo.
Presenciamos no Brasil uma incestuosa relação no universo da comunicação de massa: de uma maneira geral, o jornalismo domado às conveniências do grande capital sucumbe aos ditames dos donos dos oligopólios empresariais e midiáticos que determinam o que deve ser pautado, como, quando, de qual forma, com qual recorte e viés, assim como o que deve ser publicado (melhor dizendo, publicizado — dado que a produção da notícia se transformou ora em mercadoria, ora em produto de entretenimento). Assim, o jornalismo dos grandes veículos de comunicação decompõe-se em espetáculo, muitas vezes grotesco, a ser vendido de forma sensacionalista, eivado de interesses de classe, para o deleite do telespectador-consumidor desavisado.
Numa afronta colossal ao direito humano à comunicação, as grandes redes de mídia e as poderosas agências noticiosas escolhem, selecionam, manipulam e determinam o que deve ser divulgado e sob qual ótica os fatos são apresentados à opinião pública.
Há muito se questiona a isenção e a imparcialidade dos meios de comunicação. Por um lado, em virtude das relações imbricadas e promíscuas que envolvem os donos dos veículos (muitos dos quais, editores de suas empresas de comunicação; outros tantos, políticos herdeiros da velha estrutura colonial e familiar) com setores conservadores, elitistas e golpistas; por outro, pela fragilidade de parte de seus quadros profissionais, submissos (e impotentes) frente às determinações patronais. Quem perde com essa situação é a democracia que deixa de ter na imprensa o contraponto às mazelas sociais, econômicas e políticas.
Acompanhamos, com perplexidade e surpresa, a cobertura que a mídia tem dado às denúncias de corrupção que assolam frequentemente nossa República. A imprensa tem desprezado o aprofundamento das informações e demonstrado discricionariedade e seletividade na cobertura. A guerra do bem versus o mal reproduz o velho estilo maniqueísta (uma forma de pensar simplista em que o mundo é visto como que dividido em dois, reduzindo os fenômenos humanos e sociais a uma relação de causa e efeito, certo e errado, isso ou aquilo; sendo que a simplificação nasce da intolerância ou desconhecimento em relação a verdade do outro e/ou da pressa de entender e refletir sobre a complexidade de tais fenômenos.). Quase não se fala, por exemplo, sobre os corruptores, os donos do capital e os interesses econômicos por detrás dos políticos e empresários corruptos. E que a corrupção não é obra brasileira. Trata-se de uma grande engenharia multinacional, construída para manter e fazer funcionar o capitalismo rentista.
Somos bombardeados com um vendaval de informações pontuais, muitas vezes descontextualizadas, passando a (falsa) impressão, por exemplo, de que todos são, essencialmente, corruptos e desonestos quando, na verdade, o discurso do combate à corrupção funciona como lenitivo de salvaguarda da elite empresarial-midiática-política, historicamente envolvida até o pescoço com os malfeitos. Os brasileiros e brasileiras não são corruptos por essência, como a mídia quer que acreditemos. Mas nossas elites o são. Esse é o ponto. Essa mentira vendida como verdade (de que todos são, indistintamente, corruptos) tem provocando um misto de histeria coletiva de caça às bruxas, expressa na raiva, ódio e desilusão em relação ao sistema político e provocado um imobilismo cívico – a ideia de que este país não tem conserto. Portanto, entreguemo-lo para os ratos.
Outro fenômeno que ressurgiu a partir das manifestações de 2013 e se recrudesceu nas últimas eleições, em 2014, foi um misto difuso de ódio e vingança, fazendo da disputa eleitoral uma verdadeira guerra, quando o processo democrático da escolha dos representantes deveria ser tão e somente um embate civilizado e respeitoso de ideias, opiniões e pontos de vista sobre os rumos do país. A quem interessa um país no qual os cidadãos têm nojo da política?
Frente a tanta (des)informação parece que estamos perdidos; que ninguém é honesto; que não vale a pena lutar pela ética, a verdade, a justiça. A mensagem subliminar seria, então, que vale a pena ser desonesto e chafurdar-se nas pequenas corrupções do dia a dia? É essa a mensagem sub-reptícia que nos é passada por essa mídia venal e fascista?
O pior dos mundos é quando os cidadãos não reconhecem na ética, na verdade, na mobilização social e na luta política os caminhos para as mudanças.
O filósofo e cientista político esloveno Slavoj Žižek nos ajuda a pensar algo muito importante: a unificação de todos os nossos medos (e/ou discursos do medo) numa (falsa) verdade é o grande objetivo que sempre moveu os ideais dos mais conservadores. Essa estratégia justificou o nazismo (os nazistas tinham horror dos judeus, dos homossexuais...) ou o golpe civil-militar de 1964 (medo do comunismo), por exemplo. E, agora, justifica a assunção de uma quadrilha ao poder. Depois de transformar uma mentira ema verdade (que somente o PT e seus quadros são corruptos), a mídia brasileira liderou a gangue que estuprou nossa democracia. Não é mera coincidência o fato de o sistema de justiça desdenhar os estupros reais, como o ocorrido no Rio de Janeiro, daqueles simbólicos, não menos violentos, como o ocorrido com nossa democracia. A justiça, enquanto sistema, não existe para produzir justiça; senão, para corroborar os intentos e perversões dos poderosos.
O fato, é que a soma dos muitos medos (os verdadeiros ou aqueles construídos no imaginário social) é o ambiente propício para se criar um clima de pânico, instalar a desconfiança generalizada, propagandear uma insatisfação irracional. A partir daí, pode-se construir os pseudo-heróis "salvadores da Pátria"; justifica-se o injustificável; elegem-se os bodes expiatórios lançando-os à fogueira, na condenação midiática para o gozo sempiterno de uma massa amorfa, porque sempre apartada da política.
Mesmo nos regimes ditos democráticos, a construção orquestrada do medo pelos segmentos cujos privilégios são colocados à prova pavimenta atalhos fáceis para o golpismo. Mas, voltemos a Žižek: a partir da unificação dos medos é fácil acatar como verdade inequívoca o discurso do ódio, da violência, da eliminação a qualquer custo daquele que encarna os males e seus seguidores.
Outro problema político vergonhoso, camuflado nesse cenário, é a intolerância, o racismo, o sectarismo religioso, o preconceito – principalmente de matrizes étnica e socioeconômica -, o fascismo disfarçado de nacionalismo. Esses "demônios" saíram do armário (porque lá sempre estiveram) e seus adeptos (que comportam como massa acéfala) querem se impor, afrontando a democracia.
Infelizmente, alguns privilegiados de ontem e de hoje não aceitaram uma sociedade que caminhava, a passos lentos, na construção da igualdade de fato, para além da igualdade de direito. Querem se manter como diferentes, ostentando os velhos privilégios da Casa Grande. Por isso, preferem morar em Miami. Não conhecem a verdadeira história deste país, porque a conquista de direitos, mesmo lenta e gradual, é irreversível em qualquer sociedade minimamente democrática e plural.
A igualdade de direitos faz parte do processo de consolidação da cidadania e é fundamento da democracia. Não há democracia numa sociedade estamental, como era o Brasil até bem pouco tempo. E não há democracia quando a mídia se transforma em partido político a fomentar e dar suporte ao golpe e, agora, transformando-se em porta-voz do governo golpista.

A pressa de Janot em entregar Lula a Moro


"No dia em que o ex-presidente Lula declarou que quanto mais o provocam, mais ele “corre o risco” de ser candidato a presidente, o procurador-geral Rodrigo Janot pediu ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, que envie para o juiz Sergio Moro o inquérito em que ele e o ex-senador Delcídio do Amaral são acusados de obstrução da Justiça. A decisão será de Teori mas o pedido vem ao encontro dos que desejam ver logo Lula inelegível e excluído da disputa de 2018, que pode até acontecer antes, se for bem sucedida a articulação em favor de um plebiscito sobre a antecipação da eleição presidencial"; a análise é da colunista do 247, Tereza Cruvinel

Dilma: 'Meu maior erro foi ter feito uma aliança com quem não devia'






 
  © Ueslei Marcelino / Reuters A presidenta Dilma Rousseff (PT) foi incisiva em sua crítica ao presidente interino Michel Temer (PMDB) durante entrevista à jornalista Mariana Godoy, veiculada na última sexta-feira (10), pela Rede TV: "Meu maior erro foi ter feito uma aliança com quem não devia".
Rousseff também falou sobre Eduardo Cunha, atualmente julgado pela Comissão de Ética e afastado da cadeira de presidente da Câmara dos Deputados:
"Eu não acredito nessa grandeza maléfica do senhor Eduardo Cunha. Eduardo Cunha é de direita, conservador e acho que ele não tem princípios éticos muito sólidos. Eu me recuso a olhar o ser humano e achar que uns são muito bons e outros muito maus, não é essa a questão."
Questionada sobre as investigações de Cunha, a presidente afastada diz "não ser juiz":
"Eu não gosto de condenar ninguém porque eu não faço papel de juiz, mas que se cumpra rigorosamente a pauta, e que as manipulações parem e sejam interrompidas, e que ele [Cunha] responda na justiça pelas contas na Suíça e pelo fato de ele ter negado que ele tinha contas na Suíça."
Para ela, o processo de impeachment instaurado em abril e que atualmente tramita no Senado é um "golpe de estado":
"A lei [de impeachment] é inadequada para o momento atual. O processo de impeachment está previsto na Constituição, mas com crime de responsabilidade. É um absurdo eu ter sido afastada sem se avaliar o mérito. Absurdo o presidente interino e provisório ter desmantelado o Estado. Não dá para acabar com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O futuro do nosso país depende da ciência, da tecnologia e da inovação. Não dá para misturar o Ministério das Comunicações com o Ministério da Ciência e da Tecnologia "
Na entrevista, Dilma afirmou que o processo de impeachment "foi aceito por um claro desvio de poder, e esse desvio de poder está confirmado pela gravação, principalmente com o senador Romero Jucá. É textual: vamos mudar o governo".
A fala de Jucá foi interpretada como uma tentativa de silenciar as investigações da Operação Lava Jato. Ele foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, falando que "tem que mudar o governo para estancar essa sangria".
Questionada sobre o uso da palavra golpe, não admitida pela oposição, Rousseff insistiu:
"Dizem que não é golpe porque as instituições estão funcionando. Há hoje, no mundo, uma outra compreensão a respeito dos tipos de golpe existentes. O golpe militar afastava o presidente, mas ao mesmo tempo destruía o regime democrático, acabava com o direito de imprensa, acabava com a liberdade de opinião. O golpe no momento atual usa de outro método, ele quebra a legalidade, quebra a Constituição, e tenta manter o regime democrático (…) Eu irei até as últimas consequências para defender não o meu mandato, mas sim as instituições."
"Se a gente não tiver clareza de que é golpe, a gente não tem condições de combater."
A jornalista Mariana Godoy perguntou qual reforma política a presidente afastada vai propor caso passe pelo processo de impeachment:
"É imprescindível que o meu mandato seja restabelecido, mas eu não acho que só isso resolve as questões. Acho que o Brasil vai ter de repactuar."
"Eu não abro mão do retorno, do fim desse processo fraudulento de impeachment, porque os seis decretos não foram feitos para me beneficiar."
Dilma também criticou alguns ministros do STF que "falam fora dos autos" e que têm entendimentos sobre vazamento de investigações que variam de acordo com quem é a figura a ser exposta. Ela enfatizou que vazar áudio de um presidente da República em exercício é crime em qualquer parte do mundo: "tem certos tipos de vazamento que tem um único sentido, acabar com a imagem da pessoa".
Ela afirmou que "vazam informações a meu respeito e elas nunca são provadas".
Na entrevista Rousseff também abordou os atos de corrupção desvelados pela Lava Jato, e defendeu a linha de governo do PT na presidência da República.
"Houve corrupção. Não é privilégio da direita ou do centro ser corrupta e a esquerda não é uma santa. Acho que nos meus governos e do presidente Lula nós tivemos um cuidado, nós estruturamos através de leis, normas e práticas um processo de tornar o Brasil mais transparente (exemplo o Portal da Transparência) , de combater as organizações criminosas (a lei de 2013 em que está prevista a delação premiada) e a lista tríplice para o Ministério Público Federal".
Dilma disse que está "tranquila" e que irá "lutar para voltar".
A entrevista está disponível na íntegra aqui.
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Romario na Odebrecht




A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal para investigar o senador Romário (PSB-RJ) pela suspeita de receber caixa dois de campanha na eleição de 2014. A suspeita é que a Odebrecht deu R$ 100 mil ao senador.
Registrada no STF como a petição 6.052, a investigação sigilosa ainda é inicial e caberá aos aos procuradores levantar provas se de fato houve pagamentos ao senador. Ele nega.
O indício surgiu a partir de mensagens de celular trocadas entre Marcelo Odebrecht e seu subordinado Benedicto Barbosa da Silva Júnior, logo após a eleição de 2014. As conversas foram apreendidas pela Polícia Federal na fase da Operação Lava Jato que prendeu Marcelo Odebrecht.
Na petição levada ao Supremo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que a conversa entre os dois empresários é um indício da “prática habitual e sistemática de pagamento de propina”.
Apesar de o diálogo citar R$ 100 mil para Romário, oficialmente não houve doações para o candidato, o que levantou à suspeita de caixa dois. A investigação, contudo, ainda está nos primeiros passos para tentar descobrir se efetivamente foi pago o montante tratado nas conversas.
O caso de Romário foi tipificado como dois crimes a ser investigados: corrupção e lavagem de dinheiro. O pedido de Janot foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
Por meio de sua assessoria, Romário negou as suspeitas e disse que nem sequer houve tratativas com a empreiteiras.

Golpistas têm plano B para se manter no poder




Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil: <p>Bras�lia - O ministro Gilmar Mendes foi eleito hoje (7) o pr�ximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele vai substituir o atual presidente, Dias Toffoli, a partir de maio (Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)</p>

O plano B dos golpistas, para ser executado caso o impeachment da presidenta Dilma Rousseff seja derrubado no Senado, já começa a ser alvo de discretas discussões  nos círculos políticos e jurídicos, conforme os sinais  emitidos pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ele tem repetido com regular insistência, como se preparasse o terreno para evitar surpresas, que é possível separar Temer de Dilma na ação movida pelo PSDB, que pede a cassação do mandato da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico nas eleições de 2014. Em recente declaração ele foi mais específico, ao afirmar que já existe jurisprudência a respeito, firmado no caso do ex-governador Ottomar Pinto, de Roraima, que morreu durante o processo de cassação por crime eleitoral e cujo vice, que assumiu o governo, foi inocentado.
        Gilmar, que tem marcado a sua atuação no Supremo Tribunal Federal por uma gritante “imparcialidade”, com essas declarações escancara a sua disposição de cassar apenas Dilma, preservando Temer que, se perder no Senado e tiver de devolver a cadeira de Presidente da República para ela, voltaria novamente para o Palácio do Planalto, dessa vez de maneira definitiva. Além dessas sintomáticas declarações, outra pista sobre as intenções de Gilmar foi a sua decisão de, mesmo ocupando a presidência da corte eleitoral, permanecer como relator do processo, para cuja tarefa foi mais uma vez “sorteado”  pela roleta eletrônica do TSE, que parece ter o mesmo vício de idêntico aparelho do Supremo onde, coincidentemente, ele  também é sempre escolhido para relatar os processos que envolvem  interesses políticos de petistas e tucanos. Se esses “sorteios” significassem mais dinheiro na conta dele, Gilmar sem dúvida seria o mais sortudo dos ministros do STF.
        Aparentemente, as perspectivas quanto à queda do impeachment no Senado, que começa a ser vislumbrada com as manifestações de desagrado de senadores com o governo interino de Michel Temer,  já preocupam os conspiradores e executores do golpe, inclusive a advogada Janaina Paschoal, uma as signatárias do pedido de afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Ela declarou em Recife não ter mais certeza quanto a aprovação do impeachment, porque receia  que a proposta de novas eleições possa atrair a simpatia do povo. “Confesso estar preocupada com esta história de novas eleições, que é como um canto da sereia, capaz de agradar a gregos e troianos”, ela disse. Na sua opinião, as pessoas já começam a hesitar em relação ao afastamento da Presidenta. Desapontada, porque o que ela queria mesmo era eliminar  Dilma definitivamente da vida pública, Janaína  se recusa a admitir que o povo já  se conscientizou que o impeachment não passou de  um golpe para atender interesses que não são exatamente os do país. Como disse  Leonardo Boff:”A população já se deu conta das tramoias golpistas”.
        Mas ao mesmo tempo em que os responsáveis pelo golpe, diante da possibilidade de uma derrota no Senado,  buscam uma nova alternativa para se manter no poder, cresce nas ruas a pressão por eleições diretas ainda este ano, o que, na opinião de observadores, seria  a única solução para a crise em que o país se debate. Um grupo de 30 senadores, à frente Roberto Requião, do PMDB do Paraná, já abraçou essa tese, cujos reflexos certamente serão sentidos na votação do impeachment, com a sua derrubada. Quem também já defende eleições gerais em outubro, obviamente por interesses pessoais,  é a ex-senadora Marina Silva, que certamente acredita na sua vitória. As mais recentes pesquisas de intenção de votos a apontam em segundo lugar na corrida sucessória presidencial, atrás apenas de Lula, que lidera em todos os cenários. O ex-presidente, aliás, já disse que se for para garantir as conquistas sociais será candidato, declaração que deve ter dado um tremendo susto naqueles que há tempos tramam a sua eliminação da vida política do país.
        O mais pitoresco, nesse clima de tensão e incerteza, foi a declaração do ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, que, depois de afirmar que "esta hipótese de a presidente Dilma reverter votos, mudar posição dos senadores, é zero”, classificou de golpismo a convocação de novas eleições ainda este ano. A sua visão de democracia, pelo visto,  foi obliterada pela conquista de um cargo de ministro no governo interino de Temer, porque golpismo é precisamente a ausência do povo na escolha de seus governantes. Foi exatamente o que aconteceu com a assunção de Michel Temer à Presidência da República, desrespeitando a vontade de 54 milhões de brasileiros. Geddel, ao que parece, sabe que numa eleição Temer não terá a menor chance de ocupar o Palácio do Planalto e, por isso, para os usurpadores não convém eleições,  este ano ou em 2018. Ele só esqueceu um pequeno detalhe: o governo ao qual serve não tem condições de sustentar-se, justamente  pela falta de respaldo popular.

Alérgica, jovem morre após beijar namorado que havia comido amendoim


Ambulância chegou em 8 minutos, mas como ela não estava com medicamento de emergência morreu por choque anafilático

O Dia
Jovem alérgica não contou ao namorado sobre problema com amendoim
Foto: Reprodução Facebook
Canadá - Uma canadense de 20 anos morreu em Montreal após ter uma crise alérgica após beijar o namorado que havia comido manteiga de amendoim. A morte de Myriam Ducré-Lemay ocorreu em 2012, mas o caso veio à tona recentemente, em uma entrevista de sua mãe, Micheline Ducré, ao Jornal de Quebéc.
O namorado da jovem chamou uma ambulância, que chegou ao local onde estavam em oito minutos, mas como ela não estava com seu remédio de emergência, ela morreu por choque anafilático.
A mãe de Myriam revelou que o incidente ocorreu instantaneamente.
Na ocasião, o rapaz havia acabado de comer um sanduíche. Myriam não tinha contado ao namorado sobre sua alergia ao alimento.
Micheline contou que divulgou a história da filha para alertar outros sobre os riscos da rapidez dos danos das reações alérgicas. 

6.10.2016

Segundo Garotinho, Eduardo Cunha desconfia de Temer, arma vingança e tem dito que ministros do STF lhe devem favores

O deputado afastado Eduardo Cunha fala à imprensa sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de manter seu afastamento da Câmara | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Segundo o blog do ex-governador Anthony Garotinho, Eduardo Cunha está com espírito de vingança e disse que se for abandonado, não vai sozinho para o ”sacrifício”. Confira o relato no blog do Garotinho:
Ontem conversei por telefone com um deputado federal do PR amigo íntimo de Eduardo Cunha.
Ele tinha estado com Cunha minutos antes em sua residência oficial.
Fez algumas afirmações que são de arrepiar os cabelos.
Talvez não seja próprio revelar todas, mas uma, com certeza, já deve ter chegado a Michel Temer.
Eduardo Cunha disse em alto e bom som a seguinte frase: “Se eu for abandonado não vou sozinho para o sacrifício. É bom que alguém diga a Michel (Temer) e a (Romero) Jucá que eu posso ser o início do fim de um governo que nem começou”.
O amigo de Cunha me revelou que nunca tinha visto Eduardo no estado que o encontrou nessa visita. Cunha estava abatido, ansioso e com espírito de vingança.
Em um certo momento da conversa ele deixou transparecer que, na sua opinião, o Supremo não tomaria a decisão que tomou sem uma sondagem prévia ao presidente do Senado, Renan Calheiros e ao próprio Michel Temer.
Cunha desconfia de traição embora Temer tenha sido um dos primeiros a ligar para ele assim que o ministro Teori Zavascki concedeu a liminar para suspender o mandato e afastá-lo da presidência da Câmara.
Uma das afirmações que chamou a atenção do deputado do PR amigo de Eduardo Cunha foi a seguinte: “Não sou bobo. Tem gente que manda matar e depois vai chorar no velório ao lado da viúva. Se estão pensando que vou aceitar solidariedade sem uma solução concreta estão enganados”.
Disse também que sabia que uma parte da assessoria próxima de Michel, referindo-se a Moreira Franco, estava dando graças a Deus pela sua situação.
Demonstrou ainda grande irritação com Leonardo Picciani, que resistiu, segundo informações que chegaram a ele, a assinar uma nota de solidariedade pelo momento que estava vivendo.
Eduardo também reafirmava que não renunciaria chegando a dizer que seu substituto, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) é uma espécie de Severino Cavacanti (ex-presidente da Câmara) melhorado e que não duraria nem 15 dias no cargo.
Foram feitas outras afirmações que prefiro não revelar porque, afinal de contas, são quase que uma chantagem a ministros do STF a quem Eduardo Cunha afirma categoricamente que lhe devem muitos favores.
Como a fonte é altamente confiável é bom Michel Temer se preparar para dias nervosos, afinal Eduardo Cunha como amigo é um perigo, e como inimigo é mais perigoso ainda.
Imaginem na situação de ex-amigo. Eu não sei porque sou casado com Rosinha há 34 anos e nunca tive outra esposa. Mas dizem que os piores estragos que podem ser feitos na vida de um homem são por ex-mulheres e ex-amigos.
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Tucano Anastasia está na lista da Lava Jato


247 - Finalmente foi liberada, na noite desta sexta-feira (6) a lista dos políticos contra os quais a Procuradoria-Geral da República recomendou abertura de inquérito por envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. O ministro Teori Zavascki, relator no STF da investigação, anunciou os nomes e seu despacho acatando os pedidos do procurador-geral Rodrigo Janot.
O PP é o partido com mais políticos entre os que responderão a inquéritos (32). Em seguida, vêm PMDB (sete), PT (seis), PSDB (um) e PTB (um).
Veja abaixo a lista de investigados:
PP
- Senador Ciro Nogueira (PI)
- Senador Benedito de Lira (AL)
- Senador Gladson Cameli (AC)
- Deputado Aguinaldo Ribeiro (PB)
- Deputado Simão Sessim (RJ)
- Deputado Nelson Meurer (PR)
- Deputado Eduardo da Fonte (PE)
- Deputado Luiz Fernando Faria (MG)
- Deputado Arthur Lira (AL)
- Deputado Dilceu Sperafico (PR)
- Deputado Jeronimo Goergen (RS)
- Deputado Sandes Júnior (GO)
- Deputado Afonso Hamm (RS)
- Deputado Missionário José Olímpio (SP)
- Deputado Lázaro Botelho (TO)
- Deputado Luis Carlos Heinze (RS)
- Deputado Renato Molling (RS)
- Deputado Renato Balestra (GO)
- Deputado Lázaro Britto (BA)
- Deputado Waldir Maranhão (MA)
- Deputado José Otávio Germano (RS)
- Ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte (BA)
- Ex-deputado João Pizzolatti (SC)
- Ex-deputado Pedro Corrêa (PE)
- Ex-deputado Roberto Teixeira (PE)
- Ex-deputada Aline Corrêa (SP)
- Ex-deputado Carlos Magno (RO)
- Ex-deputado e vice governador João Leão (BA)
- Ex-deputado Luiz Argôlo (BA) (filiado ao Solidariedade desde 2013)
- Ex-deputado José Linhares (CE)
- Ex-deputado Pedro Henry (MT)
- Ex-deputado Vilson Covatti (RS)

PMDB
- Senador Renan Calheiros (AL), presidente do Senado
- Senador Romero Jucá (RR)
- Senador Edison Lobão (MA)
- Senador Valdir Raupp (RO)
- Deputado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara
- Deputado Aníbal Gomes (CE)
- Ex-governadora Roseana Sarney (MA)

PT
- Senadora Gleisi Hoffmann (PR)
- Senador Humberto Costa (PE)
- Senador Lindbergh Farias (RJ)
- Deputado José Mentor (SP)
- Deputado Vander Loubet (MS)
- Ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP)

PSDB
- Senador Antonio Anastasia (MG)

PTB
- Senador Fernando Collor (AL)

Outros
Ex-ministro Antonio Palocci
Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano
ARQUIVADOS
* Aécio Neves (PSDB)
* Alexandre José dos Santos (PMDB)
* Delcídio do Amaral Gomes
* Henrique Eduardo Alves (PMDB)

Abaixo a matéria do STF sobre a lista:
Ministro Teori Zavascki autoriza abertura de inquérito e revoga sigilo em investigação sobre Petrobras
O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki deferiu nesta sexta-feira 21 pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, referentes a autoridades com prerrogativa de foro e outros possíveis envolvidos em investigação cujo foco principal são desvios de recursos da Petrobras.
Em todos os casos, o ministro revogou o sigilo na tramitação dos procedimentos, tornando públicos todos os documentos. A instauração de inquéritos foi considerada cabível porque há indícios de ilicitude e não foram verificadas, do ponto de vista jurídico, "situações inibidoras do desencadeamento da investigação".
Para o ministro Teori, "o modo como se desdobra a investigação e o juízo sobre a conveniência, a oportunidade ou a necessidade de diligências tendentes à convicção acusatória são atribuições exclusivas do procurador-geral da República", cabendo ao Supremo Tribunal Federal "na fase investigatória, controlar a legitimidade dos atos e procedimentos de coleta de provas".

O ministro ressaltou que a abertura de inquérito não representa “juízo antecipado sobre autoria e materialidade do delito”, principalmente quando os indícios são fundados em depoimentos colhidos em colaboração premiada: “Tais depoimentos não constituem, por si sós, meio de prova, até porque, segundo disposição normativa expressa, nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente colaborador (art. 4º, § 16, da Lei 12.850/2013)”.
Arquivamentos
Referentes ao mesmo tema, foram deferidos ainda seis pedidos de arquivamento de procedimentos preliminares que tramitavam em segredo de justiça. Nas decisões, o ministro argumenta que, de acordo com a jurisprudência da Suprema Corte, é irrecusável, por parte do Tribunal, pedido de arquivamento apresentado pelo procurador-geral da República, ainda que possa eventualmente considerar improcedentes as razões invocadas.
Segredo de Justiça
Todos os procedimentos relacionados à citada investigação, inclusive os que foram arquivados, tiveram o sigilo revogado, por decisão do ministro relator Teori Zavascki, tendo em vista “não haver interesse social a justificar a reserva de publicidade”. “Pelo contrário: é importante, até mesmo em atenção aos valores republicanos, que a sociedade brasileira tome conhecimento dos fatos relatados”, argumentou o ministro. O ministro ressalvou que a lei impõe regime de sigilo ao acordo de colaboração premiada até a decisão de recebimento da denúncia. No entanto, nesses procedimentos, considerando que os colaboradores já têm seus nomes expostos publicamente, pois são réus em ações penais com denúncia recebida, e que o próprio Ministério Público manifestou desinteresse na tramitação sigilosa, “não mais subsistem as razões que impunham o regime restritivo de publicidade”.

Dilma defende consulta para que população decida se quer novas eleições




Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff participa da Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) no Equador (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República) 
 © Roberto Stuckert Filho/Presidência da República A presidenta Dilma Rousseff participa da Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) no Equador (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
A presidenta eleita afastada Dilma Rousseff defendeu hoje (9), em entrevista especial concedida à TV Brasil, uma consulta popular caso o Senado não decida pelo seu impedimento. Ao apresentador Luís Nassif, Dilma disse que é a população que tem que dizer se quer a continuidade de seu governo ou a realização de novas eleições. “O pacto que vinha desde a Constituição de 1988 foi rompido e não acredito que se recomponha esse pacto dentro de gabinete. Acredito que a população seja consultada”, disse.
Para ela, o país não conseguirá superar a crise com o governo interino. Dilma acredita que o povo não terá confiança no comando de Temer pelo fato de ele não ter passado pelo crivo das urnas. “Como você acha que alguém vai acreditar que os contratos serão mantidos se o maior contrato do país, que são as eleições, foi rompido?", indagou. “Não acho possível fazer pacto nenhum com o governo Temer em exercício”, completou.
Dilma criticou uma vez mais a admissibilidade do processo de afastamento usando como o argumento o fato de que, embora a Constituição preveja o impeachment, ela também estipula que é preciso haver crime para que se categorize o impedimento. “Não é possível dar um jeitinho e forçar um pouquinho e tornar esse artigo elástico e qualificar como crime aquilo que não é crime. Os presidentes que me antecederam fizeram mais decretos do que eu. O senhor Fernando Henrique [Cardoso] fez entre 23 e 30 decretos do mesmo tipo”, disse, referindo-se aos decretos de suplementação orçamentária que embasaram o pedido de impeachment feito pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Pascoal.
“Não é o meu mandato, mas as consequências que tem sobre a democracia brasileira tirar um mandato. Isso não afeta só a Presidência da República, afeta todos os Poderes”, disse ela.
Dilma disse que reivindica voltar ao posto por compreender que não cometeu crime. Ela criticou os que defendem um semiparlamentarismo, ou eleição indireta, por considerar que isso traria um grande risco ao país. A presidenta afastada defendeu que haja uma reforma política que discuta o tema. "Não temos que acabar com o presidencialismo, temos que criar as condições pela reforma política".
Nesse contexto, ela defendeu novamente a consulta popular. “Só a consulta popular para lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer”. Segundo ela, nos momentos de crise pelo qual o Brasil passou, na história da democracia recente, foi com o presidencialismo que o país superou as crises. "Foi sempre através do presidencialismo que o país conseguiu dar passos em direção à modernidade e à inclusão".
Eduardo Cunha
Para Dilma, no final do seu primeiro mandato, começou a se desenhar, especialmente na Câmara dos Deputados, um movimento político “do centro para a direita”, com o surgimento de pautas conservadoras, processo, segundo ela, comandado pelo então líder do PMDB e hoje presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (RJ). “Ele é o líder da direita no centro. O processo culmina na eleição dele”, disse.
Com a ascensão de Cunha à presidência da Câmara, a interlocução do governo com o Casa ficou inviabilizada, de acordo com ela, porque o peemedebista tem “pauta própria”. “O grande problema de compor com o Eduardo Cunha é que ele tem pauta própria. No momento em que o centro passa ter pauta própria, uma pauta conservadora, a negociação fica difícil”. Dilma voltou a defender a tese de que o peemedebista acatou a denúncia dos advogados contra ela em retaliação ao fato de o PT não ter se comprometido a votar, no Conselho de Ética, contra a abertura do processo de cassação do mandato de Cunha.
"Atribui-se a mim não querer conversar com parlamentares. Agora, não tem negociação com certo tipo de práticas. Quando começa o aumento da investigação que a Procuradoria-Geral da República faz sobre ele [Cunha], qual a reação dele? Ou você me dá três votos ou eu aceito a questão do impeachment. E a imprensa relata. Trata-se de uma chantagem explícita.”
Política externa
A presidenta afastada também criticou as ações tomadas pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra, em relação a alguns países vizinhos. Ela defendeu a aproximação do Brasil com países da região e com a África, iniciada no governo Lula e mantida na sua gestão. "Fomos capazes de refazer nossas relações com a América Latina e com a África. Ter uma visão de fechar embaixada é ter uma visão minúscula da política externa".
Lava Jato
Perguntada sobre a Operação Lava Jato e os casos de corrupção deflagrados no país recentemente com a ação da Polícia Federal e do Ministério Público, Dilma que disse que o grande problema da corrupção é o controle privado que se faz das verbas do Estado. “Não se pode fazer a escandalização de investigações sobre o crime de corrupção. O que tem que se fazer é, doa a quem doer, investigar e punir. Quando for as empresas é aplicar multas. Há uma hipocrisia imensa em relação a essa questão das investigações”.
Celso Kamura
Sobre as denúncias de que teve despesas com cabeleireiro pagas com dinheiro de propina, Dilma disse ter comprovantes de todas gastos que teve com o cabeleireiro Celso Kamura e a cabeleireira particular que a acompanha até hoje.
Dilma contou que conheceu Kamura após o fim do tratamento a que se submeteu para combater um linfoma, em 2009, por meio da empresa responsável por sua campanha à presidência. Kamura, segundo ela, a ajudou na fase em que seus cabelos voltaram a crescer. Para ela, esse tipo de acusação é uma tentativa intimidá-la. "Eles não vão me calar porque vão falar do meu cabelo. A sorte é que tenho todos os comprovantes do pagamento, de transporte dele [Kamura] e da minha cabeleireira particular. Também disseram que comprei um teleprompter. Já viu alguém ter um teleprompter pessoal? Para que eu quero um teleprompter? Essa eu achei fantástica", ironizou, referindo-se ao aparelho usado pelas TVs que mostra o texto a ser falado por apresentadores de telejornais e programas jornalísticos.
Íntegra
O vídeo com a entrevista da presidenta Dilma Rousseff pode ser vista no seguinte link http://bit.ly/DilmaTVBr .

6.09.2016

Por que a pesquisa CNT/MDA é mortal para Temer.

Postado em 08 Jun 2016
Rejeitado desde a largada
Rejeitado desde a largada
Leitores do DCM correram para desqualificar a pesquisa CNT/MDA que acabou de sair.
Com toda a maquiagem que possa ter sido feita, ela é extraordinariamente reveladora no que diz respeito a Temer.
Apenas 11,3% dos ouvidos aprovam Temer. A mídia está tentando mitigar o efeito explosivo deste número comparando-o com o de Dilma nos últimos dias antes do impeachment.
Mas é uma falácia.
Dilma vinha sob frenético bombardeio da mídia. Manifestações de analfabetos políticos recebiam holofotes superpotentes, bem como as ações espetaculosas da Lava Jato.
Só por milagre ela teria bons índices nas pesquisas, dadas as circunstâncias.
Mas com Temer a história é bem diferente. Ele foi vendido pela imprensa como alguém capaz de unificar o país. Ele próprio, num momento de ufanismo idiota, afirmou que faria um governo de “salvação nacional”.
O tempo desgasta qualquer governo. Há sempre uma lua de mel para novos presidentes, uma taxa de tolerância que aos poucos vai minguando.
Temer conseguiu liquidar a lua de mel antes mesmo de começá-la. Os números demonstram que ele foi rejeitado desde a largada. É um patinho feio sem jamais ter tido um instante de cisne.
Para ele, o cenário só tende a piorar. Se ele carrega um índice miserável de apoio agora, quando teoricamente seu crédito seria alto, que vai acontecer daqui por diante?
Quando ele vai chegar a zero?
Churchill, num de seus grandes momentos como orador, disse o seguinte de um líder trabalhista que estava no poder, Clement Attle. “Um táxi chegou vazio a Downing Street 10 e dele desceu o Attle.” (Aquela é a sede do governo britânico.)
O mesmo vale para Temer. Um táxi chegou vazio ao Planalto, e dele desceu Temer.
Ele não tem a mínima condição de governar o Brasil numa situação tão dramática. Não há ajuda da mídia capaz de mudar este fato básico da vida como ele é.
Temer é uma desgraça, e é assim que os brasileiros o enxergam quando a plutocracia imaginava que ele seria visto como uma solução.
O golpe micou.
Restam duas alternativas. Uma é devolver a Dilma o que lhe foi roubado. A outra é chamar eleições presidenciais o mais rápido possível.
Até pela brutal injustiça de que Dilma foi vítima, preferiria a alternativa um. Mas penso que a dois — novas eleições — é a que tende a vencer.

Janot: Políticos do PMDB acertavam versões contra a Lava Jato


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No pedido de prisão de integrantes da cúpula do PMDB, a Procuradoria-Geral da República aponta que eles combinavam versões de defesa e estratégias para impedir que o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado colaborasse com as apurações da Lava Jato; segundo Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) teriam recebido R$ 70 milhões da subsidiária da Petrobras; haveria ainda indícios de que seriam produzidos documentos para tentar maquiar os desvios na gestão do novo delator; também foram entregues documentos que comprovariam movimentações financeiras

6.08.2016

Ninguém aguenta Galvão


Globo descarta GP do Canadá no domingo e registra primeiro fim de semana sem qualquer transmissão ao vivo da F1

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© Fornecido por Grande Prêmio "Um jovem fanático por artes marciais sonha regularmente com o Rei Macaco, mestre na arte do kung fu, e frequenta uma loja de penhores em Chinatown. Um dia, no fundo da loja, ele encontra um cajado igual ao usado pelo Rei Macaco em seus sonhos: medindo mais de um metro de comprimento e com um macaco gravado. Quando uma gangue tenta assaltar o local, ele recebe a missão de devolver o cajado a seu dono verdadeiro."

É a descrição do filme estrelado por Jackie Chan que a Globo vai passar no próximo domingo em 'Temperatura Máxima'. No horário do GP do Canadá de F1.
A emissora carioca tinha para este ano o mesmo dilema de 2015: com o horário de largada às 15h (de Brasília), teria de passar a primeira hora da sétima etapa do campeonato para cortar a transmissão e passar o sagrado Campeonato Brasileiro de futebol. Mas a cúpula da Globo decidiu por algo mais radical: não passar nada ao vivo.
Junte-se a isso a decisão de também não exibir mais nem a parte final do treino classificatório no sábado — oficialmente, a F1 também não consta na sua programação; é possível que use o apresentador Tiago Leifert, se escalado, para narrar os minutos finais dentro do programa 'É de Casa' —, e a Globo vai marcar seu primeiro fim de semana completo sem qualquer atenção em tempo real dedicada à categoria.

Como acontece nestes casos, é o SporTV quem vai assumir o comando. Os treinos livres, a classificação e a corrida vão passar no canal por assinatura, que promete iniciar a transmissão às 14h30 no SporTV2. A F1 vai entrar no ar na Globo no domingo à noite, às 23h55, em um compacto de uma hora após a terceira partida do Brasil na Copa América Centenário, contra o Peru.
O GRANDE PRÊMIO vai transmitir, como de costume, os treinos livres, a classificação e a corrida em Montreal no tradicional TEMPO REAL
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Funciona assim: forme uma equipe com um orçamento de 115 milhões de euros. Seus pilotos marcarão pontos com base nos resultados das corridas (pontos de corrida) e na diferença entre a posição final e a posição da qualificação (pontos de bônus).

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Romário negocia com Temer diretoria de Furnas

247 – Pressionado pelo avanço da Lava Jato contra o PMDB e sob forte pressão de aliados, o presidente interino Michel Temer anunciou a suspensão de nomeações políticas em estatais.
Na semana passada, o senador Romário (PSB-RJ) reivindicou à Secretaria de Governo uma diretoria de Furnas, segundo reportagem de Valor. O ex-jogador retirou-se da comissão do impeachment, reuniu-se com Dilma Rousseff e divulgou que não havia definido voto.
A cúpula do PMDB de Minas Gerais também pressiona para indicar o novo presidente da Vale, no lugar de Murilo Ferreira (leia aqui).