5.09.2009

TERAPIA GÊNICA

A terapia gênica ou geneterapia, em seu ao paciente. O enfoque in vivo é preferido porque é sentido mais amplo, consiste no tratamento ou na teoricamente mais eficiente e menos dispendioso.
prevenção de uma doença herdada ou adquirida Infelizmente, este enfoque ainda é limitado devido por manipulação genética. Esta definição inclui à ineficiência de endereçamento de genes para não só a correção de um fenótipo clínico em um tecidos específicos e à inabilidade em controlar
paciente pela introdução do material genético, quais células captam os genes transferidos. O como também a habilidade em usar técnicas método ex vivo é mais difícil e mais dispendioso,
genéticas para produzir grandes quantidades de mas é mais fácil controlar, pois como a produtos terapêuticos e vacinas geneticamente modificação genética ocorre in vitro, os tipos de construídas. células geneticamente alteradas podem ser
A premissa da terapia gênica é baseada na selecionados e especificamente reintroduzidos no correção da doença em sua origem - genes anormais paciente, no tratamento de terapia gênica.
ou mutações -, embora possa também ser utilizada As doenças humanas herdadas, que foram para tratamento de doenças adquiridas. escolhidas como alvos para a terapia gênica, têm Muitos agentes terapêuticos normalmente características comuns. São doenças associadas a utilizados, dependem da manipulação de genes defeitos monogênicos, identificados em nível
clonados. Por exemplo, um dos primeiros sucessos molecular e têm uma patologia bem caracterizada. nesta área é a insulina geneticamente produzida São doenças fatais que afetam crianças e cujas pela tecnologia do DNA recombinante, evitando terapias convencionais revelaram-se inadequadas assim, os problemas de uma resposta imune à ao tratamento.
insulina de porco. Podemos citar ainda, outros Em modelos animais, algum sucesso foi
exemplos de pro dutos ter apê uti cos assim obtido quando um gene normal foi fornecido às produzidos, como o hormônio de crescimento células, observando-se a correção do fenótipo humano, o fator IX para tratamento de hemofilia B clínico.
e a interleucina-2, para tratamento de pacientes As tentativas clínicas humanas têm sido com carcinomas renais. menos bem-sucedidas, e não está claro se ocorreu
A terapia gênica pode ser utilizada para algum benefício clínico documentado. Podemos
tratar distúrbios herdados, nos quais um único citar, como exemplo, a tentativa frustrada em se produto gênico está faltando ou é anormal. Pode tratar a Fibrose Cística com o gene CFTR também atuar no tratamento de doenças (regulador de condutância transmembranar da adquiridas, tais como cânceres ou doenças fibrose cística) usando vetores adenovirais que não
infecciosas. Em todos os casos, um gene clonado conseguiram aliviar a deficiência no transporte de deve ser transferido para as células do paciente. íons, devido à baixa transferência gênica.
Uma vez no interior, ele deve ser apropriadamente células in vivo e às respostas inflamatória e imune expresso em quantidades suficientes para aliviar causadas pelo vetor viral. O mesmo ocorreu na os sintomas clínicos da doença. É também crucial tentativa de tratamento para indivíduos portadores
que o gene clonado seja endereçado ao órgão ou de Distrofia Muscular Progressiva do Tipo tecido que expressa o defeito. Duchenne, através do uso de mioblastos, embora
São utilizados dois enfoques principais nos experimentos atuais utilizando vetores adenovirais, protocolos de terapia gênica para introduzir genes totalmente defectivos, portadores de um minigene
clonados nas células: métodos ex vivo e métodos in de distrofia, estejam sendo melhor sucedidos. vivo. No enfoque ex vivo, as células são removidas do paciente, multiplicadas em cultura geneticamente alterada in vitro e, então, retornadas
Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 4, n. 1-2, p. III-IV, 2002
* Auxiliar de Ensino do Depto. de Medicina - CCMB/PUC - SP.
A despeito dos resultados negativos com as sítio correto no genoma e compreender as
tentativas clínicas atuais, a maioria dos cientistas e interações biológicas entre as diferentes células
pesquisadores clínicos ainda está otimista de que a humanas e genes nela inoculados.
terapia gênica se tornará uma forma de tratamento
para muitas doenças herdadas e adquiridas. Está REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA claro, no entanto, que ainda necessitamos de muito trabalho para desenvolvermos os vetores ideais de 1. Borges-Osório MR, Robinson WM. Desvendando o direcionamento dos genes para as células iGmepnloicmaaç õHesu métiacnaos:. Pmroétjoetdoo sG edneo mesatu Hdou,m taenraop. iIan :g Bênoircgae se- apropriadas, encontrar modos de colocar o gene no Osório MR. Genética humana. Porto Alegre: Artmed; 2001.
Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 4, n. 1-2, p. III-IV, 2002
IV

130 milhões de pessoas, dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso à assistência farmacêutica.

Hoje 70% dos brasileiros dependem de remédios do SUS

O secretário de Ciência e Tecnologia e de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, médico Reinaldo Felipe Nery Guimarães, disse ontem (7), durante audiência pública sobre saúde promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que 70% dos brasileiros, ou 130 milhões de pessoas, dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso à assistência farmacêutica.

Por essa razão, ele sustentou que é a medicina baseada em evidências de grande repercussão, inclusive mundial, que deve balizar os gastos na incorporação de novos medicamentos à lista de fármacos do SUS.

Além disso, afora a comprovada eficiência e registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), esses medicamentos devem apresentar, também, uma relação aceitável entre seu custo e sua eficácia.

Ele ressaltou que, hoje, 30% de todos os casos de intoxicação registrados no país decorrem do uso inadequado de medicamentos, seja por automedicação, seja pelo uso de medicamentos não registrados na ANVISA que não tenham eficiência comprovada.
Diante disso, ele observou que não faz sentido uma ordem judicial que determine o fornecimento de medicamentos não registrados pela ANVISA.

Avaliação
Respondendo a críticas de que o sistema público de saúde brasileiro não possui centros de pesquisa clínica, ele disse que, desde 2004, vêm sendo criados, sim, tais centros em hospitais para avaliar a eficácia de medicamentos e disse que está em estudos a criação de um órgão de avaliação fora do Ministério.

Reinaldo Guimarães destacou que, em 2008, o Ministério da Saúde despendeu cerca de R$ 6 bilhões na assistência farmacêutica, o que representa 14% de todo o orçamento do Ministério, ante 6% há dez anos.

Ele ressaltou, também, o avanço alcançado com a introdução dos medicamentos genéricos na lista do SUS, que, segundo ele, permitiu uma economia de R$ 10,5 bilhões nos últimos dez anos

Usuários
Na sexta e última sessão da série de audiências públicas sobre saúde, hoje enfocando a assistência farmacêutica do SUS, Antonio Barbosa da Silva, representante do Instituto de Defesa dos Usuários de Medicamentos e autor de um dicionário de medicamentos, reclamou o estabelecimentos de uma política de medicamentos para o país.

“Não temos uma política de medicamentos, discutida com a sociedade e com o Congresso Nacional”, afirmou. Segundo ele, existem apenas diretrizes, que variam de governo para governo. “Há programas, que funcionam à base de portarias”, observou.

Ele apontou o superfaturamento dos preços dos remédios nas licitações públicas, a maquiagem de remédios, a falta de planejamento e a estocagem inadequada, entre outros, para a situação atual, em que, com frequência, faltam medicamentos da própria lista do SUS.

Internações
Em virtude dessa situação, ele afirmou que 30% das internações de pacientes em hospitais públicos brasileiros decorrem, hoje, da não conclusão de tratamento dos pacientes, por falta de medicamentos do SUS.

E ratificou a informação antes fornecida pelo representante do Ministério da Saúde de que 30% das intoxicações ocorrem por uso inadequado de medicamentos.

Ele disse que muitos estados desprezam o princípio da economicidade nas licitações, afirmando que, ainda recentemente, isso ocorreu em São Paulo e Minas Gerais. Segundo ele, o superfaturamento dos remédios aumenta seu custo em 50%.

Portanto, por analogia, isto significa que o SUS poderia disponibilizar mais 50% de remédios, se o poder público conseguisse evitar o superfaturamento. Prova disso segundo ele, é que os genéricos, com princípios ativos iguais, são comercializados a preço 50% menor.

“Se fossem fiscalizadas as notas fiscais de saída dos laboratórios e
comparadas com as notas fiscais emitidas no varejo, esta superfaturamento seria constatado”, afirmou.

Ele disse também que alterações na legislação existente, por meio de decretos que se sobrepõem a leis, acabam facilitando a maquiagem de produtos.

Da mesma forma, segundo ele, é desrespeitada a lei que proíbe a existência de medicamentos com nome igual, porém, com princípio ativo diferente.

Por fim, ele reclamou uma atuação mais efetiva do governo na fiscalização do registro de patentes, inclusive no plano internacional.

“Se o metal mais precioso custa R$ 100,00 o miligrama, como pode um miligrama de princípio ativo de um medicamento (no caso, o Interferon), custar R$ 15 mil a R$ 20 mil”? questionou.

Segundo ele, “a indústria dita os preços e o mercado, as regras, para facilitar o lucro, e não para beneficiar o paciente”.

E isto, observou, gera a exclusão de pacientes, o que, em seu entender, seria “uma nova forma de genocídio”.

Aquidauana News

Stents medicamentosos podem trazer mais benefícios que os comuns

Pesquisas desfazem má impressão deixada por dados anteriores.
Uso de estratégia diminui necessidade de novas intervenções.
Os stents medicamentosos, mais modernos e mais caros, sofreram críticas intensas após uma pesquisa, em 2006, apontar aumento da mortalidade nos pacientes tratados com eles. Na edição de 7 de maio da revista "The New England Journal of Medicine", duas pesquisas demonstram a superioridade dos stents medicamentosos sobre os comuns.

No primeiro estudo, pacientes com infartos agudos do coração receberam stents comuns ou medicamentosos. O grupo dos stents medicamentosos necessitou menos de novos procedimentos por fechamento da artérias tratadas no primeiro ano pós-tratamento. Na outra pesquisa, todos os pacientes que receberam stents na Suécia entre 2003 e 2006 foram acompanhados.
Os que foram tratados com stents medicamentosos também mostraram que seu risco de reobstrução era menor. A mortalidade, que foi o motivo principal da crítica em 2006, não foi alterada entre os dois grupos nos dois estudos.

Alem dessas evidências, um grande estudo sobre o tema foi apresentado no Congresso da Associação Americana do Coração. Mais de 260 mil casos de tratamento com stents dos dois tipos foram avaliados.
Nesse estudo, os stents medicamentosos foram associados a uma diminuição das mortes e infartos não fatais. Os especialistas avaliam que as diferenças entre os achados anteriores e os atuais podem se dever a uma melhor seleção do pacientes candidatos ao tratamento.


A angioplastia é um tratamento que desobstrui as artérias através de um cateterismo. Nesse procedimento, um cateter com um pequeno balão é guiado até a região fechada da artéria. Quando atinge a obstrução, o balão é inflado e reabre a artéria, comprimindo a placa de gordura contra a parede arterial.
Como existia a possibilidade do fechamento da artéria logo após sua reabertura, foram desenvolvidos os stents. Essas pequenas estruturas metálicas têm o formato de molas, que se expandem e mantêm a artéria aberta após a angioplastia.

O desenvolvimento posterior foi a adição de medicamentos aos stents com o intuito de prevenir a formação de trombos nas regiões tratadas das artérias.
O futuro parece ser dos stents biodegradáveis, que se dissolvem após algum tempo. Resta aguardar a evolução tecnológica e os resultados clínicos de sua aplicação.

Globo.com

Controle de peso / stress / nutrição / alimentação

Teresa Branco


Por que tenho fome mais rapidamente quando como doces?

A resposta é simples: porque têm um índice glicémico mais elevado!

Atualmente, sabe-se que a melhor forma de recomendar a ingestão dos hidratos de carbono é através do seu índice glicémico (capacidade que um alimento tem de fazer subir o açúcar no sangue).

Todos os alimentos têm um índice glicémico (IG), mesmo que seja zero ou muito próximo disso, contudo, existem alguns alimentos que têm um IG muito elevado, proporcionando uma subida do açúcar no sangue muito rápida e muito acentuada. O índice glicémico de um alimento depende de vários factores, como a solubilidade de um alimento, o processamento do alimento, o teor em fibra e o teor em gordura.

Solubilidade
Quanto maior a solubilidade de um alimento, maior o seu índice glicémico. As batatas cozidas têm um IG mais elevado do que as batatas fritas, porque as primeiras dissolvem-se com maior facilidade, no entanto, ainda assim, é mais saudável comer as batatas cozidas pela menor quantidade de gordura (apesar de ser um indicador de escolhas saudáveis o IG não deverá ser o único factor de escolha).

Grau de processamento dos alimentos
Quanto mais processado for um alimento, mais fácil será a sua digestão. A farinha branca tem um IG mais elevado do que a farinha integral, que apresenta uma mais lenta absorção.

Teor em fibra
Uma vez que as fibras não se digerem, quanto mais fibra contiver um alimento, mais lenta será a sua digestão.

Teor em gordura
A gordura tem uma digestibilidade inferior, fazendo com que os níveis de açúcar não se elevem em demasia.

Uma alimentação saudável implica a escolha de alimentos com um IG baixo, de forma a não proporcionar um aumento do açúcar no sangue. O aumento do açúcar no sangue é sucedido de uma descarga de insulina (hormona que degrada os açúcares), que tem como consequência gerar uma descida do açúcar e, com isto, a sensação de fome.

Quando se pretende perder peso, é necessário adiar a fome e é por essa razão que devemos incluir alimentos de IG no nosso plano alimentar para perda de peso.

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A culpa não é das batatas
A fisiologista de controlo do peso Teresa Branco explica porquê
Não podemos ser fundamentalistas em relação à nossa alimentação. A inibição total de determinados alimentos não poderá, nem deverá, ser a forma como controlamos o nosso peso e a nossa saúde.

Devemos comer de tudo, mas em quantidades moderadas. Para isso, devemos saber que quantidades podemos ingerir de determinados alimentos e qual a actividade física que compensa os nossos excessos alimentares.

Só desta forma é possível controlarmos o nosso peso e a nossa saúde para o resto das nossas vidas. A nova tabela dos alimentos portugueses, elaborada pelo instituto Ricardo Jorge, confirma que alguns produtos considerados o lobo mau da alimentação, afinal, não sendo o cordeirinho, não são tão calóricos como pensamos.

Veja alguns exemplos:

Leite condensado

Informação nutricional: 334 calorias por 100 g.

Veredicto: 2 colheres de sopa de leite condensado têm 30 gramas, cerca de 130 calorias. Tem o valor calórico semelhante a uma fatia de pão.


Natas

Informação nutricional: 323 calorias por 100 g.

Veredicto: As natas que ingere em 3 colheres de sopa de bacalhau com natas somarão cerca de 10 g, assim sendo, ingere 32 calorias fornecidas pelas natas.


Gelados

Informação nutricional: O valor calórico dos gelados oscila, normalmente, entre 70 a 270 calorias.

Veredicto: Para aumentar 1 kg de peso terá que ingerir 7.700 calorias a mais, para além das suas necessidades, o que equivale a muitos gelados. O importante é respeitar as suas necessidades calóricas diárias e, pontualmente, comer o seu gelado preferido.

Carne de porco

Informação nutricional: Por estranho que pareça 100 g de carne de porco do lombo frita com manteiga tem cerca de 180 kcal. 100 g da mesma carne grelhada tem cerca de 189 kcal.

Veredicto: Ao grelharmos a carne, esta perde água e a quantidade da peça que comemos é inferior. Para obtermos um naco do mesmo tamanho depois de confeccionada teremos que ter inicialmente uma peça de carne maior. Com o aumento deste naco, aumentamos também a quantidade de proteínas e gordura presentes, originando um aumento do valor calórico.

Arroz

Informação nutricional: 100 g de arroz cozido simples tem 127 calorias, enquanto 100 g de arroz de polvo com azeite tem cerca de 124 calorias.

Veredicto: O mesmo se passa com muitos dos nossos pratos tradicionais, sendo importante moderar a quantidade que ingerimos, sem nos inibirmos de os consumir.

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Como pode ingerir pratos tradicionais portugueses sem engordar

Muitas pessoas queixam-se que não conseguem gerir o peso porque almoçam frequentemente em restaurantes, jantam socialmente quase todos os fins-de-semana, frequentam festas e aniversários...

Referem, também, que as alternativas apresentadas nesses locais são muito pouco saudáveis, o que impossibilita manter um regime alimentar saudável. Contudo, estes conceitos não passam de mitos, pois as pessoas que se sentam todos os dias para almoçar, que comem de faca e garfo e que preferem as refeições tradicionais portuguesas são, muitas vezes, aquelas que melhor gerem o seu peso ao longo da vida.

Se não acredita, veja estes exemplos:

Cozido à portuguesa

Ao contrário do que possa pensar, o nosso cozido à portuguesa é uma refeição muito saudável e equilibrada. Podemos seleccionar as carnes mais magras (aproximadamente 3 pedaços), 2 colheres de sopa rasas de arroz, 1 de feijão, metade de uma batata e 1 rodela do enchido que mais gostamos. Metade do nosso prato deverá estar cheio com as couves do cozido.

Valor calórico: cerca de 400 calorias

Arroz de polvo

O arroz de polvo é um prato igualmente saudável desde que ingerido na quantidade adequada. Se na sua confecção utilizarmos couve lombarda, por exemplo, reduzimos consideravelmente o seu valor calórico e não lhe retiramos sabor. Utilize azeite para apaladar.

Duas conchas de sopa rasas são, salvaguardando algumas excepções, a quantidade apropriada. Se possível, prefira uma versão de arroz de polvo mais malandrinho.

Valor calórico: cerca de 450 calorias


Feijoada

A feijoada é uma excelente opção uma vez por semana. Se incluir na sua confecção couve, torna-se ainda mais equilibrada. É uma óptima oportunidade para ingerir feijão.

Prefira 3 pedaços de carne mais magra, incluídos nas duas conchas de sopa rasas que deverá conter o seu prato.

Valor calórico: cerca de 450 calorias


Amêijoas à bolhão pato

As amêijoas têm poucas calorias, no entanto devemos comê-las como prato principal e não como entrada, especialmente se queremos molhar o pão alentejano no molho de azeite e coentros. Se ingerir uma dose de amêijoas com uma fatia de pão e uma sopa não estará a ultrapassar o valor calórico recomendado para uma refeição em que se pretende controlar o peso.

Valor calórico: cerca de 450 calorias

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A gordura das mulheres

Saiba como resolver um problema que preocupa o sexo feminino
A maioria das mulheres acumula gordura na região das ancas e glúteos. A essa distribuição de gordura corporal atribui-se o nome de gordura ginóide, ou seja, o formato de pêra.

A massa gorda acumulada na região superior do corpo, barriga, peito e costas denomina-se de andróide e tem a forma de uma maçã.

Actualmente, a investigação científica evidencia um maior risco de doença cardiovascular nas mulheres que apresentam um perímetro da cintura superior a 88 cm, uma vez que indicia a presença de gordura visceral (gordura nos órgãos da cavidade abdominal).

Por essa razão, as mulheres com uma distribuição de gordura em formato de maçã têm um perfil de risco superior às mulheres com gordura nas ancas e glúteos, sendo já assumido, junto da comunidade científica, que este tipo de gordura pode ser protectora da doença cardiovascular.

A boa noticia é que a gordura mais prejudicial à saúde é também aquela que se elimina mais facilmente visto que é mais sensível à acção de determinadas hormonas que promovem a utilização dessa fonte de energia.

O problema e a solução

Independentemente do risco que oferece, a gordura localizada é sempre um factor perturbador para mulheres que se preocupam com a sua imagem.

Uma das soluções para este problema poderá estar na remoção cirúrgica da gordura localizada dessas regiões, que, apesar de eficaz, é um método muito intrusivo.

Outro método que proporciona resultados eficazes (sem ser intrusivo) é o emagrecimento de uma forma saudável através da ingestão de menos calorias e do dispêndio calórico aumentado através da actividade física.

Neste tipo de abordagem os efeitos são conseguidos ao longo do tempo e a alimentação saudável e a prática de actividade física são compromissos para o resto da vida, sendo os efeitos reversíveis na sua ausência.

Como pôr em prática

A alimentação adequada para o emagrecimento e perda de volume nestas regiões terá que ser hipocalórica, ou seja, inferior às nossas necessidades, para que sejam utilizadas essas fontes de gordura corporal.

No entanto, o aporte de calorias não deverá ser muito restritivo de forma a não comprometer a massa muscular corporal. Se gastamos 2.000 calorias diariamente, deveremos no mínimo ingerir 1.500 calorias, desta forma retiraremos 500 calorias diariamente ao nosso armazém de gordura corporal.

E, se gastarmos mais energia, teremos oportunidade de gastar mais gordura corporal.

Esse gasto de energia deve ser aumentado através de actividade física que promova um dispêndio calórico considerável e ao mesmo tempo promova um aumento da massa muscular de forma a não aumentar a flacidez.

O exercício adequado será o intervalado entre o trabalho cardiovascular (aulas de bicicleta, de step, a corrida, a hidroginástica) e o de resistência muscular (treinos de ginásio). Como referência, despenda diariamente 300 calorias em actividade física.

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o stress

Identifique os sintomas da doença e ultrapasse os factores que o deixam com os nervos em franja
O Homem enquanto espécie é programado para se manter vivo e vai tentando melhorar as circunstâncias da sua vida (como sempre fez desde os tempos das cavernas), de forma a reduzir as incertezas do futuro.

Um indivíduo sente-se em stress apenas por um único motivo: quando, ao atribuir o significado de uma circunstância que considera importante para si, desenvolve a percepção de "não tenho controlo sobre as exigências que esta situação me cria".

Como identificar o stress?
Esteja atenta aos seguintes sintomas:

Biofisiológicos: suores, taquicardia, tensão muscular, agitação motora, boca seca, debilidade física e enxaquecas
Cognitivos: dificuldade em tomar decisões, interpretações negativas da realidade e alteração da capacidade de atenção e da memória
Emocionais: tristeza, ansiedade, insatisfação generalizada, medo e preocupação
Comportamentais: evitamento de situações ou de pessoas, irritabilidade com os outros, queda de produtividade, aumento do consumo de cigarros e comida, e descuido com a aparência

Como lidar com o stress?
Nem sempre é fácil reconhecer os agressores. Em termos individuais, poderão estar disfarçados de expectativas pessoais, valores, objectivos de vida, receios, experiências anteriores mal sucedidas ou dificuldades ao nível da auto-confiança ou auto-imagem.

Na família, os agressores poderão estar na dificuldade de organização entre o lar e o emprego, a par das duplas expectativas do cônjuge e dos filhos, e nas dificuldades sentidas após relações falhadas.

Aprenda a gerir o seu stress:


Preencha um quadro com os seus agressores
Indique as razões que a levam a percepcioná-los como ameaça
Hierarquize-os pelo grau de impacto na sua vida (profissional, pessoal, social)
Analise o quadro e identifique o que a faria controlar cada situação. Por exemplo: Tem de falar em publico daqui a um mês e só de pensar nisso fica nervosa e ansiosa.
Agressor: Falar em público
Razões: Todos estarão a olhar para si e tem medo de se esquecer do que vai dizer
Estratégia: Começar a preparar a comunicação com antecedência, treinar em frente a um espelho e depois em frente a várias pessoas.

Saiba como relaxar
A capacidade de relaxar é uma capacidade como qualquer outra (conduzir um carro, praticar um desporto, etc). Logo, qualquer pessoa pode adquiri-la, desde que aprenda um conjunto de procedimentos e os pratique com paciência. Os resultados surgirão de forma gradual e continuada. A prática de Pilates, Yoga ou exercícios de alongamento e relaxamento, por exemplo, também poderá contribuir para a redução dos níveis de stress.

Teresa Branco
Fonte: Revista Prevenir

Brasil é o país do presente, e o futuro pertence aos idosos.



Pessoas que praticam atividades físicas sofrem menos seqüelas após um AVC (acidente vascular cerebral) e se recuperam melhor em comparação às sedentárias, revela um estudo publicado ontem na revista científica “Neurology”, da Academia Americana de Neurologia.
O trabalho avaliou prontuários médicos de 265 pessoas, com idade média de 68 anos, que sofreram um derrame cerebral. As pessoas que já se exercitavam antes do derrame tiveram 2,5 vezes mais chances de sofrer um evento menos severo em relação ao outro grupo.
“Exercício é um fator de risco para derrame possível de ser controlado. Estar em forma não significa estar em uma academia de ginástica. Para as pessoas que participaram desse estudo, exercícios incluíam trabalho em casa, caminhadas na rua, jardinagem ou participação em alguma atividade esportiva”, explica o autor do estudo, o neurologista Lars-Henrik Krarup, da Universidade de Copenhague (Dinarmarca).
Segundo a neurologista Sônia Bruck, da Academia Brasileira de Neurologia, a conclusão do estudo reforça o que os neurologistas já percebiam na prática clínica.
“Os exercícios propiciam um fortalecimento osteomuscular. Também levam os idosos a terem uma noção corporal mais apurada, ou um domínio melhor sobre o corpo. Isso, sem dúvida, tem impacto na recuperação e na reabilitação após um derrame”, afirma a neurologista.


População nesta faixa etária está cada vez mais vulnerável à Aids e governo ainda não percebeu que o futuro será dos idosos

O Brasil ainda entendeu pouco sobre sua transição demográfica. Há algum tempo, já venho falando da magnitude dessa transição sem precedentes em nossa história. E, o que é mais significativo, é bem provável que território verde-amarelo jamais passe novamente por essa transição de forma tão veemente. A questão é que estamos envelhecendo bastante rápido. Por exemplo, é bem possível que jamais tenhamos o número de crianças que tivemos nos anos 90.

De fato, durante essa última semana, três notícias chamaram a atenção: população com mais de 50 anos está, cada vez mais, vulnerável à AIDS; em 16 anos, a longevidade do brasileiro aumentou cinco anos; e o governo terá um gasto maior com inativos do que ativos já a partir de 2009. Ou seja, com o envelhecimento da população, as conseqüências já podem ser notadas hoje.
O Brasil não é mais o país do futuro e nem o futuro pertence às nossas crianças. Na contramão desse pensamento, na realidade, o Brasil é o país do presente, e o futuro pertence aos idosos.

Há muitas organizações sociais no Brasil que já perceberam essa mudança e vêm trabalhando com afinco para minimizar as conseqüências sociais e econômicas de nossa transição demográfica. No entanto, o governo continua esperando a onda vir para remediar. O único problema é que o custo de uma intervenção tardia será o aumento significativo dos investimentos necessários para o bem-estar da população.

O Ministério da Saúde, com base em novos dados epidemiológicos, compreendeu que a população acima de 50 anos deve ser priorizada no combate à transmissão do HIV, já que houve aumento de pessoas com o vírus nesta faixa etária. Outra iniciativa importante é a imunização contra a gripe entre idosos. Este é um bom começo, mas precisamos de políticas públicas integradas que façam repercutir estas iniciativas também a outras causas de mortalidade e pouca produtividade de indivíduos na maior idade.
Programas de alfabetização também devem priorizar esses segmentos, pois preparar para o futuro é também fazer com que os idosos se sintam cada vez mais saudáveis e produtivos.

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População vive mais 5,57 anos se comparada a 16 anos atrás

Os brasileiros estão vivendo mais. A constatação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (1º) dados sobre a expectativa de vida dos brasileiros. A população vive mais 5,57 anos, se comparada a 16 anos atrás.

Em 1991, a expectativa de vida de um brasileiro era de 67 anos. Em 2007, o número aumentou para 72,57 anos. A mortalidade infantil diminuiu em 46% em todo o país no período. Todos os estados nordestinos tiveram um declínio considerável, principalmente Alagoas, com 58, 23%.

Segundo a pesquisa, entre 20 e 24 anos marca a grande diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres. Os mais expressivos diferenciais por sexo são encontrados nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, certamente fruto da combinação de efeitos como a maior longevidade feminina e as mortes por causas externas, como a violência entre a população masculina jovem. Caso não houvesse esse aumento na quantidade de mortes entre homens jovens, a esperança de vida ao nascer de um brasileiro poderia ser de dois ou três anos a mais.

Em 2000, havia mais de um milhão de mulheres em comparação à população masculina nessa faixa etária. A quantidade de homens e mulheres, de acordo com a pesquisa, deve se equilibrar a partir de 2040, quando haverá uma diminuição da população jovem.

A pesquisa mostra também que os homens das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste vivem mais do que os das Regiões Norte e Nordeste. Em alguns estados, essa diferença pode ser de quase 10 anos. Em 2007, um homem em Santa Catarina, por exemplo, tinha a expectativa de vida de 72, 09 anos, enquanto em Alagoas a esperança de vida era de 62,86 anos.

Mesmo assim, entre 1991 e 2007, a expectativa de vida dos homens destas regiões cresceu, principalmente no Nordeste com 6,61%, o maior aumento do Brasil.

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O envelhecimento da população tem que entrar na pauta do desenvolvimento. Essa é a diretriz dada pelo médico, doutor em Saúde Pública pela Universidade de Oxford e um dos maiores estudiosos em políticas públicas voltadas para idoso, Alexandre Kalache, em sua apresentação no HSM Health Care Summit, nessa segunda-feira, 10.

O motivo para o alerta é a rápida inversão da pirâmide etária da população. A projeção dado pelo especialista é que em 2050, quando a população mundial for de 8,9 bilhões, haverá 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos em todo o mundo, sendo que 1,6 bilhão estarão em países menos desenvolvidos. “O mundo está envelhecendo numa velocidade nunca antes observada, e será necessário o envolvimento de todas as esferas da sociedade para que os idosos tenham uma melhor qualidade de vida”, assinala o especialista, que, por 13 anos, coordenou o Programa de Envelhecimento da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, o número de idosos irá dobrar dentro de 17 anos, passando de 10% da população para 20%. “A França levou 115 anos para ter essa transição”, compara.

O grande desafio, de acordo com o especialista, é lidar com as desigualdades sociais existentes. A qualidade de vida na terceira idade está atrelada às condições e ao curso de vida de cada indivíduo, ao capital social e à sociedade em que ele vive. “As estatísticas podem ser enganadoras. Quando se analisa a média não se atenta para a realidade dos fatos”, explica. “Numa cidade como São Paulo, por exemplo, o nascer e viver em uma comunidade pobre significa 17 anos a menos de vida de quem nasce numa região nobre”.

De acordo com Kalache, o cuidado individual é apenas um dos aspectos que podem contribuir com a melhor qualidade de vida na velhice. Atentando-se a quatro fatores, sendo eles sedentarismo, má alimentação, tabagismo e ingestão de bebida alcoólica, já é o suficiente para a se prevenir o aparecimento de doenças crônicas. No entanto, a questão é muito mais ampla que o auto cuidado. “É necessário desenvolver políticas sociais, é necessário o envolvimento da sociedade nesse cuidado e nessa discussão, do envolvimento de empresas, de organizações de saúde, para que haja um melhor cuidado com a questão do idoso no mundo”, enfatiza.

A Organização Mundial de Saúde desenvolveu um programa para garantir uma melhor qualidade de vida para os idosos. A iniciativa contempla aspectos econômicos, sociais, de saúde, de educação, culturais e de conscientização para que haja um maior avanço no cuidado com o idoso. “Os países desenvolvidos enriqueceram antes de envelhecer, os subdesenvolvidos estão envelhecendo antes de enriquecer. O desafio é grande e requer, sobretudo, além de atenção, solidariedade”, conclui.
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“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais!”

(Mário Quintana)

Comer a noite engorda?


Comer a noite engorda?
Esta pergunta muitas vezes é considerada uma afirmação e tida como verdadeira para muitas pessoas, em especial aquelas preocupadas com a saúde e forma física. Porém é preciso estar atento, ser crítico com as informações e verificar se são verdadeiras ou apenas mitos, pois podem ter o efeito inverso do desejado.

O jantar é tão importante quanto o almoço, pois durante o sono o organismo continua ativo em suas funções, especialmente as relacionadas ao crescimento e renovação celular. Portanto esta refeição deve ser completa e conter alimentos de todos os grupos, inclusive carboidratos, porém em menor quantidade visto que o gasto energético diminui a noite.

Alimentar-se em excesso pode causar má-digestão e mal estar, por isso é importante realizar as refeições em local tranqüilo, mastigar bem os alimentos e prestar atenção no que está comendo. Esta é uma das razões pela qual especialistas desaconselham jantar em frente à televisão, já que estudos também apontam que os hábitos alimentares são influenciados por meio das propagandas de alimentos com baixo valor nutricional.

Sabe-se que a dieta influencia na qualidade do sono por meio da má alimentação, pelo excesso ou escolha errada dos alimentos, ou da sua ausência, com a sensação de fome durante a noite.

O sono igualmente influencia a alimentação e o estado nutricional. Estudos recentes revelam que pessoas que dormem por menos tempo, tendem a ter maior massa corporal. A explicação consiste na diminuição do tempo de dormir poder modificar a sinalização de fome e saciedade do organismo, bem como alterar as escolhas alimentares, resultando em desajuste endócrino e obesidade.

Dessa maneira, pode-se concluir que comer a noite é fundamental para manter o perfeito funcionamento do organismo, a qualidade do sono e de vida, porém é importante haver equilíbrio nos alimentos ingeridos e na quantidade. Seguem abaixo algumas dicas para esta refeição:

- Evite alimentos e preparações gordurosas;

- Prefira alimentos leves e nutritivos, boas opções são: macarrão com pouco molho, sopas, sanduíches nutritivos, sem frituras e maionese, com saladas, carnes magras e queijos com baixo teor de gordura;

- Evite bebidas estimulantes: café, chá preto, chá mate, guaraná, refrigerantes a base de cola e chocolate, pois são fontes de cafeína e xantina, estimuladores do Sistema Nervoso Central.

Tenha uma noite tranquila!

Dra Simone M. Zambroni

Venda de produtos irregulares em farmácias

Anvisa denuncia venda de produtos irregulares em farmácias
Agrotóxico, ração animal, bebidas alcoólicas, cigarros e charutos, lâmpada e filme fotográfico.
Esses são alguns dos produtos à venda em algumas farmácias e drogarias do país, segundo denunciou o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, nesta quarta-feira (6), em audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
O debate girou em torno de eventual resolução a ser editada pela Anvisa, submetida à Consulta Pública nº 69/07, para regulamentar a oferta de produtos e serviços nesses estabelecimentos.

- Esse é o ponto a que o mercado farmacêutico chegou. O objetivo da resolução é melhorar o atendimento à população da perspectiva da saúde, e não do comércio. A resolução proíbe o que não tem que ter em farmácia, e de fato não tem na maioria dos países - comentou.

De acordo com Dirceu Raposo, as farmácias e drogarias que não vendem esses tipos de produtos não precisam se preocupar com a resolução, que daria um prazo de seis meses para os estabelecimentos se adequarem às mudanças. A nova norma libera a comercialização de quase três mil produtos e envolveu na consulta pública, durante quase três anos, mais de cinco mil pessoas.

Outra voz em defesa da resolução foi a do professor Arnaldo Zubioli, representante do Conselho Federal de Farmácia (CFF), para quem o objetivo da norma é fortalecer o controle sanitário do estabelecimento farmacêutico. Ao apontar a desatualização da legislação em vigor - a Lei nº 5.991, de 1973, trata do controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos -, Arnaldo Zubioli argumentou pela necessidade de a Anvisa procurar modernizar essa norma por meio de resolução.

- É preciso apoiar algo para regular a matéria, já que o Legislativo ainda não alterou a lei em vigor - comentou.

Modificações na Lei nº 5.991/73 estão propostas em projeto de lei do Senado (PLS 41/93) já aprovado pela Casa e alvo de substitutivo do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) na Câmara, onde tramita como PL 4385/94. Representantes do comércio farmacêutico presentes à audiência pública defenderam a validade da lei em revisão no Congresso e contestaram a legitimidade da Anvisa para editar uma norma restringindo a venda de produtos em farmácias e drogarias. A categoria só admite mudanças no setor discutidas e votadas pelo Legislativo.

O presidente da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFARMA), Pedro Zidoi, propôs a formação de um grupo de trabalho com representantes da Anvisa, do Legislativo e do setor regulado para aperfeiçoar o texto dessa resolução. O advogado da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Cácito Augusto Esteves está convencido de que essa resolução não tem amparo legal, cogitando contestar sua constitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Representante das 25 maiores redes de drogarias do país, que respondem por 32% do mercado e realizam mais de 300 milhões de atendimentos por ano, o presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, acredita que esses estabelecimentos não podem ser vistos apenas como uma unidade de saúde. Ao diversificarem seus produtos, os estabelecimentos estariam atendendo a novas necessidades da população e, ao atuarem como correspondente bancário, possibilitando o pagamento de contas e de benefícios da Previdência Social, estaria exercendo uma função econômica importante para a comunidade.

A presidente da CAS, senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), leu correspondência enviada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) justificando sua ausência no debate. Para a entidade, as farmácias são estabelecimentos de saúde e, dessa forma, deve-se impedir a "banalização" do comércio de medicamentos e sua transformação em quase "supermercados".

Grupo de trabalho

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para realização da audiência pública, propôs que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promova uma reunião com os representantes do setor para criação de um grupo de trabalho que elabore uma lista de produtos não-farmacêuticos e não-medicamentosos que possam ser comercializados pelas farmácias e drogarias brasileiras.
Outra sugestão do senador, essa de solução a médio prazo, seria a Anvisa encaminhar proposta, via Presidência da República, para ser analisada pelo Congresso Nacional, em regime de urgência.

Propósito da resolução

O presidente da Anvisa contestou as acusações de que a agência estaria regulamentando a venda de produtos farmacêuticos "ao arrepio da lei", alegando que antes de propor a consulta pública sobre a resolução pediu à Advocacia Geral da União (AGU) que se pronunciasse sobre sua legalidade. Manifestou ainda preocupação com a manifestação feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) de que drogas e insumos farmacêuticos possam ser comercializados em supermercados e similares.

Favorável ao livre comércio

Ao comentar o tema, o senador Adelmir Santana (DEM-DF) afirmou que sua posição sobre a livre venda de drogas e insumos farmacêuticos em farmácias e drogarias já é conhecida, por ser ele um empresário do ramo.

- O parlamento tem forças e lados e [o projeto em tramitação na Câmara] ainda não se transformou em lei. Não foram modificados os arcabouços jurídicos que regulam esse assunto e uma resolução não pode sobrepor-se a uma lei.
Uma agência não pode legislar - argumentou Adelmir Santana.

Fonte:Agência Senado.

Biblioteca de Medicamentos

Superbiblioteca de medicamentos ajuda a criar novas drogas a partir de antigas
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins guardam 3.000 princípios.
Vantagem é uso de remédios já aprovados e sem royalties sobre eles.

Mantidos numa fila de refrigeradores brancos, num laboratório da Escola de Medicina da Johns Hopkins University, em Baltimore, estão mais de 3.000 – de um total estimado de 10.000 – medicamentos conhecidos da medicina. Não há uma placa na porta para indicar que esta talvez seja a maior biblioteca de medicamentos disponível a pesquisadores interessados em descobrir novos usos para remédios antigos e muitas vezes esquecidos.

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Até hoje, pesquisadores já utilizaram a biblioteca para descobrir que o itraconazol, remédio usado durante décadas para tratar fungos na unha do pé, pode também inibir o crescimento de alguns tipos de tumores e evitar a degeneração macular. Outro medicamento, a clofazimina, usado há mais de um século para tratar lepra, pode ser eficiente contra doenças autoimunes como esclerose múltipla e psoríase.

“Leva 15 anos e custa quase um bilhão de dólares para se desenvolver um novo medicamento”, disse Jun O. Liu, professor de farmacologia e diretor da Biblioteca de Medicamentos Johns Hopkins. “Por que não começar com compostos que já possuem segurança e eficácia comprovadas?”

Ele e seus colegas constroem a coleção desde 2002 e esperam completá-la até 2011. Os pesquisadores adquirem os medicamentos através de doações, compras e algumas vezes por síntese em laboratório. Eles enviarão aos pesquisadores um conjunto completo – quantidades minúsculas de cada medicamento na biblioteca – por US$ 5.000, o que cobre os custos de envio e renovação.

Sem patente
Como os remédios contra lepra e fungo na unha do pé são aprovados nos Estados Unidos e não possuem proteção de patente, experimentos clínicos para testar seus novos usos estão sendo realizados ou perto de obter a aprovação regulatória, disse Liu. Remédios ainda sob proteção de patente são mais complicados; detentores de patente raramente permitem pesquisas independentes sobre usos alternativos. “As empresas de medicamentos não têm estado muito entusiasmadas em nos ajudar”, disse Liu.

Existem outras bibliotecas de medicamentos, comerciais e não-comerciais. Fornecedores comerciais, dos Estados Unidos e de outros países, oferecem consideravelmente menos remédios que a Johns Hopkins (embora detenham remédios que não existem lá), e cobram muito mais. Bibliotecas não-comerciais incluem a do Instituto Nacional de Saúde dos EUA; a da Universidade da Califórnia, em São Francisco; e a da Universidade McMaster, em Hamilton, Ontário. Mas elas geralmente não enviam remédios a pesquisadores não-afiliados.

Independente da fonte, pesquisadores geralmente solicitam cópias de coleções completas, ao invés de medicamentos individuais que eles acreditem funcionar em seus experimentos. “Encontramos medicamentos que são ativos de maneira que ninguém jamais teria suposto”, disse Marc G. Caron, professor de biologia celular na Universidade Duke que está usando a biblioteca da Johns Hopkins para encontrar remédios capazes de acalmar a síndrome de abstinência em usuários de drogas.

Os testes desses compostos se tornaram muito mais simples nos últimos anos. Isso é possível através do uso de uma tecnologia automatizada conhecida como HTS – do Inglês high-throughput screening. Os medicamentos são dissolvidos numa solução e armazenados em pratos retangulares, compartimentados, que lembram fôrmas de gelo; eles podem então ser entregues a pesquisadores para testes sobre sua eficácia contra várias doenças e mecanismos de doenças, como as inflamações.

Conta-gotas computadorizados, agitadores de pratos e leitores de imagens microscópicas atualmente conseguem em dias o que antes levava anos para os cientistas. Embora o HTS já esteja em uso há pelo menos uma década, foi apenas nos últimos cinco anos que a tecnologia se tornou amplamente disponível. Anteriormente, somente grandes companhias farmacêuticas podiam pagar os testes de milhares de componentes; hoje, mais instituições públicas e acadêmicas estão fazendo isso. Sua ênfase tende a ser mais em redescobrir ou alterar a estrutura química de velhos medicamentos do que desenvolver novos compostos.

“A instrumentação para fazer testes sofisticados, e em larga escala, de medicamentos se tornou significativamente melhor e mais barata”, disse Michelle Arkin, diretora-associada do Small Molecule Discovery Center da Universidade da Califórnia, São Francisco. Algumas instituições, como a McMaster, em Ontário, e a Rockefeller University, em Nova York, permitem que pesquisadores externos utilizem suas estruturas de HTS por valores entre 10 mil e 20 mil dólares, dependendo da complexidade do projeto.


Menos taxistas
“Não permitimos que entrem motoristas de táxi direto da rua, mas somos bastante abertos”, disse Eric Brown, professor e presidente de bioquímica da McMaster, que junto a outro professor, Gerry Wright, inspeciona a biblioteca de medicamentos local. (Ela é conhecida por lá como Gerry and Eric's Excellent Screening Collection, ou GEEC, um trocadilho em Inglês para a palavra que designa aqueles mais obcecados por tecnologia e estudos.)

O acesso a tais aparatos aumentou a demanda pela análise de compostos, particularmente pelos medicamentos já aprovados e fora de patente. A Johns Hopkins e fornecedores comerciais relatam uma explosão de pedidos nos últimos dois anos – não só por haver mais laboratórios de HTS, dizem eles, mas também graças a esforços mundiais na busca por tratamentos mais baratos contra os males do mundo em desenvolvimento, como a malária e a tuberculose.

“Remédios antigos representam a fruta pendurada mais baixo, em termos de tratamentos seguros e baratos para essas doenças”, disse Carl Nathan, presidente de microbiologia da Escola de Medicina Weill Cornell, em Nova York. Nathan recebe pratos de medicamentos da Johns Hopkins e de fornecedores comerciais. Ele também realiza o HTS na Rockefeller, onde possui uma parceria com a Weill.

Globo.com

5.08.2009

Antioxidante

Os antioxidantes são todos aqueles elementos que têm como função eliminar ou diminuir do organismo os radicais livres.

Para evitar a aparição dos radicais livres é necessário evitar os elementos externos que aumentam o número de radicais livres. Entre estes fatores temos os seguintes:

- Ingestão de tóxicos (drogas, tabaco, álcool, etc.), produtos químicos (detergentes, inseticidas, herbicidas, conservantes e corantes dos alimentos).

- Poluentes ambientais (fábricas, fumaça dos carros).

- Stress Uma situação de angústia pessoal rebaixa as defesas de nosso organismo, favorecendo o aumento de radicais livres e inibindo aquelas enzimas que poderiam neutralizá-los.

- Alimentação animal Certos alimentos de origem animal, especialmente aqueles muito ricos em gorduras monoinsaturadas, provocam a aparição dos radicais livres. Uma boa maneira de evitá-los é preferir pescados ou carnes magras, todos eles, muito ricos em aminoácidos antioxidantes, como a cisteína, ou em minerais úteis no mesmo sentido como o selênio ou o cobre.

Também se obtêm benefícios ao se trocar os hábitos alimentares adotando uma alimentação que inclua produtos vegetais, que neutralizem os efeitos dos radicais livres. Entre eles aparecem as frutas, verduras ou hortaliças com valor antioxidante.

- Betacaroteno : O betacaroteno é um carotenóide. Trata-se de um pigmento vegetal que, uma vez ingerido, transforma-se no fígado e no intestino delgado em vitamina A. Além disso, como se transforma em vitamina A, resulta uma maneira adequada de beneficiar-se das propriedades desta vitamina, sem o perigo de intoxicação que pode acontecer numa ingestão exagerada da mesma como pode suceder com o uso de vitaminas em cápsulas.

Um excesso de betacaroteno leva a um estado de hipercarotenodermia, que se caracteriza por uma coloração amarelada da pele, que desaparece sem seqüelas quando se deixa de ingerir mantimentos ricos em betacarotenos. Entre estes temos a cenoura, o espinafre, o agrião, o aspargo, a abóbora, o tomate, etc.

- Vitamina C além de suas propriedades antioxidantes é igualmente importante para a absorção do ferro, do cálcio ou de outros aminoácidos. De igual maneira ajuda na recuperação das feridas. Sua deficiência provoca uma debilidade geral no organismo, manifestada em sintomas como cabelo frágil, gengivas que sangram e feridas que não cicatrizam além de perda do apetite, etc.

São ricos nesta vitamina a acerola, o pimentão, os cítricos (laranja, limão, tangerina, etc). Não é recomendável sua ingestão em cápsulas, pois em excesso no fígado pode ajudar a aumentar os níveis de ferro aumentando os radicais livres.

- Licopeno É um componente identificado pela coloração vermelha, como nos tomates. Com propriedades similares aos betacarotenos das cenouras, que tem propriedades anticancerígenas. Aparece nos tomates frescos, mas especialmente nos cozidos, que facilita a absorção pelo organismo.

- Glutatión Outro componente com propriedades antioxidantes, que ajuda a eliminar os radicais livres. Este elemento aparece com maior quantidade no brócolis, que deveremos comer cru em forma de saladas.

É um elemento adequado na eliminação das toxinas do corpo, especialmente dos metais pesados, que produzem deterioração do organismo por acumulação dos mesmos. Outros alimentos ricos neste componente são o alho, a batata, a espinafre e o milho. Também e necessário ressaltar sua capacidade para rebaixar a pressão arterial e favorecer o bom estado de nosso fígado.

- A Vitamina E: Protege as membranas celulares da oxidação com a proteção de seus ácidos gordurosos. Uma falta desta vitamina pode originar mudanças degenerativas nas células de alguns tecidos como as dos músculos e o coração.

As verduras e hortaliças de cor verde, assim como os vegetais ricos em óleos, são os que possuem mais quantidade desta vitamina. Nas ervilhas, nozes, germe de trigo, aspargos, alface e sementes de girassol o conteúdo é bem mais alto. Se ingerida em cápsulas a dose não pode ser superior às 400 UI por dia, por um tempo máximo de três meses.

- Flavonóides São compostos polifenólicos que aparecem em frutas e verduras e em algumas bebidas, como a cerveja ou o vinho. Entre estes compostos o mais importante é a quercitina que aparece em muitos alimentos vegetais como o alho, a cebola, a maça, a pêra, a uva e o espinafre, a soja,o chá verde.

Os flavonóides são potentes antioxidantes, além de intervir em uma série de processos benéficos para o organismo como potencializar a memória, potencializar a atividade antioxidante da vitamina C, evitar a formação de coágulos no sangue, potencializar a sexualidade masculina e o sistema imunológico.

- Cobre Potencializa o sistema imunológico. Intervém na formação da hemoglobina do sangue. Uma boa fonte deste mineral é encontrada nos frutos secos como as avelãs e nozes, nos legumes, ou na soja.

- Zinco Além de suas propriedades antioxidantes, intervém na maturação dos órgãos.

Gripe suína: Brasil tem quatro casos confirmados da doença. Um no Rio de Janeiro



O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou nesta quinta-feira quatro casos de gripe suína - chamada oficialmente de influenza A (H1N1) - no Brasil. São um no Rio de Janeiro, dois em São Paulo e um em Minas Gerais. Todos os pacientes contraíram o vírus no exterior - três vieram do México e um dos Estados Unidos - e passam bem. Outros 15 pacientes fizeram exames e o diagnóstico deve sair nesta sexta-feira.

Você acha que o Brasil está preparado para enfrentar a gripe suína?
O caso do Rio de Janeiro, classificado por Temporão de "número 4", é de um rapaz de 21 anos que desembarcou na cidade no último sábado, dia 2, de um voo vindo de Cancún, com escala na Cidade do México. O paciente é o único internado e está no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), do Fundão, desde a última terça-feira. Ele começou a passar mal no domingo, com sintomas de gripe.

Antes mesmo de sair o laudo do exame feito no Rio com os kits de diagnóstico rápido recebidos hoje pelo Ministério da Saúde, o diagnóstico já era esperado. Segundo uma fonte da área de saúde, o paciente foi submetido a um exame para detectar influenza, que tem as variações A e B. Como o teste descartou o tipo B, o paciente foi testado, com os recursos então disponíveis, para os diversos subtipos da influenza A. Todos deram negativo, menos o da gripe suína. (Mapa mostra a evolução da doença) .

O caso do Rio é o de um jovem morador da Ilha do Governador. Quando voltou de Cancún, não sentia nada e assistiu, na casa de amigos, ao jogo do Flamengo, no domingo. Na quinta-feira, o jovem já estava sem febre, mas continuava isolado até da família.

- Ele estava com febre baixa, mas, como sabíamos da doença, resolvemos procurar o hospital. Ele agora está bem melhor e tranquilo - contou a mãe do paciente ao GLOBO, pedindo que os nomes não fossem divulgados.

O paciente ficará internado por até dez dias, tempo que dura o ciclo do vírus. Ele está num quarto com sistema de ventilação próprio e pressão negativa. O maior problema é que o paciente, até ser internado, pode ter contaminado outras pessoas. Na véspera de ir ao hospital, ele esteve numa festa. Uma pessoa que teria tido contato com ele está sendo monitorada.

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O vírus chegou ao Brasil, mas não circula
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Em entrevista coletiva para anunciar a confirmação dos casos, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que não há motivo para mudar a estratégia de combate à doença.

- O vírus chegou ao Brasil, mas não circula. Não há evidência, por enquanto, de que tenha contaminado outras pessoas - disse Temporão.

O ministro informou ainda que todos os contaminados são adultos jovens:

- Não há nenhuma criança ou idoso portando o vírus no Brasil.

O caso classificado por Temporão como 1 é de um morador de São Paulo que esteve de 17 a 22 de abril no México. Ele começou a sentir os sintomas no dia 24 de abril e ficou internado até 4 de maio.

O caso 2 é de um paciente de Minas Gerais que desembarcou do México no dia 26 de abril. No dia 29 de abril, ele teve alta e permaneceu em isolamento domiciliar.

O terceiro caso, também de São Paulo, chegou ao Brasil no dia 28 de abril, vindo da Flórida. No dia 29, ele começou a apresentar sintomas, mas não foi internado porque aquele estado americano ainda não era considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como área afetada pela doença. Depois que a Flórida foi considerada área de risco, o paciente foi mantido em isolamento domiciliar.

Os dois pacientes infectados com o vírus da gripe suína em São Paulo já estão em casa. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, eles estão curados e não há mais perigo de transmissão da doença. A secretaria garante que nenhuma pessoa que teve contato com os dois foram infectadas.

Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde recebeu, do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, os primeiros kits para diagnóstico rápido da gripe suína . Eles já estão sendo utilizados nos pacientes com suspeita da doença. Noventa e três casos monitorados já foram descartados.

Os kits de diagnóstico rápido foram encaminhados à Fiocruz, no Rio, e ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que farão os testes. (OMS recomenda cautela no consumo de carne de porco) .

Até hoje, a gripe suína (influenza A) afetou 24 países, com 2.371 casos confirmados e 44 mortes, sendo 42 no México e duas nos Estados Unidos, de acordo com os números da OMS. Os casos do Brasil ainda não foram computados pela organização.

O Globo

5.07.2009

HEPATITES: Como Conviver?


Como Conviver com as hepatites?

Quando um dos elementos da família tem hepatite A ou E, os membros da família devem ter cuidados de higiene redobrados: não partilhar loiça e talheres com o doente, desinfectar os sanitários com lixívia e lavar sempre as mãos depois de contactar com a pessoa infectada ou com os seus objectos. Nos casos de hepatite B aguda, raramente é necessário tomar qualquer medida em relação ao agregado familiar.

Nos casos de hepatite B crónica, o parceiro sexual deve ser vacinado e se o portador for uma criança os irmãos devem fazer a vacina. O mesmo acontece para a hepatite D. Estando toda a família vacinada, não é necessário tomar outras precauções.

Em relação às hepatites C e G, a prevenção passa por não partilhar objectos que estiveram em contacto com o sangue do doente. Na hepatite auto-imune não são necessárias quaisquer precauções no convívio com os doentes pois trata-se de uma doença não transmissível.

HEPATITE AO que é a Hepatite A

Infecção provocada pelo vírus da Hepatite A (VHA) que entra no organismo através do aparelho digestivo e multiplica-se no fígado, causando neste órgão a inflamação denominada hepatite A. A descoberta do vírus ocorreu em 1975, todavia, na Antiguidade, já se registavam surtos da doença, na altura chamada «icterícia infecciosa», e eram frequentes as epidemias em períodos de guerra e de cataclismos.

A hepatite A transmite-se de pessoa para pessoa quando os alimentos ou a água estão contaminados por dejectos contendo o vírus, daí que seja mais frequente em países menos desenvolvidos, devido à precariedade do saneamento básico, e incida, principalmente, em crianças e adolescentes (50 por cento dos casos acontece antes dos 30 anos).

Nos países ocidentais, com a melhoria das condições de higiene, somos expostos cada vez mais tarde a esta doença considerada aguda, mas que se cura rapidamente na maioria dos casos (ao fim de cerca de três semanas) sem necessitar de internamento hospitalar ou de um tratamento específico e sem deixar vestígios: após a cura, o vírus desaparece do organismo e surgem anticorpos protectores que impedem uma nova infecção, por isso, não existem portadores crónicos.

Raramente esta doença é fatal, embora em adultos afectados por uma doença hepática crónica - originada por outro vírus ou pelo consumo excessivo de álcool - a infecção pelo VHA possa provocar a falência hepática, conhecida por hepatite fulminante; de outro modo, o risco é muito baixo, da ordem de um para mil ou mesmo para dez mil.

O Vírus (Hepatite A)
A sua denominação é VHA - Vírus da Hepatite A - tem uma dimensão de 27 nm, é da família dos picornavírus, tal como o vírus da poliomielite.

O seu genoma é constituído por ARN, positivo e monocatenário. Encontra-se por todo o mundo, especialmente em lugares onde as condições de higiene são escassas. Espalha-se através do contacto directo ou indirecto com material fecal e encontra-se nas fezes da pessoa infectada (foi por essa via que acabou por ser identificado, pela primeira vez, em 1975) duas a três semanas antes de os sintomas se declararem e durante os primeiros oito dias em que a doença permanece activa.

Este vírus é muito infeccioso e é a causa mais frequente de hepatite aguda (mais de 50 por cento dos casos), apesar da sua presença no sangue ser diminuta e de curta duração. Uma pessoa que não tenha anticorpos, adquiridos quando teve a hepatite A ou através da vacina, pode ser infectada e transmitir a doença a outros, mas o risco é pequeno no contacto ocasional.

O chamado período de incubação, que é maior nas crianças do que nos adultos, dura entre 20 a 40 dias, espaço de tempo em que não se revelam quaisquer sintomas. A infecção pode durar seis meses, mas a maioria dos doentes recupera ao fim de três semanas.

HEPATITE B O que é a Hepatite B

A hepatite B, provocada pelo Vírus da Hepatite B (VHB), descoberto em 1965, é a mais perigosa das hepatites e uma das doenças mais frequentes do mundo, estimando-se que existam 350 milhões de portadores crónicos do vírus. Estes portadores podem desenvolver doenças hepáticas graves, como a cirrose e o cancro no fígado, patologias responsáveis pela morte de um milhão de pessoas por ano em todo o planeta; contudo a prevenção contra este vírus está ao nosso alcance através da vacina da hepatite B que tem uma eficácia de 95 por cento.

O vírus transmite-se através do contacto com o sangue e fluidos corporais de uma pessoa infectada, da mesma forma que o vírus da imunodeficiência humana (VIH), que provoca a Sida, só que o vírus da hepatite B é 50 a 100 vezes mais infeccioso do que o VIH.

Existe também a possibilidade de transmissão de mãe para filho, no momento do nascimento, uma forma de contágio especialmente grave, dada a grande tendência de evolução para a cronicidade e que é muito comum nas zonas hiperendémicas de países em desenvolvimento, onde a maior parte dos infectados contrai o vírus durante a infância. Nos países industrializados, esta faixa etária é a que se encontra mais «protegida» já que a vacina contra a hepatite B faz parte do programa nacional de vacinação de 116 países, Portugal incluído. No mundo ocidental, Europa e América do Norte, o vírus é transmitido, sobretudo, aos jovens adultos por via sexual e através da partilha de seringas e outro material de injecção entre os utilizadores de drogas endovenosas.

O vírus provoca hepatite aguda num terço dos atingidos, e um em cada mil infectados pode ser vítima de hepatite fulminante. Em menos de dez por cento dos casos em que a infecção ocorre na idade adulta, a doença torna-se crónica, verificando-se esta situação mais frequentemente nos homens. Em Portugal, calcula-se que existam 150 mil portadores crónicos do VHB .

O Vírus (Hepatite B)
O Vírus da Hepatite B (VHB), da família dos hepadnavírus, é composto por ácido desoxirribonucleico sendo o único vírus de hepatite a possuir ADN como material genético e tem um diâmetro de 42 nm.

A infecção pelo VHB tem um período de incubação longo, entre as seis semanas e os seis meses, e é mais prevalente na Ásia, Pacífico e África inter tropical, onde se calcula que entre cinco e 20 por cento das pessoas sejam portadoras crónicas. O vírus tem menor incidência no mundo desenvolvido, Estados Unidos da América e Europa Ocidental, mas regista-se um elevado número de casos na Europa Central e Oriental.

Hepatite C O que é a Hepatite C

A epidemia silenciosaO vírus da hepatite C foi descoberto em 1989 graças às técnicas de biologia molecular. Como este vírus nunca foi conclusivamente observado ao microscópio electrónico, o conhecimento da sua existência baseia-se na clonagem do seu material genético.

Antes da descoberta do vírus da hepatite C, falava-se de um tipo de hepatite infecciosa então designada por hepatite "não-A, não-B". Os indivíduos com esta doença tinham evidência clínica ou laboratorial de hepatite sem evidência de infecção pelos vírus das hepatites A ou B.

Os estudos realizados em doentes com hepatite "não-A, não-B" permitiram estabelecer uma associação entre a doença e uma história recente de transfusão sanguínea ou de toxicodependência. Em 1989 os cientistas identificaram o vírus da hepatite C como sendo o agente infeccioso responsável por mais de 95% dos casos dessa hepatite "não A não B".

O vírus da hepatite C é um vírus que se encontra no sangue e se transmite essencialmente através do sangue contaminado. Depois de entrar no organismo humano viaja no sangue até ao fígado, local onde desencadeia um processo inflamatório inicial a que se chama hepatite aguda e, muito frequentemente, esta inflamação perpetua-se evoluindo para a forma de hepatite crónica.

A infecção aguda pelo vírus da hepatite C habitualmente não origina sintomas e, por essa razão, raramente é diagnosticada. A maior parte das pessoas com infecção crónica não se recorda de nenhum episódio agudo de icterícia ou de doença hepática. Algumas pessoas desenvolvem sintomas inespecíficos na altura da infecção mas não os associam à doença hepática. Tal como foi referido acima, a infecção evolui para a forma crónica numa grande percentagem de casos. Embora a infecção aguda, que acontece quando o vírus entra no organismo, não seja, geralmente, acompanhada de doença clinicamente evidente, existe uma elevada probabilidade de que este agente permaneça e se replique no fígado conduzindo a uma lesão progressiva deste órgão que poderá, nalguns casos, levar à situação de cirrose.


É uma inflamação do fígado provocada por um vírus, que quando crónica, pode conduzir à cirrose, insuficiência hepática e cancro. Durante vários anos foi conhecida sob a designação de hepatite não-A e não-B, até ser identificado, em 1989, o agente infeccioso que a provoca e se transmite, sobretudo, por via sanguínea. É conhecida como a epidemia «silenciosa» pela forma como tem aumentado o número de indivíduos com infecção crónica em todo o mundo e pelo facto de os infectados poderem não apresentar qualquer sintoma, durante dez ou 20 anos, e sentir-se de perfeita saúde.

Calcula-se que existam 170 milhões de portadores crónicos (cerca de três por cento da população mundial), dos quais nove milhões são europeus, o que faz com que o VHC seja um vírus muito mais comum que o VIH, responsável pela SIDA. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é possível que surjam todos os anos três a quatro milhões de novos casos no planeta. A prevalência do vírus difere de acordo com a região geográfica; enquanto na Europa e na América do Norte os índices de contaminação rondam os dois por cento, em África, no Sudeste Asiático, no Pacífico Ocidental e no Leste do Mediterrâneo as taxas de prevalência são superiores.

No mundo ocidental, os toxicodependentes de drogas injectáveis e inaláveis e as pessoas que foram sujeitas a transfusões de sangue e derivados e/ou a cirurgias antes de 1992, são os principais atingidos. Com a descoberta do vírus da imunodeficiência humana – responsável pela SIDA, na década de 80 do século passado, foram adoptadas novas medidas de prevenção e hoje, a possibilidade de contágio com o VHC, numa transfusão de sangue ou durante uma intervenção cirúrgica nos hospitais, é praticamente nula. Esta segurança não está ainda garantida em alguns centros médicos e hospitalares dos países em desenvolvimento.

Em Portugal, a hepatite C crónica é já uma das principais causas de cirrose e de carcinoma hepatocelular estimando-se que existam 150 mil infectados embora a grande maioria não esteja diagnosticada. De acordo com um estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Portugal é um dos países europeus a apresentar as mais elevadas taxas de contaminação deste vírus, que atinge 60 a 80 por cento dos toxicodependentes.

Cerca de 20 a 30 por cento dos indivíduos infectados com o VHC recuperam espontaneamente após a infecção aguda pelo VHC, mas os restantes 70 a 80 por cento evoluem para a hepatite crónica e, muitas vezes, sem que se apercebam. Em 20 por cento dos doentes, a hepatite C crónica pode conduzir à cirrose e/ou ao cancro no fígado. Os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão sobre as razões que levam alguns doentes a desenvolver uma cirrose em poucos anos, enquanto outros podem levar décadas. Entre as possíveis explicações está a idade em que a pessoa foi contaminada (quanto mais tarde, mais grave pode ser a evolução da infecção), as diferenças hormonais (é mais comum no sexo masculino) e o consumo de álcool (que estimula a multiplicação do vírus e diminui as defesas imunitárias).

Este tipo de hepatite só excepcionalmente se apresenta como hepatite fulminante.

O Vírus (Hepatite C)
O VHC pertence à família dos flaviviridae e o seu genoma é constituído por ARN. Encontra-se no indivíduo doente e tem um período de incubação que oscila entre os 40 e os 70 dias. Tal como o vírus da SIDA é capaz de se modificar e de se camuflar, o que dificulta uma resposta adequada do sistema imunitário.

Até agora foram identificados seis genótipos diferentes do VHC que, por sua vez, se dividem em subtipos. Os genótipos, ou estirpes, são identificados com os números de um a seis e os subtipos com letras.

O tipo de vírus mais frequente em Portugal é o 1b, responsável por cerca de metade das hepatites C e o que mais afecta as pessoas que foram contaminadas através de uma transfusão sanguínea. O genótipo 3a é comum nos toxicodependentes intravenosos que são normalmente doentes mais jovens e que adquiriram a infecção há menos tempo. Nos últimos 3-5 anos temos assistido a um aumento da frequência do genótipo 4 em Portugal e, nalgumas zonas atinge já os 10-12%. Os genótipos 5 e 6 são raros, encontrando-se mais frequentemente em África e na Ásia. Segundo alguns especialistas, é possível que numa mesma pessoa possam coexistir dois tipos diferentes do VHC. Estas diferenças nas populações de vírus dificultam a elaboração de uma vacina.

Hepatite D O que é a Hepatite D

A hepatite D foi conhecida em 1977, ano em que foi descoberto o vírus que a provoca, o VHD ou vírus Delta como também é designado. A hepatite D só se manifesta em conjunto com a hepatite B, isto é, surge por co-infecção ou por superinfecção. Em Portugal é rara e, embora não tenhamos estatísticas específicas, supõe-se que existam cerca de 15 mil portadores crónicos no país.

A doença terá chegado à Europa Ocidental com viajantes toxicodependentes, uma parte da população sempre exposta ao risco deste tipo de infecções, mas encontra-se, sobretudo, na zona do Mediterrâneo, no Médio Oriente, na Ásia Central, na África Ocidental, na América do Sul e em algumas ilhas do sul do Pacífico. No sudeste asiático, permanece em Taiwan, na China e na Índia. Também se registaram casos, muitas vezes mortais, entre a população indígena da Venezuela, Colômbia, Brasil e Peru.

Provoca, por vezes, epidemias de que são exemplo as verificadas em Nápoles, no ano de 1977 e entre os índios Yupca da Venezuela em 1981.

O problema é que uma pessoa nunca sofre apenas de hepatite D: ou é infectada em simultâneo com o VHD e o VHB ou só contrai esta doença quando já tem hepatite B. No caso de uma co-infecção, a hepatite D aguda pode ser severa, ou mesmo fulminante, no entanto, raramente evolui para uma forma crónica ao contrário do que sucede com a superinfecção que provoca hepatite crónica em 80 por cento dos casos, dos quais 40 por cento evoluem para cirrose.

O Vírus (Hepatite D)

O VHD ou Delta é o agente infeccioso da chamada hepatite D, tem 35 nm, pertence à família dos Viróides e o seu genoma é constituído por ácido ribonucleico (ARN) circular, de uma só cadeia. É único no seu género em patologia humana e não se consegue multiplicar senão na presença do vírus da hepatite B.

O período de incubação dura entre 15 a 45 dias e a sua presença no sangue é prolongada, podendo mesmo permanecer para sempre no organismo, o que pode originar formas mais graves de doença hepática.

Encontra-se, com maior incidência, na bacia do Mediterrâneo, no Médio Oriente, na Ásia Central, na África Ocidental, na bacia do Amazonas, na América do Sul, e em algumas ilhas do Pacífico Sul.

Hepatite E O que é a Hepatite E

A hepatite E resulta da infecção pelo vírus da hepatite E (VHE), é transmitida de pessoa a pessoa, através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal, e já foi responsável por grandes epidemias no centro e sudeste da Ásia, no norte e oeste de África e na América Central. No mundo industrializado, o vírus quase não existe, como é o caso de Portugal, onde a doença escasseia e apenas se manifesta em indivíduos que tenham estado em regiões tropicais endémicas.

Como doença humana específica só foi identificada em 1980, quando se realizavam testes para detecção de anticorpos da hepatite A, na Índia, durante o estudo de uma hepatite epidémica transmitida através das águas, mas cujo agente infeccioso não era o VHA. Na altura, foi considerada uma doença hepática virulenta sem qualquer outra classificação e só em 1988, com a descoberta do vírus, passou a designar-se hepatite E. A gravidade da infecção pelo VHE é maior que a provocada pelo vírus da hepatite A, mas a recuperação ocorre ao fim de pouco tempo.

A doença pode ser fulminante, a taxa de mortalidade oscila entre os 0,5 a quatro por cento, e os casos ocorridos durante a gravidez são bastante mais graves, podendo atingir taxas de mortalidade na ordem dos 20 por cento se o vírus for contraído durante o terceiro trimestre. Existem também registos de partos prematuros, com taxas de mortalidade infantil que atingem os 33 por cento. Nas crianças, a co-infecção com os vírus A e E pode resultar numa doença grave, incluindo a falência hepática aguda.

Alguns especialistas referem a possibilidade de existir transmissão entre animais e homens, já que vários macacos, porcos, vacas, ovelhas, cabras e roedores são susceptíveis à infecção com o vírus da hepatite E.

Uma leitura das estatísticas indica que a doença tem uma maior taxa de incidência entre os adultos dos 15 aos 40 anos mas, segundo a Organização Mundial de Saúde, a baixa taxa registada entre as crianças pode dever-se ao facto de a hepatite E, normalmente não provocar quaisquer sintomas nos mais novos.

O Vírus Hepatite E
O VHE é composto inteiramente por ácido ribonucleico (ARN) e proteína vírica e tem um diâmetro de 27 a 34 nm. Descoberto em 1988, foi primeiro classificado na família dos calicivírus mas, actualmente, existem dúvidas sobre a sua classificação.

O período de incubação oscila entre os 15 e os 64 dias (três a oito semanas, 40 dias em média) e a transmissão do vírus ocorre desde a segunda metade do período de incubação, até sete dias após o início da icterícia.

O VHE é mais comum em locais com climas quentes do que temperados e, devido à sua forma de propagação, o maior de infecção encontra-se nos países em desenvolvimento com sistemas de saneamento básico precários. Além da Índia, onde foi descoberto, já foi detectado no médio e extremo Orientes, no norte e oeste de África, nas repúblicas centrais da ex-União Soviética, na China e também na América Central.

As epidemias de hepatite ocorridas na Europa, antes do século XX e que até há pouco tempo se supunha serem de vírus da hepatite A, têm, na verdade, as características epidemológicas da hepatite E. Os especialistas avançam com a hipótese de o VHE ter desaparecido dos países industrializados num passado recente, tal como o vírus da hepatite A está hoje a perder importância nestes mesmos países.

O vírus encontra-se no humano doente mas, também, em macacos, porcos, vacas, cabras, ovelhas e roedores (pelo menos naqueles que habitam nas regiões endémicas).

Hepatite G O que é a Hepatite G

A hepatite G foi a hepatite descoberta mais recentemente (em 1995) e é provocada pelo vírus VHG que se estima ser responsável por 0,3 por cento de todas as hepatites víricas. Desconhecem-se, ainda, todas as formas de contágio possíveis, mas sabe-se que a doença é transmitida, sobretudo, pelo contacto sanguíneo.

Em análises feitas nos Estados Unidos da América aos dadores de sangue demonstrou-se que cerca de dois por cento já teve contacto com o vírus. Supõe-se que o VHG se encontre em 20 a 30 por cento dos utilizadores de drogas injectáveis e em dez por cento das pessoas que foram sujeitas a uma transfusão de sangue. Em cerca de 20 por cento dos doentes com infecção pelos VHB ou VHC é possível detectar anticorpos para o VHG, mas esta coinfecção não parece influenciar a evolução daquelas hepatites.

Não foi ainda possível determinar com exactidão – dado que a descoberta da doença e do vírus que a provoca foram recentes –, as consequências da infecção com o vírus da hepatite G. A infecção aguda é geralmente «suave» e transitória e existem relatos duvidosos de casos de hepatite fulminante (os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre as causas destas hepatites fulminantes).

Noventa a 100 por cento dos infectados tornam-se portadores crónicos mas podem nunca vir a sofrer de uma doença hepática. Até agora não foi possível comprovar que a infecção pelo VHG conduza a casos de cirrose ou de cancro no fígado.

O Vírus (Hepatite G)

O VHG é constituído por ácido ribonucleico (ARN), pertence à família dos flavivírus, é um parente afastado do vírus que provoca a hepatite C e, tal como este, também apresenta diferentes genótipos.

A infecção pelo VHG pode, muitas vezes, ocorrer em simultâneo com a provocada pelo VHC, mas os estudos feitos até agora permitem concluir que a hepatite G não agrava a hepatite C, nem perturba o seu tratamento.

Supõe-se que o vírus da hepatite G seja ainda mais comum que o VHC, contudo, a sua gravidade para o organismo humano é baixa ou quase nula.

A forma como se propaga ainda é desconhecida.


Fonte: Roche.com

ROCHE COBIÇA A EUROFARMA OU MANTECORP

PARA CRESCER NO SEGMENTO DE GENÉRICOS, ROCHE COBIÇA A EUROFARMA

Eventual aquisição daria à multinacional suíça a liderança do setor. A recente venda do laboratório Medley para a francesa Sanofi-Aventis deverá provocar uma rearrumação nas prateleiras farmacêuticas. Que o diga a Roche.
O grupo pretende anunciar, em breve, uma grande aquisição no Brasil, com o objetivo, sobretudo, de aumentar sua presença no segmento de genéricos. O alvo principal é a Eurofarma, terceira maior fabricante de medicamentos livres do país e dona de um faturamento na casa de R$ 1 bilhão.
Com a eventual aquisição, a Roche se tornaria a maior produtora de genéricos do Brasil, ultrapassando a EMS e a própria Medley/Sanofi-Aventis. Assumiria ainda o topo do ranking da indústria farmacêutica no país, com faturamento anual em torno de R$ 2,5 bilhões.
Além da Eurofarma, a Roche trabalha com um Plano B, que exigiria uma dosagem menor de investimento. Trata-se da Mantecorp, indústria controlada pela família Mantegazza. Profilaticamente, o laboratório brasileiro procura um parceiro comercial ou um novo sócio. Dentro da empresa, é dado como certo o rompimento do acordo operacional com a Schering- Plough, recentemente vendida para a Merck. A Roche, que recentemente fez uma grande operação mundial - pagou quase US$ 47 bilhões pelo controle da empresa de biotecnologia californiana Genentech -, ensaia uma aquisição no Brasil desde o ano passado. Chegou a sondar a família Negrão para a compra da Medley, mas perdeu a parada para a Sanofi-Aventis. Os planos de expansão foram acelerados justamente por conta da venda do laboratório paulista. Com a negociação, o grupo francês disparou no ranking dos genéricos, exigindo uma resposta da concorrência.
Além da necessidade de uma rápida reação ao avanço da Sanofi-Aventis, a performance no mercado brasileiro motiva a Roche a fazer um investimento de peso no Brasil.
Nos últimos anos, sua taxa de crescimento no país é quase o dobro da média mundial. A subsidiária é hoje a principal operação da Roche na América Latina, que responde por quase 8% do faturamento global do grupo.
Fonte: Cidade Biz Online

Estados Unidos realizam primeiro transplante facial de mulher de 46 anos

Em 2004, uma bala destruiu grande parte do rosto de Connie Culp. O tiro dado pelo marido deixou seu rosto completamente desfigurado, os ossos da face destruídos, e a musculatura desapareceu. O efeito foi devastador. Foram mais de 30 cirurgias - uma delas chegou a durar 22 horas. No primeiro caso registrado nos Estados Unidos, a mulher, de 46 anos, teve o rosto reconstituído após receber a doação de uma mulher morta. ( Veja imagens de Connie )

Na terça-feira, suas imagens rodaram pelo mundo, quando Connie resolveu ir a público e dar uma entrevista coletiva para falar sobre a cirurgia e a felicidade após ter o rosto reconstituído.


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Suas expressões ainda não parecem naturais, mas ela pediu que o mundo não se concentrasse no rosto dela e, sim, no feito dos médicos.

- Quero focar na família da doadora que me permitiu ganhar esse presente de Natal - disse ela aos jornalistas reunidos na Cleveland Clinic, onde ocorreu a cirurgia.


Dois meses após a operação, a americana deixou o hospital e voltou para casa. Antes, ela não comia alimentos sólidos e não sentia o gosto da comida.

- Connie agora pode apreciar a sua comida - disse a médica Maria Siemionow, que chefiou a equipe que realizou o transplante facial.

- Ela come hambúrguer e pizza, além de tomar café da xícara - completou a médica.

A pena para o autor do crime, o então marido de Connie, Thomas, foi de sete anos de prisão. Não foram divulgadas informações sobre a doadora ou sua morte.

O Globo

Gripe A e os Kits

Anvisa intensifica ação em fronteiras; País tem 28 casos suspeitos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) intensificou a atuação nas fronteiras secas do País para identificar casos suspeitos de gripe suína entre passageiros de transporte coletivo. A ação foi reforçada na 2ª feira (4), um dia depois de a Colômbia confirmar uma infecção pelo vírus H1N1. O diretor de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, afirmou que a ênfase será dada a áreas como Tabatinga (fronteira com a Colômbia) e Foz do Iguaçu, onde o movimento é bastante intenso. Em Tabatinga, uma força tarefa já está em atuação.


Desde o relato dos primeiros casos de gripe suína no mundo, a Anvisa identificou 88 pontos de entrada do País, entre portos, aeroportos e fronteiras secas; iniciou um trabalho de esclarecimento para turistas e população nesses locais e intensificou a vigilância para identificação de casos suspeitos. Na semana passada, porém, as atenções estavam voltadas principalmente para aeroportos, sobretudo para voos procedentes de regiões onde haviam casos confirmados da doença.


A ação foi ampliada para todos os voos - internacionais e domésticos. Mas o diretor reconhece que algumas empresas ainda não cumpriram as determinações, principalmente a de transmitir, durante a viagem, avisos sonoros com informações sobre a doença. Numa nova reunião com companhias aéreas, programada para esta 4ª feira (6), o assunto será retomado. "Não aceitamos a hipótese de as companhias não apresentarem os avisos", disse Álvares da Silva.


"Vamos encontrar um meio de obrigar - e autuar - as empresas que desrespeitarem as recomendações", completou. Anteontem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), havia informado, por meio de sua assessoria de imprensa, que não existem mecanismos para punir empresas que cumprirem a determinação. "Não há justificativa para que as empresas se recusem a alertar os passageiros. Isso é responsabilidade", completou o diretor da Anvisa.


Na terça-feira (5), o Ministério da Saúde acompanhava 28 casos suspeitos de gripe suína no País: 12 de São Paulo, 3 de Minas, 2 no Distrito Federal, 2 no Rio, 2 em Santa Catarina, 2 em Tocantins, um em Goiás, um no Mato Grosso do Sul, um na Paraíba, um em Pernambuco e um em Rondônia. Outros 28 casos, distribuídos em 20 Estados, estavam em monitoramento e 73 casos haviam sido descartados.(AE)

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SP, PA e RJ receberão kits para gripe suína na sexta


O Ministério da Saúde confirmou hoje que os kits para diagnóstico rápido da Influenza A (H1N1), a gripe suína, chegarão ao Brasil até a sexta-feira. Segundo o Ministério, os kits serão entregues aos laboratórios Adolf Lutz, em São Paulo, Instituto Evandro Chagas, no Pará, e Fiocruz, no Rio de Janeiro. Antes de serem usados, eles ainda precisam passar por testes, provas internas e certificação.


O Ministério não soube informar sobre a quantidade de material que chegará ao País. Os kits prontos para uso, doados pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), são considerados indispensáveis para a confirmação ou descarte dos casos suspeitos de gripe suína no País. (AE)

Diagnóstico da síndrome de autismo

Fiocruz cria exame para diagnosticar a síndrome

O Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolve metodologia para a elaboração de diagnóstico da síndrome de autismo por meio de exames laboratoriais com aparelhos de eletroencefalograma computadorizado. Já utilizado no diagnóstico de outras síndromes, o exame amplia e mede as correntes eletromagnéticas no cérebro em diversas freqüências (de 3 a 27 hertz) e permite verificar as ligações entre os grupos de neurônios. Segundo os pesquisadores da Fiocruz, as vantagens do exame são custo acessível e disponibilidade da tecnologia em vários hospitais e postos de saúde no Brasil.

De acordo com o coordenador da pesquisa, o neurologista infantil Adaílton Tadeu Alves de Ponte, a análise de dados já permitiu verificar que as respostas no hemisfério cerebral direito têm uma amplitude menor que o esquerdo, ou seja, há uma deficiência de ativação do hemisfério direito em relação ao hemisfério esquerdo, quando se compara com as crianças que não apresentam o mesmo problema. Segundo o médico, o hemisfério direito está associado às funções socioafetivas, emocionais, de empatia e de percepção do contexto e compreensão social, enquanto o hemisfério esquerdo é mais envolvido com o cálculo e o raciocínio.

Estimativas internacionais mostram que a ocorrência da síndrome pode ser de uma em cada 500 crianças até uma em cada mil crianças. O autismo tem uma incidência maior sobre meninos - 70% das pessoas com autismo são do sexo masculino. Adaílton Tadeu explica que a ciência ainda não sabe porque ocorre o autismo. O grupo de pesquisa trabalha com a hipótese de que é um fenômeno de causa genética, associada a mecanismos alérgicos não identificados e desenvolvidos ainda no útero, durante a gestação. Esses processos desencadeiam inflamação que altera o desenvolvimento do cérebro e as ligações no hemisfério direito.

A síndrome do autismo foi descoberta simultaneamente, na década de 1940, por dois médicos de origem austríaca, que trabalhavam separadamente: Leo Kanner, erradicado nos Estados Unidos, e Hans Asperger, que permaneceu na Europa durante o período da Segunda Guerra Mundial. A palavra autismo foi criada pelo psiquiatra suíço Paul Eugen Bleuler para descrever a fuga da realidade observada em alguns indivíduos.

Segundo o Ministério da Saúde, há grande variabilidade de sintomas autistas (espectro), sendo possível identificar desde pessoas muito comprometidas até pessoas com alto grau de desempenho e com habilidades especiais (os chamados asperger, em homenagem a um dos descobridores da síndrome).

Na rede pública, o atendimento às pessoas com autismo deve ser feito em um dos 1.300 Centros de Atenção Psicossocial que, segundo o ministério, contam com equipes multiprofissionais (médicos, enfermeiros, psicólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, professores de educação física).

Fiocruz

Anvisa proíbe publicidade do medicamento Avastin

Anvisa proíbe publicidade do medicamento Avastin

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu quarta-feira (06) a veiculação de material publicitário que promovia o uso do medicamento Avastin no tratamento de câncer de pulmão. No Brasil, o medicamento foi aprovado pela agência apenas para o tratamento de câncer colorretal. Um encarte enviado para médicos pela indústria farmacêutica Roche, responsável pelo produto, motivou a Resolução Nº 1 622/09, que instituiu a proibição.


O material traz uma pesquisa apresentada no simpósio satélite organizado pela Roche durante o 33º Encontro da Sociedade Europeia para Oncologia Médica (Esmo 2008). O estudo, assinado por Martin Reck, do Hospital Grosshansdorf, na Alemanha, conclui: "Bevacizumabe (princípio ativo do Avastin) é novo padrão na primeira linha de tratamento do câncer de pulmão (do tipo) não pequenas células e não escamoso".


A Roche afirma por nota que o encarte reproduz fielmente a palestra dada pelo pesquisador no Congresso e obedece a Resolução Nº 102/00 que regula a propaganda de medicamentos no Brasil. "Não poderíamos fazer nenhuma alteração (no material) sob pena de interferir na imparcialidade do conteúdo", argumenta o comunicado da empresa.


REFERÊNCIAS


A resolução publicada hoje afirma que o encarte promocional veicula "referências bibliográficas incompletas, tabelas, gráficos e demais informações distorcidas, fragmentadas, e que não condizem com os estudos científicos publicados". "As referências devem ser completas e claras para permitir que os médicos confiram as informações", considera Maria José Delgado Fagundes, gerente de propaganda da Anvisa.


A nota da Roche afirma que "não é política do laboratório reproduzir ou apresentar estudos fragmentados, distorcidos ou manipulados aos especialistas médicos - nem tampouco a nenhum outro público". O texto também sublinha que o uso do medicamento no tratamento de câncer de pulmão já foi aprovado na União Europeia e nos Estados Unidos. "O processo administrativo para julgar se houve infração sanitária continua",

Anvisa

5.06.2009

ALIMENTOS RICOS EM GORDURA ESTIMULAM A FORMAÇÃO DA MEMÓRIA

Aquela sobremesa deliciosa do jantar de ontem à noite continua provocando forte lembrança? Um prato especialmente saboroso, apesar de ter sido consumido há alguns dias, ainda provoca água na boca? Não há motivo de culpa. Tais eventos não são exemplos de gulodice, mas da formação natural da memória, segundo um estudo que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

O estudo, feito por cientistas dos Estados Unidos e da Itália, indica que a ingestão de alimentos ricos em gordura estimula a formação de memórias de longo prazo, aquela que não desaparece rapidamente. O estudo se soma a trabalho recente do mesmo grupo que havia apontado a relação entre gordura ingerida e controle do apetite e tem implicação importante no desenvolvimento de tratamentos para obesidade e outros distúrbios alimentares. Os pesquisadores haviam identificado que os ácidos oleicos, obtidos a partir da hidrólise da gordura animal e de certos óleos vegetais, são transformados no intestino delgado em uma molécula chamada de oleoletanolamina (OEA).

A OEA envia mensagens de saciedade ao cérebro e, em níveis elevados, pode reduzir o apetite e promover a perda de peso e a diminuição de níveis de triglicérides e de colesterol. Liderados por Daniele Piomelli, do Instituto Italiano de Tecnologia e da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), e por James McGaugh, da UCI, um dos principais especialistas em memória no mundo, os cientistas descobriram que o OEA também causa a consolidação da memória, processo por meio do qual memórias superficiais, de curto prazo, são transformadas em memórias de longo prazo, que podem ser 'armazenadas'.

A consolidação é feita por meio da ativação de sinais de estímulo na amígdala, a parte do cérebro envolvida na consolidação de memórias e eventos emocionais. Em testes com roedores, os pesquisadores observaram que a administração de oleoletanolamina levou à melhoria na retenção da memória.

Quando receptores celulares ativados pelo OEA foram bloqueados, os efeitos da retenção da memória diminuíram. "O composto oleoletanolamina é parte da 'cola molecular' que faz com que as memórias grudem. Por ajudar a lembrar onde e quando foi feita uma refeição gordurosa, a atividade de estímulo da memória do OEA parece ter sido uma importante ferramenta evolucionária para o homem e outros mamíferos" disse Piomelli.

Gorduras são importantes para a saúde geral, ajudando na absorção de vitaminas e na proteção de órgãos vitais. Apesar de a dieta do homem atualmente ser rica em gorduras, o mesmo não ocorreu com os primeiros humanos. Na natureza, alimentos ricos em gordura são raros. "Lembrar da localização e do contexto de uma refeição cheia de gordura foi, provavelmente, um importante mecanismo de sobrevivência para os primeiros humanos. Faz sentido que os mamíferos tenham essa capacidade" disse o cientista italiano.

Apesar disso, segundo Piomelli, tamanha ajuda para a memória talvez não seja tão benéfica atualmente. Enquanto o oleoletanolamina contribui para a sensação de saciedade após uma refeição, ele pode também estimular a vontade de ingerir novamente alimentos ricos em gordura, que, quando consumidos em excesso, podem causar obesidade.

Drogas que simulam os efeitos do oleoletanolamina já estão sendo usadas em estudos clínicos para controle da triglicéride. O grupo do estudo agora divulgado pretende investigar se tais compostos podem melhorar a consolidação da memória em pessoas com deficiência nesse processo.
Fonte: JB Online - Notícias Terr