Luciano Huck mais uma vez está no centro da polêmica.Luciano Huck pisou na bola LEGAL. De novo. Virou rotina? Como pode?
O motivo da vez: a grife do apresentador colocou para vender camisetas
infantis pelaInternet com os dizeres: “vem ni mim que eu to facin.” Para
crianças! No site de Huck, a camiseta foi apresentada sendo usada por
uma modelo de uns sete anos de idade.
Não
é preciso nem ter um pouco de bom senso para entender o quanto isso é
absurdo e irresponsável. Que pai colocaria uma camiseta dessas em uma
filha? Parece piada. E quando a notícia surgiu nas redes socais foi
difícil acreditar que isso pudesse ser verdade, tamanho o absurdo da
“proposta”.
Gente,
Ajuda o Luciano! O sujeito é milionário, apresentador de TV e
empresário. Que assessoria é essa que permite que ele se meta sempre com
esse tipo de polêmica? Ninguém viu que essa frase em uma camiseta
infantil não era uma boa idéia? O fotógrafo não achou estranho
fotografar uma menina usando isso? Nem quem aprovou? Ninguém? Mas como?
Ajudem o Luciano!
Na época da Copa foi a mesma coisa: um desastre. Luciano (e seja quem mais que o assessore) lançou uma campanha para ajudar brasileiras a “conseguir o gringo dos sonhos”. O
post, em sua página do Facebook, dizia: “Carioca, solteira? Louca para
encontrar um príncipe encantado entre os gringos que estão invadindo o
Rio? Chegou sua hora, mande sua foto e porque você quer um namorado
gringo”. O Brasil estava preocupado com o aumento do turismo sexual
durante o evento ( com toda razão) e Luciano aparece com uma dessas! As
interessadas teriam que mandar mensagens para o programa Caldeirão do
Huck. O post sumiu do ar depois das críticas, assim como as fotos da
camiseta.
De novo: ninguém da equipe percebeu que a idéia não boa? Era péssima?
Luciano
é conhecido entre outras coisas por em seu programa “ajudar” pessoas a
…encontrar namorado, ter um carro novo, uma casa melhor. A frase
#ajudaluciano virou expressão irônica na internet e esses “incidentes”
só provam que quem precisa de ajuda é o Luciano!
Outra
polemica. Quando o jogador Daniel Alves foi atingido por uma banana em
um jogo de futebol, Luciano lançou na hora uma camiseta com os dizeres
“Somos todos macacos”, que causou revolta por não criticar o racismo, mas reforçá-lo. Não, nenhum negro deve ser chamado de macaco. Ponto.
Luciano
quer ser o bom moço do Brasil e o rei do politicamente correto. Mas
suas idéias têm saído ao contrário e reforçando, até agora: abuso
infantil, turismo sexual e racismo.
Como "todo mundo sabe", a Andrade
Gutierrez doou dinheiro captado via propina da Petrobras para a campanha
de Dilma em 2014, certo? A doação foi declarada ao TSE, mas como seria vinda de maracutaias, Dilma deveria ser impedida de seguir no Planalto.
Mas ... vejam bem .. Aécio Neves, do PSDB, recebeu R$ 200 mil a mais
que Dilma, da mesma Andrade Gutierrez, nas mesmas eleições de 2014,
tendo também declarado ao mesmo TSE a tal doação. Este segundo fato -
porque será? - tem sido omitido da cobertura da pequena mídia sobre a
delação premiada do dirigente da empreiteira. Resumindo: quando a
Andrade Gutierrez doa para Aécio Neves, ela está contribuindo para o
aprimoramento da democracia brasileira de forma legal. E nossa mídia nem
cita o fato. Menos ainda quer saber de onde veio o dinheiro da doação.
Quando a mesma empresa doa para Dilma, é resultado de propina. Logo,
crime. Logo, munição para constranger parlamentares para que votem pelo
impeachment. Reforma Política para acabar de vez com isso? Nem pensar. Por Álvaro Nascimento
Presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina
Vitral, protocolou esta semana uma ação popular com pedido de liminar na
Justiça Federal para que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMBD-RJ), seja afastado imediatamente de suas funções e a revogação de
suas ações na presidência da Casa relativas ao recebimento do pedido de
impeachment da presidente Dilma
9 de Abril de 2016 às 10:34
247 – A presidente da União Nacional dos Estudantes
(UNE), Carina Vitral, protocolou esta semana uma ação popular com pedido
de liminar na Justiça Federal pelo afastamento do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMBD-RJ). A ação pede afastamento imediato de Cunha de suas funções e a
revogação de suas ações na presidência da Casa relativas ao recebimento
do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e
lavagem de dinheiro, alvo de um processo de cassação no Conselho de
Ética da Câmara e acusado de recebeu propina por contas não declaradas
no exterior. O pedido apresentado pela UNE aponta "manobras obscuras"
articuladas por Cunha na Câmara para evitar o processo que contra ele. "Eu como cidadã, estudante a frente da UNE, não posso me furtar do
compromisso de defender a democracia, e os princípios republicanos deste
país. Foram comprovadas contas de Cunha na Suíça com dinheiro sujo e já
não há mais como negar suas ligações corruptas", destacou a dirigente
da UNE. Ela destaca que o recebimento da denúncia de impeachment teve como
único propósito: a retaliação ao Partido dos Trabalhadores, que havia
decidido votar contra Cunha no Conselho de Ética. "Um ato mesquinho,
revanchista, para a proteção de interesses estritamente pessoais", diz
trecho do documento.
O parecer em que o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, muda de ideia e passa a ser contra a posse do ex-presidente Lula
na Casa Civil toca numa questão polêmica, que terá que ser enfrentada
pelo Supremo Tribunal Federal; ao apontar "desvio de finalidade" na
nomeação, sugerindo que poderá também denunciar a presidente Dilma
Rousseff por obstrução da Justiça, ele praticamente valida o polêmico
grampo realizado pelo juiz Sergio Moro contra Dilma e Lula, que é
considerado ilegal pelo Palácio do Planalto e pelo Ministério da
Justiça; em seu parecer, Janot também argumenta que Gilmar Mendes não
poderia ter suspendido a posse de Lula num mandado de segurança movido
por partidos
8 de Abril de 2016 às 12:20
247 – O parecer em
que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, revê sua posição
anterior e passa a se manifestar contra a posse do ex-presidente Lula na
Casa Civil (leia mais aqui) ainda vai dar muito pano para manga.' O motivo: Janot mudou de ideia,
passando a ver "desvio de finalidade" na nomeação feita pela presidente
Dilma Rousseff, após os grampos de uma conversa entre a presidente Dilma
Rousseff e o ex-presidente Lula, gravados e vazados pelo juiz Sergio
Moro. Enquanto o Palácio do Planalto e o
Ministério da Justiça, assim como ministros do Supremo Tribunal Federal,
questionaram a validade desse grampo, que seria uma prova ilegal, até
por ter sido feito sem autorização judicial, uma vez que Moro já havia
determinado o fim das interceptações quando a conversa foi gravada,
Janot decidiu considerá-lo válido. Eis o que ele escreve na página 21 de seu parecer divulgado ontem à noite:
Até
onde se sabe, essas interceptações foram validamente decretadas pela 13a
Vara da SJPR e, nessa qualidade, puderam ser usadas validamente em
processos nos quais tenham relevância jurídica, como é o caso deste. Uma
vez facultada ampla defesa dos interessados em torno desses elementos
de convicção, não haveria vedação a que sejam consideradas.
Caberá, portanto, ao STF, avaliar se a convicção dos ministros pode ser formada a partir de uma prova de validade questionável. Em seu parecer, Janot também entrou
num outro tema. Mesmo sendo contra a posse de Lula na Casa Civil, ele
afirmou que o ministro Gilmar Mendes não poderia ter concedido a liminar
a partir de um mandado de segurança impetrado por partidos políticos. Leia, abaixo, reportagem do portal Conjur:
PARECER DA PGR
Rodrigo Janot é contra posse de Lula, mas questiona MS impetrado por partidos Por Marcelo Galli
Apesar de concordar com a decisão, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o ministro
Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, não poderia ter suspendido a
nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa
Civil em mandado de segurança coletivo para defesa de direitos difusos
impetrado por partidos políticos. Segundo o parecer a
respeito de dois mandados de segurança relatados pelo ministro, um de
autoria do PPS, e outro, do PSDB, que questionam a nomeação da
presidente Dilma Rousseff, existe no artigo 21, parágrafo único, da Lei
12.016/2009, “silêncio eloquente” do legislador quanto às categorias de
direitos transindividuais tutelados por MS coletivo, com deliberada
exclusão dos direitos difusos. Os partidos afirmam que Lula foi nomeado
ministro com o único objetivo de dar a ele prerrogativa de foro no
Supremo. Na decisão liminar, o ministro
Gilmar afirma, para justificar o conhecimento do MS, que os limites do
artigo 21 da lei servem como indicativo, mas não como limite
das hipóteses de cabimento da ação. “A concretização do dispositivo
constitucional que prevê a legitimidade do uso do mandado de segurança
coletivo por partido político ainda é uma obra em andamento”, disse na
ocasião o ministro do STF. Para Janot, a concessão da liminar
no MS coletivo em questão não tem fundamentação que justifique
desatendimento aos artigos 2º da Lei 8.437/1992 e 22, parágrafo 2º, da
Lei 12.016/2009, que vedam a liminar sem manifestação precedente do
representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá
se pronunciar no prazo de 72 horas. Diz também que a decisão colidiu
com entendimento do STF sobre extensão e alcance dessa exigência
processual. O PGR cita que o STF assentou ser possível o descumprimento
da disposição explícita do artigo 2º da Lei 8.437/1992 quando houver
“iminência de perecimento de direito, ou possibilidade de ocorrer
prejuízo de difícil ou quase impossível reparação” e desde que por
decisão judicial fundamentada. O parecer diz ainda que o ministro
não poderia incluir Lula como litisconsorte passivo, mas apenas intimar
os impetrantes para que o requeressem. Apesar disso, diz Janot, a defesa
do ex-presidente não pediu a exclusão da relação processual. Pelo
contrário, continua, apresentou manifestações de defesa do ato
impetrado, o que corresponde a encampação, e exerceu poderes processuais
inerentes às partes, como suscitar prevenção na primeira oportunidade
de se pronunciar nos autos. “Apesar de apontar a determinação como
contrária à lei, amoldou-se a ela. Em homenagem ao princípio da
instrumentalidade das formas processuais, deve-se considerar o caso como
de irregularidade, não de nulidade processual”, diz o parecer.
Moro acreditou demais em si mesmo e desprezou Lula
Em que momento a onda pró-impeachment começou a refluir? Olhadas as coisas em retrospectiva, foi nos dias em que Moro colocou
no ponto máximo sua perseguição a Lula, primeiro com o depoimento
coercitivo e depois com a divulgação, pela Globo, dos grampos. Isso quer dizer o seguinte: involuntariamente, Moro contribuiu
poderosamente para que a tentativa de golpe fosse perdendo força contra
todas as expectativas de até pouco tempo atrás. Moro cometeu um pecado de superavaliação e um pecado de subavaliação. Provou não ser um bom observador. Ele superavaliou a si próprio e à Globo. Imaginou que a retaguarda da
Globo lhe daria salvo conduto para cometer todo tipo de barbaridade. E ele subestimou Lula. Imaginou que poderia fazer o que quisesse com
Lula sem que houvesse resposta da militância petista e, mais que ela, de
todos os brasileiros incomodados com abusos policialescos na condução
da Lava Jato. A Globo é menos do que Moro pensava ser. E Lula é mais. Essa combinação explica o começo do fim do golpe. Moro não estava sozinho. O experimentado jornalista Elio Gaspari teve uma leitura ridícula das
transcrições dos grampos. Disse que eles mostravam um Lula acuado,
isolado dos petistas. Gaspari chegou a dizer que Lula gostava de pensar
como seria o seu enterro, e teria tido ali um vislumbre. Claro que
Gaspari estava falando do enterro de um perdedor. Como Moro, ele cometeu um monumental erro de avaliação. Se há um grande vencedor nestes últimos acontecimentos é exatamente
Lula. A perseguição selvagem de Moro e da Globo como que despertou o que
ele tem de melhor. É mais ou menos como aquele velho pistoleiro que está em seu canto,
interessado em sossego, e a quem as circunstâncias forçam a pegar seus
revólveres de novo, com a garra e a paixão dos velhos dias. Ou, na grande imagem do próprio Lula, é a jararaca que se sente espezinhada e reage. Vozes insuspeitas se ergueram contra os exageros de Moro. O liberal,
conservador Marco Aurélio Mello criticou duramente os métodos de Moro. Numa passagem memorável, ele reagiu assim à desculpa de Moro de que
obrigara Lula a depor para protegê-lo. “Este tipo de proteção eu não
quero para mim”, disse ele. Mitou. Numa frase, Mello desmoralizou a falácia cínica de Moro. A reação do velho pistoleiro, ou da jararaca, acabou incendiando o
país com manifestações inflamadas contra o golpe. No calor delas, duas
coisas ocorreram: uma é que o golpe se consagrou como golpe, ao
contrário dos que queriam dar outro nome ao movimento golpista. A outra foi a diminuição de Moro. O super-herói ficou exposto como
nunca estivera. Achou que podia voar e se esborrachou. O que parecia uma
unanimidade – burra, catastrófica, mas unanimidade – se esfacelou. É crescente o sentimento entre os brasileiros não fanatizados pelo
antipetismo da mídia de que a Lava Jato deu. Cansou. E Moro também. De forma simbólica, naqueles dias de depoimento forçado e grampos passados à Globo, travou-se um duelo entre Moro e Lula. E o velho pistoleiro sacou primeiro. (Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Depoimento do ex-presidente Lula à Procuradoria Geral da República,
na última quinta-feira, teve como base a delação do senador Delcídio
Amaral, que acusou o petista de chamá-lo para tentar comprar o silêncio
do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró; Lula negou as acusações;
agora, a PGR, comandada por Rodrigo Janot, deve convocar outros citados
pelo parlamentar em seus depoimentos; entre os mencionados por Delcídio
estão os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR)
Para o cientista político André Singer, "o uso das pedaladas
como pretexto do impeachment, ainda que aplique verniz à ofensiva
antipopular, revela a principal fragilidade do processo em curso: não se
encontrou qualquer vínculo da mandatária com a corrupção"
9 de Abril de 2016 às 07:03
247 – Ao avaliar o relatório lido pelo deputado
Jovair Arantes (PTB-GO) na comissão do impeachment, favorável ao
afastamento da presidente Dilma Rousseff, o cientista político André
Singer destaca que "não se encontrou qualquer vínculo da mandatária com a
corrupção". "Centrado sobre complicados assuntos de natureza orçamentária, o
texto dava aparência de respeitabilidade técnica ao que se sabe ser
apenas um jogo pesado para derrubar a presidente da República. Como bem
disse o editorial da Folha (3/4), 'pedaladas fiscais são razão
questionável numa cultura orçamentária ainda permissiva'. Justamente por
isso, a retórica contábil precisava ser reforçada", escreve o
colunista. "Seja qual for o resultado, muitas lições vão emergir das sessões em
curso no Congresso Nacional. Uma das poucas vantagens das crises é
trazer a verdade à tona. O Brasil poderá se observar em detalhe no
espelho que o legislativo oferece ao país. Goste-se ou não, a face real
vai aparecer", conclui. Leia aqui a íntegra.
"Nas contas da oposição, ainda estariam faltando cerca de 40 votos
para aprovar o impeachment", escreve o jornalista, acrescentando que o
número, porém, "não bate com as contas feitas por Cunha e compartilhadas
por ele com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP)"; a maior briga
hoje é pelos votos do PR, que tem 40 deputados.
Contrários ao parecer favorável ao impeachment apresentado pelo
deputado Jovair Arantes (PTB-GO), representantes do PT, PDT e PSOL
apresentaram nesta madrugada votos em separado à comissão especial que
analisa o pedido; eles só passarão a ter significado prático se o
parecer do relator for rejeitado pelos deputados; segundo Paulo Teixeira
(PT-SP), o voto em separado do PT "desconstrói" todas as teses da
denúncia e "deixa claro que não houve crime de responsabilidade
Documentos enviados pelo Banco Central ao Conselho de Ética da
Câmara contestam a versão da defesa do deputado, que nega ser dono
direto das contas, por estarem em nome de "trusts"; o parecer foi
elaborado pela Procuradoria Geral da República e tramita em processo
contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Banco Central desde que o Ministério
Público da Suíça revelou que o deputado mantinha quatro contas bancárias
no exterior, em outubro passado; o país europeu bloqueou R$ 9 milhões
de Cunha; o BC afirma que, "para além de toda dúvida razoável", ficou
demonstrado que Cunha mantinha recursos no exterior e tinha a obrigação
de declará-los às autoridades brasileiras
9 de Abril de 2016 às 06:39
247 - O Banco Central confirmou ao Conselho de Ética
da Câmara que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), possui
contas bancárias no exterior. Os documentos contestam a versão da defesa
do deputado, que nega ser dono direto das contas, por estarem em nome
de "trusts". Cunha é alvo de um processo de cassação na Câmara por ter negado ser
dono dessas contas durante depoimento na CPI da Petrobras. O parecer da
PGR tramita em processo contra Cunha no BC desde que o Ministério
Público da Suíça revelou que o deputado mantinha quatro contas bancárias
no exterior, em outubro passado. Autoidades suíças bloquearam, naquele período, R$ 9 milhões de Cunha.
Os documentos do Banco Central apontam que, "para além de toda dúvida
razoável", ficou demonstrado que Cunha mantinha recursos no exterior e
tinha a obrigação de declará-los às autoridades brasileiras. Os procuradores afirmam ainda que ficou "caracterizada a infração de
não fornecimento de informações ao Banco Central do Brasil" entre 31 de
dezembro de 2007 e 31 de dezembro de 2014. Leia mais na reportagem da Folha sobre o assunto.
Enquanto os brasileiros dormiam, a comissão do impeachment debatia o
futuro do pais, num momento gravíssimo de nossa curta história
democrática pós-ditadura. Por que ao longo da noite, privando a maioria
de acompanhar o debate? Em verdade, até às 4 e meia da manhã, o que se viu foi uma sucessão
de falas de deputados com posição já definida, embora um fantasma tenha
assombrado algumas consciências: o julgamento de Dilma será
essencialmente político ou os deputados devem se ater aos aspectos
jurídicos, à consistência das acusações constantes do processo? Deve ela
ser condenada pelo “conjunto da obra” ou devem os deputados ater-se à
denúncia que está sendo examinada, decidindo pela sua consistência
jurídica e não pelas conveniências políticas? Poucos falaram disso. Paulo Pimenta (PT-PR) fez a primeira tentativa
pela bancada governista, lembrando que no dia 24 de novembro, os líderes
da oposição se sucederam na tribuna pedindo o afastamento do presidente
da Câmara, Eduardo Cunha, devia ser afastado. Mas na semana seguinte,
quando os três petistas do Conselho de Ética anunciaram que votariam
pela abertura de processo contra Cunha, ele abriu o processo de
impeachment e a oposição voltou a seus braços. Destrinchou a “engrenagem
do golpe”, destacando o papel da Fiesp, da mídia, da Lava Jato e outros
atores que turbinam o processo. Dilma, recordou, é acusada por ter
assinado seis decretos remanejando recursos para órgãos que precisavam
dos recursos. Baseou-se em pareceres de técnicos atestando a necessidade
e a legalidade dos atos. Tais pareceres atestam a ausência de dolo
(intenção) e sem dolo não há crime de responsabilidade. Arlindo
Chinaglia também se esforçou para manter o foco na questão das pedaladas
e dos decretos, lembrando que Fernando Henrique não foi, corretamente,
acusado de crime de responsabilidade por ter se valido do mesmo recurso
em 2001. Inutilmente. A sessão estava começando e não havia ainda
interesse pelo debate jurídico. A noite avançou e este interesse não se manifestou. Os da oposição
gastaram seu tempo falando principalmente do que não está no processo:
de Lula e seu governo, do colapso moral do PT, do financiamento de suas
campanhas, da corrupção na Petrobras, do heroísmo de Moro e da Lava
Jato, da crise econômica, do estilo Dilma, de tudo o que os incomoda no
que chamaram “conjunto da obra”. Sobraram adjetivos pesados mas faltaram
análises sobre a existência de crime de responsabilidade nas pedaladas
fiscais e nos decretos de suplementação orçamentária sem autorização do
Congresso. E é disso que Dilma é acusada. Os governistas, e não apenas
os do PT, esforçaram-se em vão para colocar o debate nos trilhos. Foi o
que fez o líder do PMDB, Leonardo, o 42º orador, que falou às 3 horas da
manhã, não como líder, mas como deputado. Ou, antes dele, José Mentor
(PT-SP). Picciani, com o cuidado exigido de quem fala como minoria em seu
partido, lembrou a seus pares que a decisão que vão tomar, na comissão e
depois no plenário, será julgada não apenas no presente mas também pela
História que será escrita no futuro. “Examinei o processo e firmei a
convicção de que a presidente não cometeu crime de responsabilidade.
Devemos nos perguntar se o que chamam de “conjunto da obra” preenche a
lacuna legal para que o voto popular seja violado neste momento. Devemos
ir adiante? Creio que será um erro. Ainda que ele não seja reconhecido
agora o será no futuro”. Em breve, disse ele, “vamos ter o desfecho da crise e todos seremos
responsáveis pelo dia seguinte. Chegamos a esta situação porque quem
ganhou a eleição não teve humildade para reconhecer a divisão do país e
buscar a conciliação. E quem perdeu, não aceitou, resolver contestar,
pensando em suas ambições e não na situação do país. Esta página sim,
terá que ser virada, pois o Brasil precisa andar para a frente”, disse
Picciani. O petista Mentor foi dos poucos governistas que conseguiu ser pelo
menos ouvido. Recordou com números que houve pedaladas fiscais em 2001,
em 2006 e em 2009. “Mas o TCU não entendeu que houve crime e aprovou as
contas. Agora, mudou de entendimento, e isso pode valer para a frente.
Não para trás, pois a lei não pode retroagir e isso é elementar”. Os
decretos sem autorização do Congresso, lembrou, sempre foram previstos
na lei orçamentária. Sempre foram editados. Ah, dizem alguns, mas os de
Dilma comprometeram o superávit primário...Mas o governo pediu em agosto
a mudança no superávit. A oposição é que, obstruindo as votações até
dezembro, impediu que a meta fosse alterada”. Mas isso ninguém estava
interessado em discutir. A noite seguiu, alternando insultos eloquentes da oposição e
argumentos dos governistas abafados pelas conversas paralelas. Mesmo
assim, lá pelas tantas o deputado Marcelo Aro (PHS-MG) admitiu que
faltam 37 votos para os 342 necessários à consumação do golpe revestido
de legalidade. As “pedaladas”, ele teve a coragem de afirmar, foram
feitas para “financiar campanhas eleitorais e corrupção”, embora até
seus colegas de oposição tenham reconhecido que o governo deixou para a
CEF e o BB o pagamento de despesas sociais (depois reembolsadas, com
juros). Logo depois, invocando também o “conjunto da obra”, Sostenes
Cavalcanti (DEM-RJ) defendeu “cadeia coletiva” para todo mundo do
governo. A sessão que poucos viram acabou assim. A oposição fez sua catarse,
dizendo todos os desaforos que tinha a dizer. Os governistas falando
para ouvidos moucos. Na segunda-feira haverá a votação. É provável que o parecer de Jovair
Arantes seja aprovado, mas por uma margem apertada de votos. “E isso
será sinal de que eles não têm votos para ganhar no plenário”, vaticina a
deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ). Veremos.
Em depoimento a procuradores na quinta (7), o ex-presidente Lula
negou que tenha participado de uma trama para interferir na delação
premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e ainda que tenha uma
relação próxima com o senador Delcídio Amaral; Lula descartou ter
atuado para atrapalhar as investigações da Lava Jato; o ex-presidente
teria voltado a negar ainda interferência nas diretorias da Petrobras,
reforçando que há uma discussão política, com partidos e liderança da
legenda, passando por triagem na Casa Civil e no Gabinete de Segurança
Institucional
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Norte Energia contesta as
delações da Andrade Gutierrez, em especial de Otávio Azevedo, que
apontou propinas de R$ 150 milhões decorrentes de superfaturamentos nas
obras da usina de Belo Monte; "No Leilão da UHE Belo Monte, os custos de
construção foram calculados com base em uma tarifa com deságio de 6%,
ou seja, um preço menor que o valor teto validado pelo Tribunal de
Contas da União", diz a nota; "A Norte Energia lamenta que a Usina
Hidrelétrica Belo Monte venha sendo citada em notícias levianas, frutos
de vazamentos, sem comprovação legal, sem provas ou evidência de
irregularidades na execução da obra e espera que os fatos sejam
devidamente esclarecidos"; leia a íntegra
Durante entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida nesta
sexta-feira, 8, no Rio, a presidente Dilma Rousseff disse que o
impeachment está previsto na Constituição, mas só deve ser usado se
houver crime de responsabilidade cometido pelo presidente da República;
"Qual é o problema? O problema é que eu não cometi crime de
responsabilidade", reiterou; "Quem pretende interromper meu mandato é
justamente aquele tipo de pessoa que considera um erro o governo federal
colocar recursos em um programa como o Minha Casa, Minha Vida. Não
concordamos com esse tipo de posição e continuaremos a fazer os
programas que beneficiam nosso povo"
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em depoimento à Polícia
Federal na quinta-feira (7), em Brasília, rebateu a versão do dono da
UTC, Ricardo Pessoa, que disse ter feito contribuições via caixa dois
para a campanha do petista ao governo de São Paulo, em 2010; segundo o
ministro, doações foram oficialmente registradas na Justiça eleitoral
Embora diga que transferiu os recursos de sua conta no Banco do
Brasil, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa não
respondeu a solicitações do 247 para enviar um extrato bancário que
comprovasse que o dinheiro da compra do apartamento de luxo que ele tem
em Miami, nos Estados Unidos, efetivamente foi transferido por ele para a
empresa responsável pela transação, conforme informou o ex-ministro
pelo Twitter nesta semana; ele respondia a uma reportagem publicada pelo
jornal americano Miami Herald, que sugeriu que JB possa ter ganho o
imóvel, uma vez que não há registro de pagamento de imposto
Avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff (PT) cresceu em meio à
tentativa de golpe no país; de acordo com o instituto Paraná Pesquisas,
aprovação da petista subiu para 16,2%; índice positivo era entre 8 e
9%; por outro lado, ainda segundo a mesma sondagem, 82,2% dos
brasileiros acreditam que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) “sabia
dos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro que ocorriam na
Petrobrás e no governo”; abaixo, leia a íntegra da pesquisa que também
traz Marina, Serra e Lula na liderança da corrida pelas eleições de 2018
Depois de quase uma hora de discussões regimentais, os deputados
iniciaram nesta tarde a discussão de mérito do relatório do deputado
Jovair Arantes (PTB-GO) pela admissibilidade do pedido de abertura de
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff; cada parlamentar
tem direito a 15 minutos para defender sua posição, contra ou a favor do
impeachment; presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF),
concordou com o adiamento do prazo final da discussão: a sessão irá até
as 4 horas da manhã deste sábado, 9, se necessário
Dalmo de Abreu Dallari, professor da USP e da Unesco, afirmou, nesta
sexta (8), que a recomendação do procurador Rodrigo Janot contra a posse
de Lula é "absolutamente inconsistente e puramente, exclusivamente
política, sem nenhuma consistência jurídica"; "Ele não indica qualquer
ilegalidade na nomeação do ex-presidente Lula. Assim como na remessa da
minuta de posse. Ele só diz que “foge à normalidade”, mas não diz que há
uma ilegalidade". A esposa do desembargador Eduardo Nishi, do Tribunal de Justiça de
São Paulo, Daniela Diniz, pediu a morte do ex-presidente Lula, nas redes
sociais; "Como um vagabundo desses tem direito a continuar vivo? Você
vai apodrecer na cadeia com toda sua turma, e quem te defende não ficará
diferente de você"
O governador em exercício Francisco Dorneles (PP) apoia Dilma
Na cerimônia em que inaugurou nesta sexta-feira 8 o Estádio Aquático
Olímpico, no Rio, a presidente Dilma Rousseff voltou criticar os que
apostam no agravamento da crise política e econômica do País; Dilma
defendeu o diálogo e a parceria entre setores público e privado para a
volta do crescimento; "Hoje, no Brasil, tem um certo clima de quanto
pior melhor. Acho que um clima de quanto pior melhor não interessa ao
país. Não interessa à necessária estabilidade econômica e política do
país", discursou; presidente destacou como elementos fundamental o
diálogo, tanto entre as forças políticas, como com os agentes
econômicos; "Esse é um símbolo e um exemplo para Brasil de que é
possível fazer, quando pessoas de bem se unem em prol do bem do povo
brasileiro", A presidenta Dilma Rousseff voltou a afirmar hoje (8) que o clima do
"quanto pior melhor " no cenário político não beneficia a retomada
econômica e a estabilidade do país. Ela defendeu o diálogo e a parceria
entre setores público e privado para a volta do crescimento.
"Hoje, no Brasil, tem um certo clima de quanto pior melhor. Acho que
um clima de quanto pior melhor não interessa ao país. Não interessa à
necessária estabilidade econômica e política do país. Se nós somos
capazes de fazer uma Olimpíada, uma Paraolimpíada, somos capazes de
fazer também o nosso país voltar a crescer. Para isso, um elemento é
fundamental: o elemento da convergência, do diálogo e da parceria. Esse é
um símbolo e um exemplo para Brasil de que é possível fazer, quando
pessoas de bem se unem em prol do bem do povo brasileiro", disse. A presidenta deu a declaração em discurso durante a cerimônia de
inauguração do Estádio Aquático Olímpico, na Barra da Tijuca, no Rio,
construído para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, na zona
oeste da cidade. Os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Ciência, Tecnologia e
Inovação, Celso Pansera, filiados ao PMDB, participaram do evento. O
partido deixou de apoiar o governo da presidenta Dilma Rousseff no fim
de março e determinou que os ministros peemedebistas deixassem seus
cargos, mas os titulares das pastas já disseram que pretendem permanecer
no governo. O ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser, também
estava presente na cerimônia. Também houve a entrega de 146 ambulâncias de UTI móvel que serão
usadas nos Jogos Rio 2016 e nos eventos-testes antes da competição. Estádio Aquático Construído no Parque Olímpico da Barra, o estádio vai receber as
competições de natação olímpica e paralímpica e de polo aquático. Com
capacidade para 18 mil lugares, é composto por duas piscinas de 50
metros, uma de competição na área interna e uma de treinamento na parte
externa. O complexo recebeu investimentos de R$ 225,3 milhões do Ministério do
Esporte, sendo R$ 217,1 milhões para construção e outros R$ 8,2 milhões
para manutenção. Feita de vigas metálicas modulares e piscinas
pré-fabricadas, a estrutura foi projetada para ser temporária e
desmontável. Após a Olimpíada, a instalação será transformada em
ginásios esportivos na capital fluminense. O Estádio Aquático Olímpico receberá, de 15 a 20 de abril, o
campeonato Troféu Maria Lenk de Natação, que servirá como evento-teste
da modalidade e reunirá nadadores brasileiros em busca da vaga para a
Olimpíada, além de 55 atletas de 11 países. Entre os brasileiros serão
58 clubes, com 356 atletas. De 22 a 24 de abril, a instalação receberá o Open Internacional Caixa
Loterias de Natação Paralímpica, com 212 atletas de 19 países, e
servirá como evento-teste da modalidade para os Jogos Paralímpicos Rio
2016. O polo aquático fecha a sequência de torneios preparatórios na
arena, entre os dias 25 e 29 de abril. O Parque Olímpico da Barra está com 98% das obras concluídas e ocupa
uma área de 1,18 milhão de metros quadrados, onde ocorrerão disputas de
16 modalidades olímpicas e nove paralímpicas. O Palácio do Planalto confirmou que Dilma não viajará para a cidade
de Olímpia, na Grécia, para acompanhar a cerimônia de acendimento da
tocha olímpica no dia 21 de abril.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski,
disse nesta sexta (8) a parlamentares governistas que as ações que
chegarem à Corte para questionar o andamento dos trabalhos da comissão
especial da Câmara dos Deputados que trata do impeachment da presidenta
Dilma Rousseff terão prioridade de julgamento; "A sociedade quer superar
esse problema o mais rapidamente possível", afirmou; Lewandowski
recebeu os deputados petistas Paulo Teixeira (SP), Wadih Damus (RJ) e
Afonso Florence (BA) e a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Após encontro de todos os governadores tucanos em São Paulo, com a
presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) anunciou que os tucanos aderiram de forma unânime ao
golpe; "O PSDB através dessas lideranças reafirma o seu compromisso
absoluto com a interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff,
pela via constitucional do impeachment. Não por uma vontade daqueles que
com ela disputaram a eleição, mas por uma constatação que nos une a
todos de que ela perdeu as condições mínimas de governar e de retirar o
Brasil dessa crise extremamente aguda na qual o seu partido e seu
governo nos mergulhou”, disse Aécio; até recentemente, o governador
Geraldo Alckmin considerava as "pedaladas fiscais", que embasam o pedido
de impeachment, um "motivo fútil" e disse que se Dilma viesse a cair
por essa razão haveria "risco para a democracia, pois nenhum governo
terá mais segurança jurídica de que terminará o mandato"
Em entrevista ao 247, o ministro Ricardo Berzoini, que conduz
as articulações políticas para repactuar a base de governabilidade da
presidente Dilma Rousseff, garante que a batalha do impeachment será
vencida no plenário da Câmara; "apesar de todo o esforço de cooptação de
parlamentares, com promessas de cargos e vantagens, a oposição não tem
os votos para aprovar o impeachment"; ele afirma ainda que a
reaproximação com partidos médios, como PP, PR e PSD não está sendo
feita apenas para esta votação, mas sim para um relançamento do governo;
sobre a proposta de votação num domingo, 17 de abril, ele é
radicalmente contra; "Por que essa urgência? Por que não na
segunda-feira? Uma votação num domingo tem potencial para estimular
conflitos, que é tudo o que o governo quer evitar"
8 de Abril de 2016 às 17:49
247 – Numa rápida entrevista ao 247,
concedida nesta sexta-feira, 8, o ministro Ricardo Berzoini, que conduz
a articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff, garante
que o impeachment será derrotado no plenário da Câmara. "Mesmo no
cenário mais pessimista, temos os votos necessários para vencer, com uma
boa margem de segurança", disse ele. "No cenário mais realista,
venceremos – e com uma margem bastante confortável".
Berzoini diz, ainda, que a
oposição tem plena consciência de que não tem os votos. Um sintoma é o
fato de estarem tentando criar factoides, com denúncias de compra de
votos. "Eles nos acusam daquilo que estão fazendo", afirma. "Mesmo com
todo o esforço de cooptação de parlamentares, com promessas de cargos e
vantagens, eles não têm os votos".
O ministro avalia ainda
que a reaproximação com partidos médios, como PP, PR e PSD criará novas
condições de governabilidade para o governo Dilma. "Nosso foco não é
esta votação apenas, mas os próximos dois anos e meio de governo".
Berzoini também disse não
levar a sério os mapas do impeachment, que têm sido feitos por veículos
de comunicação, como Folha, Globo e Estado. "Isso é torcida organizada e
nem pode ser chamado de pesquisa". Um exemplo foi o levantamento do
Datafolha com uma amostra de deputados – e que depois extrapolou os
resultados, apontando 60% dos parlamentares a favor do impeachment.
"Isso não tem qualquer metodologia que possa ser levada a sério".
Segundo o ministro, a
vitória contra o impeachment será conquistada na política, mas ele não
descarta recursos ao Judiciário, caso as normas do rito definido pelo
STF não sejam observadas. Ele também se posicionou sobre a proposta de
votação num domingo, 17 de abril, de forma radicalmente contrária. "Por
que essa urgência? Por que não na segunda-feira? Uma votação num domingo
tem potencial para estimular conflitos, que é tudo o que o governo quer
evitar."
O ex-presidente Lula participou na noite desta sexta (8) de um ato
realizado pelos movimentos e entidades da Educação, em São Paulo; em seu
discurso, ele disse que a grande mídia é a culpada pelo clima de
divisão instaurado no país; "Eles destilam ódio no horário nobre. Estão
tentando transformar o Brasil numa sociedade dividida meio a meio. Não
pode continuar nove famílias mandando na comunicação deste país",
disse; Lula ironizou a delação do ex-presidente da Andrade Gutierrez,
Otávio Marques de Azevedo; "Essa delação está me cheirando a um Big
Brother. Ontem eu vi uma notícia de que uma empresa teria prestado
delação premiada. Essa empresa é de Minas, é muito ligada aos tucanos, e
eu fiquei pasmo porque na hora que aparece na imprensa, não aparece os
tucanos. Será que as empresas têm um cofre de dinheiro sadio e um cofre
de dinheiro podre? E o PT só vai no cofre de dinheiro podre? Rui Falcão,
manda o PT pegar o dinheiro do cofre que os tucanos pegam", afirmou; ao
final, ele mandou um aviso para os seus adversários: "O Lula não está
morto. Está mais vivo do que nunca. Não vai ter golpe neste país"
Levantamento feito pelo Datafolha de 21 de março a 7 de abril
entre os parlamentares aponta que 60% deles dizem que darão votos
favoráveis ao impedimento de Dilma Rousseff; o número, no entanto, não é
suficiente para que se aprove o processo: o impeachment da presidente
teria hoje 308 votos –34 a menos que os 342 necessários (67% da Câmara)
para que a ação seja levada ao Senado; 21% dos deputados são contra o
processo e 18% estão indecisos; sobre a situação do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), 61% dos deputados disseram que defendem
sua renúncia
8 de Abril de 2016 às 05:27
247 – Um levantamento feito pelo Datafolha de 21 de
março a 7 de abril entre os parlamentares aponta que 60% deles dizem que
darão votos favoráveis ao impedimento de Dilma Rousseff.
O número, no entanto, não é suficiente para que se aprove o processo:
o impeachment da presidente teria hoje 308 votos –34 a menos que os 342
necessários (67% da Câmara) para que a ação seja levada ao Senado. Do
outro lado, 21% dos deputados são contra o processo e 18% estão
indecisos.
Em relação às pesquisas anteriores houve uma evolução no número de
deputados federais a favor do impeachment (de 42% em dezembro para 60%
em março e abril). Também se registrou recuo entre os contrários ao
processo (eram 31% em dezembro, ante 21% hoje) e entre os indecisos (de
27% para 18%).
Sobre a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), 61%
dos deputados disseram que defendem sua renúncia (23%, que ele deveria
permanecer no cargo). O mesmo percentual declarou que votaria, no
plenário, pela cassação de seu mandato – leia aqui.
Segundo Instituto, 60% dos deputados querem destituição da presidente
Pesquisa realizada
pelo Datafolha e divulgada nesta sexta-feira (8) aponta que a maior
parte dos deputados federais estaria decidida a votar pelo impeachment
da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara no dia 17 de abril. O
levantamento feito entre 21 de março a 7 de abril indicou que 60% deles
seguirão este caminho -- percentual insuficiente para levar processo ao
Senado. Considerando o total de 513 votantes, contando com o presidente da Casa,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o processo de impeachment teria 308 votos, –34
a menos que os 342 necessários (67% da Câmara) para que o processo seja
levado ao Senado. Entre os que se declararam contrários ao
impeachment, porém, o Datafolha mostra que o número ainda é insuficiente
para o governo derrotar o processo. Segundo o Instituto, 21% dos
parlamentares da Câmara (108 deputados) são contra o impedimento de
Dilma. Para permanecer no cargo, a presidente precisa que 172
parlamentares não votem pelo impedimento. O Datafolha apurou que a taxa de indecisos ou que não declararam a posição é de 18%. Em resumo : #nãovaitergolpe
Taxa passou de 0,9% em fevereiro para 0,43%, em março. Maioria dos preços das despesas desacelerou.
Anay Cury e Cristiane CaoliDo G1, em São Paulo e no Rio
Preço dos alimentos subiram mais em março. (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
O Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA),considerado a inflação
oficial do país, ficou em 0,43% em março, depois de subir 0,9% no mês
anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa, que é a menor para o mês de março desde 2012, ficou mais baixa
porque o preço da energia elétrica caiu, provocando certo alívio.
No ano, o indicador acumula alta de 2,62% e, em 12 meses, de 9,39%.
Mesmo tendo registrado taxa menor em relação ao mês anterior e voltado a
um dígito, a inflação em 12 meses continua acima do teto da meta do
Banco Central.
INFLAÇÃO MENSAL
em %
Fonte: IBGE
“É o menor março desde 2012, quando foi 0,21%. Então, está saindo de um
março [de 2015] de 1,32%, o maior resultado mensal. No resultado de
1,32% [de 2015], a gente tinha mais da metade do índice sob domínio da
energia elétrica, porque teve alta na bandeira e muitos reajustes
extras. Com isso, olhando os últimos 12 meses, a taxa que vinha há
quatro meses em dois dígitos, voltou a um dígito”, explicou Eulina Nunes
dos Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE. Alimentos
A maioria dos preços dos grupos de despesas analisados pelo IBGE
mostrou taxas menores de fevereiro para março. A desaceleração do IPCA
não foi ainda maior porque os alimentos e bebidas, que têm peso maior no
orçamento das famílias, subiu mais: de 1,06% para 1,24%.
As frutas, por exemplo, ficaram bem mais caras, com alta de quase 9%.
Também passaram a custar mais itens como cenoura (14,52%), açaí
(13,64%), alho (5,70%), leite (4,57%) e feijão-carioca (4,10%). Por
outro lado, o preço do tomate, que durante meses foi considerado o vilão
da inflação, ficou 7,43% mais em conta.
Além dos alimentos, os consumidores também pagarão mais pelo vestuário.
A variação de preços desse grupo subiu de 0,24% para 0,69%.
Na contramão dos alimentos e das roupas, subiram menos os preços
relativos a transportes (de 0,62% para 0,16%); saúde e cuidados pessoais
(de 0,94% para 0,78%); despesas pessoais (de 0,77% para 0,6%) e
educação (de 5,9% para 0,63%).
De fevereiro para março, ficaram mais baratos os gastos relacionados a
habitação (de -0,15% para -0,64%) e comunicação (de 0,66% para -1,65%).
Segundo Eulina Nunes, a baixa demanda “já está contribuindo” para o
recuo da inflação. “Se a demanda está menos aquecida, como está agora, é
mais difícil o comerciante repassar todo o custo que estava represado”.
“No dia a dia, a gente tem visto pessoal do restaurante dizer que está
encontrando formas de substituir a carne pelo frango (...) Muitas lojas
fechando, passagem aérea, as empresas reclamando sobre a questão da
demanda que diminuiu bastante.” Salvador
Na análise dos preços por região, o maior IPCA foi visto na região
metropolitana de Fortaleza. Os cursos regulares ficaram quase 7% mais
caros e pressionaram o índice local (0,72%). Já Salvador teve deflação
de 0,14% porque a energia elétrica caiu mais de 8%. INPC
Nesta sexta-feira, o IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC), que desacelerou de 0,95% em fevereiro para 0,44%,
em março. Também foi o menor resultado para março desde 2012, assim como
o IPCA.
No ano, o indicador acumula alta de 2,93% e, em 12 meses, de 9,91%