Corpo
de Matheus, vítima de um tiro durante ação da PM, foi enterrado no
domingo. Secretário recomendou que moradores não saíssem de casa antes
das 18h
O Dia
Rio
- A morte de Matheus Santos Moraes, de 5 anos, enterrado ontem em Magé,
na Baixada Fluminense, vítima de um tiro durante ação da PM no último
sábado, na comunidade da Lagoa, provocou toque de recolher na cidade.
Temendo novos quebra-quebras, saques e ônibus incendiados por causa da
tragédia, o secretário de Ordem Pública, Nelson Vinagre, recomendou à
população do município que não saísse de casa até às 18h de domingo.
Revoltados, moradores queimaram diversos ônibus na noite de sábado
Foto: Alexandro Auler / Parceiro / Agência O Dia
“Recomendo aos moradores que fiquem em casa, não
saiam até passar o período das 18 horas (horário do enterro)”, disse o
secretário a uma emissora de TV, lembrando que PMs e guardas municipais
ficaram de prontidão.
Após a morte de Matheus, houve protesto
que deixou rastros de destruição. Doze 12 ônibus foram incinerados,
lojas arrombadas e saqueadas e uma agência bancária foi depredada.
De
acordo com o 34º BPM, PMs patrulhavam a região quando se depararam com
traficantes. A partir daí foi iniciado um tiroteio. No confronto, outros
três moradores foram baleados, mas não correm risco de morrer. A
família de Matheus, porém, nega o confronto e acusa a PM de entrar na
comunidade atirando. Segundo parentes do menino, PMs teriam recolhido as
cápsulas das munições deflagradas. O batalhão da área vai investigar as
circunstâncias da morte.
A 65ª DP (Magé) instaurou inquéritos para investigar de onde partiu o disparo e como começou o tiroteio. Em
nota, a Federação das Empresas de Transporte do Estado do Rio
(Fetranspor) repudiou os ataques que destruíram os ônibus em Magé.
Matheus, de 5 anos, foi baleado durante troca de tiros em Magé
Foto: WhatsApp O DIA (98762-8248)
Mais crimes contra crianças
Sequestrada
e morta em Vaz Lobo, no subúrbio do Rio, Ana Carolina Flor dos Santos,
de 6 anos, foi enterrada ontem no Cemitério São Francisco Xavier, no
Caju, zona portuária. O corpo da menina, sumido desde o último dia 26,
foi encontrado sexta-feira passada.
Ela desapareceu na porta da
casa dos avós e teria sido levada pelo pedreiro Alfredo Oliveira. A
delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, disse que
Alfredo confessou o crime.
E no domingo de Páscoa, Ryan Gabriel
dos Santos, de 4 anos, morreu após passar por cirurgia no Hospital
Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte. Ele foi atingido no peito por uma
bala perdida, no Morro do Cajueiro, em Madureira. Reportagem de Marlos Bittencourt
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