seg, 04/04/2016 - 15:52
Jornal GGN - Dirigida
para a comunidade acadêmica internacional, uma carta aberta de
professores universitários brasileiros denuncia a tentativa de golpe no
país e recebeu a adesão de mais de 4 mil docentes e pesquisadores do
ensino superior em uma semana. Divulgada em português, inglês, espanhol,
francês e italiano, a carta afirma que a combate à corrupção no Brasil
está sendo utilizado para desestabilizar um governo democratiamente
eleito, aprofundando a crise econômica e política no país.
O ato oficial de lançamento da carta
ocorre nesta quarta-feira, dia 6, às 17h30, no prédio da Faculdade de
Filosofia e Ciências Sociais da Universidade de São Paulo. O evento terá
a presenção dos professores Ruy Fausto, Marilena Chauí, Laymert Garcia
dos Santos, Vladimir Safatle e Vera Paiva, entre outros.
Professores universitários lançam carta aberta à comunidade acadêmica internacional denunciando o golpe no Brasil
Carta aberta de professores
universitários brasileiros dirigida à comunidade acadêmica internacional
recebe adesão, em uma semana, de mais de 4 mil docentes e pesquisadores
do ensino superior, no mais expressivo e amplo posicionamento da
academia na denúncia à tentativa de golpe no Brasil.
Ato oficial de lançamento da carta ocorreria na semana passada, porém foi adiado e acontecerá nesta quarta-feira,
6 de abril, às 17h30, na sala 14 do Prédio da Faculdade de Filosofia e
Ciências Sociais da USP (Av. Prof. Luciano Gualberto, 315), com
a presença já confirmada dos professores Alfredo Bosi, Ruy Fausto,
Lincoln Secco, Luiz Bernardo Pericás, Marilena Chauí, Laymert Garcia dos
Santos, Deisy Ventura, Vera Paiva, João Adolfo Hansen, Vladimir
Safatle, Heloísa Buarque de Almeida, Marcio Sotelo Felippe e Dennis de
Oliveira.
A Carta Aberta é assinada pelos mais
expressivos intelectuais e pesquisadores ligados à universidade, tais
como Fábio Konder Comparato, Miguel Nicolelis, Wilson Cano, Eduardo
Viveiros de Castro, Marilena Chauí, Wanderley Guilherme dos Santos,
Alfredo Bosi, Roberto Schwarz, Paulo Sérgio Pinheiro, Walnice Nogueira
Galvão, Ruy Fausto, Luis Felipe Alencastro e Leda Paulani entre outros.
Divulgada em português, inglês,
espanhol, francês e italiano, a carta indica que o clamor contra a
corrupção está sendo instrumentalizado “para desestabilização de um
governo democraticamente eleito, de modo a aprofundar a grave crise
econômica e política atravessada pelo país”. Indicando a ausência de
denúncias de corrupção contra a presidenta Dilma Rousseff e as muitas
arbitrariedades cometidas ao longo da investigação, observa que “quando a
forma de proceder das autoridades públicas esbarra nos direitos
fundamentais dos cidadãos, atropelando regras liberais básicas de
presunção de inocência, isonomia jurídica, devido processo legal,
direito ao contraditório e à ampla defesa, é preciso ter cautela. A
tentação de fins nobres é forte o suficiente para justificar atropelos
procedimentais e aí é que reside um enorme perigo.” O texto completo e
as assinaturas já compiladas estão disponíveis no site www.brazilianobservatory.com.
Outrossim, mais de duas centenas de professores estrangeiros ao tomarem
conhecimento do document enviaram subscrição assinando em
solidariedade, entre eles professores como Susan Buck-Morss, Massimo
Canevacci, Antonio Negri e Jacques Paulain.
A iniciativa de elaborar a carta foi
de professores de diversas universidades. Assinado por intelectuais que
fazem apreciações diversas do governo Dilma Rousseff, o documento faz a
defesa da legalidade e das instituições democráticas. Assinala o golpe
em curso, patrocinado por setores do judiciário e da polícia, da maior
parte da grande imprensa, do empresariado e da elite política
conservadora, representa uma violação do princípio da soberania popular e
uma tentativa de viabilizar retrocessos nos direitos individuais e
coletivos.
Um comentário:
Estou a tentar visitar todos os seguidores do Peregrino E Servo, pois por uma acção do google meu perfil sumiu e estava a seguir o seu blog sem foto e agora tive de voltar a seguir, com outra foto. Aproveito para deixar um fraterno abraço e muita paz e saúde.
António Jesus Batalha.
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