"Se o Congresso fosse, minimamente, o espelho da sociedade
brasileira, o tema do impeachment estaria resolvido, com sua ampla
rejeição", observa o sociólogo Emir Sader; "Se
quisessem ouvir a voz da ruas, se tivessem ouvido para elas, se dariam
conta que a população tem expressado massivamente sua rejeição de
acusações que são apenas disfarces para anular o voto popular mediante
interesses escusos. Que a população tem consciência de que são os
políticos mais corruptos do Brasil os que dirigem o processo de
impeachment", acrescenta; Sader faz um alerta caso a Câmara confirme o
parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), pelo impeachment de Dilma:
"Esse Congresso será repudiado, assim como todos os parlamentares que
aderirem ao golpe, terão suas imagens difundidas por todo o país, em
todas as manifestações, que não pararão de acontecer, para que todos
saibam que eles são golpistas
Aliado de Dilma Rousseff, o governador do Maranhão, Flávio Dino
(PCdoB), diz o impeachment seria a ruptura do "pacto político supremo
que é a Constituição"; segundo ele, haverá forte "resistência e
mobilização social" se o impeachment passar e afirma que as
manifestações deverão durar até 2018, o que manteria o conflito político
no país, mesmo sem Dilma na Presidência; "Se a busca de estabilidade
política é fundamental para a retomada do crescimento econômico, é mais
fácil alcançar isso com respeito às regras do jogo e continuidade do
mandato de Dilma em 2018 do que mediante à ruptura golpista"
Nenhum comentário:
Postar um comentário