Onde saem os milhões de reais dos grupos pró-impeachment, que não declaram origem de seus recursos
3 de Abril de 2016 às 09:26
247 - Embora exijam transparência do governo, os três principais grupos pró-impeachment não revelam a origem e a quantidade de dinheiro usado para custear suas ações políticas. As finanças deles são uma caixa preta.
A Folha buscou detalhes das finanças do Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Revoltados Online ou Retardados Online.
O MBL, único que enviou dados à reportagem, divulgou despesas no último protesto em São Paulo, que reuniu 500 mil na avenida Paulista, sem indicar origem dos recursos. Foram gastos R$ 28 mil com caminhão, seguranças e publicidade no Facebook, entre outras despesas. O montante, porém, não refere-se ao total usado nas atividades do movimento, que incluem viagens a Brasília. Os fornecedores não são divulgados e as notas não foram apresentadas.
O Vem Pra Rua se negou a abrir detalhes dos doadores. Segundo o porta-voz do movimento, Rogério Chequer, contribuições nem sequer passam por conta bancária. A orientação aos colaboradores, diz, é que paguem diretamente aos fornecedores.
O Revoltados (Retardados) não respondeu.
Sem prestação de contas não é possível verificar, por exemplo, se os doadores são apartidários e se não há dinheiro público, como alegam os movimentos.
Porém um canal americano, The Real News, confirmou que grupos estrangeiros estão investindo dinheiro nos grupos pró-impeachment.
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