Enquanto as manobras para restituir o cargo a Renan não vingam, a pressão é para que Jorge Viana se preocupe com a "estabilidade das instituições", a "governabilidade", a "economia" - e não atrapalhe a tramitação das medidas de destruição da Constituição de 1988.
Nem vale a pena gastar saliva apontando a hipocrisia dos políticos conservadores e da mídia, que hoje afirmam ser contrário ao Brasil todo o tipo de comportamento que eles adotaram, elevado à enésima potência, para derrubar a presidente legítima. O fato é que temos outra reviravolta e um político do PT está em posição de, pela força do cargo que passou a ocupar, dar fôlego à resistência.
Ou não. Viana pode também se curvar à pressão da direita, manter o cronograma de votações e mostrar que, embora petista, é um parceiro confiável para os novos donos do poder. E assim sucumbir à tentação, tão forte para alguns integrantes do PT e também do PCdoB, de se adaptar a qualquer jogo que esteja sendo jogado.
Caso a permanência de Viana no cargo se estenda por tempo suficiente para que sua opção fique clara, teremos um divisor de águas. Uma eventual capitulação sua indicaria que não é mais possível contar com o PT, ou pelo menos com amplas alas do PT, para a resistência popular.
(originalmente postado em seu Facebook)
Nenhum comentário:
Postar um comentário