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Barroso contesta Gilmar e diz que delação da JBS não pode ser desfeita
"A delação só faz sentido se o colaborador tiver a segurança
de que o acordo feito será respeitado. Se ela puder ser revista, em
breve o instituto deixará de existir", disse o ministro Luis Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal Federal; a declaração é uma resposta ao
colega Gilmar Mendes, que sugeriu que a delação da JBS, que praticamente
selou a queda do governo de Michel Temer e o fim da carreira política
do senador Aécio Neves (PSDB-MG), teria que ser aprovada pelo plenário
da corte; Barroso também questionou outra declaração de Gilmar, que se
disse inclinado a rever seu voto sobre prisões em segunda
instância; "Voltar ao modelo anterior é retomar um sistema que pune os
pobres e protege os criminosos que participam de negociatas com o
dinheiro público", disse Barroso
247 – No mesmo dia em que a Globo declarou guerra ao ministro Gilmar Mendes, acusando-o de tramar contra a Lava Jato (saiba mais aqui), o ministro Luis Roberto Barroso, também do Supremo Tribunal Federal, decidiu reagir.
Em entrevista ao jornalista Bernardo Mello Franco,
Barroso contestou duas posições de Gilmar: a revisão do acordo de
delação da JBS, que praticamente enterrou o governo Temer e o senador
afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e a possibilidade de rever a
jurisprudência sobre prisões em segunda instância.
"Uma vez homologada, a delação deve prevalecer sem nenhum tipo de modificação futura", disse Barroso. "A
delação só faz sentido se o colaborador tiver a segurança de que o
acordo feito será respeitado. Se ela puder ser revista, em breve o
instituto deixará de existir."
Barroso também condenou a possibilidade de revisão sobre prisões em segunda instância. "Voltar
ao modelo anterior é retomar um sistema que pune os pobres e protege os
criminosos que participam de negociatas com o dinheiro público",
afirmou. "Você só muda a
jurisprudência quando existe mudança na realidade ou na percepção social
do direito. Não aconteceu nem uma coisa nem outra."
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