Documento alega que presidente cometeu crime de responsabilidade ao receber acionista da JBS em sua casa, no Palácio do Jaburu. Rodrigo Maia irá analisar o caso
A OAB alega que Temer cometeu crime de
responsabilidade, em violação ao artigo 85 da Constituição, ao receber
no Palácio do Jaburu, na noite de 7 de março - sem previsão na agenda
oficial - o empresário Joesley Batista, acionista da JBS.
A
conversa com Temer foi gravada por Joesley, que firmou acordo de
delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. O diálogo mostra
Joesley fazendo uma narrativa de crimes, como o pagamento de mensalinho
de R$ 50 mil para um procurador da República e mesada milionária para
Eduardo Cunha (PMDB/RJ), em troca do silêncio do ex-presidente da
Câmara. Cunha está preso.
Temer não nega ter recebido Joesley, a quem agora
chama de "fanfarrão delinquente". O presidente alega que o áudio que o
empresário entregou à Procuradoria foi "adulterado, manipulado"
O argumento central da Ordem não leva em conta se houve ou não edição da escuta. Segundo Lamachia, importa é que o presidente "ouviu crimes do fanfarrão delinquente e não tomou medidas cabíveis junto às autoridades competentes".
No
sábado, dia 20, por 25 votos a um as bancadas que compõem o Pleno do
Conselho Federal da OAB disseram "sim" ao impeachment de Temer. O Pleno é
formado por 81 conselheiros, três de cada Estado e do Distrito Federal.Nesta quinta-feira à tarde, Lamachia e os conselheiros da Ordem, os presidentes das seccionais e demais dirigentes das OABs em todo o País vão à Câmara para formalizar a denúncia e o pedido de afastamento de Temer - como a Ordem fez em 1992, no impeachment de Fernando Collor, e em 2016, contra Dilma Rousseff
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