Manchete do jornal O Globo desta sexta-feira aponta o desastre
produzido no Brasil pelo golpe de 2016, que começou a ser construído um
ano antes, com amplo apoio dos meios de comunicação; neste ano, período
em que a gestão econômica de Temer e Meirelles levou o País a uma
sucessão de resultados negativos generalizados, apenas 5 entre 50
segmentos de indústria, comércio e serviços tiveram resultado positivo
em produção ou vendas; entre os que escaparam da recessão estão o setor
de celulose, beneficiado pelo dólar alto; depressão econômica provocada
pelo impeachment já derrubou a economia brasileira em mais de 10%
O papel da mídia neste processo de implosão do Brasil foi decisivo, desde que se iniciou a sabotagem do governo da presidente Dilma Rousseff e a construção das condições para o impeachment.
Em 2015, ano em que a aliança PMDB-PSDB lançou a política do "quanto pior, melhor" e os meios de comunicação alimentaram as chamas do impeachment, a economia recuou 5%.
Neste ano, em que Michel Temer e Henrique Meirelles supostamente trariam a volta da confiança, a queda será de 3,5%. Em 2017, a economia brasileira ficará no zero a zero.
Os dados sobre o tombo de 45 dos 50 setores econômicos mais importantes foram publicados pelo Globo nesta segunda-feira.Entre os que escaparam da recessão estão o setor de celulose, beneficiado pelo dólar alto.
Para analistas, a crise deu margem a ganhos para quem anteviu a piora do cenário, com gestão conservadora e baixo endividamento. Segmentos exportadores, como o de celulose, aproveitaram o dólar alto para crescer. Outros foram poupados por serem, naturalmente, mais resistentes à crise.
"Algumas empresas aproveitaram o momento para ir às compras ou oferecer serviços na esteira da crise. O ano que muitos querem esquecer foi de sucesso para quem soube ver, na crise, oportunidade para crescer. O grupo dos que se despedem de 2016 no azul é heterogêneo. Inclui desde os que viram o volume de trabalho aumentar por causa dos sintomas da recessão, como escritórios de recuperação judicial, até grandes companhias que se prepararam para o momento difícil, pouparam e aproveitaram oportunidades para expandir os negócios.
Segundo economistas, setores e empresas que tiveram bom desempenho não têm, necessariamente, características em comum. Segmentos exportadores, como o de celulose, aproveitaram o dólar alto para crescer. Outros foram poupados por serem, naturalmente, mais resistentes à crise. Em outros casos, o diferencial foi o perfil mais conservador e o baixo endividamento, que varia de empresa para empresa. De acordo com as três principais pesquisas mensais do IBGE, só cinco atividades — de um total de 50 segmentos dos setores de serviços, comércio e indústria — apresentaram números positivos em produção ou vendas no acumulado do ano até outubro (último dado disponível).
O destaque foi a fabricação de celulose, que avançava, até aquele mês, 2,3%. Houve altas também na indústria de alimentos (1,1%), na fabricação de produtos de madeira (0,3%), nos serviços de tecnologia da informação (0,8%) e no transporte aéreo (0,8%).
— Os setores que já vinham bem, por serem mais resilientes, conseguiram passar imunes pela crise. Além disso, beneficiou-se quem soube navegar, quem se preparou para o pior e não deixou para fazer os ajustes na última hora — avalia Marco Saravalle, analista da XP.
Para analistas, o dólar alto está por trás do desempenho positivo do segmento de celulose. O setor pode fechar o ano com o melhor resultado desde 2010, quando cresceu 4,5%, embalado pelo bom momento da economia à época — naquele ano, o PIB avançou 7,5%."
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