2.17.2010

Evitar, mas com muita atenção

Remédios e métodos anticoncepcionais têm suas peculiaridades e é recomendável conhecer cada um para não prejudicar o organismo. Cólicas menstruais, acnes e TPM podem reagir de acordo com o tratamento utilizado
POR CLARISSA MELLO

Rio - A medicina garante: além de evitar gravidez indesejada, os diferentes métodos contraceptivos disponíveis no mercado podem, ao mesmo tempo, interferir sobre uma série de outros fatores que atazanam a saúde da mulher, tais como cólicas menstruais, acnes, TPM e até outros eventos que requerem tratamentos mais complexos, como endometriose e cistos ovarianos. Na hora de escolher o método ideal, opção é o que não falta. Mas fique atenta: não adianta perguntar para a amiga e para a vizinha qual elas usam para fazer igual.

Um dos contraceptivos mais utilizados, a pílula pode ser interrompida | Foto: Reprodução da InternetSegundo Lenira Maria Mauad, ginecologista do Hospital Amaral Carvalho, de São Paulo, os anticoncepcionais devem ser analisados individualmente, porque enquanto uns podem trazer benefícios a algumas mulheres, podem ser prejudiciais para outras.

“Mulheres com ciclos irregulares, acne e fluxo menstrual abundante devem preferir os hormonais. Já as que fumam, que têm predisposição a varizes ou sofrem de pressão alta, podem ter mais prejuízos do que vantagens com esse tipo de medicamento”, explica.

Lenira também afirma que é possível diminuir a incidência do câncer de colo de útero usando preservativo masculino ou feminino, já que o HPV, vírus que causa a doença, é transmitido por fluídos durante a relação sexual. E claro, a camisinha também protege de doenças sexualmente transmissíveis, entre elas, a Aids.

“Se a única indicação é evitar a gravidez, não é necessário usar os métodos se não estiver mantendo relações sexuais. A pílula, por exemplo, pode ser interrompida. Entretanto, se for ter relações sexuais, é importante usar também preservativos por pelo menos um mês, para garantir a eficácia”.

A médica explica que o uso dos métodos contraceptivos deve ocorrer após a normalização dos ciclos menstruais. Isso geralmente acontece no final da adolescência. Se continuar desregulado, o anticoncepcional pode ser indicado por um ginecologista justamente para resolver o problema.

“Mulheres fumantes não devem usar métodos contraceptivos hormonais após os 35 anos, pois aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Para mulheres saudáveis e não fumantes, a formulação e as doses são adaptadas a cada pessoa e idade”, conclui a especialista.

ALÉM DA PÍLULA

INJETÁVEL
Pode ser mensal ou trimestral. Indicado para quem tem intolerância gástrica à pílula ou distúrbios intestinais.

ADESIVO
É colocado na pele, que passa a absorver os hormônios presentes nele. Deve ser trocado semanalmente.

ANEL VAGINAL
Deve ser mantida por três semanas. O anel é colocado pela própria paciente.

IMPLANTE
Inserido sob a pele com seringa. A ação dura três anos.

DIU
Dispositivo intra-uterino. Usado por quem não quer engravidar em um prazo de cinco anos.

PÍLULA COMBINADA
Ingere-se um comprimido por dia, sempre no mesmo horário, por 21 dias seguidos.

O Dia

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