MECANISMO CELULAR IMPEDE DETECÇÃO DE TUMORES
19/11/2007
Cientistas ingleses descobriram o mecanismo celular que impede a detecção adiantada de tumores, o que poderia abrir a porta para novos tratamentos contra o câncer. Os cientistas indicaram que a descoberta ocorreu quando estudavam o processo de regulação das células do sistema imunológico em pessoas saudáveis, segundo um relatório publicado hoje pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences. O objetivo era determinar o motivo de os tumores não serem detectados pelo sistema e não receberem o ataque das defesas naturais, assinalaram. Em circunstâncias normais, o sistema imunológico cria uma inflamação em torno de um elemento patogênico ou uma lesão. No entanto, quando se trata de tumores há certos mecanismos celulares que neutralizam a inflamação e por isso o tumor não é detectado, o que dificulta a tarefa de combatê-lo. Os cientistas do King's College de Londres descobriram que os linfócitos T podem reverter a função de uma célula-chave, chamada macrófago, que é a que causa a inflamação. Os linfócitos T controlam o sistema imunológico para que ele não responda a todos os estímulos externos e só atue diante de lesões verdadeiramente importantes. Isto é o que ocorre com os tumores nos quais os linfócitos T promovem uma forte reação antiinflamatória, manifestou Leonie Taams, que liderou a pesquisa. "Nesta circunstância, ao neutralizar a reação inflamatória, o tumor não é detectado pelo radar do sistema imunológico e este acredita que não há problemas", acrescentou. "Esperamos utilizar este novo conhecimento acerca da função dos linfócitos T e os macrófagos para encontrar tratamentos mais efetivos contra os tumores", assinalou. "Esperamos também usar este mesmo conhecimento para conseguir o resultado oposto e neutralizar as inflamações crônicas, como a da artrite reumática", concluiu.
DROGA DESTRÓI CÉLULAS CANCERÍGENAS AO ATIVAR GENES
19/11/2007
Um estudo realizado por pesquisadores americanos descobriu que um medicamento pode destruir as células encontradas nos tumores de melanoma, um tipo de câncer de pele, estimulando o gene que ocasiona a doença até o ponto dele se autodestruir, informou a agência EFE nesta segunda-feira. A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade de Michigan, nos EUA, percebeu que a ação do remédio Bortezomig provoca um aumento excessivo da atividade das células cancerígenas até o ponto em que elas se destróem sozinhas. "Um método que algum dia poderia ser eficaz contra muitos tipos de câncer", disseram os pesquisadores em um comunicado da instituição. A professora María Soengas, principal autora do estudo, explicou que "as células normais são como um pequeno utilitário e as células do câncer como um carro de corrida, assim que o remédio entra em ação, em vez de frear o motor, ele o propulsiona até se queimar". Segundo ela, o Bortezomig, aprovado pela Administração Federal de Remédios e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) é capaz de inibir as células dos tumores no tratamento do melanoma múltiplo avançado. "A droga faz com que a atividade das células cancerígenas se acelere e elas terminem se queimando", afirmou Soengas. Porém, os cientistas admitiram que para chegar a efetivas melhorias no tratamento de pacientes com o Bortezomig ainda é preciso mais algum tempo de pesquisa.
Fonte: Redação Terra - Notícias
NEXAVAR®: PRIMEIRA TERAPIA-ALVO PARA CÂNCER DE FÍGADO
21/11/2007
O câncer de fígado tinha, até os dias de hoje, poucas e ineficazes opções de tratamento. Mas, os medicamentos convencionais para esta doença estarão ultrapassados em pouco tempo. A Bayer Schering Pharma, divisão da Bayer HealthCare, obteve a aprovação do FDA (Food and Drug Administrationa) para comercialização de Nexavar® (tosilato de sorafenibe), primeiro medicamento a demonstrar resultados realmente significativos no tratamento de pacientes com carcinoma hepatocelular (câncer de fígado). Segundo conclusões de um estudo clínico mundial com 602 pacientes com câncer de fígado em estágio avançado, os pacientes tratados com o tosilato de sorafenibe apresentaram aumento da sobrevid global de 44%, quando comparados àqueles que receberam placebo. Nexavar® (tosilato de sorafenibe) se tornou o primeiro tratamento em mais de uma década recomendado para o câncer de rim em estágio avançado, indicação aprovada em mais de 60 países, inclusive o Brasil. Na Europa, o medicamento foi aprovado para o tratamento do câncer de fígado em outubro deste ano. Além dos EUA e da Europa, a Colômbia e o Equador foram os primeiros países a obter a nova indicação de tratamento para Nexavar®. Outros países da América Latina como Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, México e Venezuela aguardam a avaliação das agências regulatórias locais.
Fonte: Burson-Marsteller - Informativo Phoenix
AVASTIN PODE SER EFICAZ CONTRA CÂNCER NO CÉREBRO
22/11/2007
A empresa de biotecnologia Genentech informou que o seu medicamento Avastin, que tem o bevacizumab como princípio ativo, mostrou resultados positivos para o tratamento do glioblastoma multiforme, um dos tipos mais comuns e agressivos de câncer no cérebro. De acordo com a companhia, o uso apenas do produto impediu o avanço do tumor por seis meses em 36% dos voluntários. Quando combinado com tratamento de quimioterapia, o Avastin faria com que o tumor parasse de se desenvolver em 51% das pessoas testadas. "Estimativas anteriores sugerem que apenas em 15% dos casos esse tipo agressivo de câncer no cérebro deixa de se desenvolver por seis meses", afirma Timothy Cloughesy, o coordenador do estudo e diretor do programa de Neuro-Oncologia no Jonsson Comprehensive Cancer Center, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. A Genentech afirma que essa descoberta supera as expectativas, e que planeja negociar os próximos passos do estudo com o FDA (agência norte-americana que regula produtos alimentícios e farmacêuticos). O FDA aprovou o Avastin primeiramente em 2004 para utilização no tratamento de certos tipos de câncer coloretal. Em 2006, o medicamento foi aprovado para casos de câncer no pulmão. De acordo com a American Cancer Society, apenas 3% dos pacientes com o glioblastoma multiforme sobrevivem por mais de cinco anos. A entidade estima que 20,5 mil novos casos de câncer no cérebro surgirão neste ano e que a doença vai gerar a morte de 12,7 mil pessoas em 2007.
Fonte: Folha On-Line - SP - Notícias Terra
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