Pesquisa aponta que mulheres que tomam essas drogas no início da gestação correm até 2,4 vezes mais riscos de perder o feto
Gravidez: tomar alguns tipos de analgésicos durante o
início da gestação pode aumentar os riscos de aborto espontâneo
(Thinkstock)
Saiba mais
- Prostaglandina: ácidos graxos que funcionam como hormônios locais. Sua produção no endométrio é regulada pelos hormônios estrogênio e progesterona. Durante a gravidez, o aumento na concentração da prostaglandina provoca a contração do endométrio e, assim, a expulsão do feto
- Anti-inflamatório não esteroide: grupo de medicamentos usados para controlar a dor, a febre e a inflamação. Entre as drogas mais conhecidas estão o ácido acetilsalicílico, o ibuprofeno e o naproxeno
Segundo os pesquisadores, o estudo não conseguiu comprovar que os medicamentos, por si só, causam o aborto espontâneo, apenas que existe uma relação entre os dois. “Não posso dizer com 100% de segurança que é uma relação de causa e efeito, mais isso pode ser muito bem um efeito farmacológico”, disse Anick Bérard, responsável pela pesquisa, em entrevista à agência de notícias Reuters.
No organismo - Algumas pesquisas anteriores já haviam relacionado os AINE a um aumento no índice de abortos espontâneos. Isso porque os níveis de um ácido graxo chamado prostaglandina declinam no útero durante o início da gravidez, e os AINE são conhecidos por afetarem a produção da prostaglandina. A teoria seria, então, de que esses analgésicos causariam o aborto espontâneo ao interferirem com as mudanças normais da prostaglandina no inicio da gravidez.
Em geral, mulheres gravidas já são alertadas para evitar quaisquer medicamentos, quando possível. A orientação para aquelas que tomam medicamentos para condições crônicas, como lúpus, é procurar orientação médica. Há chances de que elas possam interromper o tratamento, especialmente porque algumas dessas doenças melhoram durante a gestação.
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