Em 17 de abril do ano passado, quando Eduardo
Cunha, hoje condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, aceitou o
pedido de impeachment sem crime de responsabilidade contra a presidente
legítima Dilma Rousseff, o escritor português Miguel Sousa Tavares
definiu a sessão como "a assembleia de bandidos presidida por um
bandido"; neste 2 de agosto, o golpe dos corruptos cumpriu mais uma
etapa, na sessão que arquivou a acusação contra Michel Temer por
corrupção passiva; o custo da operação foi de R$ 17 bilhões e envolveu a
compra de deputados no próprio plenário; hoje, 473 dias depois de um
golpe que transformou o Brasil na maior república bananeira de todos os
tempos, o País se condena a ser governado pelo crime
Numa sessão infame, a Câmara dos Deputados arquivou a acusação contra Michel Temer, aprovado por apenas 4% dos brasileiros e primeiro ocupante da presidência da República formalmente denunciado por corrupção.
Temer, como todos sabem, foi flagrado nos grampos da JBS dando aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e nomeando o assessor Rodrigo Rocha Loures, flagrado com uma mala de R$ 500 mil, como seu homem de confiança.
A vitória de Temer custou caríssimo ao País. Além dos R$ 4 bilhões em emendas distribuídas aos deputados apenas no mês de julho, Temer perdoou dívidas de empresários e ruralistas, numa farra que, segundo a agência alemã de notícias Deutsche Welle, custará R$ 17 bilhões ao País. Ao mesmo tempo, para pagar as contas da compra de deputados, Temer promoveu o maior da gasolina nos últimos treze anos. Ou seja: repassou aos brasileiros a fatura da compra de parlamentares corruptos.
Esta foi a segunda sessão decisiva para a transformação do Brasil na maior república bananeira que já se viu na face da Terra. A primeira ocorreu em 17 de abril do ano passado, quando Eduardo Cunha, hoje condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, aceitou o pedido de impeachment sem crime de responsabilidade contra a presidente Dilma.
Tudo isso demonstra que Dilma caiu apenas porque não comprou os picaretas que se venderam a Temer. Detalhe: em dezembro de 2014, último ano em que Dilma conseguiu efetivamente governar, a taxa de desemprego era de 4,8%. Hoje, é de 13,5%. Com o Brasil sequestrado pelos regime mais corrupto de sua história, nada indica que a situação política, econômica e social vá melhorar.
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