A condenação do ex-presidente
Lula pelo TRF-4 vai pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a
rediscutir se réus condenados em segunda instância podem já começar a
cumprir a pena; a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, deve
colocar o assunto na pauta após o fim do recesso judiciário; ministros
do tribunal acham que é preciso passar o assunto a limpo, uma vez que
uma eventual prisão do ex-presidente sem que o tema estivesse pacificado
na corte seria bastante problemática e desgastaria o Judiciário
Ministro da Justiça de Michel Temer,
denunciado por corrupção e formação de quadrilha, Torquarto Jardim
revelou que ligou para o presidente do TRF-4, Carlos Thompson Flores,
para cumprimentá-lo pela atuação “brilhante” dos três desembargadores “
no julgamento que condenou o ex-presidente Lula na Corte; apesar da
falta de provas e do nítido favorecimento à acusação; Torquato elogiou o
trio de Porto Alegre: "Temos que reconhecer que eles dominaram
completamente o processo, sabiam exatamente o que estavam falando”; o
ministro, porém, pediu cautela antes de um eventual pedido de prisão do
petista, líder absoluto em todas as pesquisas de intenção de voto
"Na próxima segunda-feira 29, o
advogado australiano Geoffrey Robertson apresentará um relatório à ONU
denunciando o maniqueísmo, as distorções e as condutas indevidas que a
seu ver caracterizam violação do direito do ex-presidente Lula a um
julgamento justo", informa a jornalista Tereza Cruvinel; Robertson atua
na defesa de Lula desde 2016, quando o caso foi levado à ONU para
denunciar os abusos cometidos pelo juiz Sergio Moro, e é "conselheiro da
rainha" da Inglaterra; "Foi uma triste experiência ver que normas
internacionais sobre o direito a um julgamento justo não parecem ser
seguidas no sistema brasileiro", declarou nesta quinta o advogado, que
participou do julgamento presencialmente no TRF4
As articulações para reverter a
condenação sem provas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no
TRF-4 já começaram; um dos pontos a ser explorado pela equipe do petista
será o cerceamento da defesa de Lula; o fato de a acusação ter tido
mais tempo do que a defesa na sustentação oral será exposto como indício
de violação da paridade de armas no julgamento em Porto Alegre, motivo
mais do que suficiente para pedir a anulação do julgamento desta semana
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