As descobertas destacam que os países não apenas não conseguirão atingir as metas impostas até 2025, como deve dobrar o número de obesos em alguns anos.
O maior número de pessoas que vivem com obesidade está em países de baixa e média renda (LMIC), com números mais do que dobrando em todos os LMICs e triplicando nos países de baixa renda, ao comparar com os índices de 2010.
O relatório apresenta um novo índice de preparação para doenças transmissíveis (NCD), mostrando que os 30 países mais preparados são de alta renda, enquanto os 30 países menos preparados são todos de baixa renda, aumentando as preocupações sobre o impacto em populações já vulneráveis.
Há um chamado global para acabar com o subinvestimento e a estigmatização da obesidade que está impulsionando essa falha sistêmica, que pede para os governos atuais realizarem ações para que o número de pessoas obesas diminua nos próximos anos.
Ministério da Saúde aprova primeiro medicamento para casos leves de Covid-19 no SUS
O Ministério da Saúde (MS) anunciou que vai incorporar no SUS um medicamento para o tratamento de pacientes com quadros leves e moderados de Covid-19.
A publicação ocorreu no Diário Oficial da União de sexta-feira (6). O MS tem 180 dias após publicação da incorporação para disponibilizar a tecnologia na rede pública.
O medicamento, composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, tem potencial para redução da evolução da doença para quadros graves e será ofertado para pacientes adultos imunocomprometidos ou com idade igual ou superior a 65 anos.
O tratamento só poderá ser utilizado em caso de teste positivo para Covid-19 e em até cinco dias após início dos sintomas, segundo as informações do MS.
A pasta ressaltou que o uso é indicado para pacientes não hospitalizados, que apresentam elevado risco de complicações e sem necessidade de uso de oxigênio suplementar.
Como funciona
O MS explicou que o nirmatrelvir e o ritonavir são dois medicamentos antivirais utilizados em conjunto para o tratamento da Covid-19. De acordo com o Ministério, a combinação dos compostos leva a um medicamento administrado via oral.
“O nirmatrelvir é uma molécula inibidora de uma importante enzima do SARS-CoV-2. Com isso, o medicamento impede que o vírus se prolifere, tendo, assim, uma potente atividade contra o vírus da Covid-19 e outros coronavírus”, explicou a pasta.
“Já o ritonavir, por sua vez, inibe a ação de uma enzima que degrada o nirmatrelvir. Com isso, colabora para que o nirmatrelvir fique por mais tempo disponível na corrente sanguínea, o que potencializa a sua ação”, concluiu.
Brasil registra 35 mortes e mais de 14 mil casos de Covid-19 em 24 horas
O Ministério da Saúde lançou neste sábado (7) a Estratégia de Vacinação nas Fronteiras, com o objetivo de atualizar a caderneta de vacinação da população que vive na região de fronteiras entre Brasil, Peru e Colômbia.
O programa foi lançado na cidade Tabatinga (AM) e teve a participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
De acordo com a pasta, serão priorizadas, nas populações locais, doses das vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), pólio, febre-amarela, Covid-19 e influenza em 33 municípios brasileiros, localizados em 10 estados: Acre (4 municípios), Amapá (1), Amazonas (1), Mato Grosso (1), Mato Grosso do Sul (7), Paraná (4), Rio Grande do Sul (11), Rondônia (1), Roraima (2) e Santa Catarina (1).
Os países que fazem fronteira com o Brasil devem ser convidados a aderir ao plano de vacinação, incluindo os municípios que fazem fronteiras com os 33 municípios brasileiros selecionados. Por isso, cidades estrangeiras também serão contempladas com a ação.
“A vacinação não só contra a Covid-19, mas contra todas as doenças que são evitadas por vacina. É uma grande estratégia de saúde pública”, disse o ministro Marcelo Queiroga. “A vacina é um direito de todos e um dever do Estado. E a população brasileira sabe a sua importância.”
A Estratégia de Vacinação nas Fronteiras vai até 10 de novembro e pretende melhorar a cobertura vacinal nas cidades fronteiriças e, com isso, evitar novos casos ou a reintrodução de doenças imunopreveníveis no Brasil. Dos 33 municípios incluídos no programa, 12% atingiram a meta de cobertura vacinal com pólio e tríplice viral e 6% para a febre-amarela.
Rio de Janeiro investiga seis casos suspeitos de hepatite aguda grave em crianças
O estado do Rio de Janeiro investiga seis casos suspeitos de hepatite aguda grave em crianças, sendo um deles a morte de um bebê de oito meses.
O avanço da doença, cuja causa ainda é desconhecida, levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a lançar um alerta internacional, no dia 15 de abril, após a identificação de vários casos no Reino Unido.
No Brasil, outros três são apurados, segundo o Ministério da Saúde, todos eles no Paraná.
No Rio de Janeiro, o caso do bebê de oito meses, com suspeita de hepatite aguda grave, foi registrado em Maricá, na região metropolitana.
Ainda existem três casos na capital fluminense, de crianças de oito e quatro anos, além de um bebê de dois meses. A doença ainda pode ter contaminado uma criança de dois anos, em Araruama, e outra de três anos, em Niterói.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a hepatite aguda é uma inflamação no fígado que ocorre de forma rápida e abrupta.
A doença pode se manifestar com diarreia, vômito, febre, dores musculares e icterícia (coloração amarelada na pele e nos olhos).
É importante que os pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas das crianças. Se houver qualquer suspeita, elas devem ser imediatamente levadas a um serviço de saúde para que possam ser diagnosticadas e tratadas .
Alexandre Chieppe, secretário de Saúde do Rio de JaneiroA pasta emitiu um alerta aos 92 municípios do estado e destacou que as suspeitas precisam ser comunicadas e monitoradas.
Segundo o órgão, no último dia 24 de abril, o aviso sobre a doença havia partido do Ministério da Saúde, com a necessidade de atenção dos serviços para crianças com transaminases (enzimas intracelulares) elevadas e sintomas gastrointestinais.
“Estamos acompanhando a evolução da doença no mundo e monitorando junto às vigilâncias municipais os registros de casos suspeitos no estado. O alerta é justamente para que esses pacientes possam ser acompanhados e monitorados de forma correta”, declarou Chieppe.
Nacionalmente, o Ministério da Saúde divulgou que os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) acompanham junto a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (RENAVEH) a detecção de possíveis casos da doença. A pasta também orienta que eles sejam notificados imediatamente.
Alerta mundial
A Organização Mundial de Saúde esclarece que os casos de hepatite aguda em crianças estão sob investigação e, até o momento, os exames de laboratório descartam causas conhecidas.
A principal suspeita é que a infecção tenha como fonte o adenovírus – vírus comum, responsável por sintomas respiratórios, vômitos e diarreia.
Segundo a OMS, até o dia 3 de maio, foram registrados mais de 200 casos da doença em 20 países, a maioria deles no Reino Unido, primeiro país a comunicar o problema.
Nesta sexta-feira (6), a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido publicou um novo relatório e apontou que as investigações continuam sugerindo uma associação com o adenovírus, mais frequentemente detectado nas amostras testadas.
No entanto, o órgão aponta que apura outros fatores, como uma infecção anterior pelo coronavírus, que pode deixar a criança mais suscetível.
A OMS orienta que a prevenção da doença depende de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar.
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