7.24.2007

Qualidade de vida:ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO

ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO
CORPO COMBATE EVELHECIMENTO POTENCIALIZANDO GENES
20/07 - Potencializar as atividades dos genes de que o corpo humano dispõe de maneira natural pode retardar o envelhecimento e aumentar a longevidade, de acordo com um estudo conduzido pelo Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO) da Espanha, em relatório publicado na sexta-feira pela revista científica Nature. Os dois genes, denominados p53 e Arf, eram conhecidos até agora por sua possante atividade anticancerígena. "Compreender que relação existe entre o envelhecimento e o câncer pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias contra ambos", declarou na terça-feira Manuel Serrano, diretor da pesquisa, em entrevista por telefone. Diversas companhias farmacêuticas já dispõem de medicamentos experimentais que atuam sobre esses genes, e foram desenvolvidos como novas terapias contra o câncer. Pelo menos um deles, da companhia Roche, está sendo testado em pacientes voluntários. Serrano assinala que esses produtos podem ser eficazes para retardar o envelhecimento, ainda que advirta que essa possibilidade não tenha sido investigada. A pesquisa se baseou em estudo de camundongos geneticamente modificados para potenciar a atividade dos genes p53 e Arf. Já que ambos têm atividades muito semelhantes em espécies diferentes de mamíferos, e que os resultados de estudos anteriores conduzidos em camundongos com estes genes foram confirmados posteriormente para seres humanos, os cientistas acreditam que as conclusões do trabalho atual também sejam válidas para a espécie humana. A pesquisa demonstras que os camundongos nos quais a atividade dos genes foi potenciada vivem 16% mais do que os animais do grupo de controle. Traduzida para a espécie humana isso resultaria em aumento da expectativa de vida de 80 para 93 anos. A manipulação genética que prolonga a vida dos camundongos não é legalmente permitida em seres humanos, mas usar medicamentos que produzam o mesmo efeito não estaria sujeito a essa restrição. Essa elevação da longevidade, como demonstram os pesquisadores, é independente do efeito do p53 e do Arf no combate ao câncer. Ao gene p53 -conhecido como guardião do genoma, porque atua como policial que combate as células malfeitoras - é atribuída a ativação de genes antioxidantes, quando detecta pequenos danos causados pelo envelhecimento das células. O p53 também remove do organismo as células que sofrem danos excessivos, como as de tumores, e algumas das afetadas pelo envelhecimento. A pesquisa oferece uma possível explicação para o enigma de por que a longevidade tende a caracteriza algumas famílias e por que algumas pessoas parecem extremamente jovens - ou velhas - para a idade que têm. Uma das chaves parecem ser os genes Arf e p53, mais ativos em certas pessoas - e famílias - do que em outras, e capazes de oferecer proteção natural contra o envelhecimento. - Josep Corbella - Tradução: Paulo Migliacci ME
Fonte: La Vanguardia – Notícias Terra
EMAGRECIMENTO & OBESIDADE
PESO SAUDÁVEL CONTRIBUI PARA LONGEVIDADE, DIZ ESTUDO
19/07 - Manter um peso saudável pode ajudar as pessoas a terem uma vida mais longa ao limitar a exposição do cérebro a insulina, de acordo com cientistas nos Estados Unidos. Um estudo com ratos de laboratório descobriu que a redução dos sinais de insulina dentro das células do cérebro aumenta a longevidade. Em artigo na revista Science, os pesquisadores disseram que adotar estilo de vida e peso saudáveis leva a uma redução dos níveis de insulina em seres humanos e pode ter o mesmo efeito. Segundo especialistas, se isto for comprovado, a insulina será apenas um dos muitos fatores, tais como genes, que influenciam a longevidade. PROTEÍNA IRS2 - Pesquisas anteriores em moscas de frutas e parasitas intestinais sugeriram que reduzir a atividade do hormônio insulina, que regula os níveis de açúcar no sangue, pode aumentar a longevidade. O mais recente estudo examinou os efeitos de uma proteína, IRS2, que transmite os sinais da insulina até o cérebro. Ratos que tinham a metade da proteína tiveram vida 18% mais longa do que os ratos normais. Apesar de ter peso excessivo e altos níveis de insulina, os ratos tinham maior atividade quando ficavam mais velhos, e seu metabolismo de glicose faz lembrar o de ratos mais jovens. Os pesquisadores disseram que os ratos geneticamente modificados viviam mais tempo porque doenças letais, como câncer e problemas cardiovasculares, estão ocorrendo mais tarde por causa da redução do sinal de insulina no cérebro, embora os níveis de insulina em circulação sejam altos. Segundo eles, no futuro, pode ser possível formular drogas que reduzam a atividade do IRS2 para reproduzir o mesmo efeito, embora eles tenham que ser específicos para o cérebro. PROBLEMA DE PESO - O chefe do estudo, Morris White, do Instituto Médico Howard Hughes, em Boston, disse que a forma mais simples de encorajar a longevidade é limitar os níveis de insulina fazendo exercícios e adotando uma dieta alimentar saudável. White disse que a descoberta apresenta "um mecanismo para o que a sua mãe lhe disse quando você estava crescendo - tenha uma boa dieta e faça exercício, para se manter saudável". "Dieta, exercício e peso baixo ajuda os tecidos periféricos sensíveis a insulina." "Isto reduz a quantidade e a duração da secreção de insulina necessária para manter a sua glicose sob controle quando você come." "Assim, o cérebro é exposto a menos insulina." A equipe de pesquisadores agora planeja examinar a possibilidade de ligações entre os sinais de IRS2 e a demência. A demência estaria associada à obesidade e a altos níveis de insulina, de acordo com trabalhos científicos anteriores. Matt Hunt, da organização britânica Diabetes UK, disse: "Este é um estudo interessante pois o trabalho feito com ratos pode sugerir que insulina desempenha um papel no processo de envelhecimento." "Apesar disso, nós estamos examinando várias interações extremamente complexas de genes no cérebro e esta pesquisa não explicou ainda como este mecanismo pode estar funcionando." Hunt disse que a longevidade dos seres humanos vem aumentando, apesar da crescente incidência de obesidade e diabete sugerir que os níveis de insulina no cérebro podem ser apenas um de muitos fatores envolvidos. "Nós saudamos o fato de que este estudo apóia nossa principal mensage, da importância de ter um estilo de vida saudável."
Fonte: BBC Brasil – Notícias Terra

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