7.01.2008

NOVA DROGA PARA PREVENIR ENXAQUECA

LABORATÓRIO TESTA NOVA DROGA PARA PREVENIR ENXAQUECA
24/06/2008
Medicamento contém a atividade excessiva do cérebro, o que, segundo o cientista, diminui a dor do paciente. Uma nova classe de drogas poderá melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem de enxaqueca. Segundo reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian, um remédio do laboratório inglês Minster Pharmaceuticals, que diminuiria significativamente a ocorrência das crises, já está na terceira fase de testes clínicos. O neurologista Peter Goadsby, professor da Universidade da Califórnia em São Francisco, foi contratado pelo laboratório para coordenar os testes clínicos realizados na Europa. Ele explica que o remédio Tonabersat, nome do medicamento, pertence a uma nova categoria: os bloqueadores de junção neural, capazes de reduzir a atividade excessiva do cérebro, um provável fator responsável pelas crises. Segundo dados divulgados pela empresa, nos testes europeus, observou-se uma diminuição média de 64% na ocorrência das crises em pessoas que receberam o medicamento durante três meses. O Tonabersat é uma invenção da GlaxoSmithKline. A empresa vendeu o projeto para a Minster, que pretende concluir a validação do produto e colocá-lo no mercado. O novo remédio atuaria de forma preventiva, diminuindo a incidência das crises. "Isto é muito significativo para as vítimas da enxaqueca", disse Goadsby. "A imprevisibilidade dos ataques torna o problema sempre presente. Os medicamentos preventivos devolvem às pessoas o controle sobre suas próprias vidas." Em entrevista ao Estado, Goadsby afirma que o principal desafio é produzir remédios que funcionem e causem poucos efeitos colaterais. "Esse parece ser o caso do medicamento". Estudos realizados nos Estados Unidos sugerem que 38% das vítimas de enxaqueca podem tomar medicamentos preventivos, mas só 12% lançam mão do recurso. Em parte, por causa dos efeitos colaterais. Atualmente, costumam ser receitados remédios para epilepsia, como os bloqueadores beta, ou anticonvulsivos, como o divalproato.
Fonte: Guia da Farmácia

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