Bélgica - Medicar crianças em estado grave com tratamento intensivo de insulina reduz a taxa de mortalidade e o tempo que devem permanecer na unidade de terapia intensiva (UTI), diz um estudo publicado na última edição da revista "The Lancet".
Segundo o relatório, realizado pelo Hospital Universitário de Gasthuisberg e a Universidad Católica de Leuven (Bélgica) e dirigido por Greet Van den Berghe, o diminuição do nível de açúcar no sangue destes pacientes através da insulina reduz a possibilidade de que sofram hiperglicemia (excesso de açúcar) e infecções secundárias.
As crianças em estado grave desenvolvem hiperglocemia com frequência, o que está associado à taxa de mortalidade e ao desenvolvimento de outras infecções. Para chegar a esta conclusão, a equipe pesquisadora estudou 700 crianças em estado crítico, 317 deles menores de um ano e outros 383 com idades entre um e 16 anos.
Os pacientes foram divididos de forma aleatória em dois grupos, em um dos quais receberam tratamento intensivo a base de insulina, enquanto no outro só lhes foi administrada insulina quando sua taxa de açúcar alcançava níveis críticos.
Os pesquisadores comprovaram que os pacientes do primeiro grupo sofreram mais casos de hipoglicemia -níveis excessivamente baixos de açúcar em sangue-, mas registraram uma taxa de mortalidade de 3%, metade daquela dos que estavam no outro grupo, que foi de 6%.
Além disso, a estadia das crianças na UTI também foi reduzida nesse grupo, com uma permanência média de 5,5 dias, contras 6,1 dias das crianças do grupo com o tratamento convencional.
Segundo os pesquisadores, concentrar a atenção em adequar o nível de açúcar no sangue às margens adequadas à idade dos pacientes acelera no curto prazo a saída dos pacientes da UTI, embora os efeitos no longo prazo e a taxa de sobrevivência devam "continuar sendo pesquisados".
EFE
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