1.11.2009

NAO MEDIQUE SEU FILHO SEM A ORIENTACAO DE UM PEDIATRA




Dar remédios ao seu filho sem orientação causa sérios riscos à saúde e pode, ainda, retardar o diagnóstico correto da doença e o seu tratamento

A cena é bastante comum: a criança está com febre, nariz congestionado, dor de garganta e os pais correm para a caixa de medicamentos. Sacam de lá alguns remédios para tentar aplacar os sintomas desagradáveis e torcem para o filho melhorar bem rápido. A atitude pode tanto ser considerada positiva quanto desastrosa. É adequada se a dose ministrada no momento tiver sido prescrita pelo pediatra antecipadamente. Pode ser perigosa se o remédio estiver errado.

O hábito de medicar os filhos é cultural. Existem países no qual qualquer pessoa pode entrar em uma farmácia e escolher medicamentos como se estivesse em um supermercado, a tentação de resolver os probleminhas de saúde são grandes (E bom lembrar que, esta pratica nao acontece somente no Brasil).

Um estudo recente sobre automedicação realizado com a população de 0 a 18 anos nas cidades de Limeira e Piracicaba, no interior de São Paulo, mostra que 56,6% das crianças são medicadas pelos pais sem orientação médica. Em uma enquete feita no mês passado pela CRESCER no site, respondida por 1.538 pessoas, 12% também afirmaram dar medicamentos aos filhos sem indicação do médico.

Sintoma parecido, não igual
No Canadá, uma pesquisa realizada em 2004 e apresentada no American Headache Society mostrou que uma em cada cinco crianças tomam analgésicos sem nenhuma prescrição médica. O estudo, com 680 pessoas de 6 a 18 anos, mostrou que elas usam estes medicamentos de cinco a seis vezes por semana. E, em alguns casos, de 15 a 20 vezes semanais.

Muita gente leva a sério o ditado de que 'de médico todo mundo tem um pouco' e acaba criando seus próprios mixes perigosos. As explicações são variadas. Se funcionou para o primeiro filho, por que não serviria para o segundo? Se há um ano o remédio receitado foi xis, posso usar o mesmo agora que os sintomas parecem os mesmos. Parecer, como bem diz a palavra, não significa que é a mesma coisa.

Um exemplo clássico é o da dengue. Muitos dos sintomas (febre alta, dor de cabeça, indisposição, náusea, vômito) são semelhantes aos da virose, gripe, sarampo ou rubéola. E, se a criança tiver dengue ao invés de um resfriado e ingerir remédios à base de ácido acetilsalisílico ou alguns antiinflamatórios, pode ter hemorragias. 'Outro problema do uso do ácido acetilsalisílico é o risco da criança desenvolver complicações gravíssimas, como a síndrome de Reye', diz Francis Tourinho, professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutoranda em Saúde da Criança e do Adolescente no Departamento de Pediatria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que foi a coordenadora do estudo nas cidades paulistas.

Um fator interessante, segundo a pesquisa, é que crianças e adolescentes que têm acesso à medicina privada são menos 'automedicadas' pelos pais, já que chegar à rede é mais fácil. Outra explicação para o excesso de automedicação, segundo as mães, é que elas não suportam ver o filho se sentindo mal. Muitas também disseram ser difícil ir ao médico sempre que o filho sente alguma dor, afirma Francis.

'Os pais não precisam ligar para o consultório toda vez que o filho tem febre', diz a pediatra Gelsomina Colarusso, que atende no Hospital São Luiz, na Maternidade São Luiz e no Pronto Atendimento Pediátrico Bandeira Paulista, todos em São Paulo. Isso não significa, porém, que possam administrar medicamentos conforme acreditem ser necessários, pois para tomar um remédio é preciso respeitar os intervalos de administração, o tempo de uso e a dosagem.

Os riscos da ingestão de medicamentos não relacionados com o diagnóstico da criança, as doses desnecessárias e o acúmulo de vários remédios em um curto espaço de tempo podem resultar no aparecimento de efeitos indesejáveis como intoxicação por erro na dosagem, reações de hipersensibilidade, toxicodependência e sintomas de abstinência (falta do medicamento pelo organismo). 'Além disso, há o risco de mascaramento de sintomas de doenças, atrasando a ida ao médico e, conseqüentemente, os corretos diagnóstico e tratamento. Assim, a incidência e a gravidade dos efeitos secundários e das interações medicamentosas aumentam', afirma Francis.

A intoxicação mais comum é de paracetamol, substância presente em analgésicos e antitérmicos. 'Em doses pequenas, estes remédios são indicados para os sintomas da gripe, mas se a criança toma mais de um remédio que contenha paracetamol pode ficar intoxicada', diz Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo. 'Por isso, os pais só devem medicar os filhos segundo recomendações do pediatra, que prescreve a dose de cada medicamento baseado, entre outras coisas, no peso da criança', afirma a médica.

Siga só conselhos de medicos especialistas
As dúvidas com relação à quantidade de medicamento a ser dada é comum entre os pais. Segundo estudo norte-americano feito em um pronto-socorro, somente 30% dos pais conseguiram acertar a dose. Este pode ser um sinal de falta de diálogo com o pediatra. 'Os pais devem aproveitar as consultas para perguntar sobre as dosagens. É comum que o pediatra prescreva a quantidade de analgésico em casos de emergência. E, se o problema persistir, deve-se procurar o médico', diz.

Assim, nada de pegar o remédio que você usa e dividi-lo ao meio para dar à criança. Muito menos ouça palpites de vizinhos e parentes quando é a vida do seu filho que está em risco. A primeira atitude deve ser sempre procurar seu médico de confiança antes de se dirigir à farmácia como se estivesse indo às compras no shopping. O fácil acesso aos remédios não significa que eles são inofensivos, pois mesmo os que não têm o selo vermelho ou preto indicando a obrigatoriedade da prescrição médica podem causar danos irreversíveis à saúde da criança se usados de forma incorreta ou sem necessidade. Lembre-se disso e só deixe na sua farmacinha doméstica analgésicos e antitérmicos indicados pelo pediatra, soro de reidratação oral, soro fisiológico para limpeza do nariz, pomadas para assadura e material para fazer um curativo rápido. Ah! Um estoque de beijos também é válido. Depois de lavar e colocar um curativo no joelho ralado do seu filho é hora de enchê-lo de carinho. Você vai ver como o machucado sara na hora!

Em paz com o seu pediatra
Melhor que dar remédio errado para seu filho é ligar para o médico de confiança e perguntar o que fazer, seja de madrugada ou no fim de semana. É claro que vale o bom senso e você não deve telefonar por qualquer motivo, mas, se estiver confuso, deixe a vergonha de lado e não hesite. Um bom pediatra vai entender sua preocupação. Para evitar ligações desnecessárias, durante as consultas tire o máximo de dúvidas possível e se informe sobre como cuidar de febres, diarréias ou vômitos. Se o procedimento habitual não funcionar, o telefonema está liberado. E, se for urgente mesmo e você não conseguir falar com o médico da família, vá para o pronto-socorro infantil.

Problemas do uso errado ou exagerado
Analgésico: Usado sem prescrição, pode causar danos aos rins
Antitérmico: Em excesso, talvez cause problemas ao fígado
Bombinha para asma: Pode acelerar o coração da criança
Xarope: Comprado sem prescrição médica, pode piorar o quadro. Se a criança precisa expectorar e toma um antitussígeno não vai colocar nada para fora, por exemplo
Antiinflamatório e antialérgico: Tem muitos efeitos colaterais. A superdosagem pode causar hipotermia (diminuição da temperatura do corpo), agitação, manchas na pele, irritabilidade, sonolência e, em alguns casos, alterações neurológicas. Também há risco de desenvolver piora clínica de manifestações alérgicas, como rinite e broncospasmo
Antibiótico: O maior risco é dar a medicação errada e a doença se arrastar, atrasando o tratamento. Ou dar antibiótico sem precisar, o que poderá fazer com que perca seu efeito quando for realmente necessário. Ele também pode causar diarréia

Homeopatia na dose certa
Muita gente acha que pode abusar dos remédios homeopáticos porque acreditam que eles não fazem mal. Segundo o pediatra homeopata Carlos Roberto Dias Brunini, realmente não há riscos de intoxicação com a medicação homeopática, mas ela precisa, assim como a alopática, ser receitada pelo especialista. 'O maior problema da automedicação é a perda de tempo, pois o quadro pode se agravar enquanto os pais fazem experiências com os remédios. Além disso, podem estar tratando apenas um sintoma, como a dor de cabeça, sem levar em consideração que ela pode ser sinal de uma doença mais grave. Só o médico pode fazer a leitura correta dos sintomas e receitar o que é indicado para a criança', diz.

E mesmo o que parece igual para todos não é. A homeopatia cuida da saúde geral do paciente, e não apenas de uma doença específica, levando em conta as particularidades de cada pessoa. Assim, só o médico homeopata pode receitar as gotas ou glóbulos certos e, também neste caso, precisam ser levadas em conta a dose e a freqüência indicadas.

Por Angela Senra

Um comentário:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

O QUE É A CÓLICA?
TRATAMENTO CONVENCIONAL
DIRETRIZES ALIMENTARES
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
TRATAMENTO FITOTERÁPICO
HOMEOPATIA
RECOMENDAÇÕES GERAIS
PREVENÇÃO
O QUE CAUSA A CÓLICA?

O QUE É A CÓLICA?

A cólica tem sido definida como um longo período de choro vigoroso que persiste apesar de todos os esforços de consolo. O termo em si vem da palavra grega referente ao intestino grosso, refletindo a crença de que a fonte do desconforto é um problema digestivo.
A maioria dos bebês passa por períodos em que parecem anormalmente nervosos ou choram por nenhuma razão aparente. A cólica é mais comum durante os três ou quatro primeiros meses de vida. Pode começar nas três primeiras semanas após o nascimento e geralmente acaba perto dos três meses de idade. É raramente sentida por bebês com mais de seis meses de idade.
Durante os seis primeiros meses de vida, os bebês crescem a uma velocidade impressionante. Nessa época, o recém-nascido duplica o peso que tinha ao nascer. Devido à quantidade de alimento que precisam ingerir para sustentar esse crescimento, os bebês muitas vezes sofrem de indigestão e gases. Da mesma forma, o bebê pode engolir ar quando se alimenta ou durante uma ataque de choro prolongado. Engolir ar aumenta as dores por gases. Quando um bebê tem uma dor por gases, pode ser a pior dor que seu pequeno corpo já sentiu.
A diferença da cólica para os outros problemas é que, independente do que fizer, o choro não pára. Certas posturas corporais que ocorrem com um ataque de gases também podem ocorrer com a cólica. Por exemplo, seu bebê pode ter uma barriga tensa e distendida, com os joelhos encolhidos no peito, pulsos cerrados e mobilidade anormal de braços e pernas ou costas arqueadas.
Suspeite de uma verdadeira cólica quando seu bebê tiver ataques repentinos e sérios de choro alto que duram várias horas; se o choro ocorrer na mesma hora todos os dias, muita vezes à tarde ou à noite; se os episódios de choro acontecem repetidas vezes, começando de repente e terminando de forma abrupta; se seu bebê parece inconsolável e nada que fizer lhe traga conforto; se seu bebê parece zangado e se debate quando o segura no colo; e se parece não haver nenhuma explicação para esses repentes de choro.
Se seu bebê tiver cólica, os meses de choro e aflição aparentemente implacável do seu filho podem deixá-lo frustrado, ansioso, confuso, exausto, culpado e inadequado. Uma das principais preocupações ao lidar com um bebê com cólica, além de descobrir formas de confortá-lo, é confiar na sua capacidade de manter e criar um relacionamento amoroso com seu recém-nascido.

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TRATAMENTO CONVENCIONAL

A simeticona é um composto que atua na superfície das bolhas de gás quebrando-as, aliviando conseqüentemente a dor e a pressão dos gases. Se grandes bolhas forem o principal problema, esse tratamento pode ser eficaz. A simeticona pode ser comprada sem receita médica na forma líquida, mas deve ser dada apenas se recomendada por um pediatra.
No caso de cólica constante, seu médico pode recomendar supositórios de glicerina para ajudar seu bebê a expulsar os gases ou fezes que causam seu desconforto.
Outros medicamentos, inclusive anti-flatulentos, sedativos e antiespasmódicos, são, às vezes, receitados para cólica e ocasionalmente oferecem alívio limitado, mas na maioria dos casos trazem pouco benefício. Além disso, podem ter graves efeitos colaterais. Peça ao seu médico para explicar todos os prós e os contras de qualquer remédio vendido com receita médica antes de dá-lo a um bebê com cólica.


DIRETRIZES ALIMENTARES

Se estiver amamentando e seu bebê tiver cólica, ele pode ser sensível a algo que você esteja comendo. Os agressores mais comuns são laticínios, chocolate, cafeína, melão, pepino, pimentão, frutas e sucos cítricos e alimentos condimentados. É bem provável que você mesma possa ter alergias desconhecidas a determinados alimentos. Para descobrir as alergias alimentares, tente seguir uma dieta de eliminação ou um rodízio alimentar. Seguir essas dietas pode parecer uma tarefa complicada, mas os resultados podem ser bastante animadores. Outra alternativa é manter um diário alimentar para ajudá-la a identificar correspondências entre os alimentos que ingere e os sintomas, tanto do bebê quanto seus. Se descobrir uma sensibilidade desconhecida da qual não tinha suspeitado, o simples fato de evitar o alimento provavelmente a fará se sentir melhor e também aliviará a cólica do seu bebê.
Se estiver amamentando um bebê com cólica, tente eliminar da sua dieta alimentos que produzam gás, inclusive couve-flor, brócolis, couve-de-bruxelas, pepino, pimentão verde e vermelho, cebola, favas e leguminosas. Outros alimentos na dieta da lactante que podem contribuir para a ocorrência de cólica incluem leite de vaca, banana, frutas silvestres, e qualquer coisa que contenha cafeína.
A lactante que amamenta um bebê com cólica deve minimizar a quantidade de alimentos crus na sua dieta. A dieta da lactante deve consistir em 70 a 80% de alimentos cozidos e apenas 20 a 30% de alimentos crus. Siga uma dieta simples.
Se seu bebê com cólica toma mamadeira, sua fórmula pode estar causando o problema. Pergunte ao seu médico se é aconselhável usar uma fórmula infantil diferente.


SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS

O Lactobacillus acidophilus promove uma flora intestinal saudável, o que facilita a digestão e pode debelar a cólica. A lactante deve tomar ½ colher de chá, duas vezes ao dia. Dê ao seu bebê que toma mamadeira 1/8 colher de chá de pó de acidófilos, dissolvida na fórmula, duas vezes ao dia.
O Lactobacillus bifidus é outra bactéria benéfica que ajuda a melhorar a digestão. Alguns especialistas pensam que essa bactéria pode ser mais eficaz que o Lactobacillus acidophilus para bebês. A lactante deve tomar uma dose, duas vezes ao dia. Dê ao bebê que toma mamadeira 1/8 colher de chá de pó de acidófilos, dissolvida na fórmula, duas vezes ao dia

TRATAMENTO FITOTERÁPICO

O chá de camomila é um calmante e relaxante conhecido. A lactante deve beber uma xícara, duas vezes ao dia. Dê ao bebê que toma mamadeira 1 colher de chá, três vezes ao dia, no leite ou na água, durante três ou quatro dias. Em seguida, diminua a dose para duas vezes ao dia.
O funcho também pode ser útil para aliviar a cólica. A lactante pode beber uma xícara de chá de funcho, três vezes ao dia. Ou dilua uma xícara de chá de funcho em duas xícaras de água e dê ao bebê 1 colher de chá, quatro vezes ao dia.
A lactante pode beber uma xícara de chá de gengibre, três vezes ao dia, para ajudar a aliviar a cólica do seu bebê.
O chá de hortelã-pimenta ajuda a acelerar o tempo de esvaziamento do estômago, melhora a digestão e atua como anti-flatulento. Dê ao seu filho 1 colher das de chá de chá de hortelã-pimenta, de quatro a cinco vezes ao dia.
Observação: Se estiver dando ao seu filho chá de hortelã-pimenta e um preparado homeopático, faça um intervalo de uma hora entre um e outro. Do contrário, o forte cheiro do hortelã-pimenta pode interferir na ação do remédio homeopático.
Tente dar ao seu bebê um chá de várias ervas. Pesquisadores israelenses administraram uma dose diária de cerca de ½ xícara de chá feito de camomila, alcaçuz, funcho, e erva cidreira a bebês com episódios de cólicas e descobriram que os sintomas diminuíram em mais da metade das crianças estudadas

HOMEOPATIA

Como a maioria das fórmulas homeopáticas, os remédios relacionados são específicos para um determinado sintoma. Com base no seu conhecimento do seu bebê com cólica, escolha o remédio adequado.

Colocynthis e Magnesia phosphorica, dois relaxantes abdominais, são os remédios homeopáticos mais receitados para cólica. São eficazes principalmente quando usados conjuntamente. Dissolva uma dose de Colocynthis 6ch e uma dose de Magnésia phosphorica 6ch em um pouco de água mineral na temperatura ambiente. Encha todo um contra-gotas e esguiche-o totalmente na boca do seu bebê, três vezes ao dia, conforme necessário. Se a cólica do seu bebê não tiver diminuído após dois dias, pare de dar o remédio. Muito provavelmente, não surtirá qualquer efeito.
Carbo vegetabilis é um remédio homeopático para o bebê com cólica, que apresenta o rosto pálido e o abdomem superior distendido. Suas pernas podem estar frias dos pés aos joelhos. Esse bebê é agitado e chora mesmo quando amamentado ou alimentado, e arrota durante muito tempo após comer. Parece sentir-se melhor quando está no colo e pior quando colocado no berço. Dê a essa criança, Carbo vegetabilis 9ch, dissolvendo uma dose em 250 miligramas de água mineral e esguichando algumas gotas na sua boca, três vezes ao dia, durante dois dias ou até que os sintomas melhorem.
Se seu bebê tiver o rosto vermelho e quente, choro alto e irritado, mas parar de chorar por um breve período quando colocado no colo, dê-lhe Camomila 9ch ou 15ch. Dissolva uma dose em 250 mililitros de água mineral e esguiche algumas gotas na sua boca, três vezes ao dia, durante dois dias ou até que os sintomas melhorem.
Existem fórmulas homeopáticas para cólica que podem oferecer alívio ao seu bebê. Siga as orientações sobre dosagem indicadas no rótulo do produto.


RECOMENDAÇÕES GERAIS

Se tiver um bebê com cólica, procure não ficar nervoso. O estresse e a tensão - tanto seus quanto do bebê - podem contribuir para a cólica e piorar o problema. Se sentir que sua frustração está fugindo de seu controle, converse com um profissional de saúde. Busque apoio emocional e terapia. No meio de um choro relacionado à cólica, experimente uma das seguintes sugestões. Alguns bebês reagem a algumas; alguns (infelizmente) não reagem a nenhuma.

Para ajudar a relaxar as câimbras musculares e acalmar seu bebê, coloque-o sobre seus joelhos ou contra seu peito com um saco de água morna entre você e a barriga do seu bebê.
Se seu bebê adorar água, experimente um banho morno e calmante.
Massageie a barriga do seu bebê com uma loção ou óleo sem álcool. Seguindo o caminho natural dos intestinos, esfregue suavemente do "canto" direito inferior do abdome até a parte inferior da caixa torácica, descendo para o "canto" esquerdo inferior; repita a operação.
Alguns bebês reagem quando são acariciados e ninados. Muitos bebês se acalmam quando você os coloca no colo e anda com eles.
Alguns bebês preferem a segurança de serem bem enrolados em um cobertor; alguns preferem cobertas soltas que permitam a livre movimentação. Tente descobrir o que seu bebê prefere.
Os bebês com sintoma nervoso sensível podem reagir melhor com a diminuição de estímulos externos. Experimente uma iluminação fraca, menos toques e uma atmosfera tranqüila.
Alguns bebês reagem à música calma e tranqüilizante; alguns a gravações de batimentos cardíacos; alguns a gravações dos sons com os quais conviveram nos nove meses de vida uterina, que incluem os batimentos cardíacos da mãe e o som constante do fluxo sangüíneo da mãe circulando no seu corpo. Curiosamente, o som da máquina de lavar roupa muitas vezes parece ter o mesmo efeito.
O movimento vigoroso distrai alguns bebês com cólica. Ouvir música animada e saltitar com o bebê no colo talvez não seja sua atividade predileta às 3 horas da manhã, mas sabe-se que tem surtido efeito.
Faça seu bebê "pedalar". Com o bebê deitado de costas no chão, movimente suavemente suas pernas, como se ele estivesse pedalando. Pratique esse exercício várias vezes, todos os dias. Esses movimentos passivos das pernas podem trazer conforto ao sistema digestivo do seu bebê.
Faça um curso de massagem infantil para aprender como a massagem ajuda o crescimento e desenvolvimento geral do seu bebê. Seu professor também pode lhe ensinar massagens e técnicas específicas para debelar a cólica.


PREVENÇÃO

Tome nota dos acessos de irritabilidade e choro do seu filho e procure um denominador comum. Veja se seu filho chora mais ou menos na mesma hora, todos os dias. Tente determinar se certos alimentos ou atividades levam ao choro. Se descobrir uma relação, elimine o alimento ou a atividade que considera a causa.
Crie um ambiente calmo enquanto alimenta seu bebê e aproveite esse momento junto com seu filho. Ouça músicas relaxantes. Certifique-se de que você e o bebê estão fisicamente confortáveis. Vista-se e ao seu bebê de forma que não sintam frio e estejam à vontade. Garanta que a fralda do seu bebê não esteja muito apertada.
Ao alimentar seu bebê, tente segurá-lo em uma posição ereta para que o ar fique acima do leite no seu estômago. Isso ajudará seu bebê a expulsar o ar quando arrotar.
Se estiver dando mamadeira ao seu bebê, verifique o tamanho do furo no bico. O leite deve pingar lentamente quando a mamadeira ficar de cabeça para baixo. Se o furo for muito pequeno ou muito grande, seu bebê pode ingerir muito ar enquanto estiver mamando.
Para controlar a quantidade de ar que o bebê engole enquanto mama, limite o tempo em que realmente mama a dez minutos. Após cerca de 50 mililitros de líquido, tente fazer com que seu bebê arrote (mas não fique desanimado se ele não arrotar).
No final de cada mamada completa, ponha seu bebê para arrotar durante dez minutos. Fique calmo. Alguns minutos a mais, agora, podem evitar um acesso de cólica mais tarde.
Se seu bebê não conseguir arrotar após cerca de dez a quinze minutos, coloque-o em uma posição ereta durante cerca de uma hora e tente novamente.
Se estiver amamentando seu bebê, elimine os alimentos relacionados na seção Diretrizes Alimentares, e investigue a possibilidade de alergia alimentares.
A lactante deve tomar um suplemento de Lactobacillus acidophilus ou bifidus. Se estiver dando mamadeira ao seu filho, administre o suplemento dissolvido no leite.
Tente evitar dar muita ou pouca comida ao seu bebê. Regurgitar o alimento após mamadas pode indicar superalimentação; choro ou sucção contínua após a mamada pode indicar subalimentação. Faça o que seu filho mandar. Se seu bebê estiver engordando e se desenvolvendo normalmente, você provavelmente estará no caminho certo.

O QUE CAUSA A CÓLICA?

Embora há muito se presuma que a cólica seja um sinal de dor por gases, na verdade nunca se provou que todos os bebês ou a maioria dos bebês com cólica realmente tenham gases abdominais. A causa certa do problema continua a desconcertar a medicina. Além da possibilidade de dor por gases, há uma série de outras hipóteses relativas às causas da cólica, inclusive:

Alergia à proteína do leite materno ou à fórmula infantil.
Técnicas incorretas de alimentação.
Espasmos do cólon.
Trato intestinal imaturo e hiperativo.
Sistema nervoso imaturo e altamente sensível.
Temperamento.
Tensão em casa.
Ansiedade dos pais.
Má interpretação do choro por parte dos pais.

Provavelmente, uma combinação de alguns desses fatores, na verdade, faz parte da maioria dos casos de cólica infantil.