2.03.2009

ARTRITE / OSTEOARTRITE / REUMATISMO


O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ARTRITE, OSTEOARTRITE E REUMATISMO

O que é artrite?
Artrite é uma inflamação da articulação, que provoca dor, limitação de movimento e até deformidades, podendo afetar adultos, em qualquer idade, e crianças.

O que é artrose?
Artrose é uma doença degenerativa da articulação, sendo a forma mais comum das doenças músculo-esqueléticas. Afeta preferencialmente as pessoas a partir da meia idade e envolve mais freqüentemente as seguintes articulações: coluna cervical, lombar, joelhos, quadris e os dedos das mãos. Quase 70% das pessoas acima dos 70 anos têm evidências radiológicas desta doença e grande parte não apresenta nenhum sintoma.

Qual a definição de osteoartrite?
Osteoartrite é a forma mais comum de artrite e a principal causa de incapacidade nos Estados Unidos. É uma doença das articulações, degenerativa e progressiva, na qual a cartilagem que reveste as extremidades ósseas se deteriora, causando diferentes graus de dor, inflamação e incapacidade.

Como se define artrite reumatóide?
É uma doença crônica, de causa desconhecida, que provoca inflamação nas articulações (dor, rigidez, inchaço e perda da função), com tendência a ser persistente, determinando deformidades e invalidez. Predomina em mulheres adultas, mas ambos os sexos são acometidos, mesmo as crianças. Às vezes atinge outros órgãos, por exemplo, olhos, coração, pulmão e sistema nervoso.

O que é reumatismo?
O reumatismo não é uma doença, mas um grupo de doenças que em algum momento provoca dor ou incapacidade funcional nas articulações, músculos, tendões ou ossos. Pode também causar inflamações nos tecidos conjuntivos de outras partes do corpo (rim, pulmão, pele, etc).

Qual a causa dessas doenças?
Não existe uma causa única para as doenças reumáticas. São aproximadamente 200 doenças com causas diferentes. Por exemplo, a artrite infecciosa é provocada por bactérias ou fungos; a artrite reumatóide, o lúpus eritematoso e outras doenças do tecido conjuntivo têm causas imunogenéticas; a gota tem causa metabólica (excesso de ácido úrico); as tendinites e bursites são provocadas por traumatismo ou movimentos de repetição. Enfim, múltiplas causas para doenças muito diferentes.

Existe alguma forma de preveni-las?
Algumas podem ser prevenidas, como, por exemplo, uma artrose provocada por uma deformidade congênita, a qual pode ser evitada caso essa deformidade seja corrigida precocemente. Uma outra doença prevenível é a osteoporose, quando as mulheres jovens são devidamente orientadas. A gota também pode ser prevenida, tratando-se o excesso de ácido úrico no sangue, antes que ele forme cristais e se deposite na articulação, provocando inflamação, dor e incapacidade. Manter o peso ideal com exercícios e dietas é uma boa maneira de prevenir doenças.

Por que são chamadas de doenças incapacitantes?
Porque um processo inflamatório que leve à dor e posteriormente a alguma deformidade pode tornar o paciente incapaz de realizar movimentos. A própria dor e a inflamação impedem os pacientes de se movimentarem.

Existe alguma parcela da população na qual essas doenças são mais freqüentes? Por quê?
Determinadas doenças atingem, por exemplo, mais as crianças, como a febre reumática. Isto porque essa doença é conseqüência de uma infecção de garganta que atinge mais as crianças. As artrites infecciosas atingem mais as crianças e os idosos, pela deficiência imunológica. A artrite reumatóide e o lúpus eritematoso sistêmico atingem preferencialmente as mulheres em virtude da participação hormonal nestas doenças. A artrose atinge geralmente pessoas de mais idade. Curiosamente, essas doenças são normalmente mais freqüentes e mais graves em indivíduos de classe sócio-econômicas menos favorecidas.

Qual a incidência de osteoartrite na população mundial? E no Brasil?
Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 20 milhões de americanos são portadores de osteoartrite. No Brasil, mais de 15 milhões de pessoas sofrem de osteoartrite. Nos Estados Unidos, 2 milhões de americanos sofrem de artrite reumatóide, sendo 60 % mulheres. No Brasil são 1 milhão e 500 mil.

Como é o tratamento padrão dessas doenças?
Como são doenças de causas diferentes, o tratamento é diferenciado e complexo para cada uma delas, no entanto nas doenças onde existe inflamação o uso de medicamentos antiinflamatórios torna-se imperativo.

É um tratamento eficaz?
Em determinados casos sim, porém muitas vezes é preciso usar antiinflamatórios não-esteróides (AINEs) durante um período longo, o que acarreta efeitos colaterais, além de associá-los a muitos outros medicamentos, também potencialmente tóxicos.

O que se pode dizer a respeito dos efeitos colaterais gastrointestinais ocasionados pelo uso dos AINEs? Por que eles são tão freqüentes?
Os AINEs, devido ao seu uso disseminado, causam mais hospitalizações e mortes do que qualquer outra classe de medicamentos disponível no mercado. Os AINEs inibem a enzima COX-1 (cicloxigenase-1), que produz substâncias que se acredita serem responsáveis pela manutenção das funções orgânica importantes, como a proteção da mucosa gástrica. Com isso, podem causar efeitos gastrointestinais graves, tais como perfurações do estômago, úlceras e sangramentos.
Como se manifesta a artrite reumatóide?
Em algumas pessoas, a doença pode evoluir sem apresentar sintomas. Muitas juntas com evidência radiográfica de osteoartrite podem permanecer sem sintomatologia por longos períodos.

O aparecimento de sintomas é usualmente lento. A princípio surge dor intermitente (que aparece e desaparece) na junta atingida, geralmente relacionada a esforço físico.

Pode também ocorrer sensação de rigidez articular, associada a um estado de dor de difícil localização. Alguns pacientes sofrem diminuição gradual da amplitude de movimentos das articulações afetadas.

Um trauma pode transformar uma articulação com osteoartrite sem sintoma em uma articulação muito dolorosa. Por exemplo, o indivíduo pode não perceber qualquer problema em seus joelhos até que uma contusão nesse local torne a região bastante dolorida, levando ao aparecimento inicial de sinais e sintomas da doença – veja quadro 2.

OSTEOARTRITE

Principais sinais e sintomas

Sinais Pontos dolorosos nas margens da articulação
Sensibilidade exagerada na articulação
Inchaço articular
Crepitações (atritos)
Derrame intra-articular
Movimentos restritos e dolorosos
Atrofia muscular periarticular
Enrijecimento da articulação
Instabilidade articular
Sintomas Dor relacionada a exercício físico
Dor ao repouso
Dor noturna
Rigidez após inatividade (tempo parado)
Perda de movimento
Sensação de insegurança ou de instabilidade
Limitação funcional
Incapacidade

A dor é, sem dúvida, o sintoma mais importante e comum da osteoartrite. Sua intensidade varia muito, podendo ser bem leve ou muito intensa, com variações semanais ou até diárias. Pode ser pior no final do dia ou no final de semana. Em geral, a sensação de dor piora com o uso da articulação afetada, e assim permanece por horas após a interrupção da atividade física. Enquanto a maioria sente dores relacionadas ao exercício físico, alguns pacientes descrevem dor ao deitar-se e outros, dor noturna. Alguns relatam sensações de “pontadas” durante certos movimentos ou com a sustentação de peso.

A sensação de rigidez articular é referida pela maior parte dos portadores da doença, podendo ser difícil iniciar os movimentos, dando a impressão de que a articulação acometida está “presa”. Essa sensação, porém, vai gradativamente desaparecendo com a movimentação. A rigidez ocorre após um período sem movimentação e, geralmente, não dura mais que 30 minutos.

A restrição de movimentos pode ser descoberta na evolução da doença, sendo, com freqüência, acompanhada de dor, que tende a ser pior no final da amplitude do movimento realizado.

Muitos pacientes com osteoartrite queixam-se também de sensação de insegurança ou de instabilidade nas articulações comprometidas. Alguns dizem ter a impressão de que a articulação “falha” no seu desempenho.

Dependendo da gravidade da doença, pode haver diferentes graus de atrofia muscular (diminuição do tamanho dos músculos) na região próxima à articulação afetada.

Durante a execução de movimentos, podem ser percebidas crepitações (estalos), devido ao atrito das superfícies articulares que encontram-se irregulares, interferindo com os movimentos normalmente suaves.

O inchaço, muitas vezes sensível ao toque, é outro sinal freqüente de osteoartrite. Pode variar em volume e manter-se por períodos variados de tempo.

Nos casos mais avançados, pode haver grande destruição das estruturas articulares, com importantes deformidades e conseqüente perda de função, impondo ao paciente dificuldades na sua rotina como, por exemplo, perda de habilidade para vestir-se sozinho, limitações para subir ou descer escadas ou até para caminhar pequenas distâncias.

Fonte: MSD

Um comentário:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

Osteoartrite
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Osteoartrite
Classificações e recursos externos
CID-10 M15-M19, M47
CID-9 715
OMIM 165720
DiseasesDB 9313
MedlinePlus 000423
eMedicine med/1682 orthoped/427 pmr/93 radio/492
A osteoartrite ou artrose (artrite degenerativa, doença degenerativa das articulações) é uma perturbação crônica das articulações caracterizada pela degeneração da cartilagem e do osso adjacente, que pode causar dor articular e rigidez.

A artrose, a perturbação articular mais freqüente, afeta em algum grau muitas pessoas por volta dos 70 anos de idade, tanto homens como mulheres. Contudo, a doença tende a desenvolver-se nos homens numa idade mais precoce. A artrose também pode aparecer em quase todos os vertebrados, inclusive peixes, anfíbios e aves. Os animais aquáticos como os golfinhos e as baleias podem sofrer de artrose, contudo, esta não afeta nenhum dos tipos de animais que permanecem pendurados com a cabeça para baixo, os morcegos e as preguiças. A doença está tão amplamente difundida no reino animal que alguns médicos pensam que pode ter evoluído a partir de um antigo método de reparação da cartilagem.

Persistem ainda muitos mitos sobre a artrose, por exemplo que é um traço inevitável de envelhecimento, como os cabelos grisalhos e as alterações na pele; que conduz a incapacidades mínimas e que o seu tratamento não é eficaz. Embora a artrose seja mais freqüente em pessoas de idade, a sua causa não é a simples deterioração que implica o envelhecimento. A maioria das pessoas afetadas por esta doença, especialmente os mais jovens, apresentam poucos ou nenhum sintoma; contudo, algumas pessoas adultas desenvolvem incapacidades significativas.

Índice [esconder]
1 Causas
2 Sintomas
3 Tratamento
4 Ligações externas



[editar] Causas
As articulações têm um nível tão pequeno de fricção que não se desgastam, salvo se forem excessivamente utilizadas ou danificadas. É provável que a artrose se inicie com uma anomalia das células que sintetizam os componentes da cartilagem, como o colágeno (uma proteína resistente e fibrosa do tecido conjuntivo) e os proteoglicanos (substâncias que dão elasticidade à cartilagem). A cartilagem pode crescer demasiado, mas finalmente torna-se mais fina e surgem gretas na sua superfície. Formam-se cavidades diminutas que enfraquecem a medula do osso, debaixo da cartilagem. Pode haver um crescimento excessivo do osso nas bordas da articulação, formando tumefações osteófitos que podem ver-se e sentir-se ao tato. Estas tumefações podem interferir no funcionamento normal da articulação e causar dor.

Por fim, a superfície lisa e regular da cartilagem torna-se áspera e esburacada, impedindo que a articulação possa se mover com facilidade. Produz-se uma alteração da articulação pela deterioração de todos os seus componentes, quer dizer, o osso, a cápsula articular (tecidos que envolvem algumas articulações), a membrana sinovial (tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem.

Existem duas classificações da artrose; primária (idiopática), quando a causa é desconhecida, e secundária, quando a causa é outra doença, como a de Paget, uma infecção, uma deformidade, uma ferida ou o uso excessivo da articulação. São especialmente vulneráveis os indivíduos que forçam as suas articulações de forma reiterada, como os operários de uma fundição ou de uma mina de carvão e os condutores de veículos pesados. Contudo, os corredores profissionais de maratona não têm um maior risco de desenvolvimento desta perturbação. Embora não exista uma evidência conclusiva a esse respeito, é possível que a obesidade (que coma menos) seja um fator importante no desenvolvimento da artrose.


[editar] Sintomas
Ao chegar aos 40 anos de idade, muitas pessoas manifestam sinais de artrose nas radiografias, especialmente nas articulações que sustentam o peso (como o quadril), mas relativamente poucas apresentam sintomas.

Em geral, os sintomas desenvolvem-se gradualmente e afetam inicialmente uma ou várias articulações (as dos dedos, a base dos polegares, o pescoço, a zona lombar, o dedo grande do pé (hálux), o quadril e os joelhos). A dor é o primeiro sintoma, que aumenta em geral com a prática de exercício. Em alguns casos, a articulação pode estar rígida depois de dormir ou de qualquer outra forma de inatividade; contudo, a rigidez costuma desaparecer 30 minutos depois de se iniciar o movimento da articulação.

A articulação pode perder a mobilidade e inclusive ficar completamente rígida numa posição incorreta à medida que piora a lesão provocada pela artrose. O novo crescimento da cartilagem, do osso e outros tecidos pode aumentar o tamanho das articulações. A cartilagem áspera faz com que as articulações ranjam ou crepitem ao mover-se. As protuberâncias ósseas desenvolvem-se com freqüência nas articulações das pontas dos dedos (nódulos de Heberden).

Em algumas articulações (como o joelho) os ligamentos que rodeiam e sustentam a articulação distendem-se de tal maneira que esta se torna instável. Tocar ou mover a articulação pode ser muito doloroso.

Em contraste, o quadril se torna rígido, perde o seu raio de ação e provoca dor ao mover-se. A artrose afeta com freqüência a coluna vertebral. A dor de costas é o sintoma mais freqüente. As articulações lesadas da coluna costumam causar apenas dores leves e rigidez.

Contudo, se o crescimento ósseo comprime os nervos, a artrose do pescoço ou da zona lombar pode causar entorpecimento, sensações estranhas, dor e fraqueza num braço ou numa perna. Em raras ocasiões, a compressão dos vasos sanguíneos que chegam à parte posterior do cérebro. Origina-se então problemas de visão, sensação de enjôo (vertigem), náuseas e vômitos. Por vezes o crescimento do osso comprime o esôfago, dificultando a deglutição.

A artrose segue um desenvolvimento lento na maioria dos casos depois do aparecimento dos sintomas. Muitas pessoas apresentam alguma forma de incapacidade, mas, em certas ocasiões, a degeneração articular detém-se.


[editar] Tratamento
Tanto os exercícios de alongamento como os de fortalecimento e de postura são adequados para manter as cartilagens em bom estado, aumentar a mobilidade de uma articulação e reforçar os músculos circundantes de maneira que possam amortecer melhor os impactos. O exercício deve ser compensado com o repouso das articulações dolorosas; contudo, a imobilização de uma articulação tende mais a agravar a artrose do que a melhorá-la. Os sintomas pioram com o uso de cadeiras, colchões e assentos de automóvel demasiado moles. Recomenda-se o uso de cadeiras com costas retas, colchões duros ou estrados de madeira por baixo do colchão. Os exercícios específicos para a artrose da coluna vertebral podem ser úteis; contudo, são necessários suportes ortopédicos para as costas em caso de problemas graves. É importante manter as atividades diárias habituais, desempenhar um papel ativo e independente dentro da família e continuar a trabalhar.

Também são úteis a fisioterapia e o tratamento com calor local. Para aliviar a dor dos dedos é recomendável, por exemplo, aquecer cera de parafina misturada com óleo mineral a uma temperatura de 48 °C a 51 °C, para depois molhar os dedos, ou tomar banhos mornos ou quentes. As talas ou suportes podem proteger articulações específicas durante atividades que gerem dor. Quando a artrose afeta o pescoço, podem ser úteis as massagens realizadas por terapeutas profissionais, a tração e a aplicação de calor intenso com diatermia ou ultra-sons.

Os medicamentos são o aspecto menos importante do programa global de tratamento. Um analgésico como o paracetamol (acetaminofeno) pode ser suficiente. Um antiinflamatório não esteróide, como a aspirina ou o ibuprofeno, pode diminuir a dor e a inflamação. Se uma articulação se inflama, incha e provoca dor repentinamente, os corticosteróides podem ser diretamente injetados nela, embora isto só possa proporcionar alívio a curto prazo.

A aplicação intra-articular de ácido hialurônico, mesoterapia, transplante de cartilagem, suplementação de glicosamina-condroitina, aparecem como novas modalidades terapêuticas.

A cirurgia pode ser útil quando a dor persiste apesar dos outros tratamentos. Algumas articulações, sobretudo o quadril e o joelho, podem ser substituídas por uma artificial (prótese) que, em geral, dá bons resultados: melhora a mobilidade e o funcionamento na maioria dos casos e diminui a dor de forma notória. Portanto, quando o movimento se vê limitado, pode considerar-se a possibilidade de uma prótese da articulação.

Fonte: wikipedia