5.15.2009

Desenvolvida vacina contra infecções da bactéria E. coli


Desenvolvida vacina contra infecções da bactéria E. coli


A Escherichia coli (E. coli) é uma das bactérias mais conhecidas dos cientistas de todo o mundo. Ainda sim, ela continua matando de 2 a 3 milhões de crianças por ano, sendo responsável por dois terços de todas as infecções por diarréia nas regiões mais pobres do mundo.

Essas infecções agora poderão ser evitadas, graças ao trabalho da equipe do professor Mahdi Saeed, da Universidade de Michigan (EUA) - eles criaram uma vacina para imunização contra as infecções causadas pela E. coli.

"Criando essa vacina nós vamos salvar vidas. As implicações são maciças," diz o Dr. Saeed. "Esta cepa de E. coli é um desafio internacional de saúde que tem um impacto gigantesco para a humanidade."

Reforçando a toxina para criar imunidade

O desafio dos pesquisadores foi encontrar uma forma de inibir as toxinas causadoras de infecção produzidas pela E. coli. Como as moléculas das toxinas são muito pequenas elas não ativam o sistema imunológico do organismo humano, permitindo que a mesma pessoa fique doente repetidas vezes, frequentemente com implicações cada vez mais graves.

Saeed e seus colegas criaram um carreador biológico que se une à toxina da E. coli. Uma vez introduzido no organismo humano, o composto toxina mais carreador biológico ativa o sistema imunológico, que desenvolve imunidade contra o ataque, evitando a infecção.

O papel do carreador biológico é na verdade o de aumentar o poder de infecção da toxina - a toxina aumenta sua atividade biológica em até 40% com a união com o carreador biológico, o que ativa uma resposta do sistema imunológico.

Constipação intestinal e urinária e uso veterinário

A vacina contra a E. coli também poderá ajudar pacientes que receberam anestesia durante um procedimento cirúrgico. Alguns pacientes apresentam um tipo de constipação intestinal que hoje geralmente não é tratada devido aos efeitos colaterais dos laxantes. A vacina contra a E. coli mostrou-se eficaz contra o problema, podendo também tratar alguns tipos de retenção urinária.

Segundo os pesquisadores, a vacina também poderá ter utilização veterinária, evitando infecções que causam grandes prejuízos em rebanhos no mundo inteiro.

Licenciamento de patente

Até o momento, os testes com a nova vacina foram feitos em camundongos e coelhos. Os pesquisadores esperam obter aprovação para o início dos testes em humanos ainda neste ano. Mesmo neste estágio, contudo, a pesquisa já atraiu a atenção da indústria farmacêutica e as negociações já estão em andamento para o licenciamento da patente da nova vacina.


Fonte: Diário da Saúde

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