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6.21.2009
RIM
Irmãos de rim
Segundo a lista divulgada pelo Ministério da Saúde, quase 70 mil pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil. Entre eles, a maioria espera pela chance de conseguir um novo rim. Esta realidade é retratada no filme “Irmãos de Rim”, curta-metragem de Cesar Gananian e Dinho Wolff que mostra a história de algumas dessas pessoas, especialmente crianças, que enfrentam a longa espera por um órgão sadio. O espectador fica conhecendo mais profundamente essa rotina de tratamento e incansável espera. A situação felizmente parece estar melhorando: segundo dados recentes, a quantidade de transplantes realizados no primeiro semestre do ano passado subiu 15,68% em relação ao mesmo período de 2007. As emocionantes histórias presentes no documentário servem como estímulo para quem pensa em ser doador.
Cada vez menos invasivas
No UT Southwestern Medical Center, um grupo de especialistas em cirurgias laparoscópicas realizou nessa semana a primeira extração de rim por meio de apenas uma pequena incisão no umbigo. “A cirurgia laparoscópica já permite que os pacientes sofram incisões menores, menos dores e uma recuperação mais rápida. Essa técnica transumbilical é uma extensão da laparoscopia e praticamente elimina a cicatriz”. Na nova técnica os cirurgiões fazem três incisões na região do umbigo, para em seguida conectá-las e tornar o orifício suficientemente grande para permitir a passagem do rim. Trata-se, certamente, de um grande avanço na direção de cirurgias cada vez menos invasivas. O artigo completo será publicado na próxima edição do Journal of Urology.
O gênero dos transplantes
Um grupo de pesquisadores suíços investigou quase 200 mil transplantes de rim realizados entre 1985 e 2004 e encontrou um aumento de 8% nas chances de rejeição do órgão quando rins masculinos foram transplantados para mulheres. Apesar de pioneira em relação ao trasplante de rim, essa não é a primeira pesquisa que relaciona o sexo do doador ao modo com o órgão é recebido pelo receptor. Em transplantes de células-tronco, homens que recebem células de mulheres têm um risco mais alto de rejeição, assim no caso inverso. O estudo completo sobre a influência do gênero sobre o sucesso de um transplante de rim foi publicado recentemente na revista médica The Lancet.
Transplantes simultâneos
Seis receptores receberam órgãos de seis doadores durante uma operação realizada no Johns Hopkins Hospital, em Maryland (EUA). Entre amigos e parentes, cinco pacientes já tinham doadores cujo rim era incompatível a eles, mas compatível a outro menbro do grupo. Assim que um sexto doador foi descoberto, decidiu-se pela realização dos seis transplantes simultâneos - para eliminar as chances de que algum dos doadores desistisse. Cerca de 100 profissionais foram necessários para a série de cirurgias, desde imunogeneticistas a psicólogos. Apesar da complexidade do processo, acredita-se que os transplantes simultâneos devem tornar-se cada vez mais freqüentes, uma vez que reduzem o tempo de espera por um órgão compatível.
tratamento probiótico
Pesquisadores da Universidade de Boston descobriram em uma bactéria intestinal a possibilidade de prevenir cálculos renais. Segundo eles, pessoas que naturalmente carregam a bactéria Oxalobacter formigenes são 70% menos suscetíveis a ter pedras no rim, já que ela é capaz de quebrar o oxalato de cálcio, composto formador das pedras. A próxima etapa consiste em testar a bactéria em tratamentos probióticos, estimulando o equilíbrio das bactérias no intestino. Resultados positivos poderão levar a um tratamento profilático para pessoas com tendência a desenvolver pedras no rim. Segundo o urologista Derek Machin, profilaxias para estes casos são um grande avanço pois os tratamentos disponíveis hoje em dia não são 100% eficazes.
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Uma equipe de pesquisadores do National Insititute of Health comparou os hábitos alimentares de dois grupos: o primeiro era composto por pessoas saudáveis e o segundo, por pessoas com problemas renais. Depois de analisar os resultados, concluiu-se que o consumo diário de dois copos de refrigerante a base de cola pode duplicar as chances de desenvolver insuficiências renais crônicas. Essa relação está associada ao ácido fosfórico, que descalcifica os ossos. O estudo foi publicado no jornal Epidemiology e novas pesquisas sobre o tema já estão sendo realizadas.
‘Charles Darwin - Em um futuro não tão distante’ é o resultado de palestras proferidas por renomados pesquisadores durante a apresentação da exposição Darwin, realizada no Brasil, pelo Instituto Sangari em parceira com o American Museum of Natural History (AMNH), um dos maiores museus de história natural do mundo.
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