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6.23.2009
Pais de 37% das crianças do Rio não prestam atenção a prazos e doses de imunizantes ao levar filhos a postos
Vacina sem efeito por descuido
POR PÂMELA OLIVEIRA
Foto: Alex Mansour
Rio - Poliomielite, tétano e sarampo: três exemplos de doenças graves que podem levar à morte e que, no entanto, não têm recebido atenção necessária dos pais. No Rio, 37% das crianças com até 2 anos não tomam de maneira correta as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde — com doses e intervalos respeitados —, segundo levantamento da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fiocruz. A média nacional de crianças com o mesmo problema é de 32%. O Rio é a oitava capital pior colocada.
“Os intervalos e doses têm que ser respeitados para que a vacina traga a resposta imunológica desejada, ou seja, para que faça efeito”, diz Andreia Ayres, gerente de doenças imunopreveníveis e de transmissão respiratória da Secretaria Estadual de Saúde.
O trabalho aponta ainda que apenas 75% das crianças do Rio na mesma faixa etária tomaram todas as vacinas previstas, como o Informe do DIA noticiou ontem. “Os dados preocupam. Temos visto que vacinas contra doenças erradicadas no País, como pólio, têm sido deixadas de lado. Alguns pais sabem que essas doenças não têm ocorrido e não vacinam os filhos. Isso é um erro. A poliomielite ainda existe na África e Ásia e pode voltar”, afirmaAyres. O trabalho, feito a partir da consulta a cadernetas de vacinação, aponta pequena diferença entre as classes sociais. “As classes mais baixas estão se vacinando mais do que as altas”, afirma a pesquisadora Silvana Granado, que coordenou o estudo no Rio.
Os dados, do Inquérito de Cobertura Vacinal nas áreas urbanas, mostram que a maior cobertura é em Curitiba (PR), com 98% das crianças em dia. A média do País é de 81%.
O Dia
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