5.09.2015

Consultor do governo australiano afirma que mudança climática é uma farsa da ONU



Maurice Newman atacou a organização alegando pouca
 evidência do fenômeno 




Rio -  As muitas pesquisas dos principais centros científicos
 do mundo dando conta das mudanças já vividas no planeta
 não convencem os chamados "céticos do clima". 
 Um dos principais consultores empresariais do governo
 australiano afirmou em um artigo de opinião para o jornal
 "The Austrlian" que as mudanças climáticas são uma farsa
 das Nações Unidas.  A maioria dos modelos climáticos estavam
 errados e havia pouca evidência de mudança climática, disse 
Maurice Newman.  Ele alegou que a ONU tinha usado o fenômeno
 como um “gancho” para estabelecer e controlar uma nova ordem
 mundial - comentários que causaram rejeição de especialistas 
no assunto.

A ONU, disse ele, estava gastando centenas de bilhões de
 dólares por ano em "fúteis políticas de mudança climática". 
 “A agenda real é autoridade política concentrada”, disse ele.
 “O aquecimento global é o gancho.”

Questionado em uma coletiva de imprensa o que ele achava 
das colocações de Newman, o ministro do Meio Ambiente, 
Greg Hunt, disse que indivíduos têm “direito de 
ter suas opiniões”.

Os governos de coalizão na Austrália têm uma história de
 ceticismo com mudança climática.  Uma das primeiras 
ações do atual governo quando ganharam poder em 
2013 foi despejar as taxas governamentais de trabalho 
sobre as emissões de carbono por causa do custo para 
a indústria.

A ONU diz que há um forte consenso científico de que 
o clima global está mudando e que a atividade humana
 contribui significativamente para esta tendência.  
Em uma base per capita, a Austrália é um dos maiores
 emissores mundiais de gases do efeito estufa.

“É um segredo bem guardado, mas constatou-se que
 95% dos modelos climáticos que teoricamente provavam
 a ligação entre as emissões humanas de CO2 e o
 aquecimento global catastrófico estão errados”, 
escreveu Newman, que preside o Conselho Consultivo
 Empresarial do primeiro-ministro Tony Abbott e é um
 ex-presidente da Bolsa Australiana.

Ele complementou, ainda, que o público tinha sido 
“submetido à extravagância de catastrofistas do 
clima por cerca de 50 anos”, e engoliu “previsões
 falhas” de agências meteorológicas que apresentaram
 dados “homogeneizados” para atender às narrativas. 
 A respeito do Painel Intergovernamental sobre Mudança 
do Clima, que analisa e avalia os trabalhos científicos
 relevantes para mudanças climáticas da ONU, Newman
 afirmou que este tinha sido exposto repetidamente por
 "declarações falsas e métodos de má qualidade”
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-do-governo-australiano-afirma-que-mudanca-climatica
-e-uma-farsa-da-onu?

Aquecimento global é uma grande mentira, diz doutor em Climatologia da USP

SÃO PAULO - Ricardo Augusto Felício, especialista em clima, crava também que tudo não passa de uma "balela" criada para fins políticos e econômicos

Marcel Andrade Paulo
Dr. Ricardo Augusto Felício, climatologista da USP, segue a corrente de cientistas que não acreditam na hipótese do aquecimento global
Dr. Ricardo Augusto Felício, climatologista da USP, segue a corrente de cientistas que não acreditam na hipótese do aquecimento global
Foto: Divulgação
Há pelo menos três décadas o tema sustentabilidade tomou conta da agenda internacional. Governos do mundo inteiro se dizem preocupados e montam estratégias de “como conservar o planeta”. Os possíveis malefícios que o chamado aquecimento global pode causar à humanidade nos são ensinados desde a época da escola, quase que na mesma proporção das quatro operações básicas da matemática e da concordância.
O efeito estufa e os buracos na camada de ozônio entraram na nossa casa por meio dos veículos de comunicação, que tomaram a pauta para si e veiculam as catástrofes anunciadas por cientistas.
Ser sustentável se tornou cool. Cuidar da natureza para mantê-la próspera e exuberante para as próximas gerações, uma obrigatoriedade. E se a esta altura viesse alguém com gabarito, teses científicas, e muitos argumentos embasados e convincentes dizer que tudo isso não basta de balela, impossível, e que por trás de todo este cataclisma criado, há muito mais poder político econômico, do que de fato algo que realmente está existindo?
Pois bem. Este alguém existe. E não é um único alguém. Há no mundo centenas de cientistas que tentam expor suas teses de que o aquecimento global não passa de uma farsa inventada.
No Brasil, um dos maiores expoentes desta corrente chama-se Ricardo Augusto Felício, doutor em Climatologia pela Universidade de São Paulo (USP), que junto com sua equipe do Departamento de Geografia tenta ecoar sua voz para mostrar que entramos numa rota equivocada, e que o debate precisa ser ampliado, para tratar deste assunto do modo como ele merece.
“A história do aquecimento global é baseada em um conceito físico que não existe, e não se consegue fazer evidência desta existência. É uma grande balela. Os cientistas perguntam onde estão as provas desta existência, e o lado de lá [cientistas e ambientalistas que acreditam] há 26 anos não nos apresentam”, crava o especialista.  “A força que eles conseguiram para manter esta ideia vem do caos ambiental. O aquecimento global se tornou o mal para todos os problemas da sociedade, e isso é ridículo”, afirma.
Efeito estufa e camada de ozônio
Os ambientalistas sustentam a tese de que o aquecimento global seria oriundo da re-emissão causada por gases ditos de "efeito estufa", graças a sua elevação de concentração na atmosfera, por exemplo, do dióxido de carbono (CO2). 
“O grande absurdo de tudo isso é achar que um elemento só controla tudo, dizendo que o CO2 ou qualquer outro gás causaria o efeito estufa. Este reducionismo é ridículo, é chamar todos os cientistas da história de idiotas.Primeiro, porque, quem controla (o clima da Terra é o Sol, e depois são os oceanos, que são 3/4 do planeta”, explica o climatologista
“O CO2 não tem nenhuma contribuição específica, sua taxa na atmosfera equivale a apenas 0,035%, no máximo, e a própria elevação deste gás é suspeita, se comparar medições de satélites com as de superfície, não batem. Não dá para acreditar nisso, primeiro por conta das medidas, segundo porque a hipótese é furada”, continua o climatologista. “A história deles é que estas moléculas fariam um jogo de ping-pong com a radiação infravermelha e voltariam para a Terra. Isso não dá para acreditar, porque primeiro se ela absorvesse a energia ela trabalharia em um processo isotrópico e deveria ir para todos os lados, e não como uma raquete que bate e volta para o planeta. O efeito estufa é uma teoria física que não existe, por conta de que nosso planeta tem esta temperatura, pois a atmosfera recebe a energia do Sol”,
Outro argumento para sustentar a teoria do aquecimento global, questionado pelo climatologista, refere-se ao derretimento do gelo nos oceanos, que estariam elevando o nível do mar.
“Para se ter uma ideia existem 160 mil geleiras no planeta, mas no máximo 50 são mapeadas. Vivemos no período interglacial, e nesta época, é da natureza dos gelos se derreterem, isso é geológico. O derretimento é resultado da devolução de água para o sistema hidrológico. Depois o processo se inverte, e a água é depositada nas geleiras em forma de neve. Isso é um ciclo natural muito estudado na natureza”, afirma. “E a geleira que hoje derrete está dentro do oceano, ou seja, é água dentro de água, não altera nada, por isso, não eleva o nível do mar. Ele tem seus ciclos e variações, que aumentam um pouco, o que é normal”, sustenta.
Interesses por trás
Felício também discorre que para manter este tema quente, indústrias, governos, mídia, e uma sociedade leiga neste assunto e com medo, dão combustível para que a cada dia o aquecimento global continue amedrontando o mundo inteiro. Ele ainda afirma que a grande maioria dos cientistas que atuam neste sentido é profissional que trabalhou durante a Guerra Fria (1945-1989), e com a queda do Muro de Berlim, ficaria desempregado. “Mudaram o tema da guerra termoglobal para aquecimento global”, coloca. “Estes cientistas gostam de simulações, as mesmas que faziam em casos de bombas, hoje fazem-se em criar possíveis catástrofes”, diz..
Além, claro, ainda de acordo com a sua visão, haver muito interesse econômico para sustentar a cocorrente “aquecimentista”.
“Vejamos o caso das patentes. A atual, (H)CFC (Hidroclorofluorcarboneto), irá vencer em breve. Ou seja, precisarão de uma nova, e nossos equipamentos que possuem este gás precisarão ser renovados, assim como parques industriais inteiros, já que criaram a história de que ele prejudica a camada de ozônio. Isso gera muito dinheiro, alguém está ganhando muito com isso. Não é bom acabar”, afirma. “Desculpe dizer, mas a mídia tem boa parte da culpa, porque segue esta agenda internacional”, continua. “Se prestar atenção o discurso ambientalista é favorável ao governo, pois assim sustenta mais impostos, age no cerceamento dos direitos civis, inclusive não faz obrigações ambientais, com a desculpa do aquecimento”, critica.
Rio + 20
No mês que vem a cidade do Rio de Janeiro irá sediar um dos eventos mais aguardados no mundo, o Rio + 20, que irá reunir governos do mundo inteiro para debater a questão ambiental e sustentável. Não é difícil imaginar que o mestre em climatologia é amplamente desfavorável a encontros deste tipo, e mais, sarcástico e irônico ao falar dele.
“A ‘casa está caindo’ lá na Europa, não precisa muito para eles começarem a se pegar. Precisa gerar lucro em algum lugar. Onde fazer isso? Na América Latina, suas antigas colônias. Em 1492 chegaram aqui com espelhos dizendo que os índios precisavam daquilo para sobreviver. Em 1992 a mesma coisa –, neste ano houve a Eco 92, também no Rio; Agora, eles veem aqui, um país subdesenvolvido, isso é dado do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que aponta que haja 40 milhões de brasileiros vivendo sem as necessidades básicas, como saneamento e comida na mesa, e dizem que precisamos nos preocupar com sustentabilidade. Me poupe. Não tem que se preocupar”, afirma o especialista.

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