2.16.2018

Cerca de 30% dos idosos têm alguma limitação em atividades diárias, como tomar remédio e se vestir



O Brasil tem hoje quase 30 milhões de idosos. Estamos vivendo mais, 

mas isto não significa 

que estamos vivendo melhor. 30% dos nossos idosos têm alguma limitação para fazer atividades 

diárias, como tomar remédio, se vestir e até atender ao telefone!

Cerca de 30% dos idosos têm alguma limitação em atividades diárias, como tomar remédio e se vestir
Por G1, São Paulo
 

Um vírus adormecido que faz um estrago quando desperta: herpes zoster. A doença atinge uma
 a cada quatro pessoas com mais de 50 anos e provoca uma dor terrível. Quem teve catapora
 corre mais risco. Existe vacina, mas pra quem ela está indicada? A geriatra Maisa Kairalla
 explica tudo no Bem Estar desta quarta-feira, 20 de dezembro.
Dra. Thereza de Lamare, diretora do departamento de ações programáticas e estratégicas
 do Ministério da Saúde, conta o que fazer para chegar melhor ao amanhã.
SERVIÇO - O Ministério da Saúde disponibiliza um aplicativo gratuito que possui três 
ferramentas para auxiliar os profissionais de saúde na avaliação de pessoas idosas.
 Para baixar, procure na loja virtual por "Saúde da Pessoa Idosa". Só está disponível 
para Android, por enquanto. O aplicativo foi lançado em novembro pelo Ministério da
 Saúde e foi desenvolvido pela Universidade Aberta do SUS, a Una-SUS.
Herpes zoster atinge uma em cada quatro pessoas com mais de 50 anos
Saiba mais
O Brasil tem 29,3 milhões de idosos, o que significa 14,3% da população. Estamos vivendo 
mais, mas isto não significa que chegamos à terceira idade com qualidade de vida. No Brasil, o processo de envelhecimento é um dos mais acelerados do mundo. A França, por exemplo,
 demorou 150 anos para ter 20% da população idosa, o que alcançaremos em 25 anos.
A idade diz muito pouco, pois o processo de envelhecimento é único, próprio de cada pessoa.
 Uma pessoa com 80 anos pode ser uma pessoa acamada, que necessita de ajuda para suas necessidades básicas, mas também pode ser um esportista, um professor, um trabalhador, um cuidador de crianças. Isso é resultado da genética (25%), mas em maior parte são os fatores que controlamos diretamente (alimentação e atividade física, por exemplo) e o ambiente e 
sociedade em que vivemos.
Autonomia - Segundo o Ministério da Saúde, da população de idosos, 30% já têm alguma
 limitação para atividades diárias, como tomar os remédios, cuidar das finanças, utilizar
 o telefone, o transporte ou fazer compras. Essas costumam ser as primeiras atividades a serem afetadas. A grande perda de autonomia ocorre, no entanto, quando se perde a capacidade para atividades básicas, como tomar banho, se vestir e comer.
As capacidades são muito mais significativas para definir saúde e qualidade de vida nessa fase 
da vida do que a presença ou ausência de diagnósticos de doenças. Uma pessoa pode ter vários diagnósticos de doenças e uma alta pontuação na escala de autonomia. Esse deve ser o 
aspecto mais valorizado no atendimento aos idosos no serviço de saúde, na comunidade e
 com a família. Os velhos não devem ser tratados apenas de acordo com suas doenças,
 mas segundo seu grau de dependência, vulnerabilidade e hábitos de vida.
Bem Estar mostra uma turma que já entrou nos 'enta' e continua firme e forte
Você já mediu sua panturrilha? - A nova caderneta do idoso do Ministério da Saúde traz
 essas e outras informações para acompanhar a saúde do idoso. A medida do perímetro
 da panturrilha esquerda é um bom parâmetro de avaliação da massa muscular no idoso.
 Medidas menores que 31 cm são indicativas de redução da massa muscular (sarcopenia) e 
estão associadas ao maior risco de quedas, à diminuição da força muscular e dependência funcional quedas são eventos que podem ser devastadores para o idoso, por isso, objetos
 que as predispõem, como tapetes soltos, passadeiras, degraus sem corrimãos e não sinalizados 
são inimigos. Antiderrapantes, sinalizações e caminho livre de obstáculos e bem sinalizados,
 com uma luz de abajour à noite, por exemplo, fazem toda a diferença.
Vacinas para os idosos: influenza (gripe) a cada ano, difteria e tétano (dupla adulto)
 a cada 10 anos, contra pneumonia causada por pneumococo ou por recomendação
 do profissional de saúde.

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