4.12.2007

MAIOR CONTROLE SOBRE OS REMÉDIOS DE TARJA PRETA

MAIOR CONTROLE SOBRE OS REMÉDIOS DE TARJA PRETA
04/04 - Até abril do próximo ano, todas as farmácias que quiserem continuar vendendo medicamentos com tarja preta deverão se integrar ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Apresentado na manhã de ontem, no Palácio do Planalto, o novo sistema é um instrumento informatizado que substituirá o atual controle manual no monitoramento destes remédios, potenciais causadores de dependência física e psíquica se utilizados de forma errada. O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, explicou que o sistema permitirá o cálculo das doses diárias vendidas e o controle das que estão sendo consumidas. "Se tivermos uma superdose em determinada região, estaremos instrumentalizados para uma ação sanitária mais contundente'', afirma. De acordo com Mello, as farmácias necessitam apenas de um computador e acesso à internet para se integrar ao sistema, além de um programa (software) para o controle dos medicamentos controlados. Ele afirma que está sendo estudada a concessão de financiamento às farmácias que precisarem comprar um computador. O responsável pela farmácia deverá repassar os dados sobre a compra, venda, transferência ou perda de medicamentos, com os nomes dos médicos que os prescreveram, do estabelecimento distribuidor, além de dados técnicos. A resolução que instituiu o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira. As farmácias de manipulação de todo o País e as drogarias das regiões Sul e Sudeste e do Distrito Federal têm seis meses para ingressar no sistema. As drogarias do Nordeste têm nove meses e as do Norte e Centro-Oeste, um ano. As farmácias que não se adequarem no tempo previsto não poderão mais comercializar remédios controlados, como psicotrópicos, entorpecentes, anabolizantes e anorexígenos (usados para emagrecimento). De acordo com a Anvisa, o estabelecimento que vender tais produtos sem informar ao sistema poderá ser enquadrado no crime de tráfico de drogas. O Brasil tem 70 mil farmácias e drogarias. RASTREAMENTO - O diretor-executivo da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), Lauro Moretto, acredita que o novo sistema vai permitir o rastreamento dos medicamentos sujeitos a controle. Ele acha que as pequenas empresas poderão ter dificuldades para implantá-lo, mas os benefícios para a população devem compensar. "A sociedade exige cada vez mais segurança em toda medicação que fazemos. Portanto, todo sacrifício que se faz para assegurar o bem-estar da população é importante." O diretor-presidente do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas da Universidade de São Paulo, Elisaldo Carlini, comemorou a implantação do sistema. "É uma das poucas coisas que eu acompanhei no curso da minha vida que eu vejo chegar a um bom fim", disse. "Se tivermos uma superdose, estaremos instrumentalizados para uma ação sanitária mais contundente" Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa. Fonte: Jornal de Brasília
04/04 - Até abril do próximo ano, todas as farmácias que quiserem continuar vendendo medicamentos com tarja preta deverão se integrar ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Apresentado na manhã de ontem, no Palácio do Planalto, o novo sistema é um instrumento informatizado que substituirá o atual controle manual no monitoramento destes remédios, potenciais causadores de dependência física e psíquica se utilizados de forma errada. O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, explicou que o sistema permitirá o cálculo das doses diárias vendidas e o controle das que estão sendo consumidas. "Se tivermos uma superdose em determinada região, estaremos instrumentalizados para uma ação sanitária mais contundente'', afirma. De acordo com Mello, as farmácias necessitam apenas de um computador e acesso à internet para se integrar ao sistema, além de um programa (software) para o controle dos medicamentos controlados. Ele afirma que está sendo estudada a concessão de financiamento às farmácias que precisarem comprar um computador. O responsável pela farmácia deverá repassar os dados sobre a compra, venda, transferência ou perda de medicamentos, com os nomes dos médicos que os prescreveram, do estabelecimento distribuidor, além de dados técnicos. A resolução que instituiu o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira. As farmácias de manipulação de todo o País e as drogarias das regiões Sul e Sudeste e do Distrito Federal têm seis meses para ingressar no sistema. As drogarias do Nordeste têm nove meses e as do Norte e Centro-Oeste, um ano. As farmácias que não se adequarem no tempo previsto não poderão mais comercializar remédios controlados, como psicotrópicos, entorpecentes, anabolizantes e anorexígenos (usados para emagrecimento). De acordo com a Anvisa, o estabelecimento que vender tais produtos sem informar ao sistema poderá ser enquadrado no crime de tráfico de drogas. O Brasil tem 70 mil farmácias e drogarias. RASTREAMENTO - O diretor-executivo da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), Lauro Moretto, acredita que o novo sistema vai permitir o rastreamento dos medicamentos sujeitos a controle. Ele acha que as pequenas empresas poderão ter dificuldades para implantá-lo, mas os benefícios para a população devem compensar. "A sociedade exige cada vez mais segurança em toda medicação que fazemos. Portanto, todo sacrifício que se faz para assegurar o bem-estar da população é importante." O diretor-presidente do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas da Universidade de São Paulo, Elisaldo Carlini, comemorou a implantação do sistema. "É uma das poucas coisas que eu acompanhei no curso da minha vida que eu vejo chegar a um bom fim", disse. "Se tivermos uma superdose, estaremos instrumentalizados para uma ação sanitária mais contundente" Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa. Fonte: Jornal de Brasília

Um comentário:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

É esta a vigilância sanitária que a sociedade exige. Esta resolução é de extrema importância para a Saude Pública, pois vem coibir os abusos cometidos pelas farmácias, com a venda indiscriminadas de medicamentos da portaria 344.
Parabéns à Anvisa.