6.15.2008

INFORMAÇÕES SOBRE: VITILIGO ; MOFO ; ASMA

O Vitiligo tem cura?

O vitiligo é uma doença que está relacionada com os anticorpos, agentes do sistema imunológico. Em uma das recentes descobertas, detectou-se a presença de um anticorpo destruidor de melanócitos, as células que produzem o pigmento responsável pela cor da nossa pele, chamado de melanina. Por esta razão, na liguagem médica, o vitiligo é conhecido como uma doença auto-imune, não sendo contagiosa. A cura é possível para muitos quando ocorre a compensação dos fatores imunológicos que originam a doença, auxiliada pelas diversas formas de estímulo da pigmentação. Para outros portadores de vitiligo, o tratamento porcura estimular os melanócitos vizinhos a produzirem o pigmento a fim de cobrir as áreas comprometidas. No entanto, é preciso ter consciência de que esta doença tem grande chance de reaparecer, daí a necesidade de uma manutenção periódica.

Abdiel Figueira Lima



Como acabar com cheiro de mofo dos livros antigos?


Os fungos se propagam pela disseminação de grande número de conídios (esporos) produzidos assexualmente e esporos resultantes de reprodução sexuada. Os esporos - o termo é usado aqui independentemente do processo a partir do qual eles são produzidos - podem se dispersar pelo ar e se depositar sobre qualquer superfície pela ação da força de gravidade, germinando onde encontram condições favoráveis ao seu desenvolvimemto. Também podem ficar no estado de dormência em condições não favoráveis.

As enzimas hidrolíticas extracelulares, produzidas pelos fungos, são responsáveis pela degradação de compostos orgânicos complexos em moléculas simples, que serão absorvidas pelo fungo, promovendo seu crescimento e colonização do substrato (superfície onde se desenvolvem). O papel, o pergaminho, o couro, o tecido e a cola são higroscópicos, isto é, possuem uma quantidade de água em sua estrutura molecular, podento absorver 10% de água presente no ar, tornando-se um substrato disponível à colonização de fungos.

Os ambientes com umidade relativa do ar maior que 60%, em combinação com poluentes atmosféricos, favorecem a formação de ácidos pela hidrólise da matéria orgânica, colaborando para a germinação dos esporos de diferentes espécies de fungos. A ação dos fungos se manifesta pelo aparecimento de manchas de cor amarelada, com parte central marrom - ainda que outras cores possam aparecer, dependendo da espécie do fungo - com aspecto granular e pulverulento.

A prevenção é a melhor maneira para minimizar o desenvolvimento dos fungos, pois as opções de tratamento são limitadas nesses tipos de substratos e não há soluções caseiras que permitam obter bons resultados. A temperatura deve ser 20ºC +_ 2 graus e a umidade do ar não deve exceder a 55%. A limpeza e a conservação devem ser cuidadosas e regulares, pois a poeira e a sujeria são grandes fontes de esporos, tanto ativos quanto inativos. A estratégia global segura, portanto é manter a área onde se encontra o acervo o mais controlada possível.
Marília Martins Nishikawa

Asma fora de controle

Pesquisa mundial, realizada em 16 paises, aponta as falhas no tratamento da doença. Falta de comunicação entre médicos e pacientes é o principal motivo de piora dos sintomas.

Falhas na ralação entre médicos e pacientes, medo dos efeitos nocivos dos remédios receitados e desinformação são alguns dos motivos que levam pessoas com asma a não seguir o tratamento de forma correta. É o que diz o estudo Global sobre Asma entre Médicos e Pacientes (GAPP, na sigla em inglês), realizado em 16 países, inclusive o Brasil O problema afeta pelo menos 11,4% dos brasileiros, a maioria (65%) mulheres, acima dos 40 anos.

A pesquisa deixou médicos do mundo inteiro em alerta, porque se trata de doença crônica. E cerca de dois terços dos pacientes não reconhecem que ela pode ser fatal, se não for controlada. Hoje o tratamento padrão é com inalação de corticosteróides (CSi). São as chamadas drogas profiláticas, ou seja, para evitar as crises. Elas precisam ser aplicadas diariamente, mas muitos asmáticos se esquecem e não seguem essa regra ou deixam o remédio de lado quando os sintomas desaparecem por um período. Aí vivem de se entupir de medicamentos de alívio, como os broncodilatadores. E correm risco de morte.

O pneumologista Roberto Stirbulov, da Santa Casa de São Paulo, explica que o tratamento da asma é inalatório e pelo resto da vida. - Existe um mito de que a bombinha faz mal - comenta o especialista. Ele lembra outros fatores que prejudicam o tratamento dos asmáticos. - Às vezes os médicos não esclarecem todas as dúvidas dos pacientes. Outro fator é o custo. Num mês, o asmático chega a gastar mais de R$ 100,00 com os medicamentos profiláticos e de alívio das crises - diz.

Pacientes desinformados

No levantamento GAPP, muitos pacientes disseram ter medo dos efeitos nocivos dessas drogas, especialmente os corticosteróides. Este tipo de substância é associada a maior risco de osteoporose, catarata, glaucoma, candidíase oral, faringite e rouquidão. Segundo Stribulov, isso não se justifica: - Os medicamentos contra asma são seguros. Há casos que o paciente inala o profilático apenas uma vez ao dia de manhã ou à noite. E a quantidade de corticóide que entra na circulação é mínima. Alguns pais também acham que os medicamentos interferem no crescimento da criança, mas não é verdade.

Mesmo assim, 34% dos pacientes entrevistados reclamam dos efeitos adversos a curto prazo e 19% a longo prazo. Entre aqueles que se queixaram, 37% contaram que tiveram que alterar as doses dos medicamentos, 31% interromperam o tratamento por algum tempo e 21% deixaram de tomar os remédios.

Já o pneumologista Alberto Cukier, professor da USP, acrescenta que 20% a 30% dos asmáticos sofrem da doença de forma persistente e correm mais riscos, principalmente nos casos em que não têm acesso a bons serviços de saúde. - Uma boa parte só se trata das crises e acaba em emergências. Não entende que tomando a medicação profilática corretamente pode evitar as crises - alerta.

De acordo com levantamento, a maior dificuldade para o sucesso no tratamento é a falha no diálogo entre médicos e pacientes. - A comunicação entre ambos é essencial no controle de doenças crônicas, como a asma. A pesquisa GAPP indica que esse diálogo precisa ser melhorado em todos os países estudados - diz o médico G. Walter Canônica, da Universidade de Gênova, e um dos coordenadores do estudo.

O médico Carlos E. Baegna-Cagnani, da Universidade Católica de Córdoba, concorda: - A melhor educação dos pacientes e o aparecimento de novos tratamentos podem incidir sobre alguns tópicos discutidos na pesquisa, melhorando os resultados clínicos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 180 mil pessoas morrem anualmente em decorrência da asma. No Brasil, a doença é responsável por dois mil óbitos no mesmo período. O estudo GAPP foi subsidiado pela ALTANA Pharma e conduzido pela Harris Interactive.

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