6.09.2008

Medicamentos: Nova dosagem de Plavix. Prasugrel: redução de coágulo. Anemia e o risco de trombólises

O Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), recomendou a aprovação da dosagem de 300 miligramas do fármaco anticoagulante Plavix (bisulfato de clopidogrel), da Sanofi-Aventis e da Bristol-Myers Squibb Co.

O comprimido de 300 mg, equivalente a quarto doses normais de 75 mg de Plavix, é mais conveniente para os pacientes do que tomar quatro comprimidos para a dose inicial mais elevada, ou dose de carga.

As opiniões positivas por parte do CHMP têm de ser posteriormente ratificadas pela Comissão Europeia (CE) antes da aprovação final. As recomendações para aprovação de comercialização do CHMP são normalmente seguidas pela CE dentro de alguns meses.



Fontes: Reuters.com, RTT News, Forbes


Resultados de Estudo Demonstram que o Fármaco Experimental Prasugrel Diminui Em Mais de Metade o Risco de Formação de Coágulos Relacionados com Endopróteses do que o Clopidogrel.

Reduções verificadas logo ao terceiro dia e prolongadas até 450 dias em pacientes que utilizam endopróteses apenas de metal ou revestidas com fármacos.

A utilização do fármaco anti-plaquetário experimental prasugrel, associado à aspirina, produziu uma redução significativa e com relevância estatística no risco de ocorrência de tromboses das coronárias relacionadas com o uso de endopróteses (ST) - um grave problema para os médicos e para os pacientes, com consequências potencialmente fatais - em pacientes nos quais foi colocada uma endoprótese em comparação com um grupo submetido à terapia tradicional com clopidogrel (Plavix(R)) associado à aspirina (1,13 por cento contra 2,35, p<0,0001), de acordo com um estudo de análise da utilização das endopróteses, com a metodologia do estudo comparativo TRITON-TIMI 38.

stes resultados foram apresentados hoje pelo Dr. Stephen Wiviott, professor-assistente de Medicina na Faculdade de Medicina de Harvard e investigador do Grupo de Estudo de Trombólises Após Enfartes do Miocárdio (TIMI), nas Sessões Científicas do Encontro i2 da Sociedade de Angiografia Cardiovascular e Intervenções, com o Colégio Americano de Inovação em Cardiologia e Intervenção, em Chicago. Além disso, o estudo foi simultaneamente publicado na Internet pela publicação médica britânica The Lancet.

Os resultados de uma meta-análise revelaram que os pacientes oncológicos que receberam agentes estimulantes da eritropoiese (ESA), para tratar a anemia, apresentaram um aumento estatisticamente significativo do risco de coágulos sanguíneos e morte, em comparação com aqueles que não receberam os fármacos.

Na meta-análise, publicada na "Journal of the American Medical Association (JAMA)", os investigadores examinaram os dados de 51 ensaios clínicos que envolveram 13 611 pacientes com cancro. Os resultados demonstraram que aqueles que receberam os fármacos para a anemia, o Epogen (epoetina alfa) ou o Aranesp (darbepoetina alfa), da Amgen Inc., ou o Procrit (epoitina alfa), da Johnson & Johnson, apresentaram um risco 10 por cento mais elevado de morrer, em comparação com aqueles que não receberam os fármacos.

Os dados também revelaram que os fármacos para a anemia aumentaram o risco de tromboembolismo venoso por 57 por cento, o que os investigadores afirmaram que confirma descobertas anteriores.

O investigador principal, o Dr. Charles Bennett, oncologista da Universidade de Northwestern em Chicago, referiu que as descobertas sobre a mortalidade são novas e diferentes em relação a relatórios anteriores.

Os resultados, em conjugação com estudos científicos, aumentam a preocupação relativamente ao facto de estes fármacos poderem estar a estimular o cancro e a reduzir a sobrevivência de pacientes oncológicos.

O Dr. Bennett acrescentou que as recomendações actuais da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) sustentam que estes fármacos são seguros para pacientes com cancro, desde que os níveis de hemoglobina não estejam demasiado elevados. Os dados desta análise não suportam essas afirmações.

A anemia é uma complicação comum do tratamento oncológico. Milhões de pacientes com cancro e doença renal tomam ESAs, versões fabricadas de uma hormona humana chamada eritropoietina. Estes fármaco actuam ao estimular a produção de glóbulos vermelhos que transportam oxigénio.

Em Novembro passado, a FDA já tinham lançado um alerta para a actualização da rotulagem de aviso dos fármacos para a anemia induzida por quimioterapia, devido a preocupações de segurança ligadas à utilização deste tipo de fármacos por pacientes oncológicos, como noticiou o farmacia.com.pt em "FDA emite novos alertas sobre fármacos para a anemia", no dia 12 de Novembro.

Fonte: Firstwordplus, Guardian

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