1.02.2009

Infectar mosquito com bactéria é nova arma para combater a dengue


Infectar mosquito com bactéria é nova ideia para atacar dengue
Micróbio é capaz de afetar expectativa de vida e fertilidade do inseto.
Com vida curta, Aedes teria menos tempo para transmitir doença.

Esqueça os inseticidas: a bactéria Wolbachia pode se tornar a mais nova esperança na luta contra o Aedes aegypti, principal transmissor dos vírus da dengue e da febre amarela no mundo. Essa, ao menos, é a proposta de pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, em artigo na revista especializada americana "Science". Ao infectar o mosquito com o micróbio, eles conseguiram reduzir a menos da metade sua expectativa de vida, o que poderia diminuir significativamente a chance do A. aegypti transmitir os vírus que carrega.

Mosquito banqueteia-se com sangue humano (Foto: Stewart Gould/Divulgação)
A Wolbachia infecta naturalmente diversas espécies de insetos, mas, no caso do mosquito transmissor da dengue, ela teve de ser introduzida na espécie. A bactéria costuma cooptar o sistema reprodutivo e ciclo de vida dos insetos que invade para seus próprios fins.
Ao reduzir a expectativa de vida do inseto, ela dificultaria a multiplicação do vírus da dengue, que precisa de um tempo de aclimatação no organismo do mosquito para ser transmitido quando o inseto pica um ser humano. Com a média dos mosquitos morrendo mais cedo, haveria menos cópias do vírus prontas para invadirem pessoas.

Os pesquisadores apostam que seria possível, por meio de cruzamentos, tornar a bactéria muito comum na população selvagem dos insetos. Mais testes precisam ser feitos, no entanto, antes de pôr a ideia em prática nos locais onde a dengue e a febre amarela são comuns.

Globo.com


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Contra a dengue, diversão

Revistinha de jogos aborda temas como prevenção, tratamento e transmissão da doença

Planta ornamental que serve de criadouro para o Aedes Aegypti, escrita com oito letras? Essa e outras perguntas relativas à dengue fazem parte de uma revistinha especial desenvolvida para alertar sobre a doença, de forma clara e divertida. Com tiragem de 500 mil exemplares, a publicação começou a ser entregue gratuitamente em diversos estados do País, entre eles o Rio.

As dez páginas que compõem a revista trazem jogos como um Caça-Palavras que explica tipos e sintomas da doença. Além disso, há Palavras Cruzadas sobre medicamentos indicados para dengue e locais onde a água parada pode gerar novos mosquitos. A revista também oferece dicas fundamentais para proteger a vizinhança e evitar nova epidemia.

Elaborar todo esse material deu bastante trabalho. De acordo com Mauro Bentes, diretor de Novos Negócios da Ediouro — empresa responsável pela produção da revista —, uma equipe de cerca de dez pessoas se reuniu durante semanas para pesquisar informações sobre a dengue e conversar com diferentes especialistas.

“O cliente passa o tema, nossa empresa pesquisa e cria um texto base, a partir do qual são elaborados os jogos. Esse tipo de revista tem o objetivo de divulgar questões sobre a dengue alcançando o maior número de pessoas possível”, explica, acrescentando que, neste mês de janeiro, três milhões de revistas da Coquetel virão com anúncios sobre dengue. O cliente da Ediouro é a Johnson & Johnson, que produz linha de repelentes e de remédios que podem ser usados em casos de dengue.

Bentes informou ainda que a revista é entregue em estados onde os casos da doença foram mais numerosos. No Rio, exemplares são distribuídos em Postos de Saúde e na Rodoviária Novo Rio.

DE OLHO NO MOSQUITO

Os cuidados contra a dengue devem permanecer durante as viagens de fim de ano. O alerta é do especialista da FioCruz, Anthony Érico. Segundo ele, quem ficar fora de casa por mais de cinco dias deve estar atento aos locais que podem acumular água, como piscinas, vasos de planta e calhas de água.

DICAS PARA SUA RESIDÊNCIA NÃO VIRAR CRIADOURO

Piscinas devem ser esvaziadas ou tratadas com cloro para evitar as larvas.
Potes de água de animais devem ser mantidos vazios e longe de locais onde possam armazenar água das chuvas.
Recipientes devem ser vistoriados após a volta viagem. Se cheios, a água deve ser eliminada na terra, e os recipientes lavados e esfregados com água e sabão.
Caixas de água devem estar completamente fechadas e precisam ser vistoriadas ao final da viagem.
Calhas de água devem ser mantidas limpas e sem folhas para não entupirem e acumularem água.

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