O substituto da toxina botulínica (botulinum toxin)
A tecnologia da beleza avança a passos largos na história.
A cada dia, pesquisadores lançam novas substâncias e técnicas rejuvenescedoras. Cremes, injeções e cirurgias plásticas fazem parte do arsenal anti-rugas, dentre os quais a relação custo-benefício é minuciosamente avaliada pelo consumidor antes da escolha final.
Embora o número de cirurgias estéticas e aplicações de toxina botulínica tenha aumentado dramaticamente nos últimos anos, nem todas as pessoas podem ter acesso a elas ou nem todas preferem estes métodos para combater as rugas.
Sempre em busca da auto-superação e de um mercado cada vez mais ávido por novidades, a Ciência abre as portas no século XXI para uma revolucionária geração de ativos antiidade.
A era do DMAE
O uso dermatológico do DMAE (2-dimetilaminoetanol) é recente. Até o fim dos anos 90, esta substância largamente encontrada em peixes, como a anchova e o salmão, era ministrada por uso interno para o tratamento de patologias como hiperatividade, depressão leve, fadiga crônica, etc. Seu potencial rejuvenescedor foi descoberto nos Estados Unidos de forma acidental. Como os pacientes que tomavam o remédio reclamavam do pescoço duro e de sua pele repuxada, os médicos resolveram investigar as causas e descobriram que um dos efeitos colaterais da substância era a hipertonicidade do músculo cervical, que fica na altura da mandíbula. Ao saber disto, o dermatologista americano Nicholas Perricone (autor de O fim das Rugas) resolveu testar em seus clientes um creme à base de DMAE, para ver se surtia efeito semelhante ao do medicamento oral. O resultado foi bom. A substância aumentou o tônus dos músculos faciais, principalmente os da região do pescoço e das pálpebras.
A ação tonificante da substância também foi testada pela dermatologista americana Rachel Grossman, cuja pesquisa foi apresentada no encontro anual da Sociedade Americana de Dermatologia. Ela estudou a eficiência do DMAE em 156 mulheres entre 35 e 60 anos. Metade do grupo usou creme à base de DMAE e a outra, um placebo. Após 12 semanas, a turma que havia passado o DMAE apresentou tônus mais acentuado nas regiões dos olhos e do pescoço. Em quatro meses de aplicação, as papadas nas duas áreas diminuíram. Os resultados se mantiveram por um ano sem que a pessoa precisasse voltar a usar o creme.
Embora os efeitos do DMAE apareçam logo nas primeiras aplicações, os médicos afirmam que é necessário pelo menos quatro meses de tratamento para resultados consistentes. A ação do creme é cumulativa: quanto mais for aplicado, mais intenso e duradouro será o efeito. Ele também pode ser usado por quem ainda não tem papadas, mas quer evitar que elas apareçam. Neste caso, o creme é feito com menor concentração do DMAE.
A ação do DMAE
Com o passar dos anos, a produção natural de acetilcolina diminui no organismo e leva ao afrouxamento dos músculos do corpo, resultando em rugas na pele. Reverter este processo pelo aumento dos níveis de acetilcolina nos músculos é fundamental para combater a flacidez. Acredita-se que o DMAE aumenta a biossíntese da acetilcolina; isto explicaria a sua capacidade de devolver tônus e firmeza aos músculos submetidos ao processo do envelhecimento. Além disso, por ser uma molécula pequena, o DMAE tende a penetrar com facilidade pela pele e interpor-se entre os componentes das membranas celulares, tornando-se parte delas e produzindo membranas mais resistentes ao stress orgânico. O Dr. Perricone cita em seus livros que o DMAE possui ainda uma forte ação antioxidadnte e antiinflamatória.
Embora o mecanismo de ação do DMAE na pele ainda esteja incerto, o seu efeito é indiscutível. Topicamente, o DMAE produz um efeito tensor visível na pele. O dermatologista atesta que o DMAE firma a pele quase instantaneamente e oferece resultados duráveis com seu uso adequado, levantando inclusive os lábios. As formulações convencionais que anunciam efeito lifting facial contêm agentes de ação superficial capazes de provocar firmeza cutânea fraca e passageira (como albumina ou proteínas do trigo) ou possuem ativos hidratantes de ação temporária, que não produzem efeitos verdadeiramente revolucionários.
Quando associado a outros nutrientes cosméticos, como Ácido Alfa-Lipóico, Coenzima Q10 e Adenin, por exemplo, o DMAE apresenta efeito dramático sobre os sinais de envelhecimento
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