2.04.2010

Medicamento previne a rejeição de órgãos transplantados

Cientistas criam fármaco que impede rejeição em transplantes
03 de fevereiro de 2010


Um grupo de cientistas anunciou nesta sexta que desenvolveu um novo medicamento que reforça o sistema imunológico e previne a rejeição de órgãos transplantados. Em um relatório publicado pela revista Science Translational Medicine, os pesquisadores franceses e americanos assinalaram que sua aplicação poderia ajudar a reduzir altos custos dos medicamentos de imunossupressão, que também costumam causar graves efeitos colaterais.

O tratamento de imunossupressão para impedir a rejeição do órgão transplantado deve ser aplicado durante toda a vida do receptor. Segundo o relatório, o fator crucial que regula a rejeição ou a aceitação do órgão está representado pelas células T, que controlam o processo de ativação de anticorpos (CD28) e outro de inibição.

Ao bloquear a ativação com um anticorpo dirigido especificamente, como o CD28, o grupo liderado pelo cientista Nicole Poirier, da Universidade de Nantes (França), conseguiu manter intacto o de inibição. Diante do processo que alterou o sistema imunológico, foi possível que o corpo aceitasse o órgão transplantado sem maiores alterações, indicou o relatório.

O anticorpo foi testado em transplantes de coração e fígado realizados em macacos. Cada um dos primatas recebeu remédios convencionais de imunossupressão com e sem o anticorpo CD28. Durante os testes, que tiveram a participação de pesquisadores da Universidade de Maryland (EUA.), os cientistas descobriram que três meses depois o CD28 tinha impedido a rejeição orgânica e crônica do órgão entre os macacos.

Ao aumentar a ação dos medicamentos de imunossupressão, os agentes CD28 permitiram a aplicação de doses menos tóxicas, indicou o estudo. Além disso, sua administração conseguiu manter um número "bom" de células T para assegurar a saúde do sistema imunológico, acrescentou o relatório.

Terra

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