8.02.2015

Ataque ao Instituto Lula foi terrorismo, diz ministro

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, rebateu as afirmações da Polícia Civil de São Paulo sobre o ataque, a qual classificou o ato como uma “ação de baderneiros”




Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, rebateu as afirmações da Polícia Civil de São Paulo sobre o ataque à sede do Instituto Lula, que foi atingido por uma bomba na noite da quinta-feira (30). Para Wagner a ação não foi uma mera prática de ‘baderneiros’, como disse a Polícia Civil, e sim de “terrorismo”. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. “Eu acho que o ataque é grave e acho que foi pobre a afirmação da Polícia Civil de São Paulo pois não se trata de ter sido alguém organizado ou não”, disse o ministro em Salvador. “Está se criando um clima no País em que alguém se acha no direito, seja ele quem for, de chutar as costas do prefeito de Maricá (RJ) ou de botar uma bomba explicitamente no local de trabalho de um ex-presidente”, afirmou.
De acordo com Wagner, “não se trata de um baderneiro” pois “o baderneiro não jogou a bomba para o alto, jogou no Instituto Lula”, explicou. “A tentativa quebra da regra da naturalidade da democracia é que eventualmente embala loucos como esse que jogou a bomba”. 

Polícia Federal está investigando o caso
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na sexta-feira (31) que acionou a Polícia Federal (PF) para colaborar nas investigações do atentado ao Instituto Lula, em São Paulo, na noite da quinta-feira (30).
Cardozo disse que foi informado sobre o caso e comunicou logo o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para “ver se cabe à PF fazer alguma coisa”. Ele quer que a instituição dialogue com autoridades paulistas para, dentro das sua competência, analisar o que aconteceu e tomar as decisões necessárias

Dilma: “Intolerância é caminho para destruir a democracia”

Presidenta se manifestou através de sua conta oficial no Facebook e criticou o atentado a sede do Instituto Lula, em São Paulo
Foto: Roberto Stuckert/ Fotos Públicas (05/06/2015)
Foto: Roberto Stuckert/ Fotos Públicas (05/06/2015)

A presidenta Dilma Rousseff manifestou-se na noite desta sexta-feira (31) sobre o ataque registrado no Instituto Lula no mesmo dia, onde um artefato explosivo foi arremessado em direção a sede da organização. “A intolerância é o caminho mais curto para destruir a democracia”, disse Dilma, em sua conta oficial no Facebook. Ainda não foram divulgadas novas informações sobre a investigação. A presidenta completou o pequeno comentário fazendo menção à diversidade do povo brasileiro: “Jogar uma bomba caseira na sede do Instituto Lula é uma atitude que não condiz com a cultura de tolerância e de respeito à diversidade do povo brasileiro.”, completou.
Atentado ao Instituto Lula - Foto: Reprodução/ Jornalistas Livres
Atentado ao Instituto Lula – Foto: Reprodução/ Jornalistas Livres
Em comunicado, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, também declarou sua indignação: “São inaceitáveis esses atos de violência e intolerância no nosso país. O ataque ao Instituto é uma agressão à nossa democracia. O Brasil tem um histórico de diálogo pacífico e rejeição a atos violentos, que esperamos que continue e seja ampliado.” afirmou Rossetto.
Ainda não foram divulgadas novas informações sobre a investigação. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que acionou a Policia Federal para colaborar nas investigações do atentado.
Momento em que o artefato explosivo é arremessado em direção ao Instituto Lula - Foto: Reprodução/ Instituto Lula
Momento em que o artefato explosivo é arremessado em direção ao Instituto Lula – Foto: Reprodução/ Instituto Lula
Cardozo disse que foi informado sobre o caso e comunicou rapidamente o diretor-geral da Policia Federal, Leandro Daiello, para “ver se cabe à Policia Federal fazer alguma coisa”. Ele quer que a instituição dialogue com autoridades paulistas para, “dentro das nossas competências, analisarmos o que aconteceu e tomarmos decisões”, disse o ministro, no Rio de janeiro
O ministro também confirmou que podem ser necessárias medidas protetivas para o instituto, diante da hipótese de atentado político, onde atua o ex-presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva. “Evidentemente, é uma situação que merece investigação, e claro, identificados os autores de uma iniciativa dessa natureza, é necessário puni-los”, completou.

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