8.08.2015

Colesterol alto é risco também para as crianças

Pais devem ficar atentos à alimentação dos filhos, evitando salgadinhos e fast food já que taxa irregular provoca doenças

O Dia
Rio - Colesterol alto costuma ser associado a adultos obesos. Porém, o mal pode atingir as crianças. E com a volta às aulas é preciso tomar cuidado, por exemplo, com o que elas levam para lanchar, principalmente produtos industrializados. Para conscientizar a população sobre esse problema, é celebrado hoje o Dia Nacional do Controle do Colesterol.  Remédios são importantes, mas têm efeitos colaterais.
O corpo humano reúne dois tipos dessa substância: o “bom” (HBL) e o “ruim” (LDL), o qual pode provocar doenças cardiovasculares e cerebrais. Diferentemente do HBL, o LDL acumula gordura nas artérias, aumentando os riscos de infarto e acidente vascular cerebral, por exemplo. O ideal é que o colesterol, em adultos, fique menor que 200 mg/dl, e em crianças, menos de 110 mg/dl. “O alto colesterol ruim torna-se um perigo maior por não apresentar sintomas imediatamente. Os pacientes devem medir suas taxas regularmente, para evitar males maiores”, alerta a presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Olga Souza.
Pequenos devem evitar comidas industrializadas, como hambúrgueres, que aumentam os riscos
Foto:  Reprodução
Entre os grupos de risco estão obesos, hipertensos e diabéticos, o que também inclui crianças. Segundo recentes dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15% dos pequenos com idade entre 5 e 9 anos são obesos. A cardiologista explica que o aumento de peso nessa faixa etária ocorre pela má alimentação. Por isso, ela sugere que se incluam frutas, verduras e legumes no cardápio dos filhos.
“As crianças precisam evitar salgadinhos e fast food. Quanto mais se tem colesterol alto, mais precocemente fica sujeito a doenças.” Apesar de a obesidade ser um dos principais fatores do aumento do colesterol, a genética pode contribuir para o surgimento desse problema. “É importante conciliar atividade física com a alimentação, sobretudo quem tem histórico familiar da doença”, sugere Olga.
Remédios são opção de tratamento
O alto colesterol tem sido um fator preocupante na saúde da população no país. Os dados mais recentes disponíveis, da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), mostram que 18,4 milhões de brasileiros, acima de 18 anos, estão com taxas elevadas dessa substância. Além da mudança alimentar e da prática de exercícios físicos, a cardiologista Olga de Souza afirma que as pessoas, em casos mais graves, devem tomar remédios.

“Os medicamentos para abaixar o colesterol costumam ser contraindicados para quem tem doenças no fígado, já que o fármaco é metabolizado neste órgão. Em casos extremos, o remédio pode ainda pode dar dores no corpo como efeito colateral”, explica a especialista.

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