O presidente golpista do Michel Temer e a cúpula de seu governo tiveram conhecimento do teor da delação de Claudio Mello Filho, ex-diretor
da Odebrecht, antes mesmo que a informação chegasse à imprensa, que
noticiou envolvimento do primeiro escalão do Palácio do Planalto que
atingia, inclusive, o chefe do Executivo. A informação é da coluna de
Mônica Bérgamo, na Folha de S.Paulo desta segunda-feira (19). De
acordo com a colunista, Temer soube dias antes da divulgação sobre a
citação de seu próprio nome na delação e do envolvimento de alguns de
seus auxiliares diretos, dentre eles José Yunes, o então Assessor
Especial da Presidência da República, que pediu demissão no dia 14. No
depoimento, o ex-executivo da Odebrecht relata repasse de R$ 10 milhões
para Temer e para o PMDB tendo Yunes como mediador direto. Em
tese, o conteúdo de delações é sigiloso e deveria ser de conhecimento
apenas do Ministério Público Federal (MPF), dos delatores autores dos
depoimentos e de seus advogados.
Conteúdo de delação circulou nos corredores do Palácio do Planalto dias antes de chegar à imprensaNa
última semana, o ministro do PSDB Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), disse, sob pretexto dos vazamentos, ser "possível" a anulação da
delação da Odebrecht. O Jornal do Brasil
havia antecipado dias antes a "pizza" em que poderia acabar a delação
que atinge a cúpula do PSDB e do PMDB. As declarações de Mendes
confirmaram o editorial. >> Citado em delação da Odebrecht, assessor de Temer pede demissão
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