"Tudo isso alveja primeiramente a privatização do
setor estatal, em particular, da Petrobras. Ao fundo destas acusações,
Petrobras já foi forçada a realizar reformas sérias, bem como a aumentar
a participação do capital privado, o que afetou muito os diretos dos
trabalhadores", disse o especialista do Instituto da América Latina da
Academia de Ciências da Rússia, Aleksandr Kharlamenko; ele afirmou ainda
que a condenação foi política e visa evitar vitória certa de Lula nas
eleições
O
ex-presidente foi acusado, no âmbito da operação Lava Jato, de receber
propina da empreiteira OAS em troca de favorecimentos em contratos com a
Petrobras.
Segundo os acusadores, entre
as vantagens recebidas estaria a compra e reforma de um apartamento
tríplex no Guarujá, em São Paulo, que Lula nega ser de sua propriedade. A
condenação é em primeira instância e, por isso, cabe recurso.
Mesmo o Ministério Público, que
incitou o processo contra Lula sobre a propina em questão, queria
suspender seu requerimento. Os advogados de Lula e ele próprio também
apresentaram provas quanto à inexistência de crime, já que o apartamento
foi transferido para uma fundação federal.Nem só os defensores, mas também os acusadores julgam que este processo não possui motivos suficientes, sendo que as outras quatro acusações até agora não há sentenças.
Aleksandr
Kharlamenko julga que a razão principal para condená-lo trata-se de uma
tentativa de "afastar Lula da vitória garantida nas próximas eleições e
com grande vantagem".
"Tudo isso
alveja primeiramente a privatização do setor estatal, em particular, da
Petrobras. Ao fundo destas acusações, Petrobras já foi forçada a
realizar reformas sérias, bem como a aumentar a participação do capital
privado, o que afetou muito os diretos dos trabalhadores", disse
Kharlamenko.
Este dito processo visa submissão de uma das maiores economias da América Latina ao capital transnacional de origem norte-americana, concluiu o especialista.
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