5.21.2018

JAIR BOLSONARO "Menos direitos e emprego, ou desempregado com direitos"


Estudante da EACH USP

: BOLSONARO É A EXTREMA DIREITA ANTI-OPERÁRIA

O deputador Jair Bolsonaro, em viagem pelo Estados Unidos, 
vociferou contra os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros
 exaltando o valor dos patrões.
No domingo (8), em Tour pelo país governado por 
Donald Trump, Jair Bolsonaro (PSC/RJ) de passagem
 pela Florida discursou para brasileiros em um bar 
a 45 minutos de Miami. Entre as propostas do deputado,
 como possível candidato a presidente, estão o fim da 
CLT e tornar a política e a econômia brasileira mais
 favoráveis aos empresários. Bolsonaro também afirmou
 que dará "carta branca para o policial matar".
Jair Bolsonaro, que vem conquistando adeptos em 
base a posições polêmicas machistas e homofóbicas,
 contra as liberdades democráticas do povo, tenta 
agora conquistar o empresariado proclamando seu
 apoio a reforma trabalhista. "O trabalhador vai ter
 que decidir: menos direito e emprego ou todos os direitos e desemprego", afirmou o cristão.
A reforma trabalhista significa um indescritível 
retrocesso nos direitos conquistados pela classe 
trabalhadora para impor jornadas de 12 horas diárias,
 redução de tempo de intervalo e de almoço, férias
 anuais pareceladas em 3 vezes, que mulheres 
grávidas trabalhem em ambiente insalubres, entre
 outras medidas que sugam toda a energia de 
trabalhadores e trabalhadores para descarregar 
a crise econômica nos seus ombros.
Mesmo com todas as demonstrações de que o
governo Temer e os empresários são contra a classe
 trabalhadora, para Bolsonaro os empresários têm 
"seu sangue sugado pelo governo" e precisam 
de mais direitos.
Não bastasse tudo isso, no Brasil, país a letalidade
 policial têm aumentando em todos os estados 
juntamente com a impunidade. Dados apontam que em
 SP, o número de pessoas mortas pela polícia militar 
foi o maior em 14 anos, no RJ houve crescimento de
 120% de mortes por intervenção policial, e a cada 
10 mortos, 9 são negros. Relatórios da 
Anistia Internacional chegaram a indicar que 
as forças policiais brasileiras são as mais assassinas 
do mundo. Os dados não causam assombro no cristão,
 que defende ainda mais assassinatos pelas mãos 
da polícia racista e dará "carta branca para o policial
 matar", como se o país não vivesse uma situação 
semelhante a isso.
Inspirado pelo presidente Trump e suas medidas 
reacionárias, em seu tour pelo epicentro capitalista,
 Bolsonaro defendeu privatizações com a nomenclatura
 de "parcerias público-privado", e disse que 
levará os exemplos americanos para as terras
 brasileiras. Afirmou ainda que se eleito presidente
 irá nomear um militar para Ministério de Defesa
 e convocará membros das forças armadas para compor
 seu governo.
As posições de Bolsonaro escancaram o que há 
de mais reacionário e conservador na política 
brasileira. O pré-candidato a presidência conquista 
apoio de amplos setores ao aparecer como o "novo",
 como uma alternativa diferente em meio a um 
estado em crise e um regime em decomposição. 
Se por um lado a polarização fortalece mostra um 
fortalecimento de ideias de extrema direita, do
 outro extremo ideias contrárias e radicais 
anticapitalistas contra o regime conquistam 
espaço, como vem demonstrando as lutas contra as
 reformas de Temer no rio Grande do Sul.

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