21 de junho de 2018
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão sendo questionados por suspeitas de coação de testemunhas para o processo contra o ex presidente Lula sobre o Sítio de Atibaia, na Operação Lava Jato. Foi o próprio Juiz Sérgio Moro que se viu forçado a questionar o MPF após testemunhas do caso afirmarem que foram “procuradas” e “abordadas” por agentes armados, sem mandatos, questionando sobre as relações de Lula com o Sítio que não é dele.
Segundo matéria do Portal UOL, as testemunhas denunciaram os supostos abusos de autoridade em depoimentos prestados na quarta-feira (20) ao Juiz Sérgio Moro. Eles teriam sido procurados já em 2016, antes de a denúncia ser aceita por Moro, em 2017.
Pela denúncia do eletricista Lietides Vieira, agentes da PF retiraram sua esposa e seu filho pequeno de casa às 6 horas da manhã para questioná-la. Ele afirmou que os agentes estavam com roupas camufladas e de armas na mão.
Os agentes não apresentaram nenhum tipo de intimação ou mandado. As perguntas feitas eram sempre sobre o ex-presidente Lula. A esposa de Lietides trabalha na limpeza da propriedade, contratado por Fernando Bittar, que é um dos donos do Sítio.
A esposa do eletricista e o filho se disseram abalados com o episódio e o menino de 8 anos tem acompanhamento médico até hoje. Um irmão de Lietides Vieira, Edvaldo, também relatou constrangimentos do MPF na tentativa de obter informações para o processo.
Um dos advogados da defesa de Fernando Bittar, Alberto Toron, chegou a “bater boca” com o juiz Sérgio Moro durante o depoimento de ontem. Toron questionou a abordagem e a suposta coação das testemunhas.
O juiz Sérgio Moro tenta, no caso, estabelecer uma conexão entre o ex-presidente, o sítio de Atibaia (SP) e propinas na Petrobras.
Lula é mantido preso político há mais de 70 dias na carceragem da Polícia Federal de Curitiba. Ele já foi condenado sem provas por Moro no caso do tríplex no Guarujá (SP).
Com informações do Portal UOL.
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