247 - "Os eleitores de Jair Bolsonaro foram atraídos por uma das várias promessas que estão incluídas em seu apelo eleitoral. Mas cada um fez sua escolha no kit que o candidato do PSL ofereceu", diz a jornalista Miriam Leitão, em sua coluna no jornal O Globo.
Segundo ela, a campanha do presidenciável "tem o discurso mítico de que vai resolver tudo rapidamente, só por chegar lá". "Não há uma proposta de transparência e controle que confirme racionalmente essa ideia. É apenas o marketing de que vai limpar tudo, como prometeu Jânio Quadros com sua vassoura, ou Collor com os seus marajás. É da natureza das campanhas eleitorais que as propostas sejam simplificadas pelo marketing, mas uma democracia já amadurecida como a do Brasil merecia ter mais do que meia dúzia de clichês sem significado concreto", complementou.
A jornalista reforça a existência de eleitores que "se identificam com as declarações do candidato que reforçam os preconceitos". "Eles sempre existiram, evidentemente, do contrário não estariam mulheres e negros em condições de desigualdade. Gays em situação de fragilidade. Negros sendo as maiores vítimas de homicídio. Mulheres com problemas que vão das distorções no mercado de trabalho ao feminicídio. Bolsonaro diz agora que acabará com o 'coitadismo' desses grupos. Nunca deve ter olhado uma estatística das desigualdades brasileiras", continua.
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