Colesterol alto atinge grande parte dos brasileiros
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em pesquisa realizada com o Instituto Vox Populi, afirma que cerca de 20% dos adultos brasileiros possuem colesterol alto, ou seja, esse inimigo silencioso atinge 1 em cada 5 pessoas no País.
O colesterol é a gordura da alimentação absorvida no intestino que entra na corrente sanguínea, sendo transportada por proteínas até formar o complexo lipoproteína (lipo = gordura). As principais lipoproteínas são: HDL (conhecido como o bom colesterol), o LDL (denominado o mau colesterol) e o VLDL. "O colesterol é necessário para algumas funções do organismo, como a produção de alguns hormônios e ácidos biliares, mas em excesso pode causar problemas", comenta o médico.
Quando o colesterol atinge níveis altos, oriundos de distúrbio genético somado à alimentação incorreta, as artérias são obstruídas por blocos de gorduras, que interrompem a irrigação normal do sangue levando às lesões e até morte da região atingida. "Como exemplos podemos citar a obstrução das artérias do coração que podem causar um infarto e impedir o órgão de bombear o sangue para todo o corpo, e a obstrução de artérias que irrigam o cérebro, o que pode acarretar um acidente vascular cerebral, conhecido pela sigla AVC".
Como é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas, o diagnóstico é feito por meio de análises do sangue do paciente, por isso é muito importante a realização de exames periódicos. "Eventualmente, o excesso de triglicérides (outra fração de gordura do sangue) pode levar ao surgimento de manchas ou erupções amareladas na pele".
Algumas doenças são desencadeadoras do colesterol alto: diabetes, hipotireoidismo, obesidade, nefrose ou qualquer doença dos rins em estágio avançado, algumas doenças do fígado, anorexia nervosa e outras doenças bem mais raras. Alguns medicamentos, como corticóides, também podem provocar o aumento do colesterol.
A pesquisa da SBC também diagnosticou que 87,5% das pessoas que têm consciência do diagnóstico de colesterol alto não tratam e nem controlam esse distúrbio metabólico, um fator agravante para problemas sérios de saúde. O ideal é que o paciente procure um médico e se submeta às medidas necessárias. "O tratamento deve ter medicamentos à base de estatinas (classe de drogas que engloba várias substâncias com mesmo mecanismo de ação, porém de potências diferentes) alimentação adequada - balanceada nutricionalmente e sem excesso de gorduras e, principalmente, com baixo teor de colesterol. Além disso, o paciente deve praticar exercícios físicos regulares".
Alimentos que aumentam o colesterol:
Bacon, biscoitos amanteigados, camarão, carnes vermelhas "gordas", chantilly, creme de leite, doces cremosos, frituras, gema de ovos, lagosta, lingüiça, mortadela, peles de aves, queijos amarelos, salsicha, sorvetes cremosos e vísceras.[14]
Alimentos que previnem ou ajudam a baixar o colesterol:
Aipo, ameixa preta, amora, aveia, azeite de oliva, bagaço da laranja, cenoura, cereais integrais, cevada, couve-de-bruxelas, couve-flor, damasco, ervilha, farelo de aveia, farelo de trigo, feijão, figo, mamão, mandioca, pão integral, pêssego, quiabo e vegetais folhosos.
Fonte: INTECQ
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