O QI DO SEXO
24/02 - Juventude, corpo sarado e preocupação excessiva com o desempenho estão longe de traduzir felicidade na cama. Mulheres maduras, com auto-estima em alta e que conhecem profundamente como funciona seu organismo estão muito mais próximas da satisfação sexual. A nova onda do pensamento positivo disseminada mundo afora por documentários e literatura americana invadiu a intimidade dos casais e confirmou o que, no fundo, toda mulher já sabe: o bem-estar mental, a auto-estima e a confiança são determinantes para alcançar uma vida sexual de qualidade. É o que médicos e sexólogos chamam de inteligência sexual feminina, que abrange, além desses fatores, o conhecimento do próprio corpo e das capacidades individuais, como os caminhos do próprio prazer e o entendimento das variações hormonais decorrentes do ciclo menstrual. Ou seja, para ser feliz na cama é preciso que a mulher conheça seu corpo, seus pontos positivos e explore tais atributos na busca pelo prazer. Tal inteligência, segundo estudos, está intimamente ligada ao grau de maturidade da mulher. Quanto mais esclarecida, confiante e experiente a pessoa for, mais apta a uma vida sexual satisfatória ela estará. "Mulheres com menos de 30 anos costumam ser mais inseguras no sexo. Estão preocupadas se agradam o parceiro ou se são suficientemente bonitas. A preocupação com o corpo perfeito e desempenho impecável não traz felicidade na cama", constata Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do projeto de sexualidade (ProSex) da Universidade de São Paulo (USP). Portanto, segundo Carmita, é comum jovens apresentarem disfunções sexuais como a ausência de orgasmo, frigidez e vaginismo (contração involuntária dos músculos do períneo). De acordo com a sexóloga Rosenilda Moura da Silva, mais de 80% desses casos têm fundo emocional. Para ela, a inteligência sexual existe, mas o rótulo exige cuidados. "Não devemos padronizar comportamentos", adverte. Se a satisfação sexual está tão associada à auto-estima, ao conhecimento do próprio corpo e de como ele pode proporcionar prazer, também é fato que o organismo contribui para que os momentos a dois sejam plenamente aproveitados. Uma pesquisa da Universidade de Gröningen, na Holanda, constatou que durante o ato sexual o cérebro desativa temporariamente as amígdalas cerebrais e algumas outras áreas responsáveis por sensações como medo e insegurança. Porém, se a pessoa não se concentrar, tal desativação é ineficaz. "Não há prazer se a pessoa não se sente bem consigo mesma. Para mim, a mente é a principal fonte do desejo", acredita a gestora ambiental Fabiana Vieira, 27 anos. COMO NOSSOS PAIS - No livro Inteligência sexual (Editora Subjetiva), elaborado pelos psicólogos Michael Milburn e Sheree Conrad, da Universidade de Massachussets, nos Estados Unidos, uma pesquisa com mais de 500 pessoas das mais diversas nacionalidades concluiu que metade dos entrevistados não considerava suas vidas sexuais lá grande coisa. Para os pesquisadores americanos, tal conclusão está ligada ao fato de que as pessoas ainda encaram o sexo de forma conservadora e, muitas vezes, preconceituosa. Segundo o livro, os ideais da revolução sexual disseminados entre 1960 e 1970 alteraram a forma de o mundo encarar e pensar no sexo, mas não tiveram efeito significativo em relação à massa da população. Mesmo com a mídia vendendo a imagem de que os jovens são sexualmente livres e bem resolvidos, a realidade constatada na pesquisa é a de que eles ainda encaram o sexo da mesma maneira que seus pais: cheios de inseguranças e tabus. EM UM MÊS, VÁRIAS MULHERES - Tão essencial quanto o bem-estar e a auto-estima, o conhecimento sobre os ciclos hormonais femininos pode se tornar um trunfo na hora do sexo. Toda mulher, durante seu ciclo menstrual de 28 dias, passa por três fases distintas: 1ª fase - Os primeiros 11 dias do ciclo levam à ação hormonal do estrogênio. É aquela fase onde a mulher se sente bonita, atraente e confiante. Aqueles dias atípicos, quando todas as roupas do armário vestem perfeitamente bem, o cabelo está maravilhoso e a pele mais macia do que nunca. Mesmo se sentindo super sexy, a mulher ainda não está totalmente disposta ao ato sexual. Está mais para jantar romântico do que para uma noite quente em um motel. 2ª fase - Do 12º ao 16º dia do ciclo, a testosterona entra em cena e aumenta vertiginosamente a libido. A energia da mulher, nessa fase, está em seu ápice e ela se sente mais disposta não somente para o sexo, mas para demais tarefas. A fase, que coincide com o período fértil delas, é o período de maior desejo sexual. 3ª fase - Do 17º ao 28º dia, tanta auto-estima e libido vão por água abaixo e a progesterona traz consigo os famosos sintomas da tensão pré-menstrual. A mulher sente cólicas e dores de cabeça, pele e cabelo ficam oleosos, o corpo retém mais líquidos e a mulher sente-se inchada, além de ter oscilações de humor. Tudo por causa da produção de progesterona, que inibe a produção dos hormônios do bem-estar, como a dopamina e a serotonina. Por outro lado, a mulher fica mais afetiva e maternal, como se seu corpo se preparasse para a possível gravidez, após o período de ovulação. Fonte: Amaury Mendes, ginecologista e sexólogo - O CORPO CONSPIRA - A excitação e envolvimento são orquestrados pelo cérebro, que acionam seus neurotransmissores para a mulher sentir desejo. A noradrenalina e a dopamina são liberadas, provocando o aumento da oxitocina. Tal hormônio contribui com o sentimento de apego e desejo de contato físico e aproximação. "Não é à toa que a oxitocina é liberada durante o parto normal, induzindo a mulher a querer manter o filho protegido e acalentado. O mesmo sentimento de aproximação acontece durante o ato sexual", explica Carmita Abdo. Junto com a oxitocina, outro hormônio essencial é liberado: a testosterona, responsável pelo sentimento de desejo sexual. - Maria Fernanda Seixas, especial para o Correio - Fonte: Correio Braziliense
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Atualizado em 28/03/2007
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